Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

5 de dez. de 2020

Mudanças para brasileira ver



Tem uma coisa que eu aprendi faz tempo: a única coisa certa na vida são as mudanças. Por isso tento ser otimista com relação a isso, não adianta resistir. Se você adia a mudança, quando ela chega é 

para te derrubar, não vem suave. Por isso até prefiro ir atrás das mudanças. Já que elas são inevitáveis, vamos atrás delas.

As únicas mudanças que realmente não suporto são as de casa. Faz doze anos que moro no mesmo apartamento em Sampa, mas em um ano de Inglaterra mudei três vezes. Cheguei aqui com duas malas e tudo deu cria: roupas, panelas, pratos, toalhas, lençóis, nunca vi tanta coisa, minha vida aqui é tão espartana, tudo tão temporário mas preciso de umas vinte malas para colocar tudo que eu tenho. A notícia boa é que todas as mudanças foram para melhor. Quando mudei do apartamento que dividia com os hooligans, morei com cinco indianas que eram bem organizadas. Todas vegetarianas. Aprendi que tem muito vegetariano que só come pizza, batata frita e pão com a desculpa de não comer carne, mas legumes, frutas e saladas que é bom nem pensar. O que eles deveriam ser é carboidratianos.
Por nosso acabei virando o bicho estranho lá, elas sempre espionavam o que eu estava comendo. Tinha uma que dava blitz na cozinha todas as vezes que eu tomava café da manhã para perguntar tudo sobre minha dieta. Isto incluía também as carnes que eu preparava, nunca me senti tão carnívora com os meus frangos, perus e peixes. Elas cresciam tanto o olho nos meus assados que eu até oferecia, mas a religião não permitia, claro. Vai ver que elas queriam saber como preparava para comer escondido depois.
Agora mudei de novo, estou morando longe do centro, mas tem um lado bem interessante de experimentar a vida local. Tenho uma rotina, vou para academia, supermercado e acabo presenciando briga de vizinhos, gritaria no supermercado, discussão e palavrões nos ônibus, bêbados em toda a parte, tudo muito longe do conceito de gentleman inglês que eu sempre tive.
Outro dia o motorista do ônibus parou no ponto e um carro estacionou na frente. No lugar de dar a volta, resolveu semear a discórdia com um buzinaço sem fim. A mulher que estava no carro falava no celular e por isso nem se mexeu. Quando se movimentou foi para sair do carro e falar umas poucas e boas para o motorista, nunca vi tanta criatividade para falar tantos palavrões em tão poucos minutos, alguns eu nem conhecia. Todos no ônibus fizeram: ohhhhh!! Aí veio o guarda, os três discutiram, foi uma beleza. Por isso me divirto, cada baixaria que eu pensava que só acontecia na periferia de São Paulo acontece em todo os lugares aqui. Tudo isso para a brasileira ver.....

3 de dez. de 2020

Israel...

 



Israel planejou assassinato de cientista iraniano, diz oficial dos EUA 



cientista iraniano Mohsen Fakhrizadeh,
 morto em Teerã, após seu veículo ser
 atacado por atiradores
Imagem: West Asia News Agency/Reuters


Imagem: West Asia News Agency/Reuters 

Israel está por trás do assassinato do cientista iraniano Mohsen Fakhrizadeh, segundo um funcionário do alto escalão do governo dos Estados Unidos. As informações foram divulgadas pela CNN americana. O oficial se recusou a dar detalhes sobre o caso, incluindo se o governo de Donald Trump sabia sobre o ataque ou se forneceu algum apoio. Mohsen Fakhrizadeh, principal cientista nuclear do Irã, foi assassinado na última sexta-feira (27) quando foi alvejado por balas em uma rodovia próxima de Teerã.

Desde o assassinato, Irã vem acusando, sem evidências, Israel pela autoria do crime. O líder supremo aiatolá Seyyed Ali Khamenei e outros prometeram vingança. Até o momento, Israel não negou nem reivindicou o ataque.

Apesar de não detalhar o caso, o oficial americano ressaltou que, no passado, os israelenses compartilhavam informações sobre alvos e operações secretas com os Estados Unidos. Segundo ele, o cientista iraniano é alvo de Israel há muito tempo.

Na última semana, o New York Times também noticiou que Israel seria o responsável por planejar a morte de Mohsen Fakhrizadeh. As informações seriam de outro funcionário do governo americano.


O cientista nuclear iraniano, assassinado na semana passada, foi baleado por uma metralhadora controlada por controle remoto e operada de um carro, à distância, segundo informou ontem a agência de notícias semioficial Fars.

A reportagem do Fars News —e reproduzida pela rede de TV americana CNN— diz que Fakhrizadeh estava viajando com sua esposa em um carro à prova de balas, ao lado de outros três veículos que faziam a sua segurança. Quando ele ouviu o que parecia ser uma bala atingindo um dos veículos, saiu do carro para verificar o que havia ocorrido. Ao sair, diz a reportagem, uma metralhadora de controle remoto abriu fogo de um Nissan parado a cerca de 150 metros do carro de Fakhrizadeh. O cientista teria sido atingido pelo menos três vezes. Um dos seguranças também foi baleado. Uma explosão também foi ouvida durante o ataque.

A agência cita o ministro da Defesa iraniano, Amir Hatami, como uma das fontes. "Com base em relatórios recebidos de membros de sua equipe de segurança, o veículo do Sr. Fakhrizadeh foi inicialmente alvejado por tiros, após o que um veículo Nissan carregado com explosivos foi detonado nas proximidades deles como tiros, visando seu veículo, estava continuando", afirmou Hatami à agência


"Também já fui brasileiro"

 

Eu também já fui brasileiro

Moreno como vocês.

Ponteei viola, guiei forde

e aprendi na mesa dos bares

que o nacionalismo é uma virtude

Mas há uma hora em que os bares se fecham


e todas as virtudes se negam.

Eu também já fui poeta.

Bastava olhar para mulher,

pensava logo nas estrelas

e outros substantivos celestes.

Mas eram tantas, o céu tamanho,

minha poesia perturbou-se.

Eu também já tive meu ritmo.

Fazia isto, dizia aquilo.

E meus amigos me queriam,

meus inimigos me odiavam.

Eu irônico deslizava

satisfeito de ter meu ritmo.

Mas acabei confundindo tudo.

Hoje não deslizo mais não,

não sou irónico mais não,

não tenho ritmo mais não.

 

De Alguma poesia (1930)

Carlos Drummond de Andrade

Caetano Veloso - Fora Da Ordem

 


30 de nov. de 2020

Diego Maradona: O mais humano dos deuses | 26 de novembro de 2020

 

Diego Maradona: O mais humano dos deuses, do Município de Vosinakis


"A vida de Maradona é tão rica, tão cheia de nuances diferentes, que eu não mudaria nada, mesmo se estivesse fazendo um filme de ficção sobre ele."
Emir Kusturica


Aos 37 anos, tenho que trabalhar muito para me lembrar novamente de uma reverência tão universal a um homem que já faleceu.. Políticos, atletas, músicos, intelectuais, artistas, conhecidos e desconhecidos, todos tinham algo a dizer sobre ele. A lenda do futebol argentino, Diego Maradona, conseguiu isso sem nem tentar. Nascido em Buenos Aires em 1960, ele cresceu em uma casa empobrecida (algo parecida) em Villa Fiorito, a poucos quilômetros ao sul do estádio de sua amada Boca em extrema pobreza. Quando havia comida ele comia, ele e seus (então) 3 irmãos, quando não havia comida ele apenas continuava a jogar futebol de manhã à noite com algo parecido com bolas. Desde jovem tinha dois sonhos: Jogar uma Copa do Mundo e vencê-la. Ele conquistou ambos em 1986 com ênfase em campo no México, quando a Argentina estava no topo do mundo por causa dele,

Provavelmente, ele mesmo nunca percebeu que foi encontrado nos campos do NE nos maiores estádios do mundo. De Estrella Roja, de 8 anos, aos Los Cebollitas, o time infantil do Argentinos Juniors, ao Boca Juniors, Barcelona e Napoli, o time do empobrecido sul da Itália que ficou na sombra do norte rico e acabou se juntando do que qualquer outro. Maradona sempre teve um caso com a bola e é por isso que a deusa redonda fez uma reverência para ele. As pessoas que tiveram a sorte de apreciá-lo ao vivo o adoraram nos momentos brilhantes, mas também nos maus momentos de sua carreira. Mas, novamente, a questão chave permanece? Mas como um cara que só conhece o tom do baile se torna um convidado do Papa, uma música de Manu Chao,documentários de Kusturica, tatuagens em corpos de celebridades e graffiti em todos os cantos do globo? E como ele consegue antecipar a era das mídias sociais para interagir com seu público?

Ele tinha dado a resposta: "Eu posso ser branco, posso ser negro, não posso ser cinza". E isso ficou evidente não nas grandes vitórias, quando todos procuravam se enquadrar e tirar uma foto com ele, mas nas grandes decepções. Em suas escolhas destrutivas. Na dependência de longo prazo da coca, álcool e sexo. No dinheiro infinito que gastou em besteiras até perder tudo, para recuperar o suficiente para perdê-lo ainda mais rápido, ainda mais fácil, ainda mais trágico. Nas urgências de hospitais, tribunais e clínicas de desintoxicação. Maradona pode ter sido um marido horrível, um pai inadequado, egoísta como amigo e terrivelmente tolo ao administrar suas finanças. Mas foi autêntico. E como jogador de futebol, e como pessoa, E isso tem faltado em muitos e muitos pelo que parece. Porque nenhum ser humano pode e não deve ser perfeito. Porque somos seres humanos, todos e cada um com as nossas paixões, dependências, vantagens e desvantagens. Porque no mundo real não existe amigo perfeito. Ele prospera em grandes quantidades apenas na Internet.

Eu poderia escrever muito sobre seu caráter não convencional. Contar a história de 1984 sobre sua iniciativa de fazer um jogo beneficente com o time do Napoli em um dos bairros mais pobres da cidade, apenas para arrecadar dinheiro para a intervenção de uma criança enquanto a gestão da equipe era totalmente negativa . Eventualmente a partida aconteceu, Maradona entrou em um campo cheio de lama e deu tudo de si como se estivesse jogando a partida de sua vida. Permitam-me que vos conte o amor especial que sentia pelo Che e por Cuba, que o abraçou, cuidou dele e deu-lhe uma segunda e terceira oportunidades, quando a própria Argentina o esqueceu. E, ao mesmo tempo, deixe-me lembrá-lo das manobras que ele fez com pressa e para o tiro com armas de ar em 6 jornalistas em 1994. Para cada movimento mágico que ele fez com a bola nos pés, você também pode encontrar algo negativo em sua vida pessoal. Mafias, conversas, apostas. Uma paixão sem fim e uma vontade indomável de vida de um lado, um joelho quebrado e um coração fraco do outro. Na mesma embalagem e no mesmo corpo.

Lendo sua autobiografia intitulada "A mão de Deus", ele nos diz: "Diego Ariado Maradona, o homem que marcou dois gols na Inglaterra e um dos poucos argentinos que sabem o quão pesado é a Copa do Mundo. Você sabe que tipo de jogador de futebol eu seria se não tivesse usado drogas? Eu seria Diego Maradona do México por muitos e muitos anos. Foi o momento de maior felicidade que já senti em campo. Meu velho nunca me fez escorregar e raramente me dizia "Que bom que você acertou a bola" ou "Que bom que você deu". Mas depois da partida com a Inglaterra, quando nos encontramos, ele me abraçou e disse: "Meu filho, hoje, na verdade, você colocou uma coleira!". A Copa do Mundo no México, em 1986, foi realmente uma página especial na história do esporte porque um homem em 90 minutos mostrou os dois lados:

Poucas pessoas podem transmitir popularidade autêntica sem serem resilientes e sem fingir. Maradona podia tomar uma cerveja com todos, desde os favelados em que cresceu até os aristocratas ricos que o queriam em seu time e falar sobre futebol, política e música sem se sentir desconfortável por um momento. Sem esconder suas crenças políticas e visões heréticas. E agora que ele se aposentou deste mundo, parece que esses modelos são especiais porque são raros. Como escreveu o escritor uruguaio Eduardo Galeano, "Diego Maradona era adorado não apenas por seu malabarismo único, mas porque era um deus sujo e pecador. O mais humano dos deuses ”.

Hasta Siempre Diego!

Cerca de 200 milhões de trabalhadores entraram em greve na Índia na quinta-feira em protesto contra a decisão do governo de reduzir seus benefícios de aposentadoria, uma mudança que entraria em vigor em outubro. O pacote de reformas inclui novas leis trabalhistas, maior flexibilidade nas regulamentações relacionadas à segurança e saúde no trabalho e no setor agrícola, bem como privatizações no setor público.

 

A maior greve 

do mundo:

200 milhões de trabalhadores paralisam a Índia


Fôlego! Inspiração em Tiradentes.

 












Quem conta um conto, aumenta um ponto

 Cultura e sociedade


Esopo, La Fontaine e Monteiro Lobato sobre “A cigarra e a formiga”


A cigarra e a formiga 


  Esopo (versão Ruth Rocha)

A cigarra passou o verão cantando, enquanto a formiga juntava seus grãos.

Quando chegou o inverno, a cigarra veio à casa da formiga para pedir que lhe desse o que comer.

A formiga então perguntou a ela:
— E o que é que você fez durante todo o verão?
— Durante o verão eu cantei — disse a cigarra.
E a formiga respondeu:— Muito bem, pois agora dance!

“MORAL DA HISTÓRIA: Trabalhemos para nos livrarmos do suplício da cigarra, e não aturarmos a zombaria das formigas.”

– Esopo, em “Fábulas de Esopo”. [tradução Ruth Rocha]. São Paulo: Salamandra, 2010.


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La Fontaine  (versão Bocage*)


Tendo a cigarra em cantigas
Folgado todo o Verão
Achou-se em penúria extrema
Na tormentosa estação.

Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga,
Que morava perto dela.

Rogou-lhe que lhe emprestasse,
Pois tinha riqueza e brilho,
Algum grão com que manter-se
Té voltar o aceso Estio.

«Amiga, diz a cigarra,
Prometo, à fé d’animal,
Pagar-vos antes d’Agosto
Os juros e o principal.»

A formiga nunca empresta,
Nunca dá, por isso junta.
«No Verão em que lidavas?»
À pedinte ela pergunta.

Responde a outra: «Eu cantava
Noite e dia, a toda a hora.»
«Oh! bravo!», torna a formiga.
– Cantavas? Pois dança agora!»

“LIÇÃO DE VIDA: Os que não pensam no dia de amanhã, pagam sempre um alto preço por sua imprevidência.”

– La Fontaine em “Fábulas de La Fontaine”. 
[tradução Bocage, Rio de Janeiro: Editora Brasil- América, 1985.

*Bocage
Manuel Maria de Barbosa l’Hedois du Bocage (Setúbal, 15 de Setembro de 1765 — Lisboa, 21 de Dezembro de 1805), Poeta português, possivelmente, o maior representante do arcadismo lusitano. Árcade e pré-romântico, sonetista notável, um dos precursores da modernidade em seu país.


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– Monteiro Lobato

Houve uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé dum formigueiro. Só parava quando cansadinha; e seu divertimento então era observar as formigas na eterna faina de abastecer as tulhas.

Mas o bom tempo afinal passou e vieram as chuvas. Os animais todos, arrepiados, passavam o dia cochilando nas tocas.

A pobre cigarra, sem abrigo em seu galhinho seco e metida em grandes apuros, deliberou socorrer-se de alguém.

Manquitolando, com uma asa a arrastar, lá se dirigiu para o formigueiro.

Bateu – tique, tique, tique…

Aparece uma formiga friorenta, embrulhada num xalinho de paina.

– Que quer? – perguntou, examinando a triste mendiga suja de lama e a tossir.

– Venho em busca de agasalho. O mau tempo não cessa e eu…

A formiga olhou-a de alto a baixo.

– E o que fez durante o bom tempo, que não construiu sua casa?

A pobre cigarra, toda tremendo, respondeu depois dum acesso de tosse.

– Eu cantava, bem sabe…

– Ah! … exclamou a formiga recordando-se. Era você então quem cantava nessa árvore enquanto nós labutávamos para encher as tulhas?

– Isso mesmo, era eu…

– Pois entre, amiguinha! Nunca poderemos esquecer as boas horas que sua cantoria nos proporcionou. Aquele chiado nos distraía e aliviava o trabalho.

Dizíamos sempre: que felicidade ter como vizinha tão gentil cantora! Entre, amiga, que aqui terá cama e mesa durante todo o mau tempo.

A cigarra entrou, sarou da tosse e voltou a ser a alegre cantora dos dias de sol.

“Moral da História: Os artistas: poetas, pintores, músicos, são as cigarras da humanidade.”


– Monteiro Lobato, em “Fábulas”. São Paulo: Brasiliense, 1995.


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Sem barra – (versão poética de José Paulo Paes)

Enquanto a formiga
Carrega a comida
Para o formigueiro,
A cigarra canta,
Canta o dia inteiro.

A formiga é só trabalho.
A cigarra é só cantiga.

Mas sem a cantiga
da cigarra
que distrai da fadiga,
seria uma barra
o trabalho da formiga.


– José Paulo Paes, em “Poemas para brincar”. São Paulo: Ática, 1989.


8 de nov. de 2020

 

Cuidado! Bolsonaro confunde tudo. Pátria amada ele entende como Pátria armada. Não é coraçãozinho, é bala, mano!


5 de nov. de 2020

Chapa Bolsonaro-Mourão: julgamento no TSE


BRASÍLIA — O ministro Luis Felipe Salomão liberou para julgamento do plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ação que pede a cassação da chapa presidencial Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão. A data de julgamento ainda deverá ser agendada pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso.

A ação de investigação judicial eleitoral (Aije), movida pela coligação Brasil Soberano (PDT/Avante), cujo candidato era Ciro Gomes (PDT), pediu a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão por supostas irregularidades em disparos de mensagens em massa por meio do WhatsApps durante a campanha de 2018.

Corregedor-geral eleitoral, Salomão rejeitou o pedido do PDT/Avante para coleta de novas provas em uma das ações. Porém, na segunda Aije apresentada pela mesma coligação, Salomão considerou o processo concluído e pediu inclusão na pauta de julgamentos da corte eleitoral.

Bolsonaro e Mourão são alvos de quatro ações que apontam supostas irregularidades na contratação dos serviços de disparos em massa de mensagens. Essas ações apontam a possibilidade de que apoiadores dos então candidatos teriam contratado tais serviços para beneficiar a chapa.

As mensagens teriam sido usadas, inclusive, para atacar adversários do presidente com informações falsas, as conhecidas fakenews. Há ainda a suspeita do uso fraudulento de CPFs no disparo maciço de mensagens e da contratação de agências estrangeiras para este fim.

As quatro ações corriam conjuntamente, mas Salomão considerou mais adequado dar andamento às duas apresentadas pela coligação Brasil Soberano (PDT/Avante), uma vez que as outras duas ações protocoladas pela coligação O Povo Feliz de Novo (PT/PCdoB/PROS), cujo candidato à Presidência era


o petista Fernando Haddad, aguardam definição sobre compartilhamento de dados de inquérito que corre no Supremo Tribunal Federal e apura ofensas a ministros daquela Corte.

Nas duas ações da coligação do candidato petista, a alegação é de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. Elas dependem da liberação de informações do relator do caso no STF, ministro Alexandre de Moraes, e por ora não têm previsão de prosseguimento. Após perícia de material relativo ao inquérito no STF, Moraes deve decidir se algo tem relação com as Eleições de 2018 e, se tiver, mandará os dados ao TSE.



Fonte: yahoo

Curiosidades budeguísticas

 Conhecer o universo. Uma referência do tamanho da Terra em relação a outros corpos celestiais. 


20 de out. de 2020

Um presidente "B" no Brasil

 CHICO BUARQUE RECEBE O PRÊMIO CAMÕES DE LITERATURA MESMO QUE BOLSONARO NÃO ASSINE O DIPLOMA


A data não está definida. Sabe-se apenas que não será neste ano. Mas o local está. Será em Lisboa que Chico Buarque de Hollanda vai receber o Prêmio Camões de Literatura 2019 pelo conjunto de sua obra, tanto na música como no terreno das letras. A premiação, anual e considerada a mais importante da língua portuguesa em todo o mundo, contempla autores de Brasil, Portugal, Angola, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Guiné-Bissau ou Timor Oriental, escolhidos por uma comissão julgadora composta por representantes do Brasil, Portugal e de países africanos que têm a língua portuguesa como oficial. Foi criada em 1988 com o objetivo de consagrar um autor que tenha contribuído para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural de nossa língua comum.




Chico Buarque de Hollanda – Foto: Divulgação

Neste ano, participaram do júri: Antonio Carlos Hohlfeld e Antonio Cícero Correia Lima pelo Brasil; Manuel Frias Martins por Portugal; Nataniel Ngomane por Moçambique; e Ana Paula Tavares por Angola. Eles chegaram ao nome de Chico Buarque numa reunião realizada no dia 21 de maio, na sede da Fundação Biblioteca Nacional, na cidade do Rio de Janeiro.

Divulgação inesperada

A presente edição do prêmio ganha maior notoriedade mundial por algo que nada tem a ver com a produção literária do compositor e escritor brasileiro, de inquestionável qualidade.

Além dos 100 mil euros (cerca de 450 mil reais), Chico Buarque também receberá, na cerimônia, um diploma assinado pelos governos português e brasileiro, criadores da láurea. O dinheiro já está reservado. O governo português também já assinou o diploma, mas o brasileiro, não. Bolsonaro mostra-se disposto a não assiná-lo e faz chacota. Em recente fala, adiantou que teria até 31 de dezembro de 2026 para assinar (último dia de um hipotético segundo mandato).

Feita a declaração, diplomaticamente, o ministério da Cultura de Portugal emitiu nota lembrando que “a cerimônia de entrega acontece em 2020, em Portugal”. Por seu turno, Chico Buarque, manifesto opositor ao atual presidente do Brasil e seu modo de governar o país, declarou que, ao não assinar, Bolsonaro estaria dando a ele um segundo prêmio.

O fato é que, com isso, a premiação entra para a história de um modo inusitado e vergonhoso para o Brasil porque, com ou sem a assinatura de Bolsonaro, a cerimônia vai acontecer, garantem os portugueses.


Sexto romance de Chico chega às livrarias em novembro

Francisco Buarque de Hollanda nasceu no Rio de Janeiro, em 1944. Compositor, cantor e ficcionista, além das peças Roda Viva (1968), Calabar, escrita em parceria com Ruy Guerra (1973), Gota d’Água, com Paulo Pontes (1975), e Ópera do Malandro (1979), publicou a novela Fazenda Modelo (1974) e os romances Estorvo (1991), Benjamim (1995), Budapeste (2003), Leite Derramado (2009) e O Irmão Alemão (2014). Seu próximo livro – Essa Gente – chega no mercado nacional em 14 de novembro deste ano.


Um escritor decadente passa por um deserto criativo e emocional enquanto o Rio de Janeiro colapsa ao seu redor. Em seu sexto romance, Chico Buarque constrói uma engenhosa trama em cujas entrelinhas se revelam as contradições do Brasil de agora.

Ao menos por ora, STF mantém censura para divulgação no caso Flávio Bolsonaro




Proibir a divulgação de qualquer documento ou peça do processo contra o senador Flávio Bolsonaro relativos à investigação sobre o esquema de “rachadinhas” na Alerj, atendendo a um pedido da defesa do senador e filho de Jair Bolsonaro, foi a decisão da juíza Cristina Serra Feijo, 33ª Vara Cível do TJ-RJ. 

A divulgação causaria "dano" à imagem  de Flávio.