18 de abr. de 2018
Eliphas Levi
Por Ali Onaissi - 

Alphonse Louis Constant (1810-1875) foi um grande Iniciado da Alta Magia. Mais conhecido como Eliphas Levi, chegou a ser o chefe supremo dos Adeptos e Magos na Europa, em 1856. Líder do Grande Domo da Europa, ao qual pertenceram o dr. Paschal Beverly Randolph, Jules du Potet e o lorde Bulwer-Lytton (este último, autor de importantíssimas obras de ocultismo, como Zanoni e vril-o-poder-da-raca-futura
Eliphas Levi é considerado, no mundo da magia branca, como
um dos precursores do renascimento do atual interesse por todos os temas
fantásticos. Foi abade da Igreja Católica, a qual a abandonou para dedicar-se
de cheio aos estudos do Ocultismo, da Magia e da Rosa-cruz.
eliphas-levi foi o autor de numerosos
livros Arcanos, considerados peças mestras do Ocultismo. Entre seus livros mais
conhecidos encontram-se o dogma-e-ritual-de-alta-magia uma obra mestra clássica da Magia, da Alquimia e do
Ocultismo Vitoriano Europeu, e o grande-arcano onde lê-se nas
entrelinhas que este grande mestre maçom conhecia profundamente a magia sexual
e outras práticas profundas.
O VM Samael Aun Weor conhecia
muito profundamente as obras desse grande mestre da Magia.
Uma das experiências pessoais de
Samael com esse mestre da Loja Branca, no mundo astral, está relatada a seguir,
mostrando a todo o mundo esotérico que tanto Samael quanto Eliphas Levi são
grandes mestres cabalísticos e da magia:
Nos instantes em
que escrevo estes trechos vêm à minha memória acontecimentos extraordinários,
maravilhosos.
Repassando velhas
crônicas de minha longa existência, com o ânimo de clérigo e de cela, surge
Eliphas Levi.
Uma noite
qualquer, fora da forma densa, andei por aí invocando a Alma daquele falecido
que em vida se chamara: abade Alphonse Louis Constant (Eliphas Levi).
É óbvio que o
encontrei sentado ante um velho escritório, no salão augusto de um antigo
palácio.
Com muita cortesia
se levantou de sua cadeira para atender respeitosamente às minhas saudações.
– Venho pedir-vos
um grande serviço – disse. Quero que me deis uma chave para sair
instantaneamente em corpo astral cada vez que o necessitar.
– Com muito prazer
– respondeu o abade –, porém, antes quero que me você me traga amanhã mesmo a
seguinte lição: O que é o mais monstruoso que existe sobre a terra?
– Dai-me a chave
agora mesmo, por favor…
– Não! Traga-me a lição e com muito prazer lhe darei a chave.
O problema que o
abade havia delineado resultou convertido em um verdadeiro quebra-cabeças, pois
são tantas as coisas monstruosas que existem no mundo, que francamente eu já
não achava solução.
Andei por todas as
ruas da cidade observando, tratando de descobrir o mais monstruoso e quando
cria havê-lo achado, então surgia algo pior. De pronto, um raio de luz iluminou
meu entendimento.
Ah, dei-me conta,
já entendo. O mais monstruoso tem que ser de acordo com a Lei das Analogias dos
Contrários, o antípoda do mais glorioso…
Bom, porém, o que
é o mais glorioso que existe sobre a dolorosa face deste afligido?
Veio, então, a meu
translúcido a montanha das caveiras, o Gólgota das amarguras e o Grande Kabir
Jesus, agonizante em uma cruz por Amor a toda a humanidade doente…
Então, exclamei: “O
Amor é o mais grandioso que existe sobre a terra! Eureka! Eureka! Eureka! Agora
descobri o segredo: o Ódio é a antítese do mais grandioso”.
Resultava evidente a
solução do complexo problema. Agora, é indubitável que eu devia me pôr
novamente em contato com Eliphas Levi.
Projetar outra vez o
Eidolon foi para mim questão de rotina, pois é claro que nasci com essa
preciosa faculdade.
Se eu buscava uma chave
especial, fazia-o não tanto por minha insignificante pessoa que nada vale,
senão por muitas outras pessoas que anelam o desdobramento consciente e
positivo.
Viajando com o Eidolon
ou Duplo Mágico, muito longe do corpo físico, andei por diversos países
europeus buscando o abade. Mas, este, por nenhuma parte aparecia.
De pronto, em forma
muito inusitada, senti um chamado telepático e penetrei em uma luxuosa mansão.
Ali estava o abade, mas…
Ó, surpresa! Maravilha!
O que é isto? Eliphas convertido em criança e metido em seu berço? Um caso
verdadeiramente insólito, não é verdade?
Com muita veneração,
muito quietamente me acerquei ao bebê dizendo:
Mestre, trago a lição.
O mais monstruoso que existe sobre a terra é o Ódio. Agora, quero que cumprais
o que me prometestes. Dai-me a chave…
Porém, ante meu
assombro, aquele menino calava enquanto eu me desesperava sem compreender que
“o Silêncio é a eloquência da Sabedoria”.
De vez em quando eu o
tomava nos braços desesperado, suplicando-lhe, mas tudo em vão. Aquela criatura
parecia a esfinge do silêncio.
Quanto tempo durou
isto? Não o sei! Na Eternidade não existe o tempo e o passado e o futuro se
irmanam dentro de um eterno agora.
Por fim, sentindo-me
defraudado, deixei o pimpolho no seu berço e saí muito triste daquela casa
vetusta e ensolarada.
Passaram-se os dias, os
meses e os anos e eu continuava sentindo-me defraudado, sentia como se o abade
não tivesse cumprido sua palavra empenhada com tanta solenidade. Mas um dia
qualquer veio a mim a luz.
Recordei então aquela
frase do Cabir Jesus: “Deixai que venham as crianças a mim, porque delas é o
Reino dos Céus”.
Ah, já entendo, eu
disse a mim mesmo. É urgente e indispensável reconquistar a infância perdida na
mente e no coração. “Até que não sejais como crianças, não podereis entrar no
Reino dos Céus”.
Esse retorno, esse
regresso ao ponto de partida original, não é possível sem antes haver morrido
em si mesmo: a Essência, a Consciência, está desafortunadamente engarrafada em
todos esses agregados psíquicos que em seu conjunto tenebroso tenebroso
constituem o Ego.
Só aniquilando tais
agregados esquerdos e sombrios a Essência pode despertar em estado de inocência
primigênia.
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Todos nós saímos em astral todas as noites, sem
exceção. Mas o
grande segredo é sairmos do corpo físico
CONSCIENTEMENTE
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Quando todos os
elementos subconscientes hajam sido aniquilados a poeira cósmica, a Essência é
liberada. Então, reconquistamos a perdida infância.
Novalis disse: “A
Consciência é a própria Essência do homem em completa transformação, o Ser
Primitivo Celeste”.
Resulta palmário e
manifesto que quando a Consciência desperta, o problema do desdobramento
voluntário deixa de existir.
Depois de ter compreendido
a fundo todos esses processos da humana psiquê, o abade nos mundos superiores
me fez entrega da parte segunda da Chave Régia.
Certamente, esta
foi uma série de mântricos sons com os quais se pode realizar em forma
consciente e positiva a projeção do Eidolon.
Magia Elemental
das Aves
Para o bem de
nossos estudantes gnósticos, convém estabelecer de forma didática a sucessão
inteligente destes mágicos sons:
a.
Um assobio longo e
delicado semelhante ao de uma ave.
b. Entonação da vogal E” (EEEEEEEEE) alongando o som com a nota RE.
c. Cantar a R fazendo-a ressoar com a SI musical, imitando a voz da criança, em forma aguda, algo semelhante ao som agudo de um motorzinho demasiado fino e sutil (RRRRRRRRR).
d. Fazer ressoar a S em forma muito delicada como um silvo doce e aprazível (SSSSSSSSS).
b. Entonação da vogal E” (EEEEEEEEE) alongando o som com a nota RE.
c. Cantar a R fazendo-a ressoar com a SI musical, imitando a voz da criança, em forma aguda, algo semelhante ao som agudo de um motorzinho demasiado fino e sutil (RRRRRRRRR).
d. Fazer ressoar a S em forma muito delicada como um silvo doce e aprazível (SSSSSSSSS).
ACLARAÇÃO: O ponto
“a” é um assobio real e efetivo. O ponto “d” é somente semelhante a um assobio…
ASANA: Deite-se o
estudante gnóstico na posição do homem morto: decúbito dorsal (boca para cima).
Abram-se as pontas
dos pés na forma de leque tocando-se pelos calcanhares.
Os braços ao longo
do corpo, todo o veículo físico bem relaxado.
Adormecido o
devoto em profunda meditação, cantará muitas vezes os mágicos sons.
ELEMENTAIS: Esses
mantras encontram-se intimamente relacionados com o Departamento Elemental das
Aves e é ostensível que estas últimas assistirão ao devoto com a condição de
conduta reta.
O Pentagrama Esotérico de Eliphas Levi
16 de abr. de 2018
Enquanto moro recebe seus bônus, faturando em universidade nos EUA com palestras sobre como prendeu sem provas o maior líder brasileiro
no Brasil, sem entender como aconteceu e sem onde encontrar uma resposta confiavel, o povo, aos poucos, volta à rotina.
14 de abr. de 2018
Expectativa do momento - Tem antôniocarlense com o ‘O’ na mão
Quem deve
tem medo, Azeredo vai ser preso.
Você ainda ama a sua mulher?
Um grupo de homens
se reuniu em um seminário sobre como melhorar a vida conjugal.
A palestrante,
professora Nalva Gina, perguntou quais deles ainda amavam suas mulheres, e
todos levantaram a mão.
- E qual a última
vez que vocês disseram a elas que as amavam? - perguntou ela.
A maioria não se recordava quando.
A maioria não se recordava quando.
Dr.ª Nalva Gina
sugeriu, então, que eles pegassem seus celulares e escrevessem “Te amo,
querida" e enviassem pras esposas por WhatsApp, e pediu que os homens
mostrassem as respostas.
Abaixo algumas
delas:
1) Você está bem?
2) O que foi?
3) O que você quer dizer com isso?
4) Aí tem.
5) Se não me disser para quem era esta mensagem, eu juro que te capo!
6) Nem vem! Tô menstruada!
7) Está com alguma doença terminal?
8) Que merda você andou fazendo?
9) Já tá bebendo de novo?
Mas a melhor de todas foi essa:
10) Quem é?
Bar do Ferreirinha é um Blog que visito
sempre. Não sei se você vai gostar de tudo que tem lá. Vale a pena conferir https://novobardeferreirinha.blogspot.com/
Até amanhã
No Bar Dos Doidos, Gilson Variedades pediu
emprestado o telefone celular de Naldinho e ligou, com viva voz e tudo, para
Dr:Everaldo.
− Alô, Everaldo, aqui é o Gilson.
− Diz. Respondeu Dr: Everaldo.
− Tô precisando de 500 reais.
− Até quando, Gilson?
− Até amanhã.
− Até amanhã, Gilson. Fica com Deus. E desligou.
A água não pode ser tratada como um produto de mercado, e sim como um bem comum, um meio de sobrevivência, e seu acesso para o consumo deve ser universal. Esse foi o enfoque dominante entre os participantes do Colóquio Latino-Americano Água, Vida e Direitos Humanos promovido neste domingo (18) pelo Ministério Público Federal em parceria com o Senado.
Eleições 2018: Saiba como baixar o Documento digital e-Título
e-Título: seu título eleitoral no celular - Por ThiagoMoraes
Desde dezembro de 2017 está
disponível o e-Título, serviço para facilitar a vida do eleitor.
O aplicativo permite ao eleitor
acessar uma via digital do título eleitoral por meio do seu smartphone ou
tablet.
No aspecto sustentável, o
e-Título surge como alternativa à emissão de título eleitoral em papel, com
notável economia de custos da Justiça Eleitoral.
Para o eleitor, o benefício
virá na facilidade de ter os seus dados eleitorais sempre seguros e disponíveis,
diminuindo os riscos de extravios e danos ao título de eleitor.
Para acessar o documento
digital, o eleitor deverá baixar o aplicativo e-Título, que já está disponível
no Google Play e na App Store.
Ao inserir no aplicativo, o
número do seu título eleitoral, seu nome, o nome da mãe e do pai e a data de
nascimento, o e-Título será validado e liberado. Ao ser acessado pela primeira
vez, o documento será gravado localmente e ficará disponível ao eleitor.
O título de eleitor continua
existindo com a mesma validade na versão original, impresso.
13 de abr. de 2018
12 de abr. de 2018
Voltaire never said it!
Investigação afirma que a mais famosa das frases atribuídas ao filósofo francês jamais foi escrita ou proferida pelo autor de Cândido, ou o Otimismo
por Ivan Bilheiro*
O pensamento filosófico - rico que é - já cunhou uma série de expressões que, bem empregadas ou não, tornaram-se largamente conhecidas. É o caso, para ficar em um só exemplo, da famosa máxima de Maquiavel: "os fins justificam os meios" (a qual figura no capítulo XVIII de suamagnum opus O príncipe). Nesta linha, no entanto, aparecem frases que, ainda tomadas como emblemáticas, não podem ser verdadeiramente creditadas aos supostos autores. É possível que existam diversas situações não esclarecidas em que isso ocorre - o que, diga-se de passagem, macula o estudo de Filosofia mais do que os próprios supostos autores. Mas há um caso ícone, o de François- Marie Arouet, mais conhecido pelo cognome Voltaire (1694-1778).
Apesar de ser frequentemente citada, inclusive em livros didáticos, como síntese de uma fi- losofia, a frase "Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo" (que pode aparecer escrita com algumas pequenas variações) não é fruto da sagaz pena de Voltaire. Todo um retrato do pensamento voltairiano foi construído em torno a essa citação, tomando o filósofo, a partir daí, como um iluminista plena e irresolutamente comprometido com a liberdade de expressão, cuja bandeira de luta seria a tal frase, assimilada como um lema. Uma busca pelos escritos de Voltaire, entretanto, planta a dúvida: onde está a afamada afirmação? A investigação por esse caminho é, contudo, vã, pois não há, em nenhum texto do filósofo, a preciosa frase. Algo tomado quase pacificamente como o resumo do pensamento voltairiano revelando-se apócrifo é mesmo o germe de uma pesquisa, e a investigação revela-se frutífera.
Nota-se, portanto, que a expressão "Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo" é uma daquelas frases que muitos leram, alguns citaram e quase ninguém pesquisou de onde verdadeiramente veio (e de quem é!). Há um grande risco na falta de precisão em casos assim, porque uma falsa atribuição nem sempre enobrece um autor.
Na verdade, como pode-se verificar, a tão citada frase foi elaborada por uma biógrafa de Voltaire, em uma obra do início do século 20 - portanto, bem distante do período de vida e produção do filósofo francês. Em um livro de 1906 chamado Th e friends of Voltaire ("Os amigos de Voltaire" - tradução livre), publicado em Londres pela Smith, Elder & Co., a escritora Evelyn Beatrice Hall (1868-c. 1939) - que durante um tempo usou o pseudônimo S. G. Tallentyre - trata de dez figuras notáveis com quem seu biografado, de alguma forma, se relacionou. São eles: D'Alembert, Diderot, Galiani, Vauvenargues, D'Holbach, Grimm, Turgot, Beaumarchais, Condorcet e Helvétius. É na parte dedicada a este último que a biógrafa apresenta a frase "I disapprove of what you say, but I will defend to the death your right to say it" ("Eu discordo do que você diz, mas vou defender até a morte seu direito de o continuar dizendo", em tradução livre).
Talvez por uma questão de estilo, Evelyn Hall colocou a frase entre aspas e a construiu em primeira pessoa, o que acabou gerando a confusão e a falsa atribuição. Mas, de fato, a intenção da escritora era resumir o posicionamento que Voltaire teria adotado com relação ao banimento de um livro de Claude-Adrien Helvétius (1715-1771), outro filósofo francês com quem ele teve certo desacordo. Em 1758, Helvétius publicou o livro De l'espirit, o qual foi condenado pela Sorbonne, pelo Parlamento de Paris e até pelo Papa, chegando a ser queimado. Apesar do desacordo explícito com relação ao pensamento de Helvétius, Voltaire não acreditava que o banimento daquele livro fosse um ato correto. Foi a atitude de Voltaire frente a esta situação que Evelyn Hall tentou resumir com sua frase, inadvertidamente escrita entre aspas e em primeira pessoa.
Em outro livro da mesma autora, chamado Voltaire in his letters ("Cartas de Voltaire" - tradução livre aproximada), publicado em 1919, aparece a mesma ideia, ora apresentado como um "princípio voltairiano" (embora ainda grafado entre aspas e em primeira pessoa), com uma mínima alteração de redação que não resulta em conteúdo diferente. Ainda ali, Hall encerra o "princípio" em um posicionamento de Voltaire para com Helvétius.
UMA CONSTRUÇÃO TARDIA
Nota-se, portanto, é que a famosa afirmação nem é de Voltaire nem configura um resumo de sua filosofia como um todo. Ela é, precisamente, uma construção tardia de uma biógrafa, e não faz mais do que retratar uma determinada posição adotada por Voltaire em uma situação muito específica com outro filósofo - e faz com que seu poder de frase-lema da liberdade de expressão seja consideravelmente reduzido.
Essa confusão involuntária chegou a ser reconhecida pela biógrafa de Voltaire. Na revista Modern Language Notes, publicada pela The Johns Hopkins University Press, em sua edição de novembro de 1943, há um texto de Burdette Kinne sobre o assunto, intitulado Voltaire never said it! ("Voltaire nunca disse isso!", tradução livre), em que consta a reprodução de uma carta de Evelyn Hall, datada de 9 de maio de 1939, em que ela afirma ser de sua própria autoria a tal frase erroneamente atribuída ao filósofo francês do século 18, chegando a apresentar desculpas por seu texto permitir a interpretação de que a fala era de Voltaire, mesmo não sendo esta sua intenção.
Ainda houve quem considerasse que Evelyn Hall teria, seja por acaso ou não, feito uma paráfrase de uma fala - esta sim - de Voltaire, menos conhecida, que se encontraria em uma carta endereçada a um certo Monsieur Le Riche, datada de 6 de fevereiro de 1770. Esse foi o caso de Norbert Guterman, editor do livro A book of french quotations ("Um livro de citações francesas", tradução livre), publicado na década de 1960. Segundo ele e os demais defensores desta linha, haveria na referida carta a frase "Monsieur l'abbé, je déteste ce que vous écrivez, mais je donnerai ma vie pour que vous puissiez continuer à écrire" ("Senhor abade, eu detesto o que escreves, mas eu daria minha vida para que pudesses continuar a escrever", tradução livre), uma espécie de variação daquela mais famosa.
Outra vez, porém, criou-se uma equivocada atribuição a Voltaire. Em suas obras completas, publicadas em Paris já entre os anos de 1817 e 1819, sob o selo Chez Th. Desoer, há a coleção de correspondências do filósofo, em que figura a tal carta endereçada a Monsieur Le Riche, mas não é possível encontrar nada sequer parecido com a famigerada frase. Até grandes pensadores como Noam Chomsky se deixaram levar por essa "nova" falsa atribuição, como é possível observar em seu artigo do jornal The Nation, intitulado His right to say it, em 28 de fevereiro de 1981.
Nota-se, portanto, que a expressão "Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo" é uma daquelas frases que muitos leram, alguns citaram e quase ninguém pesquisou de onde verdadeiramente veio (e de quem é!). Há um grande risco na falta de precisão em casos assim, porque uma falsa atribuição nem sempre enobrece um autor. Nesse caso, Voltaire passou a ser tomado como ícone da luta pela liberdade de expressão. Mas e quando a frase acaba por denegrir um pensador? É preciso rigor na investigação. Daqui por diante, fica como sugestão o princípio: "Eu posso não concordar com o que citas, e por isso requisitarei sempre suas fontes para poder checá-las".
* Ivan Bilheiro é graduado em História pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/ JF), graduando em Filosofia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), instituição na qual também cursa a especialização em Ciência da Religião e pós-graduando em Filosofia, pela Universidade Gama Filho (UGF).
o Brazil pirou o Brasil - Cruz credo, sô!
Manicômio 1
Não entendi nada quando
vi as duas torres do congresso nacional servindo de fundo para uma campanha alertando
contra o extermino de judeus ocorrido na segunda guerra mundial. A frase ‘Holocausto nunca mais’, estampada ocupando
as partes externas das duas torres, no centro de Brasília, no Distrito Federal,
Capital do Brasil mais me pareceu uma provocação que uma eterna solidariedade a
todos os povos que sofreram e aos que sofrem injustiça.
“Não!
Há
violência
provocada
por
homens
contra
homens
sobre
a
terra”.
MINHA SOLIDARIEDADE AOS PERSEGUIDOS
Manicômio 2
Bispo pede perdão aos católicos por
"zombaria" em ato realizado por Lula e PT
Bispo Nelson Ferreira, utilizou
a rede social, Facebook, para
criticar o Bispo Emérito
Dom Angêlico Sândalo e
os padres que participaram
da cerimônia e chamou o
ato de "zombaria".
NSCM Nossa
Senhora cuida de mim
Manicômio 3
"Estamos inertes em uma enorme crise
ética", diz dom Angélico após polêmica sobre ato com Lula
Bispo emérito de Blumenau
falou sobre a participação em
ato ecumênico antes da prisão
do ex-presidente no sábado
Por Lucas
Paraizo
No centro de uma das
várias polêmicas que surgiram nos últimos dias ao redor da prisão do
ex-presidente Lula, dom Angélico Sândalo Bernardino expõe com clareza sua
opinião sobre a situação do Brasil. Bispo emérito de Blumenau e amigo próximo
de Lula há mais de 30 anos, ele participou do ato ecumênico que
celebrou o aniversário da ex-primeira-dama Marisa Letícia e que precedeu a
prisão do ex-presidente.
Nome sempre lembrado na
diocese catarinense, hoje aos 85 anos de idade, ele mora em São Paulo e falou
por telefone com a reportagem da NSC Comunicação. Mesmo ao criticar a
repercussão negativa do ato de sábado, mantém a voz calma e extremamente
pausada que é sua característica, como se estivesse constantemente recitando um
poema. Com aguçado senso político, o bispo discorre sobre a democracia no
Brasil, o atual momento político e a defesa dos direitos da população pobre.
Confira a entrevista:
Como surgiu o convite para participar do ato sábado? Qual é
a relação do senhor com o ex-presidente Lula?
Primeiramente quero esclarecer que não foi uma missa. Foi um ato ecumênico, no qual houve inclusive participação de uma pastora luterana. A minha amizade com o Lula e a família vem de longa data, quando ele era líder sindical eu era bispo responsável pela pastoral operária, onde fiquei por mais de 20 anos. Era tempo de luta, ditadura militar, nós tivemos muito relacionamento. Mais recentemente eu batizei um neto do Lula em Blumenau, batizei uma bisneta também.
Quando a Marisa foi
hospitalizada a família me pediu para ir lá e administrei o sacramento dos
enfermos. Quando ela faleceu eu fui ao velório. No primeiro aniversário da
morte me convidaram e eu também fui. E agora me pediram uma celebração
religiosa pelo aniversário dela. Eu também fui. Só que foi justamente na data
em que houve a prisão, então tinha uma multidão. O ato ecumênico tinha sido
planejado para ser dentro do sindicato, mas transferiram para o lado de fora
por causa do multidão.
Então não foi um ato
religioso instrumentalizado, a não ser por aqueles que têm o interesse em
distorcer a opinião pública. Terminado o ato religioso, eu me retirei e
seguiram as outras programações com pronunciamentos, discursos, etc. Depois eu
já estava em outra missão. Quando ele foi levado para a polícia eu já estava
celebrando a Santa Missa numa comunidade na periferia de São Paulo.
Pela relação próxima com o ex-presidente e até por
pronunciamentos anteriores, o senhor tem uma opinião política a respeito do
cenário atual. Como encarou a prisão do Lula?
Sobre prisão eu não opino, eu somente digo que estamos inertes em uma enorme crise ética, em uma crise que atinge os poderes da República, o Legislativo, o Executivo, o Judiciário. E isso me preocupa sobremaneira, como na época do golpe militar de 1964 que foi levado avante por civis pelo alto poder econômico, que se valeu dos militares, e agora também. O objetivo era afastar o poder popular do governo. Houve outro golpe, um golpe parlamentar. Mas a intenção profunda era afastar o poder popular.
Mas e a prisão de um ex-presidente?
Além de outros quatro
presidentes que já foram presos, nesse país nós tivemos Getúlio que deu um tiro
no peito pressionado, João Goulart que levou o golpe porque queria fazer as
reformas de base, depois Jânio Quadros que renunciou pressionado por forças
ocultas, e aquele que foi o idealizador de Brasília também foi preso, e cuja
morte na Via Dutra ainda não foi esclarecida.
Presidentes no Brasil
presos, nós tivemos alguns. Quais foram os interesses que moveram essas
prisões? Não foram interesses do bem do povo brasileiro. Hermes da Fonseca,
Washington Luiz, Artur Bernardes e Juscelino Kubitschek, e agora o Lula. São
prisões que vão além da vontade popular.
Claro que sou
francamente favorável ao saneamento ético. Dos empresários que corromperam
políticos que devem ser julgados com ampla defesa, e também políticos que são
acusados de corrupção, seus crimes devem ser provados e eles têm amplo direito
de defesa, e que o dinheiro eventualmente desviado seja devolvido com juros e
correção monetária. Mas isso não impede que eu, como discípulo de Jesus, quando
solicitado, vá aos mais diversos ambientes (como as cerimônias da família do
ex-presidente).
Como o senhor reagiu às críticas feitas após a presença no
ato com Lula?
Recebo com serenidade, quem me ilumina na vida é aquele que é o mestre, o caminho, a verdade, Jesus. Jesus foi criticado porque comia com os pecadores, pois acolheu pessoas que não devia acolher, disse que o sábado estava a serviço do homem e não o homem a serviço do sábado. Jesus foi condenado pois anunciou ao mundo que Deus é pai e todos são irmãos. Não é legitimo que a riqueza se acumule na mão de poucos. Como podemos estar tranquilos quando o salário desses marajás é quase R$ 30 mil por mês? Dentro de um salário mínimo de um trabalhador?
Não tenho opção
partidária, o que me ilumina é a palavra de Jesus. E o Papa Francisco diz para
a igreja: vão para as periferias humanas e geográficas, não vamos ser uma
igreja acomodada. Temos que defender os direitos dos pobres, dos trabalhadores,
dos desempregados.
10 de abr. de 2018
Capital internacional prende Lula e mídia se cala
Mas quem melhor falou sobre tudo
o que aconteceu nos últimos dias foi o senador Roberto Requião, do PMDB do
Paraná. Vale a pena ver o discurso que ele fez hoje no Senado na íntegra, em
todos os seus 13 minutos:
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