Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

10 de fev. de 2015

Cuba Livre? (1) - Reforrço no avanço das relações EUA-Cuba


A reaproximação não vai encerrar o conflito entre os dois países. O que vai mudar é o número de atores capazes de afetar o futuro de Cuba

ABRAHAM F. LOWENTHAL é integrante sênior da organização de pesquisa Brookings Institution. Foi diretor dos programas sobre América Latina dos centros de estudos americanos Wilson Center e Inter-American Dialogue
Tradução de CLARA ALLAIN -www.folha.com/tendencias

   Os anúncios feitos simultaneamente pelos presidentes Raúl Castro e Barack Obama, em 17 de dezembro, e as medidas que estão sendo adotadas pelos dois governos refletem a decisão atrasada dos Estados Unidos de respeitar Cuba como país soberano e o reconhecimento por parte de Cuba de que uma reaproximação mutuamente respeitosa com os EUA é de seu interesse.

Representantes dos dois países negociavam em segredo havia décadas, mas um dos lados sempre recuava, ou os dois o faziam, essencialmente devido à ainda presente presunção hegemônica de Washington e ao medo dos líderes cubanos de que uma reaproximação pudesse ameaçar a independência do país, arduamente conquistada.

Imperativos internacionais, de política doméstica e pessoais contribuíram para possibilitar esse avanço agora. Mudanças demográficas, de geração e de opinião reduziram em muito o custo que a mudança de política terá para uma administração americana.

A insistência latino-americana de que Cuba fosse convidada a participar da Cúpula das Américas neste ano exigiu uma decisão por parte dos EUA. Cuba está ajudando a pôr fim à insurgência das Farc na Colômbia, e EUA e Cuba têm interesses paralelos em resposta à deterioração da Venezuela.

Os dois vêm cooperando na prestação de assistência humanitária no Haiti, em resposta ao ebola, ao narcotráfico, na questão da imigração, entre outras. Há muito Cuba deixou de apoiar insurgências armadas.

Interesses de cidadãos e empresas americanas foram prejudicados pelo embargo. A reaproximação sempre fez parte da agenda de Obama, e ele pode empreendê-la sem restrições do Congresso.

No lado cubano, o presidente Raúl Castro falou várias vezes da responsabilidade que a "geração histórica" de líderes revolucionários cubanos tem de conduzir o país para um caminho viável.

O derretimento da Venezuela, a estagnação econômica de Cuba e as tentativas de reformar sua economia geram a urgência de abrir o caminho para a ampliação dos investimentos, da tecnologia, do turismo e do comércio. Castro entende que uma reconciliação com Washington é mais provável durante o governo Obama que depois dele.

O restabelecimento das relações diplomáticas convencionais não vai encerrar o conflito entre Cuba e EUA. Não vai criar confiança instantânea após décadas de hostilidade generalizada nem vai mudar a forma do regime autoritário de Cuba e de sua economia de Estado.

Castro e seus colegas lançaram algumas reformas, mas não demonstram o desejo de ceder poder ou abrir as portas ao livre mercado. Os EUA conservam sua ambição de exercer influência global e regional, sua devoção às prescrições do livre mercado e o compromisso de grande parte da sociedade americana com os direitos civis e humanos.
O que vai mudar é o número de atores que poderão afetar o futuro de Cuba e sua influência. A lenta abertura da economia cubana já começou a gerar chamados internos pela ampliação dos intercâmbios internacionais, a liberalização da regulamentação doméstica e a reforma do regime cambial.
Essas forças vão se multiplicar à medida que comércio, investimentos e turismo crescerem, que as empresas e organizações civis ficarem mais ativas e as ideias passarem a circular mais livremente. Elas vão mudar a dinâmica das relações com Cuba e interamericanas, desde que as mudanças mútuas e fundamentais possam ser reforçadas.

PMDB prioriza reforma politica

Novo presidente da Câmara dos Deputados prioriza a reforma política e promete acelerar tramitação do texto.

Cúpula do partido é a favor de que as empresas continuem podendo fazer doações nas disputas eleitorais

O PMDB, partido do novo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), vai apresentar uma proposta fechada de reforma política cujo carro-chefe é o chamado "distritão", modelo que altera a forma como são escolhidos os deputados federais.

Pelo modelo, serão eleitos os candidatos a deputado federal mais votados em cada Estado. São Paulo, por exemplo, tem direito a 70 cadeiras na Câmara --logo, seriam eleitos os 70 candidatos mais votados no Estado.

Pelo sistema atual, nem sempre o mais votado é o eleito. Isso porque os votos válidos (em candidatos ou na legenda) são divididos pelo número de vagas de cada Estado, chegando-se ao chamado quociente eleitoral.

Se esse quociente for de 100 mil votos, o partido ou a coligação de partidos elegerá deputados a cada 100 mil votos válidos que obtiver. Se atingiu cinco vezes o quociente eleitoral, elege os cinco deputados mais votados do partido ou da coligação.

Esse sistema é criticado por distorções como a ocorrida na eleição de 2002. Um candidato atingiu 1,5 milhão de votos, atingiu o quociente eleitoral seis vezes, o que levou para a Câmara outros cinco candidatos da legenda. Um deles havia recebido apenas 275 votos.

O PMDB ainda discute os outros pontos de sua proposta, e a principal polêmica é relacionada ao financiamento das eleições. A maior parte dos peemedebistas prefere que as doações a candidatos sejam restritas a pessoas físicas ou que seja exclusivamente público. Mas a cúpula do PMDB, Cunha incluído, é a favor de que as empresas, hoje as maiores financiadoras das disputas eleitorais, continuem podendo fazer doações.

Segundo ele, outros pontos que têm amplo apoio entre os peemedebistas são o voto facultativo, o fim da reeleição, a unificação das eleições (de quatro em quatro anos), a restrição a partidos com baixíssimo desempenho nas urnas, fim dos suplentes de senador --na ausência do titular, assumiria o mais votado-- e realização de um referendo para ratificar ou não o que o Congresso aprovar sobre o tema.

Após reunião com Cunha nesta segunda-feira (9), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que a reforma política também é prioridade do Senado.


O STF (Supremo Tribunal Federal) caminha para proibir que as empresas continuem podendo fazer doações nas disputas eleitorais, mas a Câmara pretende aprovar mudança na Constituição para incluir a doação de empresas antes que o tribunal conclua o julgamento, o que ainda não tem data para acontecer.

"Do ponto de vista da realidade social e política do país, das ruas, há o entendimento de que esse sistema de financiamento é um estímulo à corrupção", diz o ex-ministro Moreira Franco, que defende mudança no atual modelo.

1 de fev. de 2015

PATRIMÔNIO

Sinto cheiro de vida. Morrem as pessoas e ficam as paredes, e podem contar como estas pessoas viveram, o que faziam e como se organizavam. Não podemos ressuscitar nossos mortos, mas podemos “conhecer os acertos e erros cometidos no passado”, e errar menos no presente. Presente este, uma realidade ainda bastante lamentável.

Sei que ainda sou uma garotinha

Estreia, em circuito nacional o documentário Cássia, do diretor Paulo Henrique Fontenelle o mesmo que fez filme “Loki” sobre o fundador dos Mutantes, o guitarrista Arnaldo Baptista. Após a exibição no Festival de Cinema do Rio, o ano passado, onde Cássia provocou risos e lágrimas em sessões esgotadas, o grande público agora terá a oportunidade conhecer ou rever situações não apenas do lado amalucado de um sapatão que berra e cospe no chão, mas o seu lado doce de uma mulher sensível, mãe, companheira, irmã.

Para isto, o diretor contou com a cumplicidade de sua companheira por 14 anos, Eugênia Martins, que abriu seus arquivos pessoais e seu coração para falar de Cássia Eller, confiando no tratamento honesto que seria dado a figura maravilhosa de uma cantora original e única. Nada foi escondido, como o sensacionalismo da imprensa quanto a sua possível morte vítima de drogas, o que nunca foi comprovado. Fato que tanto incomoda a sua família e que é uma incógnita para o próprio Paulo Fontenelle que teve acesso a informações nunca disponíveis ao público. 


A imagem de Cássia sempre despertará admiração de muitos, principalmente pela precocidade de sua morte e pelo caráter transgressor de sua carreira diante da caretice institucionalizada. É esperar pra ver.  por 

16 de jan. de 2015

'Se xingar minha mãe, espere um soco', diz Papa sobre ataque em Paris


Pontífice disse que não se pode "provocar ou insultar" a religião dos outros.

O Papa Francisco defendeu o direito de expressão, mas disse ser errado provocar os outros ao insultar a religião alheiaVeja o vídeo.
Os comentários do pontíficie foram feitos após o ataque à revista satírica Charlie Hebdo em Paris na semana passada.
Para ilustrar seu ponto, Francisco disse a jornalistas no avião papal que seu assistente poderia esperar um soco se ele xingar sua mãe.
"É normal. Você não pode provocar, não pode insultar a religião dos outros", disse ele.


14 de jan. de 2015

PILHÉRIA - uma carta ao amigo

Meu caro.

O selo inglês é só passar a língua nele e logo gruda. Aliás, a única coisa que funciona mal aqui em Londres, pelo que vi, são os relógios públicos: cada um marca uma hora diferente, e tem até os que não marcam hora nenhuma. A proverbial pontualidade britânica é uma pilhéria: ou então cada um é pontual, mas dentro do seu próprio horário, e todos os horários são válidos. Meu pobre relógio brasileiro já ficou maluco.
 O londrino, tirante os teenagers, que não tem graça nenhuma, é em geral engraçadíssimo. Apieda-se pelo fato de você não ter agasalho próprio para o frio glacial que está fazendo. Perto dos franceses, são educadíssimos (o que não é nenhuma vantagem), mas também ignoram a sua existência, a menos que você se ponha a gritar no meio da rua Help! Help! – o que estou sempre fazendo. As mulheres são bonitas, surpreendentemente bonitas, mas todas iguais; já os homens não me agradam, e espero que eu lhes agrade ainda muito menos. Até os cachorros fumam cachimbo e trazem o olhar perdido no horizonte; educadíssimos: ainda não vi um cachorro sequer olhando para um poste.
Londres, pode escrever, é a cidade mais limpa do mundo: até os lixeiros aqui são impecavelmente limpos. Se você joga um pedaço de papel na rua, logo vem o guarda e o admoesta num perfeito inglês de Oxford; depois vêm os repórteres de tudo quanto é jornal e da televisão para entrevistá-lo e saber a que tribo selvagem você pertence; e depois finalmente vem o exército da salvação e se põe a entoar cânticos pela redenção de sua alma. Antes de sair de casa já cuspo 20 vezes seguida por medida de precaução – e se me acontece ficar com um pedaço de papel na mão em plena rua, entro simplesmente na primeira agência do correio e despacho-o para uma das ilhas Malvinas, com o selo da rainha e tudo. As casas, aqui, de tão limpas parecem até feitas de porcelana: não sei se o mesmo acontecerá no sonho ou nos bairros ainda mais pobres: suponho que não. A verdade é que não existe a menor relação entre o mendigo londrino e um mendigo digamos do Rio de Janeiro; o mendigo aí londrino passaria por lorde e seria recebido com um five o’ clock tea pela academia brasileira de letras: muito mais justo, aliás, do que muitos outros chás de que já tenho ouvido falar.
 Comprar cigarros em Londres é um drama: você tem que ir à Escócia. Tem casa de tudo aqui perto do meu hotel, até de incenso indiano ou de figas da Guiné: só não tem tabacaria. Parece que o puritanismo inglês se fixou todo no combate ao fumo e ao tabagismo, e até já me explicaram algo parecido com isso; os poucos cigarros que lhe vendem são todos fraquíssimos e é preciso você fumar o maço inteiro, inclusive o próprio maço, para ter a leve sensação de que algum dia alguém passou fumando por você. O que salvam os mendigos londrinos são os turistas, sobretudo norte-americanos, que sempre jogam disfarçadamente uma guimba ou outra no meio-fio, longe dos olhares inquisidores e cobiçosos do guarda na esquina. Dizem que o fog londrino desapareceu de uns tempos pra cá, por motivos meteorológicos e outros que ninguém sabe ainda explicar: a verdade verdadeira é que o que desapareceu mesmo foi a fumaça dos cigarros e dos charutos, a minha inclusive, para total desespero dos cancerologistas ingleses do pulmão.
 O londrino tem em média dois metros de altura, do que resultam sérios problemas para quem, como eu, tem pouco mais da metade: isto porque as coisas aqui foram feitas para ele e não para mim, evidentemente. Assim por exemplo, para apertar o botão do elevador tenho que me colocar na ponta dos pés e depois de alguns minutos pedir o auxílio de alguém por perto, alegando naturalmente que pertenço à troupe de anões do circo. Os mictórios públicos batem exatamente na altura do meu queixo e assim acabo urinando é mesmo no chão, onde pelo visto já andaram urinando antes de mim outros brasileiros, ou pelo menos algum cearense. Uma mulher londrina dá para dois homens brasileiros tranquilamente e ainda sobra um pouquinho para o dia seguinte: mas nem por isso deixam de ser lindas, assim como é lindo o Everest. Agora é que eu compreendo por que o inglês (a inglesa) tem fama de ser uma criatura distante, quase inacessível.
O abraço do

Campos de Carvalho

12 de jan. de 2015

Desejo de ser infeliz


“Mas eu não quero conforto. Quero Deus, quero a poesia, quero o perigo autêntico, quero a liberdade, quero a bondade. Quero o pecado.
Em suma – disse Mustafá Mond -, o senhor reclama o direito de ser infeliz.
- Pois bem, seja – retrucou o Selvagem em tom de desafio. – Eu reclamo o desejo de ser infeliz.”


Aldous Huxley, in Admirável mundo novo

24 de dez. de 2014


SONETO DE NATAL – Machado de Assis

Um homem, – era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço no Nazareno, -
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,

Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.

Escolheu o soneto… A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.


E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
“Mudaria o Natal ou mudei eu?”

12 de dez. de 2014

Dedicação e "Medalha de Ouro"



Minha filha, com amigos, amigas, professores e parentes, na Missa de entrega do Certificado de Conclusão do Ensino Médio, "Escola Senador Antônio Carlos" - Dr. Sá Fortes.
 


 







  Após a Missa, todos para a Escola, onde aconteceu a entrega dos Certificados.




Este o momento da grande surpresa, Iris foi escolhida para receber a "Medalha de Ouro" por “Empenho e Aproveitamento”.






Iris e Professora Meire, Diretora da "EESAC"

10 de dez. de 2014

A COMISSÃO DA VERDADE entregou à presidente, na manhã desta última quarta (10/12), o relatório final sobre as violações aos direitos humanos cometidos entre 1946 e 1988, especialmente na ditadura militar, de 1964 a 1985. A divulgação ocorre na data em que se celebra o Dia Internacional dos Direitos Humanos.

A presidente Dilma Rousseff se emocionou e chorou nesta quarta-feira (10), durante a cerimônia de entrega do relatório final da Comissão Nacional da Verdade, ao fazer referência aos brasileiros que perderam parentes e amigos no combate à ditadura.

Ex-presa política, a presidente afirmou em seu discurso que o documento elaborado ao longo de dois anos e sete meses (consulte a íntegra) ajuda o Brasil a “se reconciliar consigo mesmo” após as duas décadas de regime militar.

“Estou certa de que os trabalhos produzidos pela comissão resultam do esforço pela procura da verdade, respeito da verdade histórica e estímulo da reconciliação do país consigo mesmo, por meio da verdade e do conhecimento”, declarou Dilma.

A presidente reeleita disse ainda que ter acesso à verdade não “significa revanchismo”. “A verdade faz com que agora tudo possa ser dito, explicado e sabido. A verdade significa a oportunidade de fazer o encontro de nós mesmos com nossa história e do povo com a sua história”, disse.


8 de dez. de 2014

Tudo de novo!!!!! Não estou acreditando....



Não é sempre mas o Bandeirinhas, vez outra aparece assim, com uma água muito poluída (?).





Casa do Papai Noel 2014

 A Casa do Papai Noel é toda ornamentada pela Associação dos “Amigos do Pequeno Hospital Santa Maria” e toda a arrecadação ( entrada e Lanchonete)  será aplicada em vários setores do “Pequeno Hospital Santa Maria”. 

A Casa do Papai Noel estará aberta para visitação até o próximo dia 02 de Janeiro, sextas e sábados de 19:00h às 16:00h, e aos domingos a partir das 16:00h.