Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

18 de abr. de 2018

Preste atenção, ô!


Eliphas Levi


Por Ali Onaissi - 

Alphonse Louis Constant (1810-1875) foi um grande Iniciado da Alta Magia. Mais conhecido como Eliphas Levi, chegou a ser o chefe supremo dos Adeptos e Magos na Europa, em 1856. Líder do Grande Domo da Europa, ao qual pertenceram o dr. Paschal Beverly Randolph, Jules du Potet e o lorde Bulwer-Lytton (este último, autor de importantíssimas obras de ocultismo, como Zanoni e vril-o-poder-da-raca-futura


Eliphas Levi é considerado, no mundo da magia branca, como um dos precursores do renascimento do atual interesse por todos os temas fantásticos. Foi abade da Igreja Católica, a qual a abandonou para dedicar-se de cheio aos estudos do Ocultismo, da Magia e da Rosa-cruz.

eliphas-levi foi o autor de numerosos livros Arcanos, considerados peças mestras do Ocultismo. Entre seus livros mais conhecidos encontram-se o dogma-e-ritual-de-alta-magia uma obra mestra clássica da Magia, da Alquimia e do Ocultismo Vitoriano Europeu, e o grande-arcano onde lê-se nas entrelinhas que este grande mestre maçom conhecia profundamente a magia sexual e outras práticas profundas.

O VM Samael Aun Weor conhecia muito profundamente as obras desse grande mestre da Magia.

Uma das experiências pessoais de Samael com esse mestre da Loja Branca, no mundo astral, está relatada a seguir, mostrando a todo o mundo esotérico que tanto Samael quanto Eliphas Levi são grandes mestres cabalísticos e da magia:

 Tratando-se de projeções do Eidolon e viagens suprassensíveis fora do corpo físico, temos muito a dizer.

Nos instantes em que escrevo estes trechos vêm à minha memória acontecimentos extraordinários, maravilhosos.

Repassando velhas crônicas de minha longa existência, com o ânimo de clérigo e de cela, surge Eliphas Levi.

Uma noite qualquer, fora da forma densa, andei por aí invocando a Alma daquele falecido que em vida se chamara: abade Alphonse Louis Constant (Eliphas Levi).

É óbvio que o encontrei sentado ante um velho escritório, no salão augusto de um antigo palácio.

Com muita cortesia se levantou de sua cadeira para atender respeitosamente às minhas saudações.

– Venho pedir-vos um grande serviço – disse. Quero que me deis uma chave para sair instantaneamente em corpo astral cada vez que o necessitar. 
– Com muito prazer – respondeu o abade –, porém, antes quero que me você me traga amanhã mesmo a seguinte lição: O que é o mais monstruoso que existe sobre a terra? 
– Dai-me a chave agora mesmo, por favor…
– Não! Traga-me a lição e com muito prazer lhe darei a chave.

O problema que o abade havia delineado resultou convertido em um verdadeiro quebra-cabeças, pois são tantas as coisas monstruosas que existem no mundo, que francamente eu já não achava solução.

Andei por todas as ruas da cidade observando, tratando de descobrir o mais monstruoso e quando cria havê-lo achado, então surgia algo pior. De pronto, um raio de luz iluminou meu entendimento.

Ah, dei-me conta, já entendo. O mais monstruoso tem que ser de acordo com a Lei das Analogias dos Contrários, o antípoda do mais glorioso…

Bom, porém, o que é o mais glorioso que existe sobre a dolorosa face deste afligido?

Veio, então, a meu translúcido a montanha das caveiras, o Gólgota das amarguras e o Grande Kabir Jesus, agonizante em uma cruz por Amor a toda a humanidade doente…


















Então, exclamei: “O Amor é o mais grandioso que existe sobre a terra! Eureka! Eureka! Eureka! Agora descobri o segredo: o Ódio é a antítese do mais grandioso”.

Resultava evidente a solução do complexo problema. Agora, é indubitável que eu devia me pôr novamente em contato com Eliphas Levi.

Projetar outra vez o Eidolon foi para mim questão de rotina, pois é claro que nasci com essa preciosa faculdade.

Se eu buscava uma chave especial, fazia-o não tanto por minha insignificante pessoa que nada vale, senão por muitas outras pessoas que anelam o desdobramento consciente e positivo.

Viajando com o Eidolon ou Duplo Mágico, muito longe do corpo físico, andei por diversos países europeus buscando o abade. Mas, este, por nenhuma parte aparecia.

De pronto, em forma muito inusitada, senti um chamado telepático e penetrei em uma luxuosa mansão. Ali estava o abade, mas…

Ó, surpresa! Maravilha! O que é isto? Eliphas convertido em criança e metido em seu berço? Um caso verdadeiramente insólito, não é verdade?

Com muita veneração, muito quietamente me acerquei ao bebê dizendo:

Mestre, trago a lição. O mais monstruoso que existe sobre a terra é o Ódio. Agora, quero que cumprais o que me prometestes. Dai-me a chave…

Porém, ante meu assombro, aquele menino calava enquanto eu me desesperava sem compreender que “o Silêncio é a eloquência da Sabedoria”.

De vez em quando eu o tomava nos braços desesperado, suplicando-lhe, mas tudo em vão. Aquela criatura parecia a esfinge do silêncio.

Quanto tempo durou isto? Não o sei! Na Eternidade não existe o tempo e o passado e o futuro se irmanam dentro de um eterno agora.

Por fim, sentindo-me defraudado, deixei o pimpolho no seu berço e saí muito triste daquela casa vetusta e ensolarada.

Passaram-se os dias, os meses e os anos e eu continuava sentindo-me defraudado, sentia como se o abade não tivesse cumprido sua palavra empenhada com tanta solenidade. Mas um dia qualquer veio a mim a luz.

Recordei então aquela frase do Cabir Jesus: “Deixai que venham as crianças a mim, porque delas é o Reino dos Céus”.

Ah, já entendo, eu disse a mim mesmo. É urgente e indispensável reconquistar a infância perdida na mente e no coração. “Até que não sejais como crianças, não podereis entrar no Reino dos Céus”.

Esse retorno, esse regresso ao ponto de partida original, não é possível sem antes haver morrido em si mesmo: a Essência, a Consciência, está desafortunadamente engarrafada em todos esses agregados psíquicos que em seu conjunto tenebroso tenebroso constituem o Ego.

Só aniquilando tais agregados esquerdos e sombrios a Essência pode despertar em estado de inocência primigênia.


Todos nós saímos em astral todas as noites, sem exceção. Mas o
grande segredo é sairmos do corpo físico CONSCIENTEMENTE

















Quando todos os elementos subconscientes hajam sido aniquilados a poeira cósmica, a Essência é liberada. Então, reconquistamos a perdida infância.

Novalis disse: “A Consciência é a própria Essência do homem em completa transformação, o Ser Primitivo Celeste”.

Resulta palmário e manifesto que quando a Consciência desperta, o problema do desdobramento voluntário deixa de existir.

Depois de ter compreendido a fundo todos esses processos da humana psiquê, o abade nos mundos superiores me fez entrega da parte segunda da Chave Régia.

Certamente, esta foi uma série de mântricos sons com os quais se pode realizar em forma consciente e positiva a projeção do Eidolon.

Magia Elemental das Aves

Para o bem de nossos estudantes gnósticos, convém estabelecer de forma didática a sucessão inteligente destes mágicos sons:

a.          Um assobio longo e delicado semelhante ao de uma ave.
b. Entonação da vogal 
E” (EEEEEEEEE) alongando o som com a nota RE.
c. Cantar a 
R fazendo-a ressoar com a SI musical, imitando a voz da criança, em forma aguda, algo semelhante ao som agudo de um motorzinho demasiado fino e sutil (RRRRRRRRR).
d. Fazer ressoar a 
S em forma muito delicada como um silvo doce e aprazível (SSSSSSSSS).

ACLARAÇÃO: O ponto “a” é um assobio real e efetivo. O ponto “d” é somente semelhante a um assobio…

ASANA: Deite-se o estudante gnóstico na posição do homem morto: decúbito dorsal (boca para cima).

Abram-se as pontas dos pés na forma de leque tocando-se pelos calcanhares.

Os braços ao longo do corpo, todo o veículo físico bem relaxado.

Adormecido o devoto em profunda meditação, cantará muitas vezes os mágicos sons.

ELEMENTAIS: Esses mantras encontram-se intimamente relacionados com o Departamento Elemental das Aves e é ostensível que estas últimas assistirão ao devoto com a condição de conduta reta.


O Pentagrama Esotérico de Eliphas Levi


14 de abr. de 2018

Expectativa do momento - Tem antôniocarlense com o ‘O’ na mão


Quem deve
tem medo, Azeredo vai ser preso.

Você ainda ama a sua mulher?


Um grupo de homens se reuniu em um seminário sobre como melhorar a vida conjugal.
A palestrante, professora Nalva Gina, perguntou quais deles ainda amavam suas mulheres, e todos levantaram a mão.
- E qual a última vez que vocês disseram a elas que as amavam? - perguntou ela.
A maioria não se recordava quando.
Dr.ª Nalva Gina sugeriu, então, que eles pegassem seus celulares e escrevessem “Te amo, querida" e enviassem pras esposas por WhatsApp, e pediu que os homens mostrassem as respostas.

Abaixo algumas delas:


1) Você está bem?

2) O que foi? 

3) O que você quer dizer com isso?

4) Aí tem.

5) Se não me disser para quem era esta mensagem, eu juro que te capo!

6) Nem vem! Tô menstruada!

7) Está com alguma doença terminal?

8) Que merda você andou fazendo?

9) Já tá bebendo de novo?

Mas a melhor de todas foi essa:

10) Quem é?

Bar do Ferreirinha é um Blog que visito sempre. Não sei se você vai gostar de tudo que tem lá. Vale a pena conferir  https://novobardeferreirinha.blogspot.com/

Até amanhã


No Bar Dos Doidos, Gilson Variedades pediu emprestado o telefone celular de Naldinho e ligou, com viva voz e tudo, para Dr:Everaldo.

− Alô, Everaldo, aqui é o Gilson.
− Diz. Respondeu Dr: Everaldo.
− Tô precisando de 500 reais.
− Até quando, Gilson?
− Até amanhã.

− Até amanhã, Gilson. Fica com Deus. E desligou.



A água não pode ser tratada como um produto de mercado, e sim como um bem comum, um meio de sobrevivência, e seu acesso para o consumo deve ser universal. Esse foi o enfoque dominante entre os participantes do Colóquio Latino-Americano Água, Vida e Direitos Humanos promovido neste domingo (18) pelo Ministério Público Federal em parceria com o Senado.

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Água potável como direito

Funda
mental

Eleições 2018: Saiba como baixar o Documento digital e-Título

e-Título: seu título eleitoral no celular - Por ThiagoMoraes














Desde dezembro de 2017 está disponível o e-Título, serviço para facilitar a vida do eleitor.

O aplicativo permite ao eleitor acessar uma via digital do título eleitoral por meio do seu smartphone ou tablet.

No aspecto sustentável, o e-Título surge como alternativa à emissão de título eleitoral em papel, com notável economia de custos da Justiça Eleitoral.

Para o eleitor, o benefício virá na facilidade de ter os seus dados eleitorais sempre seguros e disponíveis, diminuindo os riscos de extravios e danos ao título de eleitor.

Para acessar o documento digital, o eleitor deverá baixar o aplicativo e-Título, que já está disponível no Google Play e na App Store.

Ao inserir no aplicativo, o número do seu título eleitoral, seu nome, o nome da mãe e do pai e a data de nascimento, o e-Título será validado e liberado. Ao ser acessado pela primeira vez, o documento será gravado localmente e ficará disponível ao eleitor.

O título de eleitor continua existindo com a mesma validade na versão original, impresso.

12 de abr. de 2018

Voltaire never said it!



Investigação afirma que a mais famosa das frases atribuídas ao filósofo francês jamais foi escrita ou proferida pelo autor de Cândido, ou o Otimismo


por Ivan Bilheiro*

O pensamento filosófico - rico que é - já cunhou uma série de expressões que, bem empregadas ou não, tornaram-se largamente conhecidas. É o caso, para ficar em um só exemplo, da famosa máxima de Maquiavel: "os fins justificam os meios" (a qual figura no capítulo XVIII de suamagnum opus O príncipe). Nesta linha, no entanto, aparecem frases que, ainda tomadas como emblemáticas, não podem ser verdadeiramente creditadas aos supostos autores. É possível que existam diversas situações não esclarecidas em que isso ocorre - o que, diga-se de passagem, macula o estudo de Filosofia mais do que os próprios supostos autores. Mas há um caso ícone, o de François- Marie Arouet, mais conhecido pelo cognome Voltaire (1694-1778).

Apesar de ser frequentemente citada, inclusive em livros didáticos, como síntese de uma fi- losofia, a frase "Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo" (que pode aparecer escrita com algumas pequenas variações) não é fruto da sagaz pena de Voltaire. Todo um retrato do pensamento voltairiano foi construído em torno a essa citação, tomando o filósofo, a partir daí, como um iluminista plena e irresolutamente comprometido com a liberdade de expressão, cuja bandeira de luta seria a tal frase, assimilada como um lema. Uma busca pelos escritos de Voltaire, entretanto, planta a dúvida: onde está a afamada afirmação? A investigação por esse caminho é, contudo, vã, pois não há, em nenhum texto do filósofo, a preciosa frase. Algo tomado quase pacificamente como o resumo do pensamento voltairiano revelando-se apócrifo é mesmo o germe de uma pesquisa, e a investigação revela-se frutífera.

Nota-se, portanto, que a expressão "Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo" é uma daquelas frases que muitos leram, alguns citaram e quase ninguém pesquisou de onde verdadeiramente veio (e de quem é!). Há um grande risco na falta de precisão em casos assim, porque uma falsa atribuição nem sempre enobrece um autor.

Na verdade, como pode-se verificar, a tão citada frase foi elaborada por uma biógrafa de Voltaire, em uma obra do início do século 20 - portanto, bem distante do período de vida e produção do filósofo francês. Em um livro de 1906 chamado Th e friends of Voltaire ("Os amigos de Voltaire" - tradução livre), publicado em Londres pela Smith, Elder & Co., a escritora Evelyn Beatrice Hall (1868-c. 1939) - que durante um tempo usou o pseudônimo S. G. Tallentyre - trata de dez figuras notáveis com quem seu biografado, de alguma forma, se relacionou. São eles: D'Alembert, Diderot, Galiani, Vauvenargues, D'Holbach, Grimm, Turgot, Beaumarchais, Condorcet e Helvétius. É na parte dedicada a este último que a biógrafa apresenta a frase "I disapprove of what you say, but I will defend to the death your right to say it" ("Eu discordo do que você diz, mas vou defender até a morte seu direito de o continuar dizendo", em tradução livre).

Talvez por uma questão de estilo, Evelyn Hall colocou a frase entre aspas e a construiu em primeira pessoa, o que acabou gerando a confusão e a falsa atribuição. Mas, de fato, a intenção da escritora era resumir o posicionamento que Voltaire teria adotado com relação ao banimento de um livro de Claude-Adrien Helvétius (1715-1771), outro filósofo francês com quem ele teve certo desacordo. Em 1758, Helvétius publicou o livro De l'espirit, o qual foi condenado pela Sorbonne, pelo Parlamento de Paris e até pelo Papa, chegando a ser queimado. Apesar do desacordo explícito com relação ao pensamento de Helvétius, Voltaire não acreditava que o banimento daquele livro fosse um ato correto. Foi a atitude de Voltaire frente a esta situação que Evelyn Hall tentou resumir com sua frase, inadvertidamente escrita entre aspas e em primeira pessoa.

Em outro livro da mesma autora, chamado Voltaire in his letters ("Cartas de Voltaire" - tradução livre aproximada), publicado em 1919, aparece a mesma ideia, ora apresentado como um "princípio voltairiano" (embora ainda grafado entre aspas e em primeira pessoa), com uma mínima alteração de redação que não resulta em conteúdo diferente. Ainda ali, Hall encerra o "princípio" em um posicionamento de Voltaire para com Helvétius.

UMA CONSTRUÇÃO TARDIA

Nota-se, portanto, é que a famosa afirmação nem é de Voltaire nem configura um resumo de sua filosofia como um todo. Ela é, precisamente, uma construção tardia de uma biógrafa, e não faz mais do que retratar uma determinada posição adotada por Voltaire em uma situação muito específica com outro filósofo - e faz com que seu poder de frase-lema da liberdade de expressão seja consideravelmente reduzido.

Essa confusão involuntária chegou a ser reconhecida pela biógrafa de Voltaire. Na revista Modern Language Notes, publicada pela The Johns Hopkins University Press, em sua edição de novembro de 1943, há um texto de Burdette Kinne sobre o assunto, intitulado Voltaire never said it! ("Voltaire nunca disse isso!", tradução livre), em que consta a reprodução de uma carta de Evelyn Hall, datada de 9 de maio de 1939, em que ela afirma ser de sua própria autoria a tal frase erroneamente atribuída ao filósofo francês do século 18, chegando a apresentar desculpas por seu texto permitir a interpretação de que a fala era de Voltaire, mesmo não sendo esta sua intenção.

Ainda houve quem considerasse que Evelyn Hall teria, seja por acaso ou não, feito uma paráfrase de uma fala - esta sim - de Voltaire, menos conhecida, que se encontraria em uma carta endereçada a um certo Monsieur Le Riche, datada de 6 de fevereiro de 1770. Esse foi o caso de Norbert Guterman, editor do livro A book of french quotations ("Um livro de citações francesas", tradução livre), publicado na década de 1960. Segundo ele e os demais defensores desta linha, haveria na referida carta a frase "Monsieur l'abbé, je déteste ce que vous écrivez, mais je donnerai ma vie pour que vous puissiez continuer à écrire" ("Senhor abade, eu detesto o que escreves, mas eu daria minha vida para que pudesses continuar a escrever", tradução livre), uma espécie de variação daquela mais famosa.

Outra vez, porém, criou-se uma equivocada atribuição a Voltaire. Em suas obras completas, publicadas em Paris já entre os anos de 1817 e 1819, sob o selo Chez Th. Desoer, há a coleção de correspondências do filósofo, em que figura a tal carta endereçada a Monsieur Le Riche, mas não é possível encontrar nada sequer parecido com a famigerada frase. Até grandes pensadores como Noam Chomsky se deixaram levar por essa "nova" falsa atribuição, como é possível observar em seu artigo do jornal The Nation, intitulado His right to say it, em 28 de fevereiro de 1981.

Nota-se, portanto, que a expressão "Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo" é uma daquelas frases que muitos leram, alguns citaram e quase ninguém pesquisou de onde verdadeiramente veio (e de quem é!). Há um grande risco na falta de precisão em casos assim, porque uma falsa atribuição nem sempre enobrece um autor. Nesse caso, Voltaire passou a ser tomado como ícone da luta pela liberdade de expressão. Mas e quando a frase acaba por denegrir um pensador? É preciso rigor na investigação. Daqui por diante, fica como sugestão o princípio: "Eu posso não concordar com o que citas, e por isso requisitarei sempre suas fontes para poder checá-las".

* Ivan Bilheiro é graduado em História pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/ JF), graduando em Filosofia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), instituição na qual também cursa a especialização em Ciência da Religião e pós-graduando em Filosofia, pela Universidade Gama Filho (UGF).

o Brazil pirou o Brasil - Cruz credo, sô!


Manicômio 1

Não entendi nada quando vi as duas torres do congresso nacional servindo de fundo para uma campanha alertando contra o extermino de judeus ocorrido na segunda guerra mundial.  A frase ‘Holocausto nunca mais’, estampada ocupando as partes externas das duas torres, no centro de Brasília, no Distrito Federal, Capital do Brasil mais me pareceu uma provocação que uma eterna solidariedade a todos os povos que sofreram e aos que sofrem injustiça.

“Não!
Há violência
provocada por
homens contra
homens sobre
a terra”.

MINHA SOLIDARIEDADE AOS PERSEGUIDOS


Manicômio 2

Bispo pede perdão aos católicos por "zombaria" em ato realizado por Lula e PT

Bispo Nelson Ferreira, utilizou
a rede social, Facebook, para
criticar o Bispo Emérito 
Dom Angêlico Sândalo e
os padres que participaram
da cerimônia e chamou o
ato de "zombaria".

NSCM Nossa Senhora cuida de mim


Manicômio 3 

"Estamos inertes em uma enorme crise ética", diz dom Angélico após polêmica sobre ato com Lula

Bispo emérito de Blumenau
falou sobre a participação em
ato ecumênico antes da prisão
do ex-presidente no sábado

Por Lucas Paraizo
No centro de uma das várias polêmicas que surgiram nos últimos dias ao redor da prisão do ex-presidente Lula, dom Angélico Sândalo Bernardino expõe com clareza sua opinião sobre a situação do Brasil. Bispo emérito de Blumenau e amigo próximo de Lula há mais de 30 anos, ele participou do ato ecumênico que celebrou o aniversário da ex-primeira-dama Marisa Letícia e que precedeu a prisão do ex-presidente.

Nome sempre lembrado na diocese catarinense, hoje aos 85 anos de idade, ele mora em São Paulo e falou por telefone com a reportagem da NSC Comunicação. Mesmo ao criticar a repercussão negativa do ato de sábado, mantém a voz calma e extremamente pausada que é sua característica, como se estivesse constantemente recitando um poema. Com aguçado senso político, o bispo discorre sobre a democracia no Brasil, o atual momento político e a defesa dos direitos da população pobre.

Confira a entrevista:

Como surgiu o convite para participar do ato sábado? Qual é a relação do senhor com o ex-presidente Lula?

Primeiramente quero esclarecer que não foi uma missa. Foi um ato ecumênico, no qual houve inclusive participação de uma pastora luterana. A minha amizade com o Lula e a família vem de longa data, quando ele era líder sindical eu era bispo responsável pela pastoral operária, onde fiquei por mais de 20 anos. Era tempo de luta, ditadura militar, nós tivemos muito relacionamento. Mais recentemente eu batizei um neto do Lula em Blumenau, batizei uma bisneta também.

Quando a Marisa foi hospitalizada a família me pediu para ir lá e administrei o sacramento dos enfermos. Quando ela faleceu eu fui ao velório. No primeiro aniversário da morte me convidaram e eu também fui. E agora me pediram uma celebração religiosa pelo aniversário dela. Eu também fui. Só que foi justamente na data em que houve a prisão, então tinha uma multidão. O ato ecumênico tinha sido planejado para ser dentro do sindicato, mas transferiram para o lado de fora por causa do multidão.

Então não foi um ato religioso instrumentalizado, a não ser por aqueles que têm o interesse em distorcer a opinião pública. Terminado o ato religioso, eu me retirei e seguiram as outras programações com pronunciamentos, discursos, etc. Depois eu já estava em outra missão. Quando ele foi levado para a polícia eu já estava celebrando a Santa Missa numa comunidade na periferia de São Paulo.

Pela relação próxima com o ex-presidente e até por pronunciamentos anteriores, o senhor tem uma opinião política a respeito do cenário atual. Como encarou a prisão do Lula?

Sobre prisão eu não opino, eu somente digo que estamos inertes em uma enorme crise ética, em uma crise que atinge os poderes da República, o Legislativo, o Executivo, o Judiciário. E isso me preocupa sobremaneira, como na época do golpe militar de 1964 que foi levado avante por civis pelo alto poder econômico, que se valeu dos militares, e agora também. O objetivo era afastar o poder popular do governo. Houve outro golpe, um golpe parlamentar. Mas a intenção profunda era afastar o poder popular.

Mas e a prisão de um ex-presidente?

Além de outros quatro presidentes que já foram presos, nesse país nós tivemos Getúlio que deu um tiro no peito pressionado, João Goulart que levou o golpe porque queria fazer as reformas de base, depois Jânio Quadros que renunciou pressionado por forças ocultas, e aquele que foi o idealizador de Brasília também foi preso, e cuja morte na Via Dutra ainda não foi esclarecida.

Presidentes no Brasil presos, nós tivemos alguns. Quais foram os interesses que moveram essas prisões? Não foram interesses do bem do povo brasileiro. Hermes da Fonseca, Washington Luiz, Artur Bernardes e Juscelino Kubitschek, e agora o Lula. São prisões que vão além da vontade popular.

Claro que sou francamente favorável ao saneamento ético. Dos empresários que corromperam políticos que devem ser julgados com ampla defesa, e também políticos que são acusados de corrupção, seus crimes devem ser provados e eles têm amplo direito de defesa, e que o dinheiro eventualmente desviado seja devolvido com juros e correção monetária. Mas isso não impede que eu, como discípulo de Jesus, quando solicitado, vá aos mais diversos ambientes (como as cerimônias da família do ex-presidente).

Como o senhor reagiu às críticas feitas após a presença no ato com Lula?

Recebo com serenidade, quem me ilumina na vida é aquele que é o mestre, o caminho, a verdade, Jesus. Jesus foi criticado porque comia com os pecadores, pois acolheu pessoas que não devia acolher, disse que o sábado estava a serviço do homem e não o homem a serviço do sábado. Jesus foi condenado pois anunciou ao mundo que Deus é pai e todos são irmãos. Não é legitimo que a riqueza se acumule na mão de poucos. Como podemos estar tranquilos quando o salário desses marajás é quase R$ 30 mil por mês? Dentro de um salário mínimo de um trabalhador?

Não tenho opção partidária, o que me ilumina é a palavra de Jesus. E o Papa Francisco diz para a igreja: vão para as periferias humanas e geográficas, não vamos ser uma igreja acomodada. Temos que defender os direitos dos pobres, dos trabalhadores, dos desempregados.

10 de abr. de 2018

Capital internacional prende Lula e mídia se cala













Mas quem melhor falou sobre tudo o que aconteceu nos últimos dias foi o senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná. Vale a pena ver o discurso que ele fez hoje no Senado na íntegra, em todos os seus 13 minutos: