Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

28 de fev. de 2018

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King Crimson - Starless - outra vez



27 de fev. de 2018

hotel em órbita da Terra abre as portas em 2021


Fazer turismo fora do planeta Terra é algo que muita gente está interessada em ver num futuro próximo. E embora várias empresas envolvidas em construção aeroespacial tenham desenvolvido ofertas neste mercado, como as viagens da Virgin Galactic à orla da atmosfera, que estão previstas para este ano, um hotel parece ainda estar no reino da ficção científica. Ou talvez não, pois uma empresa tem planos para colocar não um mas dois hoteis em órbita já em 2021.








A Bigelow Aerospace, conhecida por fazer transporte de materiais para a Estação Espacial Internacional, criou uma nova divisão, a Bigelow Space Operations, que vai colocar em órbita dois novos módulos para habitação humana no espaço, o B330-1 e o B330-2. Estas vão ser as estruturas mais complexas colocadas em órbita, e Robert Bigelow, diretor-geral das duas empresas, prevê que o tipo de serviços providenciado por esta plataforma vai ser “diverso”, ou seja, não será usado apenas para exploração científica. E oferecer a um milionário excêntrico a hipótese de ver a Terra do lado de fora pode ser uma excelente maneira de recuperar custos a aproveitar o espaço adicional que estas estações vão ter.

Criar estações espaciais de maior tamanho é um objetivo futuro para a Bigelow, que tem planso para, dentro de poucos anos, criar uma estação única, lançada a partir de um único foguetão, que vai transportar 2,4 vezes mais material do que o presente na atual Estação Espacial Internacional. Para criar esta colónia humana orbital, a Bigelow Aerospace e a BSO vão construir três novas fábricas. Estas também estão à procura de pessoal qualificado capaz de criar um futuro onde a humanidade possa sair do planeta Terra com frequência

Tecnologia para limpar o plástico dos oceanos


Um estudo recente publicado pela revista Science e conduzido pela universidade sueca de Uppsala alertou que algumas espécies marinhas estavam a começar a incluir plásticos na sua dieta. As larvas dessas espécies, acrescentou o estudo, quando cresciam, convertiam-se em espécimes adultos "mais pequenos e mais lentos".

Até há pouco tempo, pensava-se que os animais que ingeriam esses plásticos presentes nos nossos mares e oceanos o faziam de forma acidental, mas novas pesquisas mostram que não é assim, que esses resíduos exercem uma atração irresistível para alguns peixes devido ao seu odor. Aparentemente, ao entrar em contacto com a água salgada, os plásticos começam a emitir um cheiro semelhante ao krill ou ao plâncton, o que leva as espécies marinhas a comê-los. E o que é pior, como demonstrado pelo estudo da Universidade de Uppsala, literalmente, as espécies entusiasmam-se com a sua ingestão. Oona Lonnstedt, diretora da pesquisa, disse que "o plástico possui propriedades químicas ou físicas que geram uma necessidade particular de alimentação nesses peixes. Eles acreditam erroneamente que se trata de alimento de alto valor energético e que precisam de comer muito. É semelhante ao que acontece com a comida “fast food” nos adolescentes: não resistem a encher-se dela".


O problema, longe de ser resolvido, aumenta a cada ano com o despejo de oito milhões de toneladas de plásticos nos oceanos. Há pesquisadores que asseguram que em 2050 haverá mais plástico do que peixes nos mares. Um desastre ambiental que pode tornar-se irreversível se não agirmos a tempo. Algumas dessas ações estão no campo puramente reivindicativo, como a promoção de uma organização que visa converter a grande ilha de resíduos plásticos encontrada no Oceano Pacífico (e que tem uma superfície semelhante à da França) num estado independente. Eles já têm a sua própria bandeira, nome (Ilha do Lixo) e moeda. Mas há muitas outras iniciativas científicas e tecnológicas que podem ajudar os oceanos a continuar a ser, como até agora, um pilar indispensável para a vida no nosso planeta.


Uma das mais engenhosas é a iniciativa desenvolvida pela “Seabin”, uma empresa fundada por Andrew Turton e Pete Ceglinski, dois apaixonados pelo mar capazes de arriscar tudo num projeto cuja genialidade reside na sua aparente simplicidade, já que se trata de instalar cestos no mar capazes de recolher os plásticos flutuantes. O início, diz Ceglinski, não foi fácil: "Em 2015 deixei o meu emprego e com todo o dinheiro que poupei aluguei a fábrica em que estamos. Gastei tudo o que tinha para a preparar e vivi lá durante um ano e meio porque não podia pagar uma casa". Dois anos depois, a Seabin possui uma equipa de especialistas e já comprovou que os seus produtos funcionam. O desafio a partir de agora, quando está prestes a começar a sua comercialização, é conseguir que esses recipientes sejam capazes de recolher nanoplásticos e microfibras, muito mais difíceis de apanhar devido ao seu tamanho pequeno. A tecnologia da Seabin pode ajudar a reduzir o problema da poluição marítima, mas, como reconhece Ceglinski, a única solução definitiva é "ensinar crianças e jovens a não comprar plásticos descartáveis, a não os atirar ao mar, a reciclar. Assim, não precisaremos dos nossos cestos porque o problema deixará de existir. A verdadeira solução não é a tecnologia, mas a educação".

Texto: José L. Álvarez Cedena
http://www.dn.pt/

26 de fev. de 2018

A estátua da Liberdade reconstruída por Tamam Azam, um artista sírio, com os destroços da sua própria casa.


O valor da verdade na era do fake news - por Paulo Nassar

Já dizia o filósofo e escritor italiano Umberto Eco: "O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade. "Segundo ele, os "idiotas da aldeia" tinham o direito à palavra em um bar após uma taça de vinho, mas sem prejudicar a coletividade. 
Com o advento das redes sociais, no entanto, hoje eles "têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel". 
A teoria de Eco é comprovada por um levantamento realizado pelo Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas de Acesso à Informação da USP, na semana que antecedeu a votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, em abril de 2016. A diligência, que investigou mais de 8 mil reportagens publicadas em jornais, revistas, sites e blogs no período, concluiu que três das cinco notícias mais compartilhadas no Facebook eram falsas. Juntos, os textos tiveram mais de 200 mil compartilhamentos, o que nos leva a crer que mais de 1 milhão de pessoas tenham sido impactadas por notícias falsas em menos de uma semana.


São muitas emoções


“Tendo abandonado as ações negativas,
devemos renunciar às suas causas,
que são as emoções negativas”

Dalai Lama



A globo, os empresários, os generais e a contracultura


Construído em 1904 para ser o “Pavilhão do Brasil” na Exposição de Saint Louis, de 30 de abril a 1º de dezembro de 1904 (comemoração do centenário de integração do Estado de Louisiana aos EUA), durante o regime republicano do Presidente Francisco de Paula Rodrigues Alves, com o intuito de firmar o Brasil perante a situação mundial que vivia a euforia da “Belle Époque”.

O autor, Coronel e Engenheiro Francisco Marcelino de Souza Aguiar, desenhou o palácio usando uma estrutura metálica, capaz de ser totalmente desmontada e re-aproveitada no Brasil, conforme determinação do Aviso nº 148 de 03/07/1903, 

cláusula 1ª:

 “Na construção do Pavilhão se terá em vista aproveitar toda a estrutura, de modo a poder-se reconstruí-lo nesta capital”.


A imprensa americana não poupou elogios, destacando o “Pavilhão do Brasil” pela beleza, harmonia das linhas e qualidade do espaço, condecorando-o com o maior prêmio de arquitetura da época: “Grande Prêmio Medalha de Ouro”.Os elementos de composição inscrevem-se na linguagem geral do ecletismo, num estilo híbrido, caracterizado por uma combinação liberal de diversas origens que marcou uma época de transição na arquitetura. Rompendo o Brasil com os laços tradicionais da arquitetura de Portugal e descobrindo novas tendências. Em 1906, foi remontado no Brasil, com 1700 m² de área construída, para sediar a “3ª Conferência Pan-Americana”.

A DEMOLIÇÃO

(Não podia ser diferente, são os mesmos hoje e ontem. Entra em campo os demônios da rede globo. Quem são eles? O povo não sabe. É a Globo! Assim falam. Mas a Globo você não encontra nas ruas. Precisamos saber quem são os homens e mulheres que impedem o crescimento do Brasil usando a fantasia globo.) precisamos encontrá-los na rua, cara a cara. Já que nunca são vistos falando na TV.)


O início da campanha para a demolição do Palácio Monroe foi detonada em 04/07/1974, pelo jornal “O Globo”, justificando atrapalhar o trânsito e a construção do metrô, qualificando-o como uma mera cópia, desprovido de qualquer valor artístico. Começa a elencar pareceres favoráveis à demolição.

(Ninguém tem dúvida sobre a qualidade da imagem da Globo que sempre foi ótima em todos os cantões deste país. Até porque, sempre usou, melhorando, da estrutura já existente nos locais. Um verdadeiro monopólio, permitido por uma legislação propositalmente míope. Porém, estranhei quando li na reportagem, que a Globo, afim de convencer, disseminou ser o prédio uma inútil cópia. Sem nenhuma importância histórica”. O estranho é: o que a Globo tem de melhor em sua programação, não passa de cópia.) 

O Palácio, que fora motivo de orgulho nacional, passa a ser chamado de monstrengo do passeio público, sem importância histórica.
 O local passa a ser especulado pela iniciativa privada para a construção de um edifício garagem, mas a proposta de uma grande praça para a estação do metrô da Cinelândia, rodeada de áreas verdes, ganha adeptos.

O Senador Magalhães Pinto, Presidente do Senado, pressionado pela opinião pública e pelos ataques do jornal “O Globo”, dispõe-se a desocupar definitivamente o prédio.
Em 11 de outubro de 1975, o Presidente Ernesto Geisel autorizou o Patrimônio da União a providenciar a demolição do Palácio Monroe.


O general cultivava um velho ódio por um colega de farda que tinha o sobrenome SOUZA AGUIAR. Tudo por causa de uma promoção no exército. Daí a vingança, mandando demolir o palácio, obra do Cel. Souza Aguiar.

19 de fev. de 2018

Antônio Carlos e o ECA.


Sobre o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA e sobre o Conselho Tutelar.

Sobre os conselhos e sobre os conselheiros.

Sobre as instituições e ações na defesa e promoção dos direitos da criança e do adolescente.

Sobre o Fia e sobre o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - FMDCA.

O CMDCA de Antônio Carlos, MG está se preparando para votar um projeto de capacitação continuada para  CONSELHEIROS TUTELARES, CONSELHEIROS DOS DIREITOS, SUAS, agentes públicos e pessoas que atuam em programas ou projetos voltados para crianças e adolescentes em nossa sociedade. O objetivo é proporcionar aos conselheiros tutelares e aos conselheiros dos direitos uma contínua atualização de seus conhecimentos, assim como para todos antônio-carlenses, uma oportunidade de obterem as informações precisas sobre as dificuldades e sobre as evoluções alcançadas a partir da atuação dos dois conselhos e de toda a rede municipal junto as nossas crianças e adolescente. 

Pesquisando alguns palestrantes na internet, precisamos contratar um, encontrei  MURILLO DIGIÁCOMO. Um paranaense, professor promotor de Justiça. Assista ao vídeo:



Encontrei também LUCIANO BETIATE. Estivemos (CMDCA/CT) com ele em um seminário, promovido pelo CMDCA de Juiz de Fora. É bom, mas queremos ouvir outro. Conheça Luciano. Assista: 




DANIEL PÉRES também encontrei falando sobre “Mitos sobre o Conselho Tutelar.” Vídeo: 


Para finalizar, MADUCA LOPES, falando sobre colegiado.



Por Iara Haasz e Bruno Huberman 29 de janeiro de 2018 - QUEBRANDO MUROS


De Gaza à Porto Alegre:

a lei como arma de guerra 
a serviço das elites

 Crédito: Marcelo-Camargo-ABr





Por Iara Haasz e Bruno Huberman
29 de janeiro de 2018


Ao redor do mundo, a lei tem sido instrumentalizada pelos poderosos para justificar e legitimar perseguições, assassinatos e prisões

Os petistas que chegaram ao poder no Brasil nas últimas eleições presidenciais não são isentos de responsabilidade, mas os recursos que têm sido utilizados para persegui-los e tirá-los do poder demonstra o pouco apreço das elites brasileiras — jurídica, política e econômica — aos ritos democráticos e ao Estado de direito. Este expediente, no entanto, não é restrito ao território nacional.

Tanto Lula (no caso Petrobras-Guarujá) como José Dirceu e José Genoino (no caso ‘Mensalão’) foram condenados com a utilização da teoria do domínio do fato. Criada pelo jurista alemão Claus Roxin nos anos 1960, a teoria buscava lidar com os mandantes dos crimes cometidos durante o período em que os nazistas estiveram no poder na Alemanha (1933-1945).

Segundo Roxin, “quem ocupa posição dentro de um chamado aparato organizado de poder e dá o comando para que se execute um delito, tem de responder como autor e não só como partícipe, como queria a doutrina da época”.

Embora a teoria não tenha sido bem-sucedida na responsabilização de líderes nazistas, foi utilizada nos processos contra dois ditadores latino-americanos: o argentino Jorge Rafael Videla (líder da junta militar que governou o país entre 1976 e 1981)  e o peruano Alberto Fujimori (presidente do país entre 1990 e 2000).   

Os juízes federais responsáveis pelo julgamento do ex-presidente Lula
Apesar de ter sido citada pelos juízes federais e os ministros da Suprema Corte Federal (STF) nos citados julgamentos contra as lideranças petistas, para um dos maiores especialistas no assunto, ia teoria-do-dominio-do-fato-nao-vale-para-corrupca  passiva.
Segundo Alaor Leite, jurista professor da Universidade Humboldt, de Berlim, e aluno de doutorado do desenvolvedor da teoria, o alemão Roxin, na Universidade de Munique, “a teoria do domínio do fato não serve para fundamentar responsabilidade penal pela mera posição de destaque no interior de uma estrutura hierárquica”. Ou seja, os juízes precisam provar a relação, não apenas deduzi-la.

Além de Lula, Dirceu e Genoino, a ex-presidenta Dilma Rousseff (caso ‘pedaladas’-impeachment) também foi afastada do poder pela instrumentalização da lei. Todos tiveram, em comum, entre as justificativas de suas condenações, não exatamente provas legais, mas o “conjunto da obra”.

Isto é, diante da inexistência de fatos concretos para condená-los, os seus juízes (ministros do STF, desembargadores federais e parlamentares federais) acabaram os condenando pelo conjunto formado pela posição de liderança que desempenhavam numa suposta hierarquia criminal, que supostamente tornava-os responsáveis por malfeitos de seus subordinados, pelo simbolismo da sua figura pública e também por suas atitudes, que se não eram exatamente criminais, eram suficientemente ‘crimináveis’.

“Guerra jurídica”: de Porto Alegre à Gaza

Como vemos, a lei tem sido utilizada como instrumento para o golpe no lugar da arma. Estudiosos do direito já inventaram um nome pra isso: “lawfare”. Formada pela conjunção das palavras inglesas ‘law’ (‘lei’), e ‘warfare’ (guerra), o termo pode ser traduzido para algo como ‘guerra jurídica’.

O termo originalmente se refere a uma forma de guerra na qual a lei é usada como arma de guerra. Basicamente, seria o emprego de manobras jurídico-legais como substituto de força armada, visando alcançar determinados objetivos de políticos.

Seria como se o tribunal fosse a continuação da guerra por outros meios, parafraseando o teórico militar alemão Carl von Clausewitz. Ou seja, na ausência dos militares, os juízes. A defesa do ex-presidente Lula tem , inclusive, argumentado nesse sentido-

Para quem estuda a questão Palestina, entretanto, o termo não é novidade.

 Ataque israelense à Faixa de Gaza, em 2014

















Desde o início dos anos 2000, Israel tem utilizado a destruição como forma de controle social de seus oponentes, levando à destruição de bairros inteiros em Beirute, no Líbano, em Jenin, na Cisjordânia, e também na Faixa de Gaza, onde há o governo do Hamas — grupo político de resistência palestino de orientação religiosa fundamentalista considerado um movimento terrorista por Israel, os EUA e demais nações.

Apenas em 2014, Israel deixou 2.205 palestinos mortos durante os bombardeios e a incursões terrestres à Faixa de Gaza, dos quais 1563 eram civis, de acordo com a OCHA (Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários nos Territórios Palestinos Ocupados). No lado israelense, os foguetes das milícias e fogo de morteiro terminaram com 71 vidas, seis civis — muitos, inclusive, atingidos por ‘fogo amigo’.

Para legitimar os seus injustificáveis ataques, Israel tem instrumentalizado a lei humanitária internacional. Termos como “distinção” entre civis e militares e “proporcionalidade” entre dano civil e objetivos militares em “ataques necessários” contra alvos “legítimos” com mortes de civis “colaterais” e “indesejadas” passaram a povoar os discursos de militares israelenses.

Ao novo vocábulo, juntaram-se as “munições humanitárias”: ataques de baixa intensidade que servem para “notificar” os moradores de um edifício que o prédio sofrerá um bombardeamento de larga escala em poucos segundos — veja ao vídeo abaixo.


Desta forma, os crimes de guerra israelenses são ‘lavados’ pela lei internacional, configurando-se em um ‘ataque legislativo’, Segundo o arquiteto israelense Eval Welzman. Consequentemente, a lei internacional torna-se uma fonte de instrumentos éticos que tornam o poder legítimo e a morte justificável.

O ‘lawfare’ pode ser visto ainda em outros inúmeros casos, como nas prisões em massa e nas mortes de jovens negros pela sobreposição das ‘guerras’ às drogas, à pobreza e ao crime. Esse aparato, inclusive, foi fortalecido durante os anos petistas no governo nacional, como a Lei de Drogas, de 2006, a Lei das Organizações Criminosas, de 2013, e a Lei Antiterrorismo, de 2016. Rafael Braga e os milhares de jovens assassinados e presos que superlotam os presídios do país enquanto aguardam seu julgamento que o digam.

Logo, o PT é parcialmente responsável pela força desse instrumento jurídico que agora se vira contra ele próprio, conforme demonstra o texto da Cecília Oliveira no The Intercept.

Para deixar claro, palestinos e petistas não estão na mesma posição, há inúmeras diferenças. Assim como não estão no mesmo barco Lula e Rafael Braga. Embora oriundo da larga parcela marginalizada da população brasileira, Lula tornou-se parte da elite governante da nação, tornando-se vítima do aparato institucional que defendeu quando deixou de ser conveniente pelas outras frações da elite do poder.

No entanto, todos são submetidos a instrumentos jurídicos liberais disponíveis às elites brasileiras e israelenses para persegui-los de forma elusiva, camuflada, ‘pacífica’ e ‘legal’, que demonstram a função de manter os subalternos sob controle e excluídos da sociedade. Seja em uma situação de democracia republicana formal, como é o caso brasileiro, seja no flagrante caso de dominação colonial, como na situação em Palestina/Israel.

Apesar disso, ainda há aqueles que fiquem do lado dos israelenses em um caso e dos petistas em outro sem ver o paradoxo nisso.

 Camiseta com a imagem de Lula vendida em mercado de rua na Palestina

17 de fev. de 2018

Linda história

https://issuu.com/amantomoura/docs/o_menino_do_dedo_verde_-_maurice_druon
















 “Se você não matou em si o espírito da infância”, vai alegrar-se com a leitura deste belo livro.

O menino que não riu


















O pequeno Xiao Jiang brincava, até que ficou com a cabeça presa nas grades de proteção da janela de sua casa. Só queria sair dali.  

15 de fev. de 2018

Paixões delicadas


O publicitário nem sabe...

{ Já existiam os cursos de Comunicação com especialização em Publicidade. A Lei veio apenas 

regulamentá-los. Desde então, passaram a propiciar formação mais ampla nas áreas de ciências humanas – psicologia, sociologia e antropologia –, com reforço em redação publicitária, linguagem publicitária e criação.A questão da ética também é fundamental, nessa e em qualquer outra profissão. É só dar uma olhadinha na história para ver os riscos que corremos com publicidades enganosas. São conhecidos os exemplos de que uma mentira dita muitas vezes pode virar verdade; nem que seja por pouco tempo, mas será suficiente para provocar estragos.


A escuridão comeu a lua.

Em algumas regiões do planeta, o cidadão pode observar uma Superlua, uma Lua Azul e uma Lua de Sangue, esta última em decorrência de um eclipse lunar.  Estão chamando essa junção de "Superlua Azul de Sangue".

Infelizmente, no Brasil, o fenômeno ocorre na noite desta quarta-feira sem o eclipse, que poderá ser visto apenas em algumas localidades do extremo norte do país. Portanto, a maioria dos brasileiros poderá observar somente a Lua cheia em seu perigeu, o que se chama de Superlua e ocorre quando o satélite chega a um ponto muito próximo da Terra. Mesmo assim, de rara beleza.








A coincidência da Superlua com um eclipse não acontecia desde 1982. Ele pode ser visto melhor na América do Norte, Oriente Médio, Ásia, Rússia Oriental, Austrália e Nova Zelândia.

Esta Superlua é a terceira de uma série que começou em dezembro.

O termo Lua azul se refere a uma segunda Lua cheia em um mesmo mês, um fenômeno que ocorre em média a cada dois anos e meio. Já a Lua de sangue ocorre quando o astro não fica completamente negro durante o eclipse, visto que uma parte da luz do Sol, refletida pela atmosfera terrestre, alcança indiretamente a superfície lunar. Com isso, alguns raios solares também vazam, produzindo um reflexo avermelhado ou acobreado na Lua. Este fenômeno ocorre quando o astro alcança seu ponto orbital mais próximo à Terra.

13 de fev. de 2018

A REVOLTA DA VACINA














Rio de Janeiro, início do século XX: era uma cidade de ruas estreitas, sujas, com saneamento precário e foco de doenças como: febre amarela, varíola, tuberculose e peste bubônica. Por isso, os navios estrangeiros não paravam no porto carioca e os imigrantes recém-chegados da Europa morriam às dezenas de doenças infecciosas.


Ao assumir a presidência da República, Francisco de Paula Rodrigues Alves instituiu como meta governamental o saneamento e reurbanização da capital da República. Para assumir a frente das reformas nomeou Francisco Pereira Passos para o governo municipal. Este por sua vez chamou os engenheiros Francisco Bicalho para a reforma do porto e Paulo de Frontin para as reformas no Centro. Rodrigues Alves nomeou ainda o médico Oswaldo Cruz para o saneamento.



Reforma urbana

A República necessitava de um simbolo que lhe desse visibilidade permitindo ao país entrar na modernidade. Para resolver esses problemas, ao assumir a presidência da República, Francisco de Paula Rodrigues Alves instituiu como meta governamental o saneamento e reurbanização da capital da República. Teve então o inicio a reforma urbana, período conhecido popularmente como “Bota abaixo”, visando o saneamento, o urbanismo e o embelezamento, dando ao Rio de janeiro ares de cidade moderna e cosmopolita.

O Rio de Janeiro passou a sofrer profundas mudanças, com a derrubada de casarões e cortiços e o conseqüente despejo de seus moradores. A população apelidou o movimento de o “bota abaixo”. O objetivo era a abertura de grandes bulevares, largas e modernas avenidas com prédios de cinco ou seis andares.



Ao mesmo tempo, iniciava-se o programa de saneamento de Oswaldo Cruz. Para combater a peste, ele criou brigadas sanitárias que cruzavam a cidade espalhando raticidas, mandando remover o lixo e comprando ratos. Em seguida o alvo foram os mosquitos transmissores da febre amarela.

Finalmente, restava o combate à varíola. Autoritariamente, foi instituída a lei de vacinação obrigatória. A população, não acreditava na eficácia da vacina. Os pais de família rejeitavam a exposição das partes do corpo a agentes sanitários do governo.

A vacinação obrigatória foi o estopim para que o povo, insuflado pela imprensa, se revoltasse. Durante uma semana, enfrentou as forças da polícia e do exército até ser reprimido com violência. O episódio transformou, no período de 10 a 16 de novembro de 1904, a recém reconstruída cidade do Rio de Janeiro numa praça de guerra, onde foram erguidas barricadas e ocorreram confrontos generalizados.

No Brasil, o uso de vacina contra a varíola foi declarado obrigatório para crianças em 1837 e para adultos em 1846. Mas essa resolução não era cumprida, até porque a produção da vacina em escala industrial no Rio só começou em 1884. Então, em junho de 1904, Oswaldo Cruz motivou o governo a enviar ao Congresso um projeto para reinstaurar a obrigatoriedade da vacinação em todo o território nacional. Apenas os indivíduos que comprovassem ser vacinados conseguiriam contratos de trabalho, matrículas em escolas, certidões de casamento, autorização para viagens etc.

Após intenso bate-boca no Congresso, a nova lei foi aprovada em 31 de outubro e regulamentada em 9 de novembro. Isso serviu de catalizador para um episódio conhecido como Revolta da Vacina. O povo não aceitava ver sua casa invadida e ter que tomar uma injeção contra a vontade, então foram às ruas da capital da República protestar. 

Tanto tumulto incluía uma rebelião militar. Cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha enfrentaram tropas governamentais na rua da Passagem. O conflito terminou com a fuga dos combatentes de ambas as partes. Do lado popular, os revoltosos que mais resistiram aos batalhões federais ficavam no bairro da Saúde. Eram mais de 2 mil pessoas, mas foram vencidas pela dura repressão do Exército.

Após um saldo total de 945 prisões, 461 deportados, 110 feridos e 30 mortos em menos de duas semanas de conflitos, Rodrigues Alves se viu obrigado a desistir da vacinação obrigatória. “Todos saíram perdendo. Os revoltosos foram castigados pelo governo e pela varíola. A vacinação vinha crescendo e despencou, depois da tentativa de torná-la obrigatória. A ação do governo foi desastrosa, porque interrompeu um movimento ascendente de adesão à vacina”, explica Benchimol. Mais tarde, em 1908, quando o Rio foi atingido pela mais violenta epidemia de varíola de sua história, o povo correu para ser vacinado, em um episódio avesso à Revolta da Vacina.


http://portal.fiocruz.br/pt-br/node/473
http://www.ccms.saude.gov.br/revolta/revolta.html
https://fatosehistoria.wordpress.com/2012/03/04/revolta-da-vacina