Por Ali Onaissi - 
Alphonse Louis Constant (1810-1875) foi um grande Iniciado
da Alta Magia. Mais conhecido como Eliphas Levi, chegou a ser o chefe supremo
dos Adeptos e Magos na Europa, em 1856. Líder do Grande Domo da Europa, ao qual
pertenceram o dr. Paschal Beverly Randolph, Jules du Potet e o lorde
Bulwer-Lytton (este último, autor de importantíssimas obras de ocultismo, como
Zanoni e vril-o-poder-da-raca-futura
Eliphas Levi é considerado, no mundo da magia branca, como
um dos precursores do renascimento do atual interesse por todos os temas
fantásticos. Foi abade da Igreja Católica, a qual a abandonou para dedicar-se
de cheio aos estudos do Ocultismo, da Magia e da Rosa-cruz.
eliphas-levi foi o autor de numerosos
livros Arcanos, considerados peças mestras do Ocultismo. Entre seus livros mais
conhecidos encontram-se o dogma-e-ritual-de-alta-magia uma obra mestra clássica da Magia, da Alquimia e do
Ocultismo Vitoriano Europeu, e o grande-arcano onde lê-se nas
entrelinhas que este grande mestre maçom conhecia profundamente a magia sexual
e outras práticas profundas.
O VM Samael Aun Weor conhecia
muito profundamente as obras desse grande mestre da Magia.
Uma das experiências pessoais de
Samael com esse mestre da Loja Branca, no mundo astral, está relatada a seguir,
mostrando a todo o mundo esotérico que tanto Samael quanto Eliphas Levi são
grandes mestres cabalísticos e da magia:
Tratando-se de
projeções do Eidolon e viagens suprassensíveis fora do corpo físico, temos
muito a dizer.
Nos instantes em
que escrevo estes trechos vêm à minha memória acontecimentos extraordinários,
maravilhosos.
Repassando velhas
crônicas de minha longa existência, com o ânimo de clérigo e de cela, surge
Eliphas Levi.
Uma noite
qualquer, fora da forma densa, andei por aí invocando a Alma daquele falecido
que em vida se chamara: abade Alphonse Louis Constant (Eliphas Levi).
É óbvio que o
encontrei sentado ante um velho escritório, no salão augusto de um antigo
palácio.
Com muita cortesia
se levantou de sua cadeira para atender respeitosamente às minhas saudações.
– Venho pedir-vos
um grande serviço – disse. Quero que me deis uma chave para sair
instantaneamente em corpo astral cada vez que o necessitar.
– Com muito prazer
– respondeu o abade –, porém, antes quero que me você me traga amanhã mesmo a
seguinte lição: O que é o mais monstruoso que existe sobre a terra?
– Dai-me a chave
agora mesmo, por favor…
– Não! Traga-me a lição e com muito prazer lhe darei a chave.
O problema que o
abade havia delineado resultou convertido em um verdadeiro quebra-cabeças, pois
são tantas as coisas monstruosas que existem no mundo, que francamente eu já
não achava solução.
Andei por todas as
ruas da cidade observando, tratando de descobrir o mais monstruoso e quando
cria havê-lo achado, então surgia algo pior. De pronto, um raio de luz iluminou
meu entendimento.
Ah, dei-me conta,
já entendo. O mais monstruoso tem que ser de acordo com a Lei das Analogias dos
Contrários, o antípoda do mais glorioso…
Bom, porém, o que
é o mais glorioso que existe sobre a dolorosa face deste afligido?
Veio, então, a meu
translúcido a montanha das caveiras, o Gólgota das amarguras e o Grande Kabir
Jesus, agonizante em uma cruz por Amor a toda a humanidade doente…
Então, exclamei: “O
Amor é o mais grandioso que existe sobre a terra! Eureka! Eureka! Eureka! Agora
descobri o segredo: o Ódio é a antítese do mais grandioso”.
Resultava evidente a
solução do complexo problema. Agora, é indubitável que eu devia me pôr
novamente em contato com Eliphas Levi.
Projetar outra vez o
Eidolon foi para mim questão de rotina, pois é claro que nasci com essa
preciosa faculdade.
Se eu buscava uma chave
especial, fazia-o não tanto por minha insignificante pessoa que nada vale,
senão por muitas outras pessoas que anelam o desdobramento consciente e
positivo.
Viajando com o Eidolon
ou Duplo Mágico, muito longe do corpo físico, andei por diversos países
europeus buscando o abade. Mas, este, por nenhuma parte aparecia.
De pronto, em forma
muito inusitada, senti um chamado telepático e penetrei em uma luxuosa mansão.
Ali estava o abade, mas…
Ó, surpresa! Maravilha!
O que é isto? Eliphas convertido em criança e metido em seu berço? Um caso
verdadeiramente insólito, não é verdade?
Com muita veneração,
muito quietamente me acerquei ao bebê dizendo:
Mestre, trago a lição.
O mais monstruoso que existe sobre a terra é o Ódio. Agora, quero que cumprais
o que me prometestes. Dai-me a chave…
Porém, ante meu
assombro, aquele menino calava enquanto eu me desesperava sem compreender que
“o Silêncio é a eloquência da Sabedoria”.
De vez em quando eu o
tomava nos braços desesperado, suplicando-lhe, mas tudo em vão. Aquela criatura
parecia a esfinge do silêncio.
Quanto tempo durou
isto? Não o sei! Na Eternidade não existe o tempo e o passado e o futuro se
irmanam dentro de um eterno agora.
Por fim, sentindo-me
defraudado, deixei o pimpolho no seu berço e saí muito triste daquela casa
vetusta e ensolarada.
Passaram-se os dias, os
meses e os anos e eu continuava sentindo-me defraudado, sentia como se o abade
não tivesse cumprido sua palavra empenhada com tanta solenidade. Mas um dia
qualquer veio a mim a luz.
Recordei então aquela
frase do Cabir Jesus: “Deixai que venham as crianças a mim, porque delas é o
Reino dos Céus”.
Ah, já entendo, eu
disse a mim mesmo. É urgente e indispensável reconquistar a infância perdida na
mente e no coração. “Até que não sejais como crianças, não podereis entrar no
Reino dos Céus”.
Esse retorno, esse
regresso ao ponto de partida original, não é possível sem antes haver morrido
em si mesmo: a Essência, a Consciência, está desafortunadamente engarrafada em
todos esses agregados psíquicos que em seu conjunto tenebroso tenebroso
constituem o Ego.
Só aniquilando tais
agregados esquerdos e sombrios a Essência pode despertar em estado de inocência
primigênia.
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Todos nós saímos em astral todas as noites, sem
exceção. Mas o
grande segredo é sairmos do corpo físico
CONSCIENTEMENTE
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Quando todos os
elementos subconscientes hajam sido aniquilados a poeira cósmica, a Essência é
liberada. Então, reconquistamos a perdida infância.
Novalis disse: “A
Consciência é a própria Essência do homem em completa transformação, o Ser
Primitivo Celeste”.
Resulta palmário e
manifesto que quando a Consciência desperta, o problema do desdobramento
voluntário deixa de existir.
Depois de ter compreendido
a fundo todos esses processos da humana psiquê, o abade nos mundos superiores
me fez entrega da parte segunda da Chave Régia.
Certamente, esta
foi uma série de mântricos sons com os quais se pode realizar em forma
consciente e positiva a projeção do Eidolon.
Magia Elemental
das Aves
Para o bem de
nossos estudantes gnósticos, convém estabelecer de forma didática a sucessão
inteligente destes mágicos sons:
a.
Um assobio longo e
delicado semelhante ao de uma ave.
b. Entonação da vogal E” (EEEEEEEEE) alongando o som com a nota RE.
c. Cantar a R fazendo-a ressoar com a SI musical, imitando a voz da
criança, em forma aguda, algo semelhante ao som agudo de um motorzinho
demasiado fino e sutil (RRRRRRRRR).
d. Fazer ressoar a S em forma muito delicada como um silvo doce e
aprazível (SSSSSSSSS).
ACLARAÇÃO: O ponto
“a” é um assobio real e efetivo. O ponto “d” é somente semelhante a um assobio…
ASANA: Deite-se o
estudante gnóstico na posição do homem morto: decúbito dorsal (boca para cima).
Abram-se as pontas
dos pés na forma de leque tocando-se pelos calcanhares.
Os braços ao longo
do corpo, todo o veículo físico bem relaxado.
Adormecido o
devoto em profunda meditação, cantará muitas vezes os mágicos sons.
ELEMENTAIS: Esses
mantras encontram-se intimamente relacionados com o Departamento Elemental das
Aves e é ostensível que estas últimas assistirão ao devoto com a condição de
conduta reta.
O Pentagrama Esotérico de Eliphas Levi