Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

26 de dez. de 2019

Inovação

Rússia conseguiu se desconectar da Internet para testar sua própria rede Runet

Os testes foram realizados na semana passada em Moscou e em diferentes partes do país durante vários dias. Os detalhes.



O governo russo anunciou segunda-feira que desconectou com sucesso o país da Internet global para testar a eficácia do Runet , o projeto de uma rede de tecnologia com infraestrutura independente suficiente que pode manter o país operacional em caso de ameaças externas. 

Os testes foram realizados na semana passada, durante vários dias, e participaram agências governamentais da Rússia , provedores locais de serviços de Internet e empresas russas de Internet.

O vice-ministro das Comunicações da Rússia, Alexey Sokolov, explicou que os resultados dos exercícios realizados mostraram que as autoridades e operadoras de telecomunicações russas estão prontas para "responder efetivamente a riscos e ameaças externos".

Sokolov também disse que está preparado para "garantir o funcionamento estável da Internet e da rede de telecomunicações unificada na Federação Russa", segundo a agência de notícias russa Tass.

O vice-ministro disse que durante os exercícios foram testados vários cenários de desconexão , incluindo um que simulava um ataque cibernético hostil de um país estrangeiro, outro no qual a segurança das comunicações móveis era medida e outro que testava os dispositivos de Internet da Coisas (IoT) usadas em infraestrutura crítica. No entanto, Sokolov não explicou os detalhes técnicos ou exatamente em que consistiam os exercícios.

"Os cenários que desenvolvemos não são exaustivos do ponto de vista das ameaças que investigamos. Continuaremos com esse tipo de pesquisa nos próximos anos", afirmou. E ele acrescentou que sua tarefa é "garantir que tudo sempre funcione".

Sokolov também disse que os resultados dos testes realizados na segunda-feira ocorreram durante vários dias em Moscou e em outros lugares da Rússia e que serão apresentados ao presidente russo Vladimir Putin no próximo ano.

A agência de notícias russa RosBiznesKonsalting (RBK) informou em fevereiro que membros do Grupo de Trabalho sobre Segurança da Informação recomendaram a realização de exercícios nas redes de comunicação para analisar as ameaças contra as quais medidas adicionais deveriam ser tomadas, incluindo o fechamento do acesso global à Internet em todo o país e bloqueio de determinados conteúdos "inadequados".



Fonte: 


Marte numa rosa






A história de um passarinho


A história que vos trago hoje foi escrita a partir de uma proposta feita pelo José Teixeira o nosso professor de Teatro no Centro Social e Paroquial Padre Ricardo Gameiro na Cova da Piedade, Almada. A ideia de ter utilizado uma paisagem russa e o nome dos personagens serem em russo, surgiu-me devido ao facto do meu neto Daniel ter começado, por conta própria, a aprender o alfabeto cirílico e ser capaz de ler palavras escritas em russo. Portanto dedico o conto ao Zé Teixeira e ofereço-o ao Daniel. Convosco, partilho-o.




птичка, o passarinho

Em tempos que já lá vão, na longínqua Rússia, junto ao mar Cáspio, havia um passarinho chamado птичка que era um passarinho rabilongo e que sempre habitou nos pomares do senhor Gervasio Gervasovich. Andava sempre de raminho em raminho, de figueira em figueira, nos ramos das oliveiras caspianas, tendo chegado mesmo, em tempos um pouco mais atrasados, a habitar um apartamento, a que ele chamava, orgulhoso, "мое гнездо", no quarto ramo a contar de cima do grande diospireiro no quintal das traseiras. 

Mas o senhor Gervasio Gervasovich modernizou-se muito. E um dia, quando a folha do limoeiro começou a encarquilhar e as ameixeiras e os pessegueiros se encheram de вшей que é com quem diz piolhos, o senhor Gervasio Gervasovich foi à drogaria da великая битва улица ou seja à Rua da Grande Batalha, comprou pesticidas para matar a moléstia e depois limpou muitos ramos e muitas folhas das árvores e, mesmo no meio do pomar, fez uma grande queimada. 

O rabilongo птичка, a quem muitos meninos também chamavam o ряби que como todos sabem quer dizer Ondinhas em russo, porque voava sempre como que fazendo ondas no ar, acabou por adoecer. Primeiro com o fumo que respirou da queimada que o ia intoxicando por completo e finalmente com o mal que lhe adveio dos químicos do senhor Gervasio Gervasovich. Até que, quase sem forças para voar, caiu desfalecido no meio do pomar do senhor Gervasio Gervasovich. 

Quando o homem viu o птичка ali caído, teve alguma pena pois que até tinha sido um neto que lhe ensinara o nome e pensou que ainda iria sentir saudades do seu belo canto. Mas já não havia nada a fazer... E pegando-lhe por uma asa jogou-o cerca fora para cima duma montureira. 

É então que a gaivota чайка, ao ver ali o птичка, a respirar tão mal, resolveu que hoje a sua refeição não seria de peixe mas sim de um belo bife de passarinho rabilongo. Prendendo-o no bico deu duas voltas no ar, e eis, senão quando, suprema das guloseimas, avistou, quase ao rebentar das ondas da praia das costas do Mar Cáspio, um grande cardume de arenques bebés. A babar do seu curvo bico e voando picado em direção ao cardume, deixou cair o passarinho птичка no meio daquelas vagas de alva espuma. Logo ali se formou uma conferência de peixes que, ao avistarem птичка e verificando que não se tratava nem da sua inimiga gaivota чайка, nem qualquer uma das suas irmãs, se reuniu à volta do rabilongo. Todos opinaram, pois todos achavam que eram importantes na conferência suprema de peixes já que todos eram conhecidos pelos seus nomes próprio, o carapau ставрида e a sardinha сардина, a lula кальмар e o goraz лещ, a pescada хек e o pargo порги. Mas foi o tubarão акула, de altivo porte, que fez com que todos os outros se afastassem à sua chegada, quem ditou a sentença: "Tal como vocês, seus peixes minúsculos, dizia ele que era tubarão, não gostam de ser comida das aves, também nós peixes não devemos devorar passarinhos. Assim determino que esse rabilongo moribundo, que nem sequer está morto e quem sabe ainda se venha a restabelecer, seja já enviado para terra". E foi assim que uma tainha, de seu nome кефаль se propôs a fazer de prancha e, colocado que foi o passarinho птичка em cima da tainha кефаль pelo focinho inteligente do golfinho дельфин, lá foi o passarinho птичка a surfar na tainha кефаль até acabar, ainda mais débil do que estava antes, nas areias da praia caspiana. 

Mas o destino tem coisas que nos surpreendem e se isto que vos estou a contar não fosse verdade, até parecia mentira. Um menino russo de pele muito branquinha e cabelo loiro, que por ali estava com os seus progenitores, ele russo, ela ucraniana, a brincar no areal depois de mais um dia de aulas, em russo está de bom de ver, ao ver uma coisa estranha na areia, aproximou-se e ouviu um piar muito sumido; tão fraquinho, tão fraquinho era o piar do птичка que o menino nem acreditava que ele pudesse estar vivo. Aos gritos de Отец!, Мать!, pai, mãe, pai, mãe, por favor, Помогите! Socorro! acudam (os putos russos fazem tanta chinfrineira como os putos portugueses), conseguiram os três pegar no passarinho птичка, enfiá-lo num casaquinho de malha vermelho que a mãe tinha feito para o pai assistir no sofá aos jogos do Sport Mar Cáspio e Benfica e dar-lhe algum calor. Chegado a casa, o Aleksandr Alexandrov, assim se chamava o menino, ajudou os pais a secarem o птичка, deram-lhe água por um conta-gotas, tendo contado até dez em russo, один, два, три, четыре, etc, já que o pássaro apresentava sinais de desidratação evidentes e quando este pareceu querer retomar a respiração esmagaram alguns grãos de soja e esfarelaram um pouco de pão de trigo que tinha sobrado de véspera e estava ótimo para esfarelar. Horas depois, o nosso querido птичка já comia e já voava. 

Três dias depois de tanta preocupação, cuidados e afeto, quando tudo indicava que птичка já seria o pássaro mascote da família, o passarinho rabilongo bateu asas e saiu janela fora. 

Todos os dias, o bom do Aleksandr Alexandrov vai ao cimo do morro perto de sua casa, mal a campainha da escola toca para a saída, olhar para a praia para ver o seu птичка a voar e a brincar com os tubarões.

Série Países que nunca tive coragem de abordar neste espaço 53 - Palestina


A Palestina é sem dúvida um dos mais antigos países sob ocupação estrageira atualmente. Seu povo é cativo político e militar nos últimos 5 mil anos de outras potências estrangeiras. Já foi território egípcio, babilônico, hitita, assírio, grego (helênico), romano, árabe, cruzado, otomano e britânico, entre os principais. Salvo raros momentos, nunca tiveram o controle sobre suas vidas, e lutaram sempre para expulsar os usurpadores de seu território.

Os palestinos atualmente são culturalmente muito próximos dos árabes muçulmanos e demais países muçulmanos da região, cujas fronteiras artificiais não escondem a profunda ligação cultural entre eles. A Palestina propriamente dita compreende toda a região ao sul
do Líbano até o Egito, entre o mar Mediterrâneo e o rio Jordão. Foi inventada pelo imperador romano Adriano, que no século I expulsou a maior parte dos rebeldes judeus da região após uma guerra que durou anos.

Na década de 1890, iniciou-se a invasão da região por parte dos europeus de origem judaica, especialmente dos territórios do Império Russo, da Áustria-Hungria e da Prússia. O movimento de pessoas em direção ao território e seus métodos de violência expulsaram milhares de famílias palestinas, num autêntico pogrom. Interessante notar que os massacres perpretados pelos europeus de religião judaica contra os palestinos não diferem muito daqueles que eles róprios sofriam durante sua permanência na Europa cristã.

O que cumpre notar é que no final da década de 40 a ONU validou a invasão européia da região e declarou a intenção de criar na região dois estados, um árabe, a Palestina, e outro judaico, Israel. Claro que não podia dar certo. Os palestinos guerreavam contra os judeus a décadas, e sabiam que tal aval significaria apoio de diversos países ao estado judaico, já que teriam que defender a resolução da ONU... A criação unilateral do estado de Israel deu o apoio logistico e militar necessário aos recém-chegados invasores para manterem-se em suas posições. Quando o estado de Israel se sentiu fortalecido, iniciou uma lenta mas imperiosa expansão, que visa tão somente ocupar áreas antes habitadas pelos palestinos. Lembra muito a conquista do Oeste americano, a partir de 1850; as mesmas justificativas: somos o povo escolhido, eles são pagãos, estamos levando a civilização ao lugar. É provável que o final seja o mesmo. Só gostaria de saber se, quando Israel tiver tomado toda a Palestina, vai se contentar com isso ou vai continuar avançando...

Enquanto isso, o maior número de refugiados da história da humanidade vive suas vidas num território sem estado, sem amparo das leis, sem garantias políticas, sem direito a propriedade ou a serviços básicos. O motivo é o de sempre: o irrefreável racismo e falta de caráter da humanidade, que cinicamente já engoliu crimes maiores, embora não menos importantes do que ocorre contra o povo palestino.

No detalhe: a fronteira 'movel' da Palestina, muito similar a existente entre Estados Unidos e México

Charles de Gaulle




 Em Junho 18, 1940, em 19:00,  a voz de de Gaulle era transmissão por todo o país. j

 "Aconteça o que acontecer,
a chama da resistência francesa
não deve extinguir-se..."


Os chefes que há muitos anos se encontram à frente dos exércitos franceses formaram um governo. Este governo, alegando a derrota dos nossos exércitos, entrou em contacto com o inimigo para cessar o combate.


É certo que fomos e estamos a ser esmagados pela força mecânica, terrestre e aérea do inimigo.

Muito mais que o seu número, são os tanques, os aviões e a táctica dos Alemães que nos fazem recuar. Foram os tanques, os aviões e a táctica dos Alemães que surpreenderam os nossos chefes ao ponto de os levarem onde estão hoje.

Mas estará dita a última palavra? Deverá a esperança desaparecer? Será a derrota definitiva? Não!

Acreditem em mim, que vos falo com conhecimento de causa e vos digo que nada está perdido para a França. Os mesmos meios que nos venceram podem um dia dar-nos a vitória. Porque a França não está sozinha! Não está sozinha! Não está sozinha! Tem um vasto Império atrás de si. Pode formar um bloco com o Império Britânico, que domina o mar e continua a luta. Pode, tal como a Inglaterra, utilizar sem limites e imensa indústria dos Estados Unidos.

Esta guerra não se limita ao território infeliz do nosso país. Esta guerra não é definida pela batalha de França. Esta guerra é uma guerra mundial. Todas as falhas, todos os atrasos e todos os sofrimentos não impedem que existam, no universo, todos os meios necessários para um dia esmagar os nossos inimigos. Esmagados hoje pela força mecânica, poderemos vencer no futuro com uma força mecânica superior. É aí que reside o destino do mundo.

Eu, General de Gaulle, actualmente em Londres, convido os oficiais e soldados franceses que se encontram ou se venham a encontrar em território britânico, com ou sem as suas armas, convido os engenheiros e os operários especializados das industrias de armamento que se encontram ou venham a encontrar em território britânico, a entrarem em contacto comigo.

Aconteça o que acontecer, a chama da resistência francesa não deve extinguir-se e não se extinguirá.

Amanhã, tal como hoje, falarei na Rádio de Londres.




Adolf Hitler





Em 1934 o Fuhrer discurso  para uma plateia de 20000 jovens.


"Porque vocês, são
carne da nossa carne, sangue
do nosso sangue!"


Meus jovens alemães, após um ano tenho a oportunidade de vos dar as boas vindas. 

Aqueles que estão aqui no estádio são um pequeno seguimento da massa que esta lá fora por toda a Alemanha. Desejamos que vocês rapazes alemães e garotas, absorvam tudo o que nós esperamos da Alemanha para estes novos tempos. Queremos ser uma nação unida, e vocês meus jovens, formarão esta nação. No futuro não desejamos ver classes e vocês precisam
de impedir, que isso, apareça entre vocês. É apenas o seguimento das massas e vocês precisam de ser educados para tal. Queremos que estas pessoas sejam obedientes e vocês devem praticar a obediência. Desejamos que as pessoas almejem a paz, mas também sejam corajosas. E vocês alcançarão a paz. Vocês precisam almejar a paz e serem corajosos ao mesmo tempo. Não queremos que esta nação seja fraca, ela deve ser forte, e vocês precisam de se mentalizar enquanto são jovens. Vocês precisam de aprender a aceitar privações sem nunca esmorecerem. Não importa o que criemos e façamos, nos sobreviveremos, mas em vocês, a Alemanha viverá. E quando nada restar de nós, vocês levantaram o país que há algum tempo nós levantamos do nada. E sabem que não pode ser de qualquer outro modo, senão o de estarmos juntos de nós próprios. Porque vocês, são carne da nossa carne, sangue do nosso sangue! E as vossas mentes jovens estão repletas do mesmo ideal que nos orienta. Vocês estão unidos a nós, e quando as grandes colunas do movimento marcharem pela Alemanha vitoriosa, sei que vocês se juntarão às colunas.

E nós sabemos que a Alemanha está diante, dentro e atrás de nós. A Alemanha marcha dentro de nós, a Alemanha segue atrás de nós!




Marco Antônio



Discurso Marco Antônio

Discurso proferido por Marco Antônio na escadaria do Senado, junto ao corpo assassinado do Imperador Júlio César, após ter sido traído por Brutus e Cassius:

"O mal que os homens fazem
sobrevive depois deles, o bem
  é quase sempre enterrado com seus ossos"


«Amigos, romanos, compatriotas ouçam-me. Eu vim para enterrar César e não para exaltá-lo. O mal que os homens fazem sobrevive depois deles, o bem é quase sempre enterrado com seus ossos. Assim seja com César. 

O nobre Brutus disse-vos que César era ambicioso. Se isso é verdade, foi uma falta grave e César respondeu gravemente por ela. Com a permissão de
Brutus e dos demais, porque Brutus é um homem honrado, assim ele e todos, todos homens honrados, venho eu aqui falar nos funerais de César. Ele era meu amigo, leal e justo comigo. Mas Brutus disse que era ambicioso. E Brutus é um homem honrado.

Ele trouxe muitos prisioneiros para Roma cujos resgates encheram os cofres públicos. Era nisto que César parecia ambicioso? Quando os pobres choravam, César chorava. A ambição devia ser de uma substância mais dura. Mas Brutus disse que era ambicioso. E Brutus é um homem honrado.

Todos vocês viram que nas Lupercais (festa de fim de ano do antigo calendário romano), três vezes eu lhe ofereci a coroa real e três vezes ele recusou? Era isto a ambição? Mas Brutus disse que ele era ambicioso e sem dúvida alguma Brutus é um homem honrado. 

Eu falo não para desaprovar o que Brutus disse. Mas estou aqui para falar o que sei. Todos vocês o adoravam e não era sem motivo. Que motivo vos impede então de chorar por ele agora?»



25 de dez. de 2019

Lula na ‘banheira’, Chico fominha e um juiz a favor (finalmente)

Petista e cantor vencem peleja contra time do MST em ato político com militantes no papel de jogadores







"Indulto de Bolsonaro é 
incentivo ao mau policial”

https://brasil.elpais.com/brasil/2019-12-24/indulto-de-bolsonaro-e-incentivo-ao-mau-policial-afirma-policial-civil.html

24 de dez. de 2019

?





Os muros só são da vergonha 
se construídos por comunistas

Alma 7:10


Cristo nasceu em Belém, por que Alma diz que ele teria nascido em Jerusalém?
9 de agosto de 2019




Numa profecia sobre a vinda do Salvador, o Sumo Sacerdote Nefita Alma disse: “E eis que ele nascerá de Maria, em Jerusalém, que é a terra de nossos antepassados” ( Alma 7:10 ). 1 Após uma observação publicada em 1831 por Alexander Campbell, alguns leitores notaram com pouca diversão que o Livro de Mórmon parece dizer que Jesus nasceu na cidade de Jerusalém, não na vila de Belém. 2 Mas na declaração de Alma ao povo de Gideão, ele falou não de uma cidade específica, mas profetizou que Jesus nasceria na ou na “terra” de onde veio a família de Leí.

A pequena cidade de Belém fica a apenas 13 quilômetros do centro de Jerusalém, que era a capital política e religiosa da terra natal de Leí. Belém era conhecida como a casa do rei Davi, mas por outro lado era vista como um lugar insignificante nos dias de Leí. De fato, evidências arqueológicas recentes sugerem que, dentro ou perto da vida de Leí, Belém era um "assentamento por satélite" para Jerusalém. 3 Uma bula fiscal (impressão do selo de argila) encontrada em Jerusalém e inscrita com o nome Belém foi descoberta e datada do século VII aC, 4 indicando que Belém estava "ligada à cidade vizinha de Jerusalém" naquele momento. 5

Belém teria sido ainda mais insignificante para o público de Alma na terra nefita de Zaraenla. Os nefitas pouco se importavam com a monarquia davídica e, nos dias de Alma, eles estavam distantes da terra de Israel por mais de 500 anos. Assim, Alma naturalmente se referiria geralmente à terra onde Jesus nasceria e não a um subúrbio obscuro. 

Além disso, referir-se a Jerusalém e seus arredores como uma "terra" era um uso geográfico adequado. Por exemplo, pode ser encontrado nas tábuas El Amarna, no Egito, que datam do século XIV aC. Essas tábuas eram desconhecidas em 1829 e foram descobertas no Alto Egito em 1887, muito depois da tradução e publicação do Livro de Mórmon. O escritor antigo desses textos conhecia os acadianos e os assuntos das terras ao redor de Jerusalém. Ele se referiu à “terra de Jerusalém” em linguagem semelhante à de Alma. O tablet antigo diz:
"E agora quanto a Jerusalém - eis que esta terra pertence ao rei"
“Mas agora até uma cidade da terra de Jerusalém , Bit- Lahmi de nome, uma cidade pertencente ao rei, foi para o lado do povo de Queila.” 6
De acordo com o professor William F. Albright, que traduziu este texto, Bit- Lahmi “é uma referência quase certa à cidade de Belém, que aparece assim pela primeira vez na história” .7 Alguns estudiosos questionaram essa identificação, mas permanece hoje amplamente aceito pelos estudiosos da Bíblia. 8 Não apenas o texto de Amarna considera Jerusalém uma “terra”, mas também fala de Belém (a cidade onde Jesus nasceria mais tarde) como pertencente à “terra de Jerusalém”. Assim, o fraseado específico de Alma profecia está em excelente companhia antiga.


    1.Ênfase adicionada.
    2.Alexander Campbell, “Delusions”, Millennial Harbinger (7 de fevereiro de 1831): 93.
    3.Nadav Naʾaman, "Josias e o Reino de Judá", em Bons Reis e Maus Reis: O Reino de Judá no Sétimo Século AEC, ed. Lester L. Grabbe (Nova York, NY: T&T Clark, 2005), 198–199 explica que Jerusalém na época de Josias teria governado um distrito (ou “terra”), abrangendo “assentamentos de satélite diretamente conectados a Jerusalém propriamente dita”.
    4.Ronny Reich, “A Bulla Fiscal da Cidade de David”, Israel Exploration Journal 62, no. 2 (2012): 200-205.
    5.“Selo antigo de Belém desenterrado em Jerusalém”, Phys.org, 23 de maio de 2012, on-line em https://phys.org/news/2012-05-05-ancient-bethlehem-unearthed-jerusalem.html (acessado em 6 de dezembro de 2017).
    6.WF Albright, trad., "The Amarna Letters", em The Ancient Near East: An Anthology of Texts and Pictures , ed. James B. Pritchard (Princeton, Nova Jersey: Princeton University Press, 2011), 437-440.
    7.Albright, "The Amarna Letters", 440 n. 15
    8.Ver Edward F. Campbell Jr., Ruth: Uma Nova Tradução, com Introdução, Notas e Comentários , Anchor Bible 7 (Nova York, NY: Double Day, 1975), 54; R. Dennis Cole, "Belém", no Dicionário da Bíblia de Eerdmans , ed. David Noel Freedman (Grand Rapids, MI: Wm. B. Eerdmans, 2000), 172-173; Markus Bockmuehl, Este Jesus: Mártir, Senhor, Messias (Nova York, NY: T&T Clark, 2004), 25; Eugen J. Pentiuc, Jesus , o Messias, na Bíblia Hebraica (Nova York / Mahwah, NJ: Paulist Press, 2006), 137 n. 67; Jerome Murphy O'Connor, Keys to Jerusalem: Collected Essays (Nova York, NY: Oxford 

    University Press
    , 2012), p. 5.

Muito além das comemorações – Entrevista JC




"Natal também é tempo de reflexão, principalmente com as minorias, que são os que mais sofrem em uma sociedade consumista e intolerante


Jesus nasceu em uma manjedoura, sem luxo e nem ouro, apesar de sua majestade. Durante sua vida, o Cristo procurou manter este mesmo espírito de humildade e compaixão por aqueles que são mais pobres e marginalizados. Tanto tempo depois, a mensagem do Filho de Deus continua presente e ecoando no coração de todos os cristãos, ainda mais em um período em que nos deparamos com diversos problemas sociais, como aumento do número de famílias na miséria.




Jornal da Comunidade: Como um todo, o que significa o Natal?


Pe. José Cristiano Bento dos Santos: Natal é nascimento e culturalmente significa o nascimento de Jesus. Para o cristianismo, o Natal é a celebração de um dos ministérios da fé cristão: “o Verbo se fez carne, e habitou entre nós”(Jo 1,14). Como disse o Papa Bento XVI: “Deus que desceu do Céu para entrar na nossa carne. Em Jesus, Deus encarnou-se, transformou-se homem como nós”. Na mesma linha cristológica afirma o Papa Francisco: “Ele é a Palavra de Deus que se fez homem e colocou a sua “tenda”, a sua morada entre os homens (…). Deus se fez mortal, frágil como nós, partilhou a nossa condição humana, exceto o pecado, mas tomou sobre si os nossos, como se fossem Dele. Entrou na nossa história, tornou-se plenamente Deus conosco”.Os dois papas se fundamentam na teologia do Concílio Vaticano II. No Mistério da Encarnação, Deus assumiu a realidade humana nas suas diversas dimensões como: a cultura, a religião e a política. Ele se fez história: “No ventre de Maria, Deus se fez homem. Mas na oficina de José Deus também se fez classe” (Dom Pedro Casaldáliga). 


JC: O que nos falta para vivermos um bom Natal?


Pe. José Cristiano: Falta compreensão e práxis dos princípios cristãos que estão na proposta do mistério da Encarnação: o Natal. Falta superação da exclusão social e desigualdades abissais, que existem no nosso país.


O Brasil é considerado cristão, por causa dos 75 milhões de católicos e evangélicos que supostamente aderiram essa profissão de fé tradicional. Mas, para aqueles que conhecem a história do Brasil desde o seu descobrimento, sabem que o mesmo é um país estamental (oligarquias), autoritário, patrimonialista e racista, com uma grande concentração de poder e de renda na mão de poucos. Percebe-se que é um Brasil de cristãos “sem Cristo”. Para vivermos um bom Natal precisamos superar esse sistema que exclui, degrada e mata, como disse o Papa Francisco, com o jeito de ser do cristianismo primitivo.


JC: A solidariedade é uma marca deste período?


Pe. José Cristiano: A solidariedade está na base do mistério do Natal. Como disse o Papa Francisco: “O Natal nos revela o amor imenso de Deus pela humanidade”. Deus foi tão solidário ao ser humano que quis assumir a sua realidade, principalmente a dos mais empobrecidos como nos mostra o Evangelho de São Mateus: “Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver (…). Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt 25, 35-36. 40b). Natal é solidariedade para com o menino Jesus presente nas crianças pobres, que vivem na rua, na rota do tráfico, na exploração sexual e na exploração trabalho infantil. É também solidariedade para com Jesus presente no indígena que precisa de demarcação de terra; na mulher que sofre machismo, violência doméstica e feminicídio; na população negra que sofre racismo, exclusão social, extermínio dos jovens e intolerância religiosa; nos homossexuais e transexuais, que são tratados com preconceito, discriminação sexual e violência moral, verbal e física.


JC: Vivemos o Ano da Misericórdia e recentemente celebramos o Dia Mundial dos Pobres. Qual a importância de mantermos este espírito em nossas vidas?


Pe. José Cristiano: O Papa Francisco propôs estes dois momentos (Ano da Misericórdia e Dia Mundial dos Pobres) para legitimar o seu projeto de Igreja que é o mesmo de Jesus: “Uma Igreja pobre para os pobres”. Por isso que o mesmo papa afirmou na Evangelii Gaudium 49: “Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja preocupada com ser o centro, e que acaba presa num emaranhado de obsessões e procedimentos”. Manter este mesmo espírito do Ano da Misericórdia e Dia Mundial dos Pobres é um meio para os cristãos superarem a pobreza, pois ela é um produto gerado pela própria sociedade, e não vontade de Deus como esse sistema excludente prega para os pobres.


JC: Estamos em um período de divisão, intolerância e desrespeito, principalmente com as minorias. Como aproveitar o tempo natalino para mudar esta realidade?


Pe. José Cristiano: Há muito ódio, raiva, rancor, discriminação, preconceito, racismo, intolerância religiosa, sexual, social e repulsa na sociedade brasileira. Tudo isso é falta não só da intolerância, mas do respeito que é mais profundo, pois você pode tolerar alguém, e ao mesmo tempo tratá-lo com indiferença. Agora, o respeito leva à aceitação e reconhecimento do outro. Natal é aceitação das minorias, digo isso, porque Deus se assumiu a condição da minoria social e econômica, ou seja, dos pobres; daqueles e daquelas que eram excluídos da sociedade da época. O espírito natalino exige do cristão uma profunda conversão, uma mudança de mentalidade. Por isso, é preciso compreender e praticar a essência do Natal que é, respeito (aproximação) das minorias étnicas, raciais, sexuais, econômicas e sociais.


JC: O que podemos esperar do lado social do Natal para o agora e o futuro?


Pe. José Cristiano: O sistema capitalista fez as festividades religiosas, principalmente o Natal, adquirirem um significado mercadológico e consumista. Natal é um momento propício para reconhecer na face do próximo, especialmente dos mais fracos e marginalizados, a imagem do Filho de Deus feito homem. É um tempo em que o espírito humano se torna mais solidário, principalmente no atendimento de algumas necessidades básica dos pobres, como comida, pois alguns saem distribuindo cestas básicas. Para quem está com fome isso é importante, mas precisa ir além de pequenas iniciativas materiais. É preciso implementar projetos que superem a desigualdade social e atendam as necessidades dos pobres com casa, terra, trabalho, salário justo, saúde de qualidade nos postos e nos hospitais, educação e escola de qualidade e lazer. 


JC: Como o senhor vê o papel da Igreja nisto?


Pe. José Cristiano: A Igreja esteve sempre presente na sociedade, sobretudo nos setores da educação, saúde e assistência social. O Concílio Vaticano II compreende a Igreja presente no mundo como servidora dele, por isso que ela tem que ser uma voz presente na vida da sociedade. A realidade social atual do Brasil é drástica, principalmente por ser um momento de desmonte do Estado Social de Direito, o que efetivamente implica em retirar direitos sociais dos pobres através de pacotes de leis regressivas. Precisa-se intensificar e consolidar o diálogo entre a sociedade civil e seus representantes. Percebe-se que a Igreja, por meio da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), tem feito isso de forma profética. Gostaria de citar um exemplo da Arquidiocese de Londrina, que foi noticiada sobre a reintegração de posse do Residencial Flores do Campo, na zona norte de Londrina, em novembro. No mesmo dia, a Arquidiocese por meior da Comissão Justiça e Paz (CJP) publicou um Nota em apoio às famílias moradoras deste residencial e posteriomente manifestou solidariedade espiritual e física em momento Inter-religioso no residencial.


JC: Como difundir a esperança do Cristo que nasce em meio a tantas dificuldades?


Pe. José Cristiano: O “Natal de Jesus, a festa da confiança e da esperança, que supera a incerteza e o pessimismo”, foi um dos temas da reflexão do Francisco, em uma de suas catequeses. Segundo o papa, a “razão da nossa esperança é Deus que está conosco e confia ainda em nós”. Explicando que pelo fato de Deus estar junto ao homem “que transcorre os seus dias na tristeza e na alegria”, “a terra não é mais somente um ‘vale de lágrimas’, mas é um local onde Deus mesmo fixou a sua tenda, é o lugar de encontro de Deus com o homem, da solidariedade de Deus com o homem”. É fundamental anunciar o Natal, nascimento do menino Jesus que também aconteceu num momento de tantas dificuldades, como a festa da confiança e da esperança. Este anúncio deve ser realizado através do testemunho de cada um e de cada uma na luta por uma sociedade justa, pois Natal é humanização dos cristãos.


Pedro Marconi
PASCOM Arquidiocesana

O CASAMENTO PERFEITO COM A OBRA DE ARTE


HISTÓRIA DAS MOLDURAS

Em termos gerais a moldura serve como uma proteção externa de determinado trabalho. Sua definição no dicionário é guarnição para painel, retrato e etc. A moldura então, funcionária como um adorno para as obras de arte. Fato é que seja como proteção, seja como adorno, o universo que envolve a moldura é muito mais abrangente e surpreendente do que ponderações em dicionários e conceitos pré-estabelecidos.

A moldura limita mundos, impede-os de se confundirem, cria uma espécie de célula ou cela, abre uma janela, cria um mundo paralelo que vai muito além de sua função tradicional de proteger a obra de arte, delimitar seu espaço arquitetônico ou lhe conferir um ornamento.

Os primeiros indícios de moldura se dão no Antigo Egito. Na ocasião, elas eram usadas para delimitar o espaço da obra, guardá-las do mundo externo. Suas manifestações artísticas giravam em torno esfera religiosa.


Akhenaton, Nefertiti e as princesas reais fragmento
de relevo de Tell el-Amarna, c 1350 aC, (XVIII Dinastia).

Na Roma antiga a moldura adquiriu uma importância para além de simples delimitadora de espaço. A moldura passa a exercer a função de organizadora de espaço e tem o poder de definir um campo de trabalho.


Painel com uma
representação de um triunfo
do imperador Marco Aurélio;
um gênio alado paira acima de sua cabeça.

Somente nos séculos XII e XIII as molduras começaram a ser pensadas da forma como as conhecemos. Curiosamente o processo de elaboração de uma obra era feito ao inverso. Primeiro se fazia a moldura, em peça única e muito bem acabada. Em seu interior, o espaço em que o artista preencheria com sua arte. Esta técnica dificultava a produção de obras de grandes proporções uma vez que era quase impossível encontrar tábuas com dimensões tão grandes para serem esculpidas.

Até final do século XIV e inicio do século XV, a maior parte das obras eram feitas por encomenda para a igreja. Tais trabalhos eram de grandes proporções e quase sempre eram peças fixas. Suas molduras compunham um conjunto com a arquitetura do templo onde eram instalados e eram confeccionadas pelo próprio artista.


LUCA SIGNORELLI (1445 a 1523)
 – Madona e criança – Óleo sobre madeira

Com o Renascimento houve uma importante mudança no cenário das artes. Agora, nobres ricos passaram a colecionar obras em suas residências. Essa nova demanda também modificou a produção de molduras. A necessidade de armações portáteis e móveis era eminente. Os novos colecionadores necessitavam, por vezes, transportar esses trabalhos. As molduras passaram a ser cada vez mais elaboradas, tanto no sentido funcional de proteção quanto no sentido estético.

Mas, e o moldureiro? A produção organizada de molduras começou a se efetivar no século XVI. As molduras não eram mais feitas pelo artista. Havia um moldureiro. Um profissional exclusivamente treinado para isso e que passou a ter grande importância nos processos finais de qualquer decoração. No século seguinte, o requinte só aumentava, madeira e gesso eram usados na confecção de molduras. Novos perfis eram criados e a introdução de arabescos dos mais diversos possíveis levou a concepção barroca de molduras que conhecemos. Durante o século XVIII as produções cheias de excesso continuaram e aumentaram, uma decoração opulenta era tudo que um nobre poderia querer o estilo Rococó da aristocracia francesa ganhou destaque.

Aos poucos os excessos e exageros foram perdendo espaço, perfis de molduras mais leves, finos e com influências orientais abriram caminho. Estamos no século XIX, cuja característica principal passou a ser o puro uso da madeira. Os impressionistas do final daquele século colocaram a moldura como uma continuação da pintura.

O século XX presenciou uma infinidade de trabalhos a serem emoldurados. Não apenas pinturas, gravuras, desenhos e fotografias. Novos perfis e novos modelos de molduras foram criados. A forma de montá-los e os materiais utilizados também se modificaram. A moldura passou a ser novamente feita pelo artista. A liberdade irrestrita do final do século XX permitia. Até a exclusão completa das molduras chegou como uma nova onda de produzir trabalhos somente em painéis cujas laterais também recebiam pintura.


Oficina de moldura em 1900. Anônimo.

E a arte contemporânea? O que se utiliza atualmente? Vivemos em um tempo em que excessos e perfis lisos convivem em harmonia. O antigo e o atual se confundem. As inovações são bem-vindas e vistas com bons olhos.

Com perfil liso ou cheio de arabescos, a moldura atravessa os tempos metamorfoseando-se num diálogo incessante entre o artista e seu trabalho. Muito além da função de proteger a obra de arte ou delimitar um espaço. Talvez porque a palavra mais importante para a arte contemporânea seja “possibilidades”.

Atualmente a arte de emoldurar quadros é destaque no mercado das artes. No entanto, são poucos os moldureiros profissionais que encontramos e podemos confiar. Há quase meio século no mercado de arte, a molduraria mais conceituada do Rio de Janeiro, tem emoldurado obras de museus e importantes colecionadores do país e do exetrior. Para Everaldo Vieira, fundador da Everaldo Molduras é preciso conversar com a obra, pois cada uma tem sua peculiaridade, seu espaço e seu mundo. A moldura então, abre a janela para este mundo paralelo, o mundo do artista. Ainda de acordo com ele, cada quadro tem sua moldura especifica, aquela que combina perfeitamente com a obra. Ao ser perguntado sobre o papel da moldura na decoração, ele afirma que a moldura não tem que combinar com tapete, sofás e outros móveis. A moldura presisa casar perfeitamente com a obra. É preciso ter um olhar clinico e experiente para entender o que a obra pede. Dessa forma o casamento perfeito ocorrerá.


Everaldo Vieira em 1964 ainda como aprendiz de moldureiro.