Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

17 de abr. de 2020

DINHEIRO PERDIDO


Texto de Fernando Canto


Um dia desses, quando eu passava na Avenida Santos Dumont vi um homem idoso com dificuldades para andar. Ele se apoiava em uma bengala esperando o ônibus que já se aproximava do ponto. Notei que caíra um papel do seu bolso. Pela cor parecia uma nota de vinte reais dobrada. Tentei avisá-lo antes que ele entrasse no ônibus, mas os vidros do meu carro estavam fechados, o sinal estava vermelho e havia uma grande tensão no trânsito, devido o horário. Acompanhei pelo retrovisor sua dificuldade para entrar no coletivo, e ninguém, nem sequer o ciclista que esperava para atravessar a rua, ali próximo, percebera o que eu havia visto. O sinal abriu e eu fiquei angustiado. Pensei: alguém terá a sorte de achar esse dinheiro por causa do azar do homem velho, que talvez só tivesse aquele dinheiro para almoçar ou para comprar remédio. Tive a ideia de retornar, “dando o balão” até o ponto, mas desisti em favor da minha pressa e por deduzir que àquela hora alguém já teria achado a cédula. E depois, o que eu faria com ela se a encontrasse? Como devolveria? A quem?

Muita gente já achou dinheiro na rua, pois muitos obviamente também já perderam. Um bolso furado, uma troca de objetos, esquecimento e tantas outras formas de perder já aborreceram milhares do mesmo jeito que fizeram o sorriso de outros. Para os que perdem só resta se lamentar, porque dificilmente o achador vai entregar o que achou a quem não sabe que perdeu. Para os que acham, resta dizer que a sorte lhes sorriu e gastar o dinheiro na primeira oportunidade. Claro que há casos de muito dinheiro achado, carteiras porta-cédulas recheadas que foram devolvidos por pessoas honestas na polícia ou diretamente a seus verdadeiros donos. Alguns achadores ganham notoriedade pelo papel cumprido como cidadãos, outros são obrigados a devolver o que acharam pressionados pela família ou por grupos ao qual pertencem. Mesmo assim são criticados por aqueles que sempre vão dizer que o achador que devolve é um “otário”, um “babaca”, uma “besta”, além de outras expressões que tentam por em dúvida o dever ético do cidadão, principalmente pelos exemplos corporativos de impunidade que a toda hora testemunhamos no Brasil.

Claro que ainda convém falar, neste momento, sobre os conceitos que rondam as cabeças da juventude brasileira, dos políticos e da população em geral que acompanhou ou não, nas ruas das principais cidades do país, os protestos indignados. Esses fatos foram amplamente debatidos, mas não exauridos, porque ainda falta muita pressão popular e mudanças oriundas dela. Lógico que não podemos nos apartar dos acontecimentos nem esquecer que votamos nos legisladores e governantes. 

A vigilância democrática não é um mero contrato de prestação de serviço terceirizado, que acaba num prazo determinado. Mesmo que o tempo passe é necessário orientar sistematicamente as novas gerações para que todos tenham seus direitos constitucionais garantidos. Se o Brasil desperta, certamente desvendará as incertezas do horizonte e procurará, pela insistência dos seus habitantes, aproximá-lo da realidade, com olhos mais argutos e mãos mais experientes, para evitar a corrupção que assola o país e deixa um grande contingente populacional sob a miséria inclemente.

Olhando o Brasil vejo que a gente quase nada faz para evitar que ele sofra prejuízo. Na verdade, ainda que não queiramos, deixamos que os oportunistas de plantão se aproveitem das coisas que não damos valor e os chamamos de sortudos e inteligentes. E quem garante que os que chamam os outros de “babacas” porque devolvem o “dinheiro achado” vão mudar seus conceitos sobre ética e moral? Talvez seja por isso que não conseguimos matar a fome de milhões de irmãozinhos brasileiros nem suprir a todos com remédios e serviços básicos de educação e saúde. Parece que nos apoiamos em bengalas, perdendo dinheiro, quando pegamos o ônibus da história que até agora ainda é visto pelo retrovisor.



Quem é o novo ministro da Saúde?



Por Altamiro Borges

O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, é um fanático bolsonarista. Empresário que fez fortuna na saúde privada, ele tem ligações antigas com os milicos. Nunca atuou no SUS ou teve experiência na saúde pública. É conhecido por sua visão mercantil e sua insensibilidade social.

Em vídeo de abril de 2019, Teich teoriza que na saúde as "escolhas são inevitáveis” e prega descartar os idosos para tratar dos mais jovens. "Pra ela [pessoa idosa] melhorar eu vou gastar praticamente o mesmo dinheiro que eu vou gastar pra investir num adolescente". Os 30 milhões de idosos brasileiros que se cuidem!

Com sua nomeação, as denúncias já pipocam na internet. Regina Pussente, filha de uma ex-paciente terminal com câncer, postou: "Ele se dirigiu a nós e disse o seguinte: 'Não adianta fazer nada, ela vai morrer. Deitem ela na maca da sala ao lado, quando tudo terminar, irei atender'".


Altamiro Borges

16 de abr. de 2020

Bolsonaristas entram em colapso


Luiz Henrique Mandetta foi demitido do posto máximo no Ministério da Saúde por Jair Bolsonaro. 

O anúncio foi feito pelo próprio Mandetta, no Twitter, na tarde desta quinta-feira. 

“Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros”, 

escreveu o agora ex-ministro.


Bolsonaristas entram em colapso


Sobre o governo do Estado do Rio de Janeiro


Base de Witzel racha e até Amorim assina pedido de CPI para investigar contratos do governo

E agora José, o que fazer com o bicho de pé?


“A Lava Jato que pariu Bolsonaro 
que o embale”, 

diz procurador da República




15 de abr. de 2020

15 de Abril - Irmãos


Lourival Vargas


Paulão


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15 de Abril - Por onde andei - e muitos, muitos outros




Dia 



I


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n


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l




 da
 Arte


Michelangelo


Caravaggio


Raffaello


Rembrandt


Van Gogh


Leonardo da Vinci


 Dalí


Monet


Picasso


Rodin

Di Cavalcanti


Tasila do Amaral


Portinari

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Du Tury @


NÃO TENHO COMO RETORNAR A CHAMADA. 
PODE CHAMAR NOVAMENTE? Grato



"Barco a Deriva"


Dois antipetistas se bicando



Analfabeto sim, fascista não.



Sabemos que morre um monte de pessoas todos os dias aqui no Brasil. Crianças, adolescentes, jovens, adultos e velhinhos. Ricos morrem naturalmente. Todos os dias, na grande maioria, negros e pobres são assassinados, atropelados ou caminham prematuramente de barrigas vazias para o túmulo. Nosso projeto de segurança púbica não é inclusivo. Falho!  Temos o SUS graça aos políticos de centro esquerda. Nos salva e nos mata, pois ainda não conseguimos conclui-lo. Vem um e nos oferece médicos; outros manda-os embora: 'carregam “viés ideológico' (termo fascista). Todas estas mortes passam despercebidas. Notícias trágicas misturam-se a comerciais da Coca-Cola, Brahma
 latão, Nestlé, Estrela e Chevrolet. Nosso cotidiano. O “brasileiro” sorri, veste um jeans, causa um chinelo de dedo ou um tênis duro e sai pra ganhar um salário que não paga o básico, ou para se “prostituir”. Mas temos carnaval. Temos o maraca, o "Mané Garrincha, o Morumbi, o Mineirão, a Fonte Nova... Temos a Regina Duarte, o Faustão, o Silvio Santos, Datena, Malafaia, Macedo, Marcelo, Xuxa... Então sorrimos. Sorrir é a vitamina diária. Vale mais que arroz, feijão, angu, ovo, alface e tomate. Mas não conhecíamos a contagem diária dos corpos caídos. Mais de 200 (dizem que teremos mais de 500) ao dia, contados um a um. Na TV. No Rádio ou jornais. Nas redes insociais. Ainda não sabemos o que está acontecendo. Nunca nos contam a verdade. Disputam audiência. Disputam competência e hipocrisia. Estamos só assustados nos preparando para o fim do ano. Vamos votar! Acho que serei candidato a prefeito em minha cidade. Não sei. Não tenho grana tenho vontade. Ou estaremos mortos?  O presidente disse ser só uma gripezinha. Estamos entendendo: Ele mentiu! 

14 de abr. de 2020



Aqui em Juiz de Fora, quando passo em frente ao
Hospital, lembro das malas de dinheiro e do policial morto. É um silêncio infernal.

viés histérico


Libere o som








13 de abr. de 2020

. "Acho que estamos em um bom lugar para avançar."


© Reuters/Minzayar
 Minzayar Axel van Trotsenburg,
 diretor executivo do Banco Mundial

Banco Mundial vê "enorme disposição" para suspender pagamento de dívida de países mais pobres





WASHINGTON (Reuters) - O Banco Mundial está vendo "uma enorme disposição" por parte dos credores bilaterais oficiais para suspender o pagamento da dívida pelos países mais pobres do mundo, para que possam se concentrar no combate à pandemia de coronavírus, disse uma importante autoridade do banco nesta segunda-feira.

O diretor executivo do Banco Mundial, Axel van Trotsenburg, disse que o Grupo das 20 principais economias e o Grupo dos Sete (G7) apoiaram amplamente um pedido do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional para uma interrupção temporária nos pagamentos de dívida.

"Todo mundo entende que precisamos ajudar os países mais pobres. Existe uma enorme disposição - ninguém está questionando isso, absolutamente ninguém", disse a autoridade à Reuters em entrevista. "Acho que estamos em um bom lugar para avançar."



diz Mandetta


País ‘não sabe se escuta o ministro ou o presidente’