Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

6 de jul. de 2015

[Cuba] Posição do Taller Libertario Alfredo López sobre a libertação de prisioneiros e o restabelecimento de relações diplomáticas pelos governos de Cuba e dos Estados Unidos

 nos fios
os pássaros
escrevem música

Eugénia Tabosa

1.  A “normalização” de relações entre os poderes governamentais dos Estados Unidos e de Cuba deveria contribuir para eliminar numerosos e antiquados impedimentos impostos (por estes mesmos governos) aos relacionamentos humanos elementares entre ambas as nações.

2.  Alegramo-nos conjuntamente com aqueles que saíram de trás das grades, e com suas famílias que acabam de receber em casa os entes queridos em liberdade – por fim! – depois de muitos anos de reclusão “legal”.

3.  No entanto, desconhecemos os termos desta negociação. Trata-se de um passe de mágica que contribui para uma mentalidade milagreira, e nos deixa como espectadores passivos.

4.  Preocupa-nos, ademais, que se criem novas oportunidades para que o capital explore “mais” e “melhor” as nossas gentes.

5. Que se intensifique o conformismo, a insignificância e a miséria, através de mais consumismo, mais devastação do meio ambiente e mais invasão da cultura de massas; e é que...

6. O imperialismo norte-americano segue em pé.

7. O autoritarismo cubano segue em pé.

8. A Base Naval de Guantánamo não foi desmantelada e continua a alojar uma prisão internacional dotada de um centro de torturas.

9. Assim, não basta libertar um grupo de prisioneiros, nem sequer bastaria com o fechamento de uma prisão especialmente odiosa: todas as prisões do mundo devem fechar.

10. Tampouco basta que os Estados Unidos desmobilizem a sua “guerra fria” e conciliem posturas sobre um conjunto de pontos: a verdadeira reconciliação entre os povos acontecerá quando deixarem de existir Estados.

11. Menos ainda basta acabar com o bloqueio dos mercados para que os detentores dos meios de exploração do trabalho alheio e da natureza negociem entre si: tal exploração deve desaparecer já.

12. Portanto esperamos que, agora que no horizonte se vislumbra o possível desmantelamento do bloqueio-embargo, que isto não se trâmite apenas desde as instâncias executivas, mas que todos os cubanos e estadunidenses tomem parte com suas vontades.

Continuaremos a nossa luta contra todas as dominações: luta ecologista, anti-imperialista, anticapitalista e antiautoritária, em solidariedade com os camaradas no resto do mundo.

Liberdade sem socialismo é privilégio e injustiça; Socialismo sem liberdade é brutalidad
e e tirania.

Havana, 19 de dezembro de 2014


Taller Libertario Alfredo López

Je suis Charlie


Há vários anos @macpremo e @digbyandiona fizeram estes lápis usando a famosa mensagem de Woodie Guthrie que teve na sua guitarra.
Hoje este significado tem mais volume. Sendo morto por suas opiniões políticas ou religiosas, o que você escreve ou o que você desenha, é intolerável. Liberdade de imprensa brilha uma luz sobre a sociedade e as ações de todos. É somente através de uma imprensa livre e a liberdade dos artistas de falar abertamente que já não vivemos na idade das trevas. Só espero que esta ignorância não conduza a um ciclo de retaliação ignorante e uma espiral em direção a idade das trevas.
Por Oliver Jeffers

Séc. XXI

 “Os escravos do século XXI não precisam ser caçados, transportados e leiloados através de complexas e problemáticas redes comerciais de corpos humanos. Existe um monte deles formando filas e implorando por uma oportunidade de trocar suas vidas por um salário de miséria. O “desenvolvimento” capitalista alcançou um tal nível de sofisticação e crueldade que a maioria das pessoas no mundo tem de competir para serem exploradas, prostituídas ou escravizadas.”

— Luther Blissett

"Congresso Internacional do Medo"

Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque este não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte.
Depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.


Carlos Drummond de Andrade

Esse poema pertence a 2ª fase do Modernismo brasileiro (poesia), mais especificamente da 2ª fase da poética drummoniana e está estruturado em uma única estrofe de 11 versos sem rimas externas. Além disso, possui versos de tamanhos variados (sílabas poéticas distintas também) e ritmo longo, tornando-o lento, principalmente por causa do acumulo de vírgulas que dão uma ideia de pausa.

Percebemos, ainda, a quantidade de léxicos que estão no mesmo campo semântico dos sentimentos (“amor”, “ódio”, “medo”) que se distinguem entre si no contexto do poema e observamos que o substantivo abstrato “medo” prevalece, pois há um destaque maior para esse sentimento e o título apenas ratifica essa afirmação “Congresso Internacional do Medo”. A partir desse título, verificamos que se trata de um sentimento específico do Brasil, mas do mundo como um todo – internacional. Logo, o medo, para o poema, é universalizado.

O medo está vigorando em vários lugares e em várias ações, por isso, não seria conveniente tratar do “amor” ou do “ódio”, mas deve-se comentar sobre o medo, desse sentimento que gera desequilíbrio, angústia, dúvida insegurança e serve, paradoxalmente, como um verdadeiro pai e seguidor, devido do contexto social da época, pois o período que o poema foi escrito tinha um pano de fundo em clima de Guerra mundial, túmulo, morte, dor, sofrimento e muito medo. Trata-se de um medo de tal força que esteriliza os braços (estanca a força humana), pois se vive em um mundo que está em caos: com ditadores, soldados, mortes e esses fatores deixam as pessoas desequilibradas e apavoradas.

Após analisarmos o poema de forma superficial, observamos também o mesmo através de outros prismas e um deles é o sintático. Percebemos que a palavra medo ganha destaque em todo o poema, pois quando não é objeto direto da ação (cantaremos o medo), uma vez que ele é objeto central do tema; trata-se de um adjunto adverbial de modo; ou seja, o modo que se encontra toda uma sociedade que está amarela de medo; uma sociedade que precisa fazer um Congresso para expor suas dúvidas, seus medos de estarem no mundo e, através de uma constante reflexão, há a busca de resolver esse problema para evitar a dominação total desse medo ou a fuga através da morte. Além disso, há uma constante repetição do artigo definido /o/ e ele, na maioria das vezes, acompanha o substantivo abstrato de maior importância dentro desse poema. O artigo definido, portanto, define e objetiva o nosso corpus de trabalho (“o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas”).

Outro prisma que foi abordado foi o estilístico e nele percebemos que o poema possui algumas figuras de linguagem: uma é a personificação dos substantivos abstratos (principalmente o medo);  outra seria o uso constante de repetições para chamar atenção do leitor, pois o medo , como se sabe, é uma constante na vida do homem em meados dos anos 40 e transforma essa vida em um verdadeiro caos que é constante, tais quais essas repetições. Além disso, há os recursos sonoros, pois apesar de não haver rimas externas no poema, há rimas internas e a predominância é de encontrarmos aliterações, pois a repetição sonora da vogal “o” é bem visível (“existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,”).


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Conclusão

Por se tratar de um poema crítico - reflexivo da segunda fase drummoniana, percebemos, por fim, que através de uma linguagem simples e de usos constante de repetições, pode provocar no leitor  uma reflexão profunda, pois o medo torna-se tão poderoso que chega a ser agressivo. Então, através do poema, chegamos a uma conclusão que Drummond busca sérias transformações sociais e políticas para evitar que o negativo contexto vivido, principalmente, na Segunda Guerra Mundial não se torne uma continuação para os anos seguintes a ponto de nos deixar amarelos e inseguros de medo, como o poema aborda.

por  Veridiana Rocha

2 de jul. de 2015

Bandeira rejeitada.

As maiores redes de lojas americanas acabam de anunciar que vão banir a venda de produtos com a famigerada “Bandeira dos Confederados” nos EUA. A bandeira tem conexão histórica com a Guerra Civil dos americanos, representando o lado sulista, também conhecido como o lado contrário à abolição da escravidão. Pode-se até entender o conceito de tirar de circulação um símbolo “do perdedor”, mas… cento e cinquenta anos depois da guerra acabar? Soa histérico.

E não foram só as lojas que tomaram medidas do tipo. A governadora do estado da Carolina do Norte (que curiosamente faz parte do sul) discursou publicamente em favor da retirada da bandeira de qualquer prédio público no estado. Outros parecem estar seguindo o mesmo exemplo. É temporada de caça à segunda bandeira mais famosa dos EUA. O motivo é a vergonha de ter lutado para manter a escravidão?

1 de jul. de 2015

Cuide bem da sua criança




























"Eu poderia dizer que a sociedade é cruel com a criança que ainda existe dentro da gente, mas sociedade é uma coisa meio amorfa, meio sem cara, diluída demais para o que eu quero dizer." 

R E C O R T E S

(Quando Ben Jor ainda era Jorge Ben, em 1980, declarou que Cauby Peixoto era o eterno amante da Conceição, anexando ao comentário uma reflexão shakespeariana: "ser ou não ser Cauby, eis a questão". E o maestro Tom Jobim sentenciou: "Cauby é ótimo!".)

(Se fosse possível um teste de DNA na discografia do rock brasileiro, Cauby Peixoto teria definitivamente declarada a paternidade do gênero em solo nacional, quando em 1957 gravou a canção "Rock and Roll em Copacabana", composta por Miguel Gustavo.)

(Quando comecei a gostar de rock, no princípio dos anos 1970, via em Cauby a antítese musical dos rapazes remanescentes da Jovem Guarda e dos cabeludos das bandas britânicas. E fazia muxoxo da satisfação de minha mãe com a voz dele no rádio.)


(A ignorância de roqueiro iniciante nem de longe desconfiava que exatamente no ano do meu nascimento, 1959, a TIME e a LIFE, principais revistas da pátria do rock, o batizaram de "O Elvis Presley brasileiro", após sua temporada de 14 meses no EUA.)

30 de jun. de 2015

Conselhos e Entidades de Assistência Social

A política de assistência social é realizada por meio de um conjunto integrado de ações e de iniciativas públicas e da sociedade.
Esta atuação da sociedade ocorre por meio das organizações e entidades de assistência social, que não possuem fins lucrativos e que desenvolvem, de forma permanente, continuada e planejada, atividades de atendimento e assessoramento, e que atuam na defesa e garantia de direitos.

As entidades de assistência social fazem parte do Sistema Único de Assistência Social como prestadoras complementares de serviços sócio assistenciais e como cogestoras, por meio da participação no conselho de assistência social.

As entidades de atendimento são aquelas que prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios de prestação social básica ou especial, dirigidos às famílias e indivíduos em situações de vulnerabilidade ou risco social e pessoal, conforme Resolução CNAS nº 109/2005, Resolução CNAS nº 33/2011 e Resolução CNAS nº 34/2011.

As entidades de assessoramento prestam serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortalecimento dos movimentos sociais e das organizações de usuários, formação e capacitação de lideranças, dirigidos ao público da política de assistência social, conforme Resolução CNAS nº 27/2011.

As entidades de defesa e garantia de direitos prestam serviços e executam programas e projetos voltados prioritariamente para a defesa e efetivação dos direitos sócio assistenciais, construção de novos direitos, promoção da cidadania, enfrentamento das desigualdades sociais, articulação com órgãos públicos de defesa de direitos, dirigidos ao público da política de assistência social, conforme Resolução CNAS nº 27/2011.

Só assim chegaremos próximo daquilo que queremos e esperamos que nos seja oferecido como serviços públicos, oriundos das políticas públicas que daí surgiram. Políticas públicas concretas, só quando existe expressiva participação popular.  

“A palavra empolga, o exemplo ensina.”

Praticamente sem voz, cheguei a ser um antídoto contra o conformismo local, pois sempre vivi acreditando na política como um elevado serviço republicano, e fui muito condenado por pessoas que só enxergam os interesses do grupão.

Lutei contra os escândalos de desvio dos recursos públicos, e lembro das tantas vezes que fui até ao Ministério Público, ao Juizado e delegacias de Policias Civil para pedir uma atenção ao que ocorria aqui.

Aos 60 anos de idade, ainda não perdi a capacidade de indignar-me com as mazelas da nossa vida pública nem a esperança de transformá-la.

São Paulo sem jeito

A espuma da poluição do rio Tietê avança, desde a segunda-feira (22), sobre áreas urbanas de Pirapora do Bom Jesus (54 km de São Paulo).

O tráfego de veículos chegou a ser prejudicado. Outras cidades da região de Itu também registraram casos semelhantes. A espuma, além de detergente, tem produtos químicos e pode ser prejudicial à saúde.

Como o rio Tietê corta o centro da cidade, com pouco espaço entre as margens e as construções, a situação fica ainda mais grave, com a espuma atingindo construções e, em alguns casos, invadindo ruas.


Moradores em Pirapora do Bom Jesus relatam ainda que a espuma deixa manchas em roupas e chega até a causar danos à pintura de carros. Também é recorrente a reclamação de mau cheiro.





Novela da Globo falará sobre a volta de Jesus


A Globo vai colocar no ar uma novela falando sobre a volta de Jesus Cristo e o nome pode ser “E Se Ele Voltar?”.  O autor escolhido é Benedito Ruy Barbosa e já existem seis capítulos escritos. O diretor indicado pelo autor é Luiz Fernando Carvalho (Meu Pedacinho de Chão). Eles terão o desafio de convencer os cristãos católicos e tentar se reaproximar do público evangélico. A Rede Globo chegou a receber no último mês alguns deputados da Frente Parlamentar Evangélica, mas o deputado Marco Feliciano que promoveu a campanha contra a novela Babilônia não compareceu na Rede Globo.