Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

20 de mai. de 2016

Todo mundo tem ou já teve um sonho. Morar nesta casinha, sonhei por muito tempo. Que tolo!


Ela fica lá na Borda do Campo.



Antes de chegar na histórica Fazenda tombada pelo IPHAN


tem uma porteira azul. Um lugar chamado Mata da Joaninha.


Entrando no terreno, trezentos metros de Mata Atlântica.


Não sabia a quem pertencia,


Certamente um dos Coronéis ou Generais da borda.


Um lugar lindo, silencioso e cheio de pássaros.


Uma casinha branca. Casinha de colonos, bastante simples.


Fui lá por várias vezes. Já me sentia em casa.


Procurei o responsável e falei sobre minha intenção.
Fui muito bem recebido. Esperei, esperei e esperei... por uma resposta,


Até que um dia, chegando lá, percebi que já estava alugada.


 Foi um balde de água fria.
Mas onde estava EU com a cabeça,
ao pensar que um Andrada iria alugar uma casa para mim?

Rumo


André Moura do PSC, NOVO LÍDER DO GOVERNO TEMER NA CÂMARA, teve apoio de mais de 50% dos deputados, mas não do PMDB. Aliado de Eduardo Cunha, ele é réu da Lava Jato e investigado por tentativa de homicídio

Eduardo Cunha e André Moura
Um deputado com a ficha sujíssima, réu por acusação de homicídio e membro da tropa de choque de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi confirmado como o líder do Governo interino de Michel Temer (PMDB) na Câmara dos Deputados. Trata-se de André Moura, eleito por Sergipe e filiado ao PSC (Partido Social Cristão), que tem apenas nove dos 513 deputados. A chegada de André Moura ao cargo demonstra, segundo uma dezena de deputados, que a atual administração federal é refém de Cunha, o presidente afastado da Câmara que já emplacou três membros na gestão, e dos deputados que o peemedebista controla.

 Moura é réu em três ações no Supremo Tribunal Federal e responde a outros três inquéritos na mesma Corte (um deles por tentativa de homicídio, outro por envolvimento na Operação Lava Jato). Já foi condenado pelo Tribunal de Contas da União quatro vezes por irregularidades na gestão de dinheiro público, multado por improbidade administrativa. Foi proibido de concorrer à eleição em 2014 e teve duas de suas contas de campanha rejeitadas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe. Só é deputado federal porque conseguiu uma liminar que permitiu que ele fosse empossado, mesmo tendo sido declarado inelegível pela Justiça.

18 de mai. de 2016

O HOMEM QUE PLANTAVA ÁRVORES - ANIMAÇÃO VENCEDORA DO OSCAR


Olá amigos!
Hoje recomendo uma linda e sensível animação, vencedora do Oscar. Fala sobre simplicidade, persistência e generosidade. E sobre como as ações de uma pessoa, ainda que isoladas, podem fazer a diferença e mudar o mundo à sua volta.

Chama-se “O Homem Que Plantava Árvores”. É a história de um senhor muito peculiar, o pastor Elzéard Bouffier, contada por Jean Giono. A animação, lindíssima, é de Frédéric Back.




Conta a história de um homem bom e simples, um pastor que, em total sintonia com a natureza, faz crescer uma floresta onde antes era uma região árida e inóspita. As sementes por ele plantadas representam a esperança de que podemos deixar pra trás um mundo mais belo e promissor do que aquele que herdamos.

Um tributo ao trabalho e à perseverança.

O conto pode ser lido numa tradução para português aqui. Não vou dizer mais, a não ser que vale muito a pena.  Enjoy!




Reflexão


Meritocracia





















O que é Meritocracia:

Meritocracia é um sistema ou modelo de hierarquização e premiação baseado nos méritos pessoais de cada indivíduo.

A origem etimológica da palavra meritocracia vem do latim meritum, que significa “mérito”, unida ao sufixo grego cracía, que quer dizer “poder”. Assim, o significado literal de meritocracia seria “poder do mérito”.

De acordo com a definição “pura” da meritocracia, o processo de alavancamento profissional e social é uma consequência dos méritos individuais de cada pessoa, ou seja, dos seus esforços e dedicações.

As posições hierárquicas estariam condicionadas às pessoas que apresentam os melhores valores educacionais, morais e aptidões técnicas ou profissionais específicas e qualificadas em determinada area.

Este termo foi utilizado pela primeira vez por Michael Young, no livro “Rise of the Meritocracy” (“Levantar da Meritocracia”, em português), publicado em 1958.

No entanto, neste livro de Young, o mérito é entendido como um termo pejorativo, pois estava relacionado com a narração de uma sociedade que seria segregada tendo como base dois principais aspectos: a inteligência (QI elevado) e um grande nível de esforço.

Outra crítica desferida sobre a meritocracia neste contexto, seria o método eficaz de avaliação destes “méritos”.

O sistema de recompensamento meritocrático é amplamente aplicado por empresas e organizações privadas, que valorizam e premiam os profissionais que apresentam melhores produções, seja com aumentos de salário ou oferta de cargos superiores.

A meritocracia nas empresas é uma forma de motivar os funcionários, que se dedicam em suas funções em busca de alcançar melhores oportunidades como consequências dos méritos apresentados.

Críticas a meritocracia

Alguns sociólogos, filósofos e intelectuais ignoram a meritocracia como um sistema justo de hierarquização, pois a ascensão profissional ou social não depende exclusivamente do esforço individual, mas também das oportunidades que cada indivíduo tem ao longo da vida.

As pessoas que nascem com melhores condições financeiras, com acesso as melhores instituições de ensino e contatos profissionais exclusivos, têm maiores chances de conquistar uma posição privilegiada em relação aquelas que não tiveram esta mesma “sorte”.

Porém, obviamente, que não se deve generalizar. Não adianta ter grandes oportunidades na vida, caso não haja o mínimo esforço e vontade para aproveita-las.

A principal crítica está no fato de não ser este esforço o único fator que define o sucesso ou o fracasso, mas uma parte que engloba conceitos mais complexos que estão presentes nas sociedades.

O socialismo e demais ideologias que pregam o conceito de sociedade igualitária, também se opõe à meritocracia.

Para este grupo, a ideia de incentivar o sucesso baseando-se no individualismo faz com que cresça a desigualdade social e o "Darwinismo Social".

Saiba mais sobre o significado de desigualdade social.

Meritocracia no Brasil

Um exemplo de método meritocrático aplicado no Brasil é a realização dos concursos públicos para a ocupação de cargos oferecidos pelo governo federal, estadual ou municipal.

Teoricamente, apenas as pessoas mais qualificadas para aqueles cargos e funções teriam o direito de obter os privilégios desta posição, ou seja, uma recompensa conquistada pelos méritos apresentados.

Porém, na prática, a meritocracia é impraticável no seu sentido puro. Outros modelos de hierarquização acabam por influenciar nas escolhas, além das questões relacionadas com as desigualdades sociais e econômicas.


Saiba mais sobre o significado de outros sistemas de valores que se opõe a meritocracia, como a oligarquia, o nepotismo e a aristocracia.

"Estamos caminhando para um Estado policial" - Entrevista – Marcelo Neves

















"Eu não diria que foram manifestações. Foram atos que não configuram uma manifestação porque não tinham nada a pleitear. Eles agiram como atos de guerrilha." Desta forma o então secretário da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, reagiu aos protestos contra o impeachment de Dilma Rousseff, que no dia 10 de maio bloquearam vias importantes de São Paulo

Na segunda-feira 16, recém-empossado ministro da Justiça e Cidadania do governo do presidente interino Michel Temer (PMDB), Moraes disse à Folha de S.Paulo que nenhum direito é "absoluto". Com a mudança de governo, a pasta da Justiça passou a incorporar as atribuições do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial, Juventude e Direitos Humanos.

Em entrevista a CartaCapital, o jurista Marcelo Neves, professor titular de Direito Público da Universidade de Brasília e doutor em Direito pela Universidade de Bremen (Alemanha), afirma que a fusão das pastas e a nomeação de Moraes indicam que os setores ligados às minorias e aos direitos serão fragilizados, ao passo que a repressão policial deve ganhar força.

Leia a entrevista:

CartaCapital: O que podemos esperar do Ministério da Justiça de Alexandre de Moraes?

Marcelo Neves: Se nós considerarmos os antecedentes, o passado dele, vemos que ele está mais ligado à postura da repressão. Repressão aos estudantes, aos movimentos sociais. A perspectiva, portanto, é que o foco nos direitos e na cidadania se perca, se enfraqueça, enquanto a dimensão mais repressiva e policial do Ministério da Justiça deve ganhar significado.

CC: Moraes disse à imprensa que os protestos contra o impeachment foram “atos de guerrilha” e que nenhum direito é absoluto, incluindo o direito à manifestação...

MN: Essas declarações indicam exatamente que estamos caminhando para um Estado policial. Para criar este Estado policial, não há melhor ministro que o Alexandre de Moraes. Ele é o mais adequado.

As garantias e os direitos dos cidadãos, principalmente das camadas mais pobres, das camadas subalternas e dos movimentos sociais, serão restringidos, serão alvo de fortes ataques e ofensas. Essa ideia de que o movimento social se confunde com guerrilha é muito perigosa, beira a posturas fascistas.

CC: Faz sentido incorporar as pastas das mulheres, da igualdade racial e dos diretos humanos ao Ministério da Justiça? Qual a consequência dessa fusão?

MN: A ideia de que a máquina estatal será reduzida ao reduzir o número de ministérios é totalmente falsa. Essa fusão vai, na verdade, fragilizar aqueles setores que são ligados às minorias, ligados aos direitos e, dessa maneira, torná-los secundários.

CC: O senhor tem alguma opinião a respeito da obra e do trabalho de Alexandre de Moraes, como constitucionalista e como advogado?

MN: O Ministério da Justiça não é indicado para um advogado que defendeu cooperativas suspeitas de realizarem lavagem de dinheiro para o PCC. É um advogado problemático para assumir a pasta. Não que os criminosos não tenham direito a defesa, mas, para a pasta da Justiça, ele não é adequado.

Como professor, ele é um professor mais superficial. Ele escreve livros para concurso, para o típico concurso brasileiro, que está dando errado. Os concursos brasileiros são de ‘decoreba’, não levam juízes e procuradores a refletir. Nós estamos criando uma geração de juízes e promotores totalmente alienados, sem capacidade reflexiva sobre os problemas jurídicos. Então esse tipo de manual para concurso é superficial, prejudica a formação daqueles que seguem as carreiras jurídicas.
Ex

CC: Ele também defendeu o Eduardo Cunha em uma ação.

MN: O advogado pode defender criminosos, e os criminosos merecem defesa, mas isso não quer dizer que ele pode se legitimar para um cargo político dessa dimensão. Não é adequado que o advogado de uma pessoa que está envolvida em vários escândalos de corrupção e que está fora do exercício por decisão do Supremo seja o ministro da Justiça. Não tem sentido, é totalmente inadequada e inoportuna essa escolha.

CC: O senhor acha que o Supremo ainda vai ser chamado no processo de impeachment?

MN: Eu acho que o Supremo pode ser chamado, mas, como tem tido uma postura muito parcial, a Corte tenderá a admitir tudo que for feito para a manutenção do impeachment. O Supremo já demonstrou que está perdido neste processo e que não está atuando corretamente. Seja pelas declarações e prejulgamentos, especialmente do ministro Gilmar Mendes, mas também de ministros como Celso de Mello.

No caso do Gilmar, as práticas são as mais diversas, terminando por dizer que o governo poderia ir "para o céu, o papa ou o diabo", que não ia resolver. O Celso de Mello legitimou os vazamentos ilegais quando respondeu que o STF não estava "acovardado".

Isso fere a questão das normas de suspeição. É muito grave essa situação de prejulgamento, de manifestações antecipadas. Se um juiz qualquer fizesse isso no plano municipal ou estadual, em relação a prefeitos e governadores, um juiz que não fosse graúdo seria com certeza punido.

É triste ver essa postura do Supremo, que mostra parcialidade e, em alguns momentos, posturas inexplicáveis, como a morosidade da decisão sobre Cunha, tomada depois que toda a obra conduzida por ele já tinha sido feita. Com isso vem o reconhecimento de que ele não teria condições de estar na presidência da Câmara, nem sequer como deputado. Isso mostra certas incoerências, mostra que o Supremo está perdido em incoerências.

CC: Estar perdido é um ato involuntário?

MN: É, em parte, voluntário. O Judiciário, especialmente o Supremo, está muitas vezes mais preocupado em dar uma resposta à grande mídia do que decidir, em termos jurídicos, temas relevantes.

CC: A fala do Lula sobre o STF “acovardado” pode ter influenciado ainda mais o comportamento dos ministros?

MN: É muito natural que, em conversas privadas, se fale algo que não deve ser posto publicamente. Isso não é crime. Isso é uma conversa privada que não deveria ser divulgada porque é irrelevante para a dimensão de qualquer elemento criminal.

A resposta [dada pelo ministro Celso de Mello] fortificou essa postura do Supremo por um tipo de corporativismo, por um tipo de vaidade injustificada pela qual os ministros estão tomados. Então isso realmente o tornou não só acovardado, mas capturado pelo projeto golpista. O Supremo está totalmente capturado pelo projeto golpista.

CC: O senhor defende algum tipo de punição para o juiz Sergio Moro por conta do episódio dos grampos?

MN: Sim, ele praticou um crime. Ele está enquadrado no artigo 325 do Código Penal e também no artigo 17 da resolução 59 do CNJ. Essa resolução foi aprovada na época do ministro Gilmar Mendes, que no CNJ atuou bem, foi um bom presidente.

O delegado Protógenes Queiroz foi condenado pelo artigo 325 exatamente por divulgar material sigiloso. A operação Satiagraha foi anulada por muito menos. Mas agora existem dois pesos e duas medidas. Esse juiz, no meu entender, praticou crime.

CC: Qual deve ser o futuro da Operação Lava Jato?

MN: Eu diria que existe uma probabilidade grande de que agora haja um controle da Polícia Federal e uma maior pressão sobre o Ministério Público para que todas essas operações sejam enfraquecidas.

Se elas forem ampliadas, elas tendem a encontrar muitos desses envolvidos com o governo. Então a tendência é que se retorne ao modelo de Fernando Henrique Cardoso na busca do engavetamento de casos, na busca de uma Polícia Federal obediente. Eles dizem que não, mas o potencial é muito grande. Temer e vários dos seus importantes ministros podem ser alcançados e punidos, então é evidente que eles fiquem mais suscetíveis a criar barreiras para a operação.

por Débora Melo 

Mutantes, os cultuados da contracultura

Coletânea documenta a trajetória da banda Os Mutantes
entre 68 a 72, antes de Rita Lee deixar o grupo


Mande um abraço pra velha - Os Mutantes - Compacto - 1972

Lançados nos anos 1960, em plena beatlemania, como uma suposta variante brasileira dos ingleses, Os Mutantes devolveram as influências. Acabaram cultuados pela contracultura internacional, do próprio filho de John, Sean Lennon, ao papa do grunge, Kurt Cobain, do Nirvana. Formado pelos irmãos Arnaldo (teclados) e Sergio Dias Baptista (guitarra) e Rita Lee (vocais, percussão), o grupo projetou-se, em plena erupção tropicalista, a partir do acompanhamento de Gilberto Gil, a bordo da cenográfica Domingo no Parque, no Festival da MPB da TV Record, de 1967.

Tal desempenho, em meio a estridências incompatíveis com a MPB da época (ao lado de lancinantes registros com Caetano Veloso, de Saudosismo a Marcianita), adorna a compilação de raridades de Mande um Abraço pra Velha,  um dos títulos da caixa. Ela documenta a trajetória do grupo de 68 a 72, antes da saída de Rita Lee e a guinada dos remanescentes para o rock progressivo.

17 de mai. de 2016

Assalto à moda político brasileiro - Por ANA SIMPLÍCIA








O assalto ao Poder Executivo do país por um congresso de corruptos, comandado por Eduardo Cunha e Renan Calheiros, apoiado na máfia midiática e a setores do judiciário (vaza jato e zelotes), escancara o baixo nível do parlamento brasileiro, nem de longe representa o povo.

A Mensageira das Violetas, de Florbela Espanca


Fonte: ESPANCA, Florbela. A mensageira das violetas: antologia. Seleção e edição de Sergio Faraco. Porto Alegre: L&PM, 1999. (Pocket). 


MENTIRAS

Ai quem me dera uma feliz mentira que fosse uma verdade para mim! J. DANTAS

 Tu julgas que eu não sei que tu me mentes
Quando o teu doce olhar pousa no meu?
Pois julgas que eu não sei o que tu sentes?
Qual a imagem que alberga o peito meu?
Ai, se o sei, meu amor! Em bem distingo
O bom sonho da feroz realidade...
Não palpita d´amor, um coração
Que anda vogando em ondas de saudade!
 Embora mintas bem, não te acredito;
Perpassa nos teus olhos desleais
O gelo do teu peito de granito...
Mas finjo-me enganada, meu encanto,
Que um engano feliz vale bem mais
Que um desengano que nos custa tanto!

ERRANTE

 Meu coração da cor dos rubros vinhos
 Rasga a mortalha do meu peito brando
 E vai fugindo, e tonto vai andando
A perder-se nas brumas dos caminhos.
 Meu coração o místico profeta,
 O paladino audaz da desventura,
Que sonha ser um santo e um poeta,
Vai procurar o Paço da Ventura...
Meu coração não chega lá decerto...
Não conhece o caminho nem o trilho,
Nem há memória desse sítio incerto...
Eu tecerei uns sonhos irreais...
Como essa mãe que viu partir o filho,
Como esse filho que não voltou mais!

Significado do Quadro Guernica de Pablo Picasso

O que significa o Quadro Guernica de Pablo Picasso:

O Quadro Guernica de Pablo Picasso é uma das mais famosas pinturas do artista espanhol e uma das mais conhecidas do cubismo. Esta obra de arte revela os efeitos da guerra em uma população.




O artista espanhol se inspirou no bombardeamento da cidade Guernica no dia 26 de abril de 1937. Neste dia, aviões alemães da Legião Condor destruíram quase completamente a cidade espanhola. Guernica (ou Gernika em basco) é uma cidade da província da Biscaia, localizada na comunidade autônoma do País Basco.

Por este motivo, este quadro tem também um significado político e funciona como uma crítica à devastação causada pelas forças Nazistas aliadas com o ditador espanhol Franco. Outra possível interpretação indica que o quadro Guernica funciona como um símbolo de paz ou anti-guerra.

Depois de ter sido terminado (demorou aproximadamente um mês a ser terminada), o quadro fez uma digressão pelo mundo, tendo ficado globalmente reconhecido e atraindo a atenção do resto do mundo para a Guerra Civil Espanhola.

Com o início da Guerra Civil Espanhola (em 1936), o falecimento da sua mãe em 1939 e o princípio da Segunda Guerra Mundial, o artista teve uma fase mais escura. Algumas das suas obras criadas nessa altura revelam o seu estado de espírito mais atormentado, como por exemplo o quadro Guernica e a série de "Dona Maar".

Quando rompeu a Segunda Guerra Mundial, o artista resolveu emprestar a sua pintura ao Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA), onde esteve até 1981, ano em que regressou a Espanha.

Guernica é uma pintura a óleo sobre tela de grandes dimensões, com 7.76 metros de comprimento e 3.49 metros de altura. Atualmente, está pintura está exposta em Madri, no Museu Reina Sofia.

Análise do quadro Guernica

O contexto histórico é essencial para interpretar esta pintura. Neste momento, a Espanha vivia um conflito entre as forças Republicanas e os Nacionalistas, liderados pelo General Francisco Franco. Os Nacionalistas contaram com o apoio do exército Nazista e autorizaram os alemães a bombardearem Guernica, como forma de testarem novas armas e táticas de guerra, que viriam a ser usadas mais tarde na Segunda Guerra Mundial.

Depois do ataque destruidor, Pablo Picasso - que estava morando em França na altura - estava trabalhando numa obra para apresentar numa Exibição em Paris a pedido do Governo Republicano Espanhol, mas decidiu abandonar a sua ideia original para criar uma obra relacionada com o ataque em Guernica.

Cores

O preto e branco foram as cores escolhidas pelo o autor, que servem para intensificar a sensação de drama causado pelo bombardeamento.

Composição

Esta é uma obra cubista, pois inclui figuras geometricamente decompostas, usando elementos surrealistas e técnicas que seriam associadas ao cubismo.

O cavalo e o touro são dois dos elementos mais destacados do quadro, sendo elementos muito populares na cultura espanhola. Uma possível interpretação é que este ataque representa um ataque à cultura espanhola, uma tentativa de destruir os ideais defendidos pelos cidadãos espanhóis.

Além disso, também é possível ver o horror causado em seres humanos, com um soldado morto no chão, uma mãe que chora a morte do filho morto nos seus braços (esquerda do quadro), uma mulher em desespero enquanto a sua casa é destruída em chamas (direita do quadro), uma mulher com a perna ferida que tenta fugir de todo o caos causado (no centro da pintura) e uma mulher com um lampião, que parece iluminar o resto dos elementos (no centro do quadro).

Alguns elementos parece que têm algo escrito dentro, como se fossem formados por folhas de jornal. Isso indica como o pintor foi informado sobre o ataque ocorrido em Guernica.


A espada quebrada representa a derrota do povo, que foi quebrado pelos seus opositores, enquanto os edifícios em chamas indicam a destruição não apenas em Guernica, mas a destruição causada pela Guerra Civil.

fonte: Significados