Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

2 de jan. de 2018

joão pereira coutinho - "Folha Digital"


Feminismo de hoje é tão reacionário quanto o machismo neandertal
Ângelo Abu/Folhapress



Passei as festividades natalinas lendo Camille Paglia. Não sei se é pecado. Talvez seja. Mas que alegria –e que prazer!– ler uma feminista com atividade cerebral completa, que não se limita a defender a dignidade das mulheres –mas a dos homens também.

O título da sua coletânea de ensaios –"Free Women, Free Men: Sex, Gender, Feminism" (libertem mulheres, libertem homens: sexo, gênero e feminismo)– diz tudo: queremos uma sociedade de mulheres e homens livres –ou uma farsa infantil onde as mulheres são tratadas como espécies protegidas e os homens como selvagens inimputáveis?

O feminismo de Paglia, que provoca horrores mil nas "neofeministas", pode parecer demasiado severo para a sensibilidade histérica dos nossos dias. Mas subscrevo esse feminismo, não apenas por razões intelectuais –mas pessoais.

Cresci entre mulheres. Vivo entre elas. E quando relembro as mulheres da minha vida todas elas parecem encarnar o ideal de Paglia. Independentes. Irônicas. Corajosas. Que, sem surpresas, sempre gostaram de partilhar o espaço com homens adultos, dignos, refinados.

Para Paglia, o novo feminismo abandonou esse imperativo de exigência para que as mulheres sejam "amazonas", ou seja, senhoras da sua liberdade. Transformou as mulheres em seres débeis e vulneráveis, que devem ser constantemente protegidas de um mundo hostil e predatório.

Nota importante: Paglia não nega que o mundo é hostil e predatório. Sempre foi, sempre será. Ela apenas reafirma que as mulheres devem aprender a lidar com isso, não a retirar-se da arena como seres assustadiços.

Infelizmente, a voz de Camille Paglia foi abafada pela cultura da vitimização reinante. A Europa, nesse quesito, é terra devastada.

Leio na imprensa que a virada do ano em Berlim teve, pela primeira vez, uma "zona segura" para as mulheres. Em 2016, centenas foram abusadas por homens de "aparência árabe e norte-africana". Em 2017, houve uma espécie de "resort" para as espécies femininas que se sintam ameaçadas –e com a presença permanente da Cruz Vermelha.

Pode parecer piada. Ou cenário de guerra. Não é. As autoridades do país entenderam que a melhor forma de proteger as senhoras é pela segregação social (como nos países islâmicos). Será preciso elaborar sobre a aberração?

O papel de uma sociedade política civilizada não passa pela separação dos sexos. Passa pela garantia de segurança e ordem para todos. E de punição exemplar para os criminosos, independentemente da etnia, religião ou tara privada.

Será que a única coisa que o feminismo do século 21 tem para oferecer às mulheres é uma jaula? E não será essa oferta um insulto e uma degradação das próprias mulheres?

Mas a Alemanha não é caso isolado. Na Suécia, há uma nova lei a caminho para punir a violação. O premiê Stefan Löfven fala em "reforma histórica" –e eu tremo: relações sexuais, só com "consentimento explícito". Mas de que "consentimento" falamos? Verbal? Gestual? Só vejo uma forma de produzir uma prova de inocência irrefutável: um documento escrito.
Imagino: dois amantes, em momento de excitação. Subitamente, um deles para o andamento da dança e entrega um formulário para ser preenchido e assinado pela donzela arfante.

Dizer que isso é um dramático "turn-off" é um eufemismo. Mas não é um eufemismo declarar que uma lei dessas, mesmo na versão oral ("sim, declaro solenemente que tens a minha autorização para contatos fálico-vaginais"), é uma caricatura grotesca da intimidade entre adultos.

Será que a única coisa que o feminismo do século 21 tem para oferecer às mulheres é um papel e uma lapiseira?

Não tenho filhas. Se tivesse, Camille Paglia seria leitura obrigatória. Só para que elas aprendessem que as mulheres não são vítimas naturais de um mundo que existe para as amedrontar ou violar.

As mulheres devem ser mulheres: livres, independentes, conscientes do seu poder sexual, capazes de avaliar os riscos (e os homens) sem a mão paternalista de outras mulheres (ou de outros homens) que gostam de defender as suas "honras".

"Defender a honra?" Precisamente. O feminismo contemporâneo é tão reacionário como o machismo neandertal: ambos tratam as mulheres com a mesma condescendência. Ambos olham para as mulheres como o "sexo fraco".


É o eterno retorno. 

28 de dez. de 2017

Quem ainda não esqueceu a PEC 241? - PEC 241, o que é isso?



consentimento


“Nenhum homem é bom
suficiente para governar
outro sem o seu
consentimento”
                                                                                                                           
                                                                                                       Abraham Lincoln

27 de dez. de 2017

Política fiscal


“a história recente do Brasil indica que o país fez uma escolha política pela desigualdade”. “Um dos pilares da permanência da enorme diferença de salários é a política fiscal que faz os mais pobres pagarem proporcionalmente mais impostos do que os mais ricos”. Marc Morgan,


Lula é o primeiro nas pesquisas 2018

"É proibido o povo ser alegre?
Esse país chegou a ser quase a
5ª economia mundial.
E olha o que eles fizeram"
Lula

24 de dez. de 2017

Yes


E pronto.

Coisa de Preto (Jonathan Oliveira Raymundo)

Em novembro, William Waack foi afastado do Jornal da Globo após vazamento de um vídeo, onde declara preconceito contra negros (sem saber que estava sendo gravado):

 “Não vou nem falar, eu sei quem é…”
“Preto, né”?        
“É coisa de preto com certeza.”



Em nota, a Globo disse ser "visceralmente contra o racismo em todas as suas formas e manifestações", e que Waack, "afirma não se lembrar do que disse, já que o áudio não tem clareza",
mas pede desculpas a quem se sentiu ofendido. 

Tudo aconteceu em 8 de novembro de 2016, mas a Globo só se manifestou após o vazamento do vídeo, um ano depois.


Especialistas dizem que a Globo não demitiria o jornalista William Waack por preconceito. O que motivou a demissão do âncora, foram as reações negativas. Mexer com patrocinadores é pecado capital.

Veja o vídeo:


Na última quinta-feira 9 de novembro, o operador de VT Diego Rocha Pereira e o designer gráfico Robson Cordeiro Ramos vieram a público para esclarecer que foram eles os responsáveis pela divulgação das imagens. 
Diego trabalhava na Globo na época em que a filmagem aconteceu e ficou pasmo ao ver o comentário racista de Waack. Aí decidiu gravar o trecho no celular.
Diego teve o celular roubado e acreditou ter perdido o vídeo, depois se lembrou de que tinha enviado ao amigo Robson. 

Com a divulgação do vídeo ambos tornaram-se figuras públicas, elogiados e odiados pelo mesmo motivo: “A coragem”.

“Fico chocado, porque tem muita gente defendendo ele. 
As pessoas estão me chamando de oportunista, mau-caráter, petralha…”. Disse Diego.


Após ver o vídeo fiquei também indignado com a reação sínica do entrevistado. E não li, até o momento uma só palavra sobre o camarada (observe no vídeo como reage positivamente, e logo após, como quem senti a gravidade toma postura de indiferente). Aí resolvi pesquisar o tal diretor Paulo Sotero e seu institute Brazil do Wilson Center. Ao abrir o site do Institute Brazil dei de cara com um texto, e lembrei logo do primeiro Ministro exterior do governo Temer, Senador Serra, PSDB. Serra, junto com Aécio mudaram a legislação brasileira referente ao Pré Sal, possibilitando que o capital internacional, até aquele momento impedido, metesse aas mãos nos recursos reservados para a educação dos brasileiros. 

O texto:

Os leilões de pré-sal do 27 de outubro no Brasil foram um sucesso ressonante, de acordo com especialistas da indústria e investidores em todo o mundo. ExxonMobil, Statoil, Shell, Total SA e BP estavam entre os que disputavam uma participação nos oito blocos oferecidos; Em última análise, foram vendidos seis blocos, com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) do Brasil, com US $ 1,9 bilhão em bônus de assinatura. A participação ativa das principais empresas internacionais de petróleo marcou uma mudança significativa em relação ao seu interesse morno no leilão pré-sal inicial em 2015, refletindo as mudanças regulatórias introduzidas ao longo do ano passado para abrir o pré-sal ao investimento estrangeiro. O próximo leilão, previsto para junho de 2018, deverá ampliar a tendência positiva e ajudar o Brasil a desenvolver o setor de petróleo e gás sob um modelo competitivo, orientado para o mercado.


Há poucos dias, vendo um vídeo do Senador Roberto Requião, soube sobre uma  provável negociação envolvendo o Temer, enquanto vice-presidente de Dilma, e a Shell, quando o objetivo seria o impeachment de Dilma, o que tornaria a abertura dos leilões do Pré Sal possível, até então negados pelo PT.




Ataque ao sistema de ensino superior público no Brasil: o que está por trás?


O Brasil não se recuperará caso o Sistema de Ensino Superior Público seja desmantelado. Ficaremos reduzidos a uma intelligentsia compradora, eternamente dependente da ciência e tecnologia internacionais e a um sistema de ensino superior comandado por poderosos grupos econômicos internacionais pautados pela lucratividade e passando a apresentar um ensino superior elitista e conteudista

(Por mais que a Constituição esteja acima de qualquer indivíduo e de qualquer grupo de indivíduos (até mesmo do presidente da república e do congresso nacional), são os membros da Assembleia Constituinte que se reúnem para escrever uma Constituição.)

https://diplomatique.org.br/

que nunca falte lapis


eterno futuro












Jornal GGN - O processo de impeachment é um sintoma de uma crise agravada pela falência das instituições da democracia representativa. A opinião é de Roberto Amaral, ex-ministro da Ciência e Tecnologia e ex-presidente nacional do PSB, que afirma que o sistema partidário está falido. "Sua inanidade é estrutural, é orgânica, é morfológica, é ideológica", afirma.

Já  em pleno período eleitoral 2018, momento único em quatro anos ‘quando a sociedade pode garantir a revisão de caminhos priorizados por ela, para a promoção de mudanças identificadas como importantes’;

...tentando entender a constituição, uma democracia republicana com partidos políticos, igrejas e sociedade, completamente direcionados para um insaciável capital;

...um povo  educado e esperançoso pra realizar uma independência financeira por sua  felicidade;

Penso  se  tenho  de  saber  o  resultado  de  tudo  isso?

17 de dez. de 2017

HINO BRASILEIRO, AS VERDADES OCULTAS


A Verdadeira Religião é Individual e não Social

Experiência não é o que acontece com você, mas sim o que você faz com o que acontece com você.

É possível que a religião da solidão seja de certa maneira superior à religião social e formalizada. O que é certo é que ela apareceu mais tarde no decurso da evolução. Além disso, os fundadores das religiões e seitas historicamente mais importantes têm sido todos, com exceção de Confúcio, solitários. Talvez seja verdade dizer-se que, quanto mais poderosa e original for uma mente, mais ela se inclinará para a religião da solidão, e menos ela será atraída no sentido da religião social ou impressionada pelas suas práticas. Pela sua própria superioridade a religião da solidão está condenada a ser a religião das minorias. Para a grande maioria dos homens e das mulheres a religião ainda significa, o que sempre significou, religião social formalizada, um assunto de rituais, observâncias mecânicas, emoção das massas. Perguntem a qualquer dessas pessoas o que é a verdadeira essência da religião, e eles responderão que ela consiste na devida observância de certas formalidades, na repetição de certas frases, na reunião em certos tempos e em certos lugares, da realização por meios apropriados de emoções comunais. Aldous Huxley, in "Sobre a Democracia e Outros Estudos"
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Aldous Huxley

ESCRITOR E ENSAÍSTA INGLÊS
26/7/1894, Godalming, Inglaterra
 22/11/1963, Los Angeles, EUA.​

Filho de uma família de classe média alta, Aldous Huxley teve uma educação privilegiada. Devido a um problema na retina, quase ficou cego aos dezesseis anos, tendo que abandonar o curso de medicina. Parcialmente recuperado, aprendeu braile e mais tarde recuperou visão suficiente para se formar com honra pela Universidade de Oxford, onde teve o primeiro contacto com a literatura.  Viveu a maior parte dos anos 20 na Itália fascista de Mussolini, que inspirou parte dos sistemas autoritários retratados em suas obras. Passou outra parte da sua vida nos Estados Unidos, e viveu em Los Angeles de 1937 até a sua morte, em 1963. A obra-prima de Huxley, Admirável Mundo Novo (Brave New World), foi escrita durante quatro meses no ano de 1931. Os temas nela abordados remontam grande parte de suas preocupações ideológicas como a liberdade individual em detrimento ao autoritarismo do Estado.
No ano de 1937 Aldous Huxley mudou-se para Los Angeles e em 1938, no auge da sua carreira, chegou a Hollywood, como um de seus mais bem remunerados guionistas. Nessa fase, escreveu romances como Também o Cisne Morre (1939), O Tempo Pode Parar (1944), O Macaco e a Essência(1948).
cinema para Huxley foi uma aventura tão fascinante quanto as suas descobertas e experiências com a mescalina, narradas em "As portas da percepção" (The Doors of Perception), de 1954, livro que exerceu certa influência sobre a cultura hippie que florescia, dando nome por exemplo à banda The Doors, embora o título seja oriundo de um verso de Blake. Os Beatles escolheram seu rosto entre algumas dezenas de grandes personalidades que figuram na capa do mais marcante álbum do quarteto, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, com faixas polêmicas cujas letras evidenciavam afinidade com estados alterados de percepção. Paul McCartney admitiu em uma entrevista que Lucy in The Sky with Diamonds era uma canção sobre LSD. Huxley, muito embora, possuía preferências culturais e hábitos muitíssimo diversos do movimento hippie como um todo, abordava o universo dos psicoativos voltado à antropologia e à filosofia. Dois anos depois, viúvo, casou-se novamente e publicou "Entre o céu e o inferno".

Morte
Nos últimos dias, impossibilitado de falar, Huxley escreveu um pedido à sua mulher para "LSD, 100 µg, intramuscular" (100 microgramas de LSD, aplicação intramuscular).[10] Ela injetou uma dose às 11:45 da manhã e outra algumas horas depois. Ele morreu às 17:21 do dia 22 de novembro de 1963, aos 69 anos. As cinzas de Huxley foram enterradas no jazigo da família,[2] no cemitério de Watts, casa de Watts Mortuary Chapel em Compton, uma vila perto de Guildford, Surrey, Inglaterra.[11]
A cobertura midiática a respeito de sua morte foi ofuscada pelo assassinato de John F. Kennedy, no mesmo dia, assim como a morte do autor irlandês C. S. Lewis.

Obras publicadas

1920 - Limbo, contos de estreia
1921 - Crome Yellow (Férias em Crome), romance
1923 - Antic Hay (Ronda Grotesca), romance
1926 - Two or Three Graces (Duas ou Três Graças), contos
1928 - Point Counter Point (Contraponto), romance
1929 - Do What you will (Satânicos e visionários), ensaios
1932 - Brave New World (Admirável Mundo Novo), romance
1936 – Eyeless in Gaza (Sem Olhos em Gaza), romance
1937 - Ends and Means Despertar do Mundo Novo), ensaios
1939 – After Many Summers (Também o Cisne Morre), romance
1941 – Grey Eminence (Eminência Parda), biografia romanceada
1943 – The Art of Seeing (A arte de ver), ensaios
1945 - Time Must Have a Stop (O Tempo Deve Parar), romance
1946 – The Perennia Philosophy (A filosofia perene), ensaios
1949 – Ape and Essence (O Macaco e a Essência), romance
1952 – The Devils of Loudun (Os Demônios de Loudun)
1954 – The Doors of Perception (As Portas da Percepção), ensaios
1956 - Heaven and Hell (Céu e Inferno), ensaios
1959 – Brave New World Revisited (Regresso ao Admirável Mundo Novo), ensaios
1962 – Island (A Ilha), romance
1978 – The Human Situation (A Situação Humana), ensaios


TERRA AMADA





Ó!
Gentil povo
heroico
e brado mesmo.

Ó! Liberdade
idolatrado sonho
intensa glória
futuro e passado
lindas flores
amores
cadê nosso ouro?

Que brilhe 
no meio da noite
iluminando este céu
gigante por natureza
antes da fome que vem
logo pela manhã.

Se não,

com o sol novamente
a sinfonia passante
a ânsia na garganta
seus símbolos 
de amor e dor
teus olhos d’água grandes rios
teus verdes campos grandes matas
povo verde!

Ó! 
Pátria amada

por esta luz entre outras mil
se queres liberta 
clava forte
os filhos deste
solo gentil
que te adoram
e sobre,

morrem!

quatro cantos - padrin pajé



I'm
serious:






The
 Globe 
Needs
to
stop.