6 de jul. de 2015
Je suis Charlie
Há
vários anos @macpremo e @digbyandiona fizeram estes lápis usando a famosa
mensagem de Woodie Guthrie que teve na sua guitarra.
Hoje este significado tem mais volume. Sendo morto por suas opiniões políticas ou religiosas, o que você escreve ou o que você desenha, é intolerável. Liberdade de imprensa brilha uma luz sobre a sociedade e as ações de todos. É somente através de uma imprensa livre e a liberdade dos artistas de falar abertamente que já não vivemos na idade das trevas. Só espero que esta ignorância não conduza a um ciclo de retaliação ignorante e uma espiral em direção a idade das trevas.
Por Oliver Jeffers
Hoje este significado tem mais volume. Sendo morto por suas opiniões políticas ou religiosas, o que você escreve ou o que você desenha, é intolerável. Liberdade de imprensa brilha uma luz sobre a sociedade e as ações de todos. É somente através de uma imprensa livre e a liberdade dos artistas de falar abertamente que já não vivemos na idade das trevas. Só espero que esta ignorância não conduza a um ciclo de retaliação ignorante e uma espiral em direção a idade das trevas.
Por Oliver Jeffers
Séc. XXI
“Os escravos do século XXI não precisam ser
caçados, transportados e leiloados através de complexas e problemáticas redes
comerciais de corpos humanos. Existe um monte deles formando filas e implorando
por uma oportunidade de trocar suas vidas por um salário de miséria. O
“desenvolvimento” capitalista alcançou um tal nível de sofisticação e crueldade
que a maioria das pessoas no mundo tem de competir para serem exploradas,
prostituídas ou escravizadas.”
—
Luther Blissett
"Congresso Internacional do Medo"
Provisoriamente não cantaremos
o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque este não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte.
Depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
Carlos Drummond de Andrade
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque este não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte.
Depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
Carlos Drummond de Andrade
Esse
poema pertence a 2ª fase do Modernismo brasileiro (poesia), mais
especificamente da 2ª fase da poética drummoniana e está estruturado em uma
única estrofe de 11 versos sem rimas externas. Além disso, possui versos de
tamanhos variados (sílabas poéticas distintas também) e ritmo longo, tornando-o
lento, principalmente por causa do acumulo de vírgulas que dão uma ideia de
pausa.
Percebemos, ainda, a quantidade de léxicos que estão no mesmo campo semântico dos sentimentos (“amor”, “ódio”, “medo”) que se distinguem entre si no contexto do poema e observamos que o substantivo abstrato “medo” prevalece, pois há um destaque maior para esse sentimento e o título apenas ratifica essa afirmação “Congresso Internacional do Medo”. A partir desse título, verificamos que se trata de um sentimento específico do Brasil, mas do mundo como um todo – internacional. Logo, o medo, para o poema, é universalizado.
O medo está vigorando em vários lugares e em várias ações, por isso, não seria conveniente tratar do “amor” ou do “ódio”, mas deve-se comentar sobre o medo, desse sentimento que gera desequilíbrio, angústia, dúvida insegurança e serve, paradoxalmente, como um verdadeiro pai e seguidor, devido do contexto social da época, pois o período que o poema foi escrito tinha um pano de fundo em clima de Guerra mundial, túmulo, morte, dor, sofrimento e muito medo. Trata-se de um medo de tal força que esteriliza os braços (estanca a força humana), pois se vive em um mundo que está em caos: com ditadores, soldados, mortes e esses fatores deixam as pessoas desequilibradas e apavoradas.
Percebemos, ainda, a quantidade de léxicos que estão no mesmo campo semântico dos sentimentos (“amor”, “ódio”, “medo”) que se distinguem entre si no contexto do poema e observamos que o substantivo abstrato “medo” prevalece, pois há um destaque maior para esse sentimento e o título apenas ratifica essa afirmação “Congresso Internacional do Medo”. A partir desse título, verificamos que se trata de um sentimento específico do Brasil, mas do mundo como um todo – internacional. Logo, o medo, para o poema, é universalizado.
O medo está vigorando em vários lugares e em várias ações, por isso, não seria conveniente tratar do “amor” ou do “ódio”, mas deve-se comentar sobre o medo, desse sentimento que gera desequilíbrio, angústia, dúvida insegurança e serve, paradoxalmente, como um verdadeiro pai e seguidor, devido do contexto social da época, pois o período que o poema foi escrito tinha um pano de fundo em clima de Guerra mundial, túmulo, morte, dor, sofrimento e muito medo. Trata-se de um medo de tal força que esteriliza os braços (estanca a força humana), pois se vive em um mundo que está em caos: com ditadores, soldados, mortes e esses fatores deixam as pessoas desequilibradas e apavoradas.
Após analisarmos o poema de forma superficial, observamos também o mesmo através de outros prismas e um deles é o sintático. Percebemos que a palavra medo ganha destaque em todo o poema, pois quando não é objeto direto da ação (cantaremos o medo), uma vez que ele é objeto central do tema; trata-se de um adjunto adverbial de modo; ou seja, o modo que se encontra toda uma sociedade que está amarela de medo; uma sociedade que precisa fazer um Congresso para expor suas dúvidas, seus medos de estarem no mundo e, através de uma constante reflexão, há a busca de resolver esse problema para evitar a dominação total desse medo ou a fuga através da morte. Além disso, há uma constante repetição do artigo definido /o/ e ele, na maioria das vezes, acompanha o substantivo abstrato de maior importância dentro desse poema. O artigo definido, portanto, define e objetiva o nosso corpus de trabalho (“o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas”).
Outro prisma que foi abordado foi o estilístico e nele percebemos que o poema possui algumas figuras de linguagem: uma é a personificação dos substantivos abstratos (principalmente o medo); outra seria o uso constante de repetições para chamar atenção do leitor, pois o medo , como se sabe, é uma constante na vida do homem em meados dos anos 40 e transforma essa vida em um verdadeiro caos que é constante, tais quais essas repetições. Além disso, há os recursos sonoros, pois apesar de não haver rimas externas no poema, há rimas internas e a predominância é de encontrarmos aliterações, pois a repetição sonora da vogal “o” é bem visível (“existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,”).
_________________________
Conclusão
Por se tratar de um poema crítico - reflexivo da segunda fase drummoniana, percebemos, por fim, que através de uma linguagem simples e de usos constante de repetições, pode provocar no leitor uma reflexão profunda, pois o medo torna-se tão poderoso que chega a ser agressivo. Então, através do poema, chegamos a uma conclusão que Drummond busca sérias transformações sociais e políticas para evitar que o negativo contexto vivido, principalmente, na Segunda Guerra Mundial não se torne uma continuação para os anos seguintes a ponto de nos deixar amarelos e inseguros de medo, como o poema aborda.
por Veridiana
Rocha
2 de jul. de 2015
Bandeira rejeitada.
As maiores redes de lojas americanas
acabam de anunciar que vão banir a venda de produtos com a famigerada “Bandeira
dos Confederados” nos EUA. A bandeira tem conexão histórica com a Guerra Civil
dos americanos, representando o lado sulista, também conhecido como o lado
contrário à abolição da escravidão. Pode-se até entender o conceito de tirar de
circulação um símbolo “do perdedor”, mas… cento e cinquenta anos depois da
guerra acabar? Soa histérico.
E não foram só as lojas que tomaram
medidas do tipo. A governadora do estado da Carolina do Norte (que curiosamente
faz parte do sul) discursou publicamente em favor da retirada da bandeira de
qualquer prédio público no estado. Outros parecem estar seguindo o mesmo
exemplo. É temporada de caça à segunda bandeira mais famosa dos EUA. O motivo é
a vergonha de ter lutado para manter a escravidão?
1 de jul. de 2015
Cuide bem da sua criança
"Eu poderia dizer que a sociedade é cruel com a criança que ainda existe dentro
da gente, mas sociedade é uma coisa meio amorfa, meio sem cara, diluída demais
para o que eu quero dizer."
R E C O R T E S
(Quando
Ben Jor ainda era Jorge Ben, em 1980, declarou que Cauby Peixoto era o eterno
amante da Conceição, anexando ao comentário uma reflexão shakespeariana:
"ser ou não ser Cauby, eis a questão". E o maestro Tom Jobim
sentenciou: "Cauby é ótimo!".)
(Se fosse
possível um teste de DNA na discografia do rock brasileiro, Cauby Peixoto teria
definitivamente declarada a paternidade do gênero em solo nacional, quando em
1957 gravou a canção "Rock and Roll em Copacabana", composta por
Miguel Gustavo.)
(Quando comecei a gostar de rock, no princípio dos anos 1970, via em Cauby a antítese musical dos rapazes remanescentes da Jovem Guarda e dos cabeludos das bandas britânicas. E fazia muxoxo da satisfação de minha mãe com a voz dele no rádio.)
(A ignorância de roqueiro iniciante nem de longe desconfiava que exatamente no ano do meu nascimento, 1959, a TIME e a LIFE, principais revistas da pátria do rock, o batizaram de "O Elvis Presley brasileiro", após sua temporada de 14 meses no EUA.)
30 de jun. de 2015
Conselhos e Entidades de Assistência Social
A política de assistência social é
realizada por meio de um conjunto integrado de ações e de iniciativas públicas
e da sociedade.
Esta atuação da sociedade ocorre por
meio das organizações e entidades de assistência social, que não possuem fins
lucrativos e que desenvolvem, de forma permanente, continuada e planejada,
atividades de atendimento e assessoramento, e que atuam na defesa e garantia de
direitos.
As entidades de assistência social
fazem parte do Sistema Único de Assistência Social como prestadoras
complementares de serviços sócio assistenciais e como cogestoras, por meio da
participação no conselho de assistência social.
As entidades
de atendimento são aquelas que prestam serviços, executam programas
ou projetos e concedem benefícios de prestação social básica ou especial,
dirigidos às famílias e indivíduos em situações de vulnerabilidade ou risco
social e pessoal, conforme Resolução CNAS nº 109/2005, Resolução CNAS nº
33/2011 e Resolução CNAS nº 34/2011.
As entidades
de assessoramento prestam serviços e executam programas ou projetos
voltados prioritariamente para o fortalecimento dos movimentos sociais e das
organizações de usuários, formação e capacitação de lideranças, dirigidos ao
público da política de assistência social, conforme Resolução CNAS nº 27/2011.
As entidades de defesa e garantia
de direitos prestam serviços e executam programas e projetos voltados
prioritariamente para a defesa e efetivação dos direitos sócio assistenciais,
construção de novos direitos, promoção da cidadania, enfrentamento das
desigualdades sociais, articulação com órgãos públicos de defesa de direitos,
dirigidos ao público da política de assistência social, conforme Resolução CNAS
nº 27/2011.
Só assim chegaremos próximo daquilo que queremos e esperamos que nos seja oferecido como serviços públicos, oriundos das políticas públicas que daí surgiram. Políticas públicas
concretas, só quando existe expressiva participação popular.
“A palavra empolga, o exemplo ensina.”
Praticamente sem voz, cheguei a ser um
antídoto contra o conformismo local, pois sempre vivi acreditando na política
como um elevado serviço republicano, e fui muito condenado por pessoas que só
enxergam os interesses do grupão.
Lutei contra os escândalos de desvio
dos recursos públicos, e lembro das tantas vezes que fui até ao Ministério
Público, ao Juizado e delegacias de Policias Civil para pedir uma atenção ao
que ocorria aqui.
Aos 60 anos de idade, ainda não perdi a
capacidade de indignar-me com as mazelas da nossa vida pública nem a esperança
de transformá-la.
São Paulo sem jeito
A espuma da poluição do rio Tietê
avança, desde a segunda-feira (22), sobre áreas urbanas de Pirapora do Bom
Jesus (54 km de São Paulo).
O tráfego de veículos chegou a ser
prejudicado. Outras cidades da região de Itu também registraram casos
semelhantes. A espuma, além de detergente, tem produtos químicos e pode ser
prejudicial à saúde.
Como o rio Tietê corta o centro da
cidade, com pouco espaço entre as margens e as construções, a situação fica
ainda mais grave, com a espuma atingindo construções e, em alguns casos,
invadindo ruas.
Moradores em Pirapora do Bom Jesus
relatam ainda que a espuma deixa manchas em roupas e chega até a causar danos à
pintura de carros. Também é recorrente a reclamação de mau cheiro.
Novela da Globo falará sobre a volta de Jesus
A Globo vai colocar no ar uma novela
falando sobre a volta de Jesus Cristo e o nome pode ser “E Se Ele Voltar?”. O autor escolhido é Benedito Ruy Barbosa e já
existem seis capítulos escritos. O diretor indicado pelo autor é Luiz Fernando
Carvalho (Meu Pedacinho de Chão). Eles terão o desafio de convencer os cristãos
católicos e tentar se reaproximar do público evangélico. A Rede Globo
chegou a receber no último mês alguns deputados da Frente Parlamentar
Evangélica, mas o deputado Marco Feliciano que promoveu a campanha contra a
novela Babilônia não compareceu na Rede Globo.
25 de jun. de 2015
Três frases
"Esta noite milhões de crianças dormirão na rua,
mas nenhuma delas é cubana. E, se alguma criança adormecer na rua é porque quer
ver estrelas"
Fidel Castro
"Fala-se tanto da necessidade de deixar um
planeta melhor para nossos filhos, e esquece-se da urgência de deixarmos filhos
melhores para nosso planeta"
Bernard Shaw
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária,
demagógica e corrupta formará um público, tão vil como ela mesma"
Joseph Pulitzer
24 de jun. de 2015
22 de jun. de 2015
GABARITO - TESTE DE AVALIAÇÃO - 6º PROCESSO DE ESCOLHA DE CONSELHEIROS TUTELARES 2015 - "1º COM DATA UNIFICADA EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL"
01 - D
02 - C
03 - C
04 - B
05 - A
06 - C
07 - D
08 - C
09 - D
10 - B
11 - A
12 - D
13 - D
14 - D
15 - C
16 - B
17 - C
18 - A
19 - B
20 - A
21 - B
22 - A
23 - C
24 - D
25 - A
26 - E
27 - D
28 - D
29 - E
30 - E
02 - C
03 - C
04 - B
05 - A
06 - C
07 - D
08 - C
09 - D
10 - B
11 - A
12 - D
13 - D
14 - D
15 - C
16 - B
17 - C
18 - A
19 - B
20 - A
21 - B
22 - A
23 - C
24 - D
25 - A
26 - E
27 - D
28 - D
29 - E
30 - E
19 de jun. de 2015
Voto eletrônico nas eleições
A
deputada federal Janete Capiberibe (PSB-AP) comemorou em discurso realizado
nesta quarta-feira (17) a aprovação, nas votações da Reforma Política, do
dispositivo que prevê a materialização do voto eletrônico nas eleições, ou
seja, toda urna deverá fornecer para o eleitor comprovante do seu voto para ser
conferido antes da conclusão do processo de votação. A impressão será
posteriormente colocada em outra urna. (Será?)
Assinar:
Postagens (Atom)