11 de dez. de 2018
'Bohemian Rhapsody' é a música mais ouvida no século XX
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(Foi em maio de 1976, com amigos que moravam em uma cobertura no centro de Niterói, tomando vinho e ouvindo ouvindo musicas na http://eldopopfm.com/ que ouvi pela primeira vez 'Bohemian Rhapsody'. A Rainha tornou-se um dos grupos de minha coleção.)
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Nesta segunda-feira, a música ultrapassou os 1.500 milhões de reproduções via streaming em diferentes plataformas digitais.
A música 'Bohemian Rhapsody' da banda de rock britânica Queen é a mais difundida composição do século XX no mundo, anunciou a gravadora da Universal Music.
De acordo com a mensagem transmitida pela empresa em sua conta no Twitter, nesta segunda-feira a música ultrapassou 1.500 milhões de reproduções via streaming em diferentes plataformas digitais.
" 'Bohemian Rhapsody' é uma das melhores canções de uma das melhores bandas da história. Estamos orgulhosos de representar a rainha e nós gostamos de ver que a canção ainda inspira novos fãs em todo o mundo mais de quatro décadas depois de sua estréia ", disse Lucian Grainge, CEO da Universal Music, citado pela Variety.
10 de dez. de 2018
9 de dez. de 2018
Perdendo meu tempo
O
PT
é
vermelho
O
antipetismo
é
amarelo
A
diferença
é
um
modismo
repente
A
distância
vai
além
de
um
vislumbre
adolescente
Chegando
bem
próximo
a
um
suicídio
demente.
Canção do Exílio, de Gonçalves Dias
Há 21 anos a UNESCO reconhecia o Centro Histórico de São Luís, Capital Estado do Maranhão, como Patrimônio Mundial da Humanidade.
A Praça Gonçalves Dias, ou Largo dos Remédios com o seu conjunto arquitetônico e paisagístico, surgiu em função da Igreja de mesmo nome que foi responsável, no inicio do seculo XVIII, pela primeira urbanização daquela área, primitivamente chamada de Ponta do Romeu. O monumento em homenagem ao poeta Gonçalves Dias, Construído com verbas de subscrição pública, foi inaugurado no ano de 1873. Local de grande interesse paisagístico pela ampla vista sobre o Rio Anil, reuni um imponente conjunto arquitetônico.
Poemas líricos mais conhecidos do poeta romântico brasileiro Gonçalves Dias:
A Canção do Exílio,
que começa com os versos "Minha terra tem palmeiras, onde canta o Sabiá", foi publicado em 1857 no livro “Primeiros Cantos”.
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."
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Sem dúvida, a “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias, é um dos mais
emblemáticos poemas da fase inicial do romantismo.
Nele o autor expressa o nacionalismo ufanista por meio da exaltação
Nele o autor expressa o nacionalismo ufanista por meio da exaltação
da natureza.
Composto por cinco estrofes, sendo três quartetos e dois sextetos, o
autor escreveu esse poema em julho de 1843, quando estava
estudando Direito na Universidade de Coimbra, em Portugal. Assim,
com saudades de seu país, sentia-se exilado.
estudando Direito na Universidade de Coimbra, em Portugal. Assim,
com saudades de seu país, sentia-se exilado.
Essa saudade fica bastante evidente na última estrofe, em que o
poeta expressa o seu desejo de regressar:
"Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;".
Curioso notar que dois versos da Canção do Exílio são
mencionados no Hino Nacional Brasileiro, composto em 1822:
“Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida, (no teu seio) mais
amores”.
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Antônio Gonçalves Dias nasceu em 10 de agosto de 1823 na cidade de Caxias, Maranhão.
Ingressou na Universidade de Coimbra em 1840, formando-se em Direito. Em 1845, retorna ao Brasil e publica a obra "Primeiros Contos". É nomeado Professor de Latim e História do Brasil no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro.
Ali, na época capital do Brasil, ele trabalhou como jornalista e crítico literário nos jornais: Jornal do Commercio, Gazeta Oficial, Correio da Tarde e Sentinela da Monarquia.
Também foi um dos fundadores da Revista Guanabara, importante veículo de divulgação dos ideais românticos. Em 1851 publica o livro "Últimos Cantos".
Nessa época conhece Ana Amélia, mas por ser mestiço, a família dela não permitiu o casamento. Assim, casa-se com Olímpia da Costa, com quem não era feliz.
Em 1854 parte para a Europa e encontra sua Ana Amélia, já então casada. Desse encontro nasce o poema “ Ainda uma vez-adeus!”.
Em 1864, depois de uma temporada na Europa para tratamento de saúde, embarca de volta a sua terra natal, ainda debilitado.
No dia 3 de novembro de 1864 o navio em que estava naufraga. O poeta falece próximo ao município de Guimarães, Maranhão, aos 41 anos de idade.
Ingressou na Universidade de Coimbra em 1840, formando-se em Direito. Em 1845, retorna ao Brasil e publica a obra "Primeiros Contos". É nomeado Professor de Latim e História do Brasil no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro.
Ali, na época capital do Brasil, ele trabalhou como jornalista e crítico literário nos jornais: Jornal do Commercio, Gazeta Oficial, Correio da Tarde e Sentinela da Monarquia.
Também foi um dos fundadores da Revista Guanabara, importante veículo de divulgação dos ideais românticos. Em 1851 publica o livro "Últimos Cantos".
Nessa época conhece Ana Amélia, mas por ser mestiço, a família dela não permitiu o casamento. Assim, casa-se com Olímpia da Costa, com quem não era feliz.
Em 1854 parte para a Europa e encontra sua Ana Amélia, já então casada. Desse encontro nasce o poema “ Ainda uma vez-adeus!”.
Em 1864, depois de uma temporada na Europa para tratamento de saúde, embarca de volta a sua terra natal, ainda debilitado.
No dia 3 de novembro de 1864 o navio em que estava naufraga. O poeta falece próximo ao município de Guimarães, Maranhão, aos 41 anos de idade.
Licenciada em Letras pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 2008 e Bacharelada em Produção Cultural pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2014. Amante das letras, artes e culturas, desde 2012 trabalha com produção e gestão de conteúdos on-line.
Assim
pordentroemrosa
A simplicidade é a maior ostentação da vida
Bruna Stamato
Poucas são as pessoas que podem dar-se o luxo de viverem – e serem felizes – na simplicidade. Não é pra qualquer um. Não é mesmo pra qualquer um, viver sem dar tanta importância ao que estão falando de você. Sem precisar TER para SER. Sem precisar SER, o tempo todo, algo à mais do que verdadeiramente se é.
Não é para qualquer um assumir-se. Simplesmente assumir-se, e não ter a necessidade de impressionar ninguém.
Assumir as origens; As escolhas (incluindo as erradas); Assumir que é normal, certas vezes, não ter grandes planos e ambiciosos projetos. Assumir que não gosta de lagosta ou pratos franceses, que prefere uma pizza e uma boa omelete; Que não curte praias badaladíssimas e que não almeja ser CEO de lugar nenhum e nem comprar um carro importado nos próximos meses.
"A GENTE NÃO SE PERMITE ESTAR EM PAZ E SATISFEITO COM O QUE TEMOS (…)”
Ser feliz com o que se tem é um risco tremendo. A maioria de nós (me incluo nessa) está sempre de olho no que ainda falta. Uma espécie de falsa “motivação” para os dias monótonos. A gente não se permite estar em paz e satisfeito com o que temos, pois achamos que desse jeito estagnaremos por completo.
Cuidado! Se você disse que não quer fazer MBA no exterior e que não precisa de um apartamento de alto valor, será chamado de falso e hipócrita pelos “yupies” modernos. Essa geração que não se importa em vivenciar nada, de fato, que só se importa em ganhar, contra o próprio ego, a disputa de “ quem tem mais”. Onde o objetivo nunca foi ser realmente feliz, e sim, causar “Inveja” nos demais, para quem sabe dessa forma compensar suas frustrações pessoais. A simplicidade é a maior ostentação dessa vida.
Não é todo mundo que conquista isso.
Quem descobrir o quão divino e delicioso pode ser um café da manhã em casa num domingo qualquer, com pão fresquinho, bolo caseiro e uma xícara de café, descobrirá a porta para a verdadeira felicidade.
E eu não estou falando de riqueza ou pobreza. Estou falando do luxo da singeleza. Do inestimável preço de alegrar-se com chuva na janela de manhã cedo.
Com um bichinho fazendo graça na rua… Com a alegria de escutar, várias vezes, a sua música predileta enquanto caminha pro trabalho.
Estou falando da magnificência que é, fazer o teu amor sorrir num dia conturbado. Em tomar um cappuccino bem quente num dia frio e nublado. Do entusiasmo ímpar de matar a vontade de um beijo apaixonado.
“PORQUE DA ESCASSEZ DO OURO A GENTE SE REFAZ, DE UM AMOR PERDIDO… JAMAIS.”
Troco todo o meu ouro por uma paixão fugaz! Porque da escassez do ouro a gente se refaz, de um amor perdido… Jamais.
Feliz não é quem acorda necessariamente num palácio em lençóis de seda, pra mim, feliz é quem acorda a hora que quer e com quem se ama do lado.
Do que adianta ser escravo de um trabalho que te paga muito, mas que te cobra muito mais? Que te cobra TEMPO, o bem mais precioso aqui na Terra. Que te dá status e te faz perder a apresentação da tua filha no colégio. Que te dá “sucesso”, mas te tira o sono. Que te dá muito dinheiro e muita dor de cabeça; Que te dá conforto, mas que te leva a LIBERDADE?
Pompa mesmo é quem pode tomar uma água de coco, sem pressa, de chinelo, às 3 da tarde…
Nos vendemos por tão pouco. Somos tão baratos que só pensamos em dinheiro. Dispensamos aquilo que de tão valioso, não está à venda. Amor genuíno; Amizade de infância; Colo materno. Historinhas para as crianças, antes de dormir…
Ensinar o seu filho a fazer panquecas. A gente sobrevive a um colégio mediano e a roupas velhas, mas raramente nos refazemos de pais ausentes e caros presentes, sem ternura alguma. A gente vive bem sem ir a Paris 1 vez por ano, mas não se vive bem sem arroz, feijão e o pão nosso de cada dia. Aprendamos a agradecer por isso.
“CONHEÇO MANSÕES SEM CAPRICHO ALGUM E SEM PARECER CONTER UMA ALMA DENTRO (…)”
Conheço mansões sem capricho algum e sem parecer conter uma alma dentro, e já tive a sorte de estar em casas simplórias com muito esmero e que me acolheram, muito melhor que hotéis 5 estrelas.
Como é bom colher flores e colocar num vasinho, como é bom chegar cansado em casa e encontrar um bilhetinho. Como é fantástico chegar tarde e ver que alguém deixou o teu jantar pronto, separado e quentinho.
Cobrir quem amamos numa madrugada fria; Fazer planos com o teu melhor amigo da faculdade, para uma viagem que nem sabemos se ao menos faremos, um dia.
Como é bom acordar com o canto dos passarinhos! Regar o jardim! Sorrir pra um bebê e vê-lo sorrir de volta. Como é bom saber que temos em casa alguém que nos ama, nos esperando para abrir a porta…
O esplendor da vida se dá na sutileza cotidiana de pequenos oásis tímidos, abscônditos em um mar de infinitas grandezas.
Ache os seus.
Postado em Sábias Palavras
8 de dez. de 2018
Graciliano Ramos nasceu no dia 27 de outubro, do ano de 1892. Oriundo da cidade de Quebrângulo, no estado do Alagoas.
Nascido em uma família de classe média, Graciliano conseguiu se sobressair, e, por isso, teve o privilégio de estudar.
Sua residência e vivência do sertão nordestino o inspiraram.
Graças ao fato de sentir a vida que o sertão oferecia, acabou por basear suas obras abordando aquilo que era do seu cotidiano.
Grande parte de sua infância foi vivida na cidade de Buíque, no estado do Pernambuco. Ainda residiu em Viçosa, no seu estado natal. Contudo, concluiu seus estudos na capital alagoana, sem cursar o ensino superior.
Após ocupar cargos públicos e seguir perambulando por cidades, Graciliano Ramos ingressa de vez na literatura. Em 1933, o romance ‘Caetés’ é lançado. Em sequência, ‘São
Bernardo’ e’ Angústia’, de 1934 e 1936, são publicados, respectivamente.
No ano da publicação de ‘Angústia’, Graciliano é preso sob acusação de participação em movimentos de esquerda. Liberado no ano seguinte, ele publica a obra ‘Memórias do Cárcere’, e 1938.
No mesmo ano de publicação de Memórias do Cárcere, o célebre romance Vidas Secas é escrito e publicado. É considerada como a obra mais importante de Graciliano Ramos. O livro se torna um romance atemporal que retrata a dura vida no sertão nordestino.
Após essa publicação veio o romance “Vidas secas”, escrito em 1938 e considerado como sua obra mais importante.
Além de focar nas relações humanas e reafirmar críticas fortes sobre o descaso com o sertão nordestino, Graciliano ainda tinha como característica em suas obras:
Identidade nacional;
Forte destaque de características pontuais que cercavam o contexto vivido no nordeste brasileiro;
Prosa firme e crítica;
Humanização de personagens não-humanos, como a personagem Baleia, em Vidas Secas;
Em um primeiro momento, Graciliano dá mais voz às relações humanas, em segundo momento às paisagens retratadas;
Em Vidas Secas, por exemplo, o autor nomina apenas uma personagem, que, no caso, era o animal de estimação da família;
Suas análises psicológicas precisam ser destacadas. A relação do narrador com as personagens num âmbito muito mais metafísico é uma forte característica de Graciliano. Grande parte de seus relatos colocam o serão como o palco de conflito entre o homem comum e os poderosos de classes privilegiadas. Sua preocupação com os problemas populares também estão marcados em importantes traços em suas obras.
Ao lado de José Lins do Rego, Graciliano Ramos marca seu nome como o grande romancista da segunda fase modernista.
Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).
7 de dez. de 2018
SÃO PAULO, SP (ARTHUR CAGLIARI E HELOÍSA NEGRÃO,- FOLHAPRESS)
6 de dez. de 2018
Notícias do mundo hoje - Tem como isso dar certo?
Bolsonaro impõe novo silêncio ao general Mourão e limita espaço do vice no governo
Recomendação é que o militar adote uma postura mais discreta e deixe que o presidente eleito concentre os holofotes
Recomendação é que o militar adote uma postura mais discreta e deixe que o presidente eleito concentre os holofotes
Jussara Soares
05/12/2018 - 11:45 / 05/12/2018 - 15:39 O GLOBO
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Governo Trump estuda interromper desenvolvimento de novos tratamentos contra o HIV
Estudos com tecidos fetais, combatidos pelo movimento antiaborto, são considerados essenciais para o combate à Aids e outras doenças, como o mal de Parkinson
Estudos com tecidos fetais, combatidos pelo movimento antiaborto, são considerados essenciais para o combate à Aids e outras doenças, como o mal de Parkinson
05/12/2018 - 17:30 / 05/12/2018 - 18:02
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Na Argentina, policiais não precisam mais dizer 'mãos ao alto' antes de atirar
Oposição condenou iniciativa, alegando que ela seria abusiva e violaria direitos humanos
Oposição condenou iniciativa, alegando que ela seria abusiva e violaria direitos humanos
16/09/2017 - 23:12 / 05/12/2018 - 19:59
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Inspirado no Japão, albergue em São Paulo inaugura quartos tipo cápsula
04/12/2018 - 04:30 / 04/12/2018 - 14:34
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Cinco locais para fazer compras em Havana, capital de Cuba
Shivani Vora/2018/The New York Times
02/12/2018 - 04:30
02/12/2018 - 04:30
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Tá bom, vou dormir. Boa noite!
Schubert - Ave Maria
5 de dez. de 2018
Declaração do Ministério da Saúde Pública de Cuba
O Ministério da Saúde Pública da República de Cuba, comprometido com os princípios solidários e humanistas que durante 55 anos têm guiado a cooperação médica cubana,
participa desde seus começos, em agosto de 2013, no Programa Mais Médicos para o Brasil. A iniciativa de Dilma Rousseff, nessa altura presidenta da República Federativa do Brasil, tinha o nobre propósito de garantir a atenção médica à maior quantidade da população brasileira, em correspondência com o princípio de cobertura sanitária universal promovido pela Organização Mundial da Saúde.
Este programa previu a presença de médicos brasileiros e estrangeiros para trabalhar em zonas pobres e longínquas desse país.
A participação cubana nele é levada a cabo por intermédio da Organização Pan-americana da Saúde e se tem caracterizado por ocupar vagas não cobertas por médicos brasileiros nem de outras nacionalidades.
Nestes cinco anos de trabalho, perto de 20 mil colaboradores cubanos ofereceram atenção médica a 113 milhões 359 mil pacientes, em mais de 3 mil 600 municípios, conseguindo atender eles um universo de até 60 milhões de brasileiros na altura em que constituíam 88 % de todos os médicos participantes no programa. Mais de 700 municípios tiveram um médico pela primeira vez na história.
O trabalho dos médicos cubanos em lugares de pobreza extrema, em favelas do Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador de Baía, nos 34 Distritos Especiais Indígenas, sobretudo na Amazônia, foi amplamente reconhecida pelos governos federal, estaduais e municipais desse país e por sua população, que lhe outorgou 95% de aceitação, segundo o estudo encarregado pelo Ministério da Saúde do Brasil à Universidade Federal de Minas Gerais.
Em 27 de setembro de 2016 o Ministério da Saúde Pública, em declaração oficial, informou próximo da data de vencimento do convênio e em meio dos acontecimentos relacionados com o golpe de estado legislativo-judicial contra a Presidenta Dilma Rousseff que Cuba “continuará participando no acordo com a Organização Pan-americana da Saúde para a implementação do Programa Mais Médicos, enquanto sejam mantidas as garantias oferecidas pelas autoridades locais”, o que até o momento foi respeitado.
O presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, fazendo referências diretas, depreciativas e ameaçadoras à presença de nossos médicos, declarou e reiterou que modificará termos e condições do Programa Mais Médicos, com desrespeito à Organização Pan-americana da Saúde e ao conveniado por ela com Cuba, ao pôr em dúvida a preparação de nossos médicos e condicionar sua permanência no programa a revalidação do título e como única via a contratação individual.
As mudanças anunciadas impõem condições inaceitáveis que não cumprem com as garantias acordadas desde o início do Programa, as quais foram ratificadas no ano 2016 com a renegociação do Termo de Cooperação entre a Organização Pan-americana da Saúde e o Ministério da Saúde da República de Cuba. Estas condições inadmissíveis fazem com que seja impossível manter a presença de profissionais cubanos no Programa. Por conseguinte, perante esta lamentável realidade, o Ministério da Saúde Pública de Cuba decidiu interromper sua participação no Programa Mais Médicos e foi assim que informou a Diretora da Organização Pan-americana da Saúde e os líderes políticos brasileiros que fundaram e defenderam esta iniciativa.
Não aceitamos que se ponham em dúvida a dignidade, o profissionalismo, e o altruísmo dos colaboradores cubanos que, com o apoio de seus familiares, prestam serviço atualmente em 67 países. Em 55 anos já foram cumpridas 600 mil missões internacionalistas em 164 nações, nas quais participaram mais de 400 mil trabalhadores da saúde, que em não poucos casos cumpriram esta honrosa missão mais de uma vez. Destacam as façanhas de luta contra o ébola na África, a cegueira na América Latina e o Caribe, a cólera no Haiti e a participação de 26 brigadas do Contingente Internacional de Médicos Especializados em Desastres e Grandes Epidemias “Henry Reeve” no Paquistão, Indonésia, México, Equador, Peru, Chile e Venezuela, entre outros países.
Na grande maioria das missões cumpridas, as despesas foram assumidas pelo governo cubano. Igualmente, em Cuba formaram-se de maneira gratuita 35 mil 613 profissionais da saúde de 138 países, como expressão de nossa vocação solidária e internacionalista.
Em todo momento aos colaborados foi-lhes conservado seu postos de trabalho e o 100 por cento de seu ordenado em Cuba, com todas as garantias de trabalho e sociais, mesmo como os restantes trabalhadores do Sistema Nacional da Saúde.
A experiência do Programa Mais Médicos para o Brasil e a participação cubana no mesmo, demonstra que sim pode ser estruturado um programa de cooperação Sul-Sul sob o auspício da Organização Pan-americana da Saúde, para impulsionar suas metas em nossa região. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e a Organização Mundial da Saúde qualificam-no como o principal exemplo de boas práticas em cooperação triangular e a implementação da Agenda 2030 com seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Os povos da Nossa América e os restantes do mundo bem sabem que sempre poderão contar com a vocação humanista e solidária de nossos profissionais.
O povo brasileiro, que fez com que o Programa Mais Médicos fosse uma conquista social, que desde o primeiro momento confiou nos médicos cubanos, aprecia suas virtudes e agradece o respeito, a sensibilidade e o profissionalismo com que foram atendidos, poderá compreender sobre quem cai a responsabilidade de que nossos médicos não possam continuar oferecendo sua ajuda solidária nesse país.
Havana, 14 de novembro de 2018
Não ter dinheiro é uma PORRA.
Le Monde Diplomatique Brasil:
AS RAZÕES DA GUINADA
Os brasileiros são todos fascistas?
EDIÇÃO - 136 | BRASIL
por Renaud Lambert
novembro 5, 2018
Imagem por Allan Sieber
Há poucos meses, o Brasil caminhava para uma guinada à esquerda. Tudo indicava que Luiz Inácio Lula da Silva (Partido dos Trabalhadores, PT) venceria facilmente a eleição presidencial em outubro de 2018. Com 40% das intenções de voto, o ex-chefe de Estado desfrutava de uma vantagem confortável sobre seus adversários, inclusive em um contexto de …
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