Construído em 1904 para ser o “Pavilhão do Brasil” na
Exposição de Saint Louis, de 30 de abril a 1º de dezembro de 1904 (comemoração
do centenário de integração do Estado de Louisiana aos EUA), durante o regime
republicano do Presidente Francisco de Paula Rodrigues Alves, com o intuito de
firmar o Brasil perante a situação mundial que vivia a euforia da “Belle
Époque”.
O autor, Coronel e Engenheiro Francisco Marcelino de Souza Aguiar, desenhou o palácio usando uma estrutura metálica, capaz de ser totalmente desmontada e re-aproveitada no Brasil, conforme determinação do Aviso nº 148 de 03/07/1903,
cláusula 1ª:
“Na construção do Pavilhão se terá em vista aproveitar toda a estrutura, de modo a poder-se reconstruí-lo nesta capital”.
A imprensa americana não poupou elogios, destacando o “Pavilhão do Brasil” pela beleza, harmonia das linhas e qualidade do espaço, condecorando-o com o maior prêmio de arquitetura da época: “Grande Prêmio Medalha de Ouro”.Os elementos de composição inscrevem-se na linguagem geral do ecletismo, num estilo híbrido, caracterizado por uma combinação liberal de diversas origens que marcou uma época de transição na arquitetura. Rompendo o Brasil com os laços tradicionais da arquitetura de Portugal e descobrindo novas tendências. Em 1906, foi remontado no Brasil, com 1700 m² de área construída, para sediar a “3ª Conferência Pan-Americana”.
A DEMOLIÇÃO
(Não podia ser
diferente, são os mesmos hoje e ontem. Entra em campo os demônios da rede globo.
Quem são eles? O povo não sabe. É a Globo! Assim falam. Mas a Globo você não
encontra nas ruas. Precisamos saber quem são os homens e mulheres que impedem o
crescimento do Brasil usando a fantasia globo.) precisamos encontrá-los na rua,
cara a cara. Já que nunca são vistos falando na TV.)

O início da campanha para a demolição do Palácio Monroe foi
detonada em 04/07/1974, pelo jornal “O Globo”, justificando atrapalhar o
trânsito e a construção do metrô, qualificando-o como uma mera cópia,
desprovido de qualquer valor artístico. Começa a elencar pareceres favoráveis à
demolição.
(Ninguém tem dúvida
sobre a qualidade da imagem da Globo que sempre foi ótima em todos os cantões
deste país. Até porque, sempre usou, melhorando, da estrutura já existente nos
locais. Um verdadeiro monopólio, permitido por uma legislação propositalmente míope.
Porém, estranhei quando li na reportagem, que a Globo, afim de convencer, disseminou
ser o prédio uma inútil cópia. Sem nenhuma importância histórica”. O estranho é:
o que a Globo tem de melhor em sua programação, não passa de cópia.)
O Palácio, que fora motivo de orgulho nacional, passa a ser
chamado de monstrengo do passeio público, sem importância histórica.
O local
passa a ser especulado pela iniciativa privada para a construção de um edifício
garagem, mas a proposta de uma grande praça para a estação do metrô da
Cinelândia, rodeada de áreas verdes, ganha adeptos.
O Senador Magalhães Pinto, Presidente do Senado, pressionado pela opinião
pública e pelos ataques do jornal “O Globo”, dispõe-se a desocupar definitivamente
o prédio.
Em 11 de outubro de 1975, o Presidente Ernesto Geisel autorizou o Patrimônio da
União a providenciar a demolição do Palácio Monroe.
O general cultivava um velho ódio por um colega de farda que tinha o sobrenome
SOUZA AGUIAR. Tudo por causa de uma promoção no exército. Daí a vingança,
mandando demolir o palácio, obra do Cel. Souza Aguiar.