Estamos em plena
Semana Santa. Todos nós, cristãos e tementes a Deus, conhecemos, desde
crianças, quando aprendemos em nossas aulas de Catecismo, lá em Caicó do
passado, sobre a brilhante e triste passagem de Jesus Cristo, filho de Deus,
pela terra. Ele teve realmente uma vida brilhante e pura, pregando o bem e
condenando o mau, mas, infelizmente, nós, pobres mortais, o fizemos sofrer e
até o condenamos à morte.
O mundo inteiro
conhece a vida e a morte do Messias e todos, nessa época do ano, ficam
compungidos e tristes e o veneram com mais ardor. Durante a Páscoa, quando
nosso coração fica mais sensível, a nossa adoração ao Filho de Deus fica mais
patente, quando isto deveria ocorrer em todos os dias do ano. Não devemos
esquecer de que Jesus Cristo foi crucificado para nos dar a vida.
Contudo, vamos nos
focar na injusta e imerecida condenação de Jesus Cristo, depois de uma delação
remunerada de Judas Iscariotes.
Pôncio Pilatos,
prefeito da província romana da Judeia, numa grande, monumental e histórica
“diarreia mental”, lavou as mãos e, para ficar politicamente numa boa com o
Sinédrio (assembleia judia, muito parecida com o nosso Congresso Nacional,
formada também por anciãos da classe dominante que tinha funções políticas,
religiosas, legislativas e educacionais) cheio de ciúmes (frescura de
políticos) porque o povo chamava Jesus Cristo de Rei dos Judeus, resolveu
interromper a sua trajetória santa na terra, exigindo a sua morte.
Primeiramente,
Pilatos que era um autêntico político, escroto e cheio de vaselina, com medo de
tomar decisões (idêntico aos nossos políticos), valendo-se de uma tradição
judaica, concedeu ao povo o direito de escolher qual dos dois acusados deveria
ser solto e o outro crucificado. Jesus
Cristo ou Barrabás? Quem era Barrabás? Um ladrão, salteador e homicida, que
estava preso, mais uma vez. E qual dos dois o povo escolheu? Fazendo escola
para o eleitorado, brasileiro que vota mal paca, o povo escolheu soltar
Barrabás, um cara que tinha o perfil de se filiar em qualquer partido político
brasileiro da atualidade.
Alguns historiadores
dizem que houve uma forte influência do Sinédrio e, se verdadeiro, vemos aqui
mais uma semelhança com o nosso magnânimo Congresso Nacional: um lobby para
aprovar uma sacanagem contra um inocente, em proveito da velharia que tinha o
mando político da Judeia.
Segundo, nós sabemos
o desfecho desta triste história: no gólgota, com flagelamento, sofrimento e
humilhação, culminado com a crucificação e morte de Jesus Cristo, em praça
pública entre dois ladrões.
Segundo o Evangelho,
um dos marginais que estava ao lado de Jesus Cristo no calvário, mostrando que
ainda lhe restava um resquício de dignidade e honra, convertendo-se, pediu:
“Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino” (Lucas 23:42).
Esse convertido é
hoje mundialmente conhecido por todos os cristãos, que jamais esqueceram o seu
nome: Dimas, o bom ladrão!
Como seria bom para
o Brasil, e muito menos trabalhoso para o Judiciário Brasileiro e menos gente
nas cadeias, se esses ladrões da política brasileira, de repete, inspirados em
Dimas, o bom ladrão, parassem de espoliar o erário público e se tornassem
também “bons ladrões”.
Voltemos ao
Evangelho. Dimas, o bom ladrão, toda a cristandade sabe o seu nome. E o outro
larápio? Aquele que, segundo alguns historiadores ficou à esquerda de Jesus e
zombou dele dizendo: “se és Cristo, salva-te a ti mesmo e salva-nos a nós”
(Lucas 23:39). Todos nós o conhecemos
como o mau ladrão, mas qual era o seu verdadeiro nome?
Eu sei, mas antes de
declinar o seu nome, quero jogar uma pitada de suspense e fazer uma ponderação.
Quantos maus ladrões nós temos na política brasileira? Ladrões anônimos, que
vêm dilapidando o dinheiro público e nós, pobres contribuintes, não sabemos os
seus nomes. Para mim esses são os mais perigosos. Silentes e sorrateiramente
pilham diariamente o Brasil. De quando em quando, alguém sai do anonimato e se
transforma num ladrão conhecido publicamente, mas, nem sempre é, convenientemente,
punido. Como exemplos, citemos aquele que foi filmado correndo com uma mala com
dinheiro de propina, aquele outro que foi filmado enchendo a cueca com dinheiro
subtraído fraudulentamente e um outro que lotou um apartamento com milhões de
reais surrupiados dos nossos impostos. Outros ladrões anônimos, mais cedo ou
mais tarde, fatalmente, irão pisar na bola e perder o anonimato para a Justiça
Brasileira e para o povo que paga seus altos salários.
Vamos desejar a
todos os brasileiros (cristãos ou não) uma Feliz Pascoa e peçamos a São Dimas,
o bom ladrão, que interceda pelo povo brasileiro junto a Jesus Cristo, para que
Ele continue nos ajudando a revelar nossos maus e anônimos ladrões para as
autoridades judiciais.
O nome do mau ladrão
era Gesta!