Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

29 de set. de 2018

Na mídia brasileira ouvimos falar o tempo todo que o brasileiro é um povo com uma educação baixíssima. O povo resolveu responde transformando o Brasil em um país, onde nas redes sociais, todos podem ser professores




É bom não se esquecer da palavrinha chave 'marvada' que tanto identifica o país com as redes:

"GOLPE" 

'Somos um casal apaixonado, mas há três anos não fazemos sexo - nem planejamos fazer'


Charlotte e Jacob têm 23 anos e estou juntos há quatro. Assim como eles, diversos casais acreditam que há outras formas de demonstrar afeto no relacionamento: em pesquisas feitas com mais de 2 mil pessoas nos sites Mumsnet e Gransnet, cerca de 18% dos entrevistados com menos de 30 anos fizeram sexo menos de 10 vezes no ano passado.

Charlotte e Jacob têm 23 anos e estão apaixonados. Mas o sexo não faz parte do relacionamento deles.

Casal diz que não faz sexo há três anos e que não sente
 falta de manter relações sexuais
Foto: BBC News Brasil

"Estamos juntos há quatro anos, mas não fizemos sexo nos últimos três e não planejamos fazer", disse a jovem ao programa Victoria Derbyshire, da BBC.

Ela se considera assexual, embora Jacob não seja.

"Nós tentamos (fazer sexo) nos primeiros seis meses, mas isso realmente não deixou nenhum de nós feliz", diz Charlotte.

Jacob explica que ele não quer fazer sexo com alguém que não tenha o mesmo desejo.

Para alguns homens, isso poderia ter sido um fator decisivo no relacionamento, mas não é para ele.

 'Há outras formas de demonstrar afeto', diz Jacob sobre seu 
relacionamento sem sexo
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

"Eu tenho um relacionamento fantástico com uma pessoa maravilhosa. Há outras formas de demonstrar afeto", diz o jovem.

E eles não são os únicos.

Pesquisas feitas com mais de 2 mil pessoas nos sites Mumsnet e Gransnet indicaram que cerca de 18% dos entrevistados com menos de 30 anos fizeram sexo menos de 10 vezes no ano passado.

Entre todas as idades, esse número sobe para 29%.

Amanda e Steve

"Nossa ausência de vida sexual neste momento é por mim", diz Amanda, de 35 anos.

"Estou tão cansada o tempo todo por causa do meu trabalho, e quando chego em casa é como se minha libido tivesse desaparecido."



Amanda, de 35 anos, diz que falta de tempo causada pelo
 trabalho tirou o seu desejo sexualFoto: BBC News Brasil

Amanda e seu parceiro, Steve, estão casados há seis anos.

Eles têm um filho de 1 ano e 10 meses, Elliott. Quando o veem caminhar pela casa, sorriem entre si e explicam por que eles agora fazem sexo apenas uma vez a cada seis semanas.

"Transar durante o dia ou à noite com um filho em casa é algo improvável", diz Steve.

"Mesmo que ele tire um cochilo de duas horas, você só pensa: 'Eu provavelmente deveria fazer outras coisas ou recuperar um pouco de sono perdido'", acrescenta.

Mas, de acordo com o terapeuta sexual Martin Burrow, da Relate - organização sem fins lucrativos que oferece aconselhamento para casais, famílias e jovens -, a questão não se restringe aos casais que têm relações sexuais menos satisfatórias depois de se tornarem pais.

"Certamente, cada vez mais pessoas estão reconhecendo que estão insatisfeitas com sua vida sexual", explica o especialista.

 'Eu não tenha certeza se é uma mudança cultural, que faz com que as pessoas
 se sintam mais confortáveis ​​falando sobre sexo, ou se hoje elas realmente
 fazem menos sexo'Foto: BBC News Brasil

"Eu não tenha certeza se é uma mudança cultural, que faz com que as pessoas se sintam mais confortáveis falando sobre sexo, ou se hoje elas realmente fazem menos sexo", acrescenta.

Ele ressalta, no entanto, que uma pessoa pode ter um relacionamento bem-sucedido com seu parceiro, mesmo que não haja sexo.

"Algumas pessoas não precisam fazer sexo para serem felizes, e algumas vivem nessas condições", acrescenta.

Na opinião do terapeuta, quando se trata da quantidade de sexo em um relacionamento, "o normal não existe" - ou seja, não há regra específica ou uma fórmula a ser seguida.

Amanda diz que a comunicação tem sido a chave para ter um relacionamento saudável e forte sem a necessidade de fazer sexo regularmente.

"Não desanime, porque isso acontece com todo mundo", diz ela aos novos pais que vivem situação semelhante.


"O que perdemos agora podemos recuperar depois, garanto", brinca.

Thom e Steve

Thom e Steve moram em Bristol, no Reino Unido, estão juntos há quatro anos e se casaram no ano passado. Mas nunca fizeram sexo.

Ambos se identificam como assexuais e contam que, no primeiro encontro, acabaram dormindo juntos sem fazer sexo.

Thom e Steve estão juntos há quatro anos e se casaram no ano passado,
 mas nunca fizeram sexoFoto: BBC News Brasil

"Foi um dos compromissos mais satisfatórios que tivemos. Nada aconteceu", afirma Thom.


Thom acredita que a sociedade esteja cada vez mais sexualizada, mas isso "não indica necessariamente que as pessoas tenham mais relações sexuais".

"Há mais pressão para fazer sexo e talvez as pessoas se sintam obrigadas a fazer sexo com mais regularidade", diz ele.

O casal diz que muitas pessoas ficam surpresas quando eles dizem que nunca transaram e muitas vezes perguntam como é possível amar sem ter relações sexuais.

A resposta deles é simples.

"Você pode fazer sexo sem amor, então por que não pode existir amor sem sexo?"



Os Três Poderes




Existem em cada Estado três tipos de poder: o poder legislativo, o poder executivo das coisas que dependem do direito das gentes e o poder executivo daquelas que dependem do direito

civil. (...)


Do Capítulo Sexto (“Da constituição da Inglaterra”) do Livro Décimo Primeiro (“Das Leis que formam a liberdade política em sua relação com a constituição”), d’O Espírito das Leis, publicado anonimamente por Charles Louis de Secondat, barão de La Bréde e de Montesquieu, em Genebra, 1748 d.C.

Tradução de Cristina Murachco. Martins Fontes.

Leia matéria completa (áudio): http://www.teatrodomundo.com.br/os-tres-poderes/

NIÓBIO, A RIQUEZA QUE VIROU TABU



O assunto é palpitante, porém mais de 99% do povo brasileiro talvez jamais tenha sequer ouvido falar a respeito. Até dentre aqueles que estudaram a Tabela Periódica dos Elementos há os que ignoram a utilidade e valor deste metal.

Mas afinal, o que é NIÓBIO? Para que serve? Qual o seu valor?

O nióbio é um metal, cuja liga com o aço proporciona o que de mais avançado existe no revestimento de satélites, foguetes, material bélico, computadores e demais itens tecnológicos de ponta.


O Brasil é, há séculos, um exportador de matéria prima (ou comoditties): café, minério de ferro, soja, milho, açúcar, carne, etc. 

Com isso o país arrecada pouco, tendo que exportar quantidades imensas e sempre produzir mais para poder arrecadar e equilibrar a balança comercial. Contudo como explicar que países como Suíça, que não possui um só pé de cacau produza o melhor chocolate do mundo? Que o Japão que não possui nada além de vulcões, terremotos e tsunamis seja uma das maiores potências do globo? Que Israel cuja totalidade do território (menor que o nosso Espírito Santo, diga-se de passagem) é um deserto, seja uma potência tecnológica e tenha agricultura? Que o Canadá, que possui ínfimos 2% das jazidas de NIÓBIO do planeta esteja entre os de melhor qualidade de vida da população nos transportes, na saúde e na educação?

E onde estão as reservas mundiais deste precioso mineral?

No Brasil, ora...

Simplesmente 98% restantes estão em solo brasileiro, mais abundante na região amazônica e, em particular, numa recente área que gerou grande polêmica, inclusive gerando discutível, canhestra e controversa decisão do STF: a reserva Raposa-Serra do Sol.

Imaginem, e não vou me alongar no assunto, o que poderia ser gerado em benefício do povo brasileiro se tais reservas fossem legalmente exploradas (por exemplo: pela nossa VALE)?

Digo "legalmente exploradas" pois não há como garantir que não estejam sendo efetivamente exploradas(por que não estariam, não é mesmo?).

Fica aqui um alerta: estude um pouco mais, leia, interesse-se pelo assunto. Afinal você vive aqui, não é mesmo?



FÉ, MENINO.


sabe aquela imagem do neandertal, tacape na mão, arrastando uma mulher pelos cabelos e levando-a para uma caverna escura?
esquece essa imagem, cara.

de onde você acha que ela veio? como você acha que ela foi construída, por que?

em verdade lhe digo, amiguinho, ela foi implantada na sua mente, e é uma fraude.

essa imagem não foi extraída de nenhuma caverna, não há uma única pintura rupestre que faça alusão a ela, nenhum arqueólogo endossa essa infâmia, fósseis não exibem vestígios dessa violência, a antropologia a rechaça, a psicologia a repudia, ela não faz o menor sentido.

essa imagem só existe na sua mente, cara. se liga.

e ela foi implantada como mais um fetiche criado pela cultura do estupro.

sim, man, essa imagem prova que a cultura do estupro é uma realidade e que é, também, uma construção sofisticada.

a imagem do estupro neandertal - reproduzida amiúde como uma piada - é uma tentativa de legitimação do domínio violento e arbitrário do macho branco: ela busca se escorar num falso determinismo biológico.

“as coisas sempre foram assim, já era assim nas cavernas.”
a semiologia e a ideologia caminham de mãos dadas, a mídia se encarrega de formatar essa concepção no Grande Simulacro do qual nos falava Baudrillard.

tanto é que todos sabemos do que se trata, a cena retrata um estupro. mas, malandramente, tudo para na metade, todos sabemos como aquilo vai terminar, mas não vemos o seu desfecho.

é uma forma sofisticada de criar um significado sem significante. o que Saussure configuraria como uma aberração linguística.

a gente naturaliza o estupro fechando os olhos para ele, ou fingindo que se trata de outra coisa.

por meio dessas ilustrações, nem tão sutis, ensinamos às crianças, logo cedo, que o homem domina a mulher e a submete sexualmente: “as coisas sempre foram assim, já era assim nas cavernas.”

é um processo de endoculturação.

estou aqui a traduzir a cultura como um conceito antropológico, como bem o fez Roque Laraia, com quem eu tive a honra de estudar.

e agora veja mais essa:

como o domínio do macho se faz presente em todo o mundo dito civilizado, parece que a submissão da mulher se encaixa na categoria de arquétipo junguiana.

Deus é ele. Odim, é ele. Zeus é ele... quem cria o homem é um ser masculino.

e cria primeiro o homem e só depois a mulher.

e o substantivo homem - veja mais uma fraude linguística - é um caso bizarro de um espécime representando toda a espécie, porque quando digo o homem, posso estar a dizer a humanidade, mulheres inclusas.

é uma supremacia forçada e ela se configura com a única pretensão de manter o status quo e o privilégio do macho.

pra não escrever mais um textão, fico por aqui, na próxima crônica me aproximarei mais da configuração religiosa, igualmente legitimadora da cultura do estupro; e em seguida farei uma análise linguística.

o que pretendo com isso?

desmachificar.

o processo de enduculturação é constante, é um moto perpétuo, e ele não é linear, pode ser quebrado, alterado, reconfigurado.

estou a convidar os homens a repensar o seu machismo, o nosso machismo.

é bom para todos nós, cara. você deixa de ser um joguete, uma mera marionete acéfala nas mãos dos machos brancos, e toma conta do seu destino, do destino da sua cultura.

esse pequeno privilégio que nos dão para ratificarmos a cultura do patriarcado, nos traz mais ônus que bônus.

respeita as mina, cara!



palavra da salvação.





28 de set. de 2018

EU PIRO, VOCÊ PIRA e esse mundo pirado


Qual é a origem do nome al-Qaida?



Giles Foden
Sat 24 Aug 2002 15.58 BST

Tornou-se sinônimo dos ataques terroristas de 11 de setembro -
mas qual é a origem do nome al-Qaeda? Giles Foden sobre como
Bin Laden pode ter se inspirado na Fundação de Isaac Asimov
O escritor americano nascido na Rússia Isaac Asimov, 59, posa em sua casa em Nova York
em fevereiro de 1979. Fotografia: Marty Lederhandler / AP















Em outubro do ano passado, um item apareceu em um site oficial de estudos russos que logo deixou a comunidade de ficção científica cheia de excitação especulativa. Afirmou que a fundação clássica de 1951 de Isaac Asimov foi traduzida para o árabe sob o título "al-Qaida". E parecia ter a evidência para respaldar suas reivindicações.

"Essa coincidência peculiar seria de pouco interesse, se não por paralelos abundantes entre a trama do livro de Asimov e os eventos que se desdobram agora", escreveu Dmitri Gusev, o cientista que publicou o artigo. Ele estava se referindo às aparentes semelhanças entre o enredo da Fundação e a busca da organização que conhecemos, talvez erroneamente, como a Al Qaeda.

A palavra árabe qaida - normalmente significando "base" ou "fundação" - também é usada para "base" e "base". É empregado no sentido de uma base militar ou naval, e para fórmulas químicas e geometria: a base de uma pirâmide, por exemplo. Lane, o melhor léxico árabe-inglês, dá esses sentidos: fundação, base de uma casa; as colunas de suporte ou postes de uma estrutura; as partes inferiores das nuvens se estendem através do horizonte; uma regra universal ou geral ou canon. Com o advento da era do computador, ganhou o significado adicional de "banco de dados": qaida ma'lumat (base de informações).

A própria Qaida vem do verbo raiz q -'- d: sentar-se, permanecer, ficar, permanecer. Muitas pessoas parecem pensar que o nome da Al Qaeda surgiu de alguma idéia de uma base física - um centro de comando de onde Bin Laden e outros líderes poderiam dirigir as operações. "Temos que voltar para a Al Qaeda em relação a isso", é possível imaginar um dono de uma footsoldier dizendo: O próprio Bin Laden falou, depois de 11 de setembro, de estar "em um lugar muito seguro". Também tem havido histórias de que seu pai tinha um patrimônio vernal chamado al-Qaida no Iêmen ou na Arábia Saudita. Poderia haver um sentido em que o nome da organização representa uma noção do lar eterno na consciência de seu líder fugitivo?

Na superfície, a explicação mais improvável do nome é que Bin Laden foi de alguma forma inspirado por um escritor nascido na Rússia que viveu a maior parte de sua vida nos EUA e já foi o romancista de ficção científica mais prolífico do mundo (nascido em 1920 em Smolensk). Asimov morreu em Nova York em 1992). Mas quanto mais você cavar, mais plausível parece ser que os fundadores da Al Qaeda podem ter emprestado alguma retórica da Foundation e de seus sucessores (ela se tornou uma série) e possivelmente de outro material de ficção científica.

Como Nick Mamatas argumentou em um artigo sobre fãs de ficção científica na revista Gadfly, "até o terror de 11 de setembro teve conotações científicas de ficção: era tanto um ataque a Nova York de um senhor superlotado com delírios de grandeza e um único cataclisma evento que aparentemente mudou tudo, para sempre ".

A ficção científica tem frequentemente caracterizado "impérios do mal" contra os quais são colocadas idéias utópicas cuja sobrevivência deve ser combatida contra as probabilidades por um grupo pequeno mas cheio de recursos de homens. Tais impérios freqüentemente se mostram surpreendentemente frágeis quando confrontados por idealistas inteligentes. Idealistas inteligentes que também são psicopatas podem encontrar consolo em um modelo fictício - especialmente um criado por um romancista famoso por castigar esse "amável tolo" Ronald Reagan: o presidente que processou a guerra secreta da CIA no Afeganistão.

O Império retratado nos romances de Asimov está em tumulto - ele citou o Declínio de Gibbon e a Queda do Império Romano como uma influência. Assombrado pelo consumo excessivo, corrupção e ineficiência, "ele vinha caindo há séculos antes que um homem realmente percebesse a queda. Aquele homem era Hari Seldon, o homem que representava a única faísca do esforço criativo deixado entre a decadência crescente. Ele desenvolveu e trouxe para o seu auge a ciência da psico-história ".

Seldon é um cientista e profeta que prevê a queda do Império. Ele estabelece sua Fundação em um canto remoto da galáxia, na esperança de construir uma nova civilização a partir das ruínas do antigo. O Império ataca a Fundação com todo o seu arsenal militar e tenta esmagá-la. Seldon usa uma religião (baseada no ilusionismo científico) para promover seus objetivos. Estes são rastreados pelo romance e suas seqüências através de um vasto leque de tempo. Na maior parte, suas previsões se realizam.

Seldon, como Bin Laden, transmite mensagens gravadas em vídeo para seus seguidores, gravadas com antecedência. Há também alguma semelhança na estratégia geopolítica. A visão de Seldon parece estranhamente com a maneira como Bin Laden concebeu sua campanha. "Psico-história" é o tratamento estatístico das ações de grandes populações nos períodos históricos - a ciência das turbas como Asimov a chama. "Hari Seldon traçou as tendências sociais e econômicas da época, avistou ao longo de curvas e previu a queda contínua e acelerada da civilização."

Assim, Bin Laden usou a Foundation como uma espécie de caixa de ressonância imaginativa para a criação da Al Qaeda? Talvez lendo o livro em sua juventude mimada e, mais tarde, vendo seu destino em termos da manipulação implacável das forças históricas? Será que ele percebeu muito mais cedo do que qualquer outra pessoa que a marcha da globalização proporcionaria oportunidades para aqueles que queriam despertar e explorar os despossuídos?

No jornal árabe al-Hayat, o intelectual muçulmano Yussuf Samahah coloca assim: "Qualquer um que acredite que suas" ideias "e o novo fenômeno [globalização] são contraditórios estaria equivocado, porque enquanto a globalização se une gradualmente o planeta está causando muitas reações introvertidas e revivalistas que usam as ferramentas que a globalização fornece para dar a impressão de que elas não estão apenas lutando contra elas, mas acabarão por derrotá-la ”. Usando algo como teoria dos jogos, Hari Seldon, de Asimov, trabalhou exatamente com esses princípios, levando em conta, ao longo do tempo, a dinâmica entre megatendências intergalácticas e reações locais a eles.

Se Bin Laden leu Asimov, quando foi? É claro que desde cedo ele consumiu produtos e mídia ocidentais, até que uma reversão fundamentalista ocorreu quando ele conheceu o pregador palestino Abdullah Azzam, que seria uma influência crucial.

Como diz o melhor biógrafo de Bin Laden, Yossef Bodansky, ele "começou a década de 1970 como muitos outros filhos ricos e bem relacionados - quebrando o estilo de vida muçulmano estrito na Arábia Saudita com viagens à cosmopolita Beirute. Enquanto cursava o segundo grau e a faculdade Osama visitou Beirute com freqüência, freqüentando boates, cassinos e bares. Ele era um bebedor e mulherengo, o que muitas vezes o levou a brigas de bar. "

Se Bin Laden realmente lesse Foundation, provavelmente teria sido nesses anos selvagens, quando ele estava imitando hábitos ocidentais. Talvez ele tenha lido uma versão em inglês, comprado em uma das livrarias de língua inglesa de Beirute ou durante uma viagem aos EUA ou Londres (onde comprou uma propriedade em Wembley).

Havia alguma ficção científica para ele ler em árabe? Uma pesquisa datada de 1972 até o presente do Index Translationem, o registro de livros traduzidos pela Unesco, revela uma quantidade razoável de ficção fantástica clássica em árabe: A Máquina do Tempo, O Homem Invisível, Vinte Mil Léguas Submarinas. Mas, no que diz respeito à ficção científica do século XX, uma pesquisa encontrou apenas dois exemplos claros: um livro do Kuwait de 1985 que coletava Pillar of Fire e The Fog Horn e a edição iraquiana de 1988 de The Mind Parasites, de Colin Wilson.

Talvez, diz Dennis Lien, da Universidade de Minnesota, que fez a busca, a lendária edição árabe da Fundação tenha sido publicada antes de 1972 e não tenha sido reimpressa desde então, mas passada de mão em mão. "Eu suponho que alguém poderia argumentar que desde que Asimov era judeu, pode ter se tornado politicamente incorreto no mundo islâmico reimprimir seus livros, mas o mesmo argumento se aplicaria contra eles serem impressos em grande parte, em primeiro lugar."

Na esteira do 11 de setembro, o espectro de outro romance de ficção científica, Duna de Frank Herbert, também foi levantado como uma possível influência na auto-mitologia de Bin Laden. Ele apresenta um homem misterioso cujos seguidores, filhos do deserto de língua árabe, vivem em cavernas e túneis. Eles se engajam em uma jihad religiosa contra uma civilização imperialista corrupta.

O caso de que a ficção científica, e em particular Asimov, poderia ter tido um efeito sobre Bin Laden, é fortalecido por seus melhores efeitos documentados sobre outras personalidades psicopatas. A seita japonesa Aum Shinrikyo - que lançou 11 pacotes de gás sarin mortal no metrô de Tóquio em 1995 - aparentemente também estava tentando construir uma comunidade de cientistas baseada nos membros da Fundação Asimov. "A bíblia de Aum foi, acredite ou não, a série Foundation de isaacasimov", diz David Kaplan, autor de O Culto no Fim do Mundo, um livro sobre a seita, ou "guilda", como se denominou.

Isso é feito por outros. De acordo com Yoichi Clark Shimatsu, ex-editor do Japan Times Weekly, "O propósito final da guilda, disse o ministro da ciência da seita Hideo Murai, antes de ser assassinado por um gângster coreano, é reconstruir a civilização após um cataclismo e combater poderosas instituições globalistas que estão provocando um apocalipse ".

Em 1995, após os ataques do metrô, uma carta codificada chegou à revista Takarajima 30. Acreditado ter sido de simpatizantes da Aum, dá uma ideia de quão seriamente os membros da seita levaram Asimov e a ficção científica de forma mais geral. A carta, que prometia um ataque à usina de reprocessamento nuclear de Tokaimura, incorporou sua ameaça em uma passagem de crítica literária.

Shimatsu explica: "A carta foi uma refutação a um ensaio de Susan Sontag em que ela alega que o gênero do filme de ficção científica é baseado no fascínio pela catástrofe na era da bomba. Em vez disso, o crítico afirma que ficção científica é realmente sobre sobreviver à catástrofe e, portanto, é otimista - e a chave para o gênero é o anseio por um senso de comunidade científica que se assemelhe às corporações de ofícios do passado.

"Um professor de literatura americana em uma das melhores universidades de Tóquio, especialista em ficção científica, reconheceu imediatamente a passagem como o trabalho do crítico literário Frederic Jameson. Foi obviamente selecionada como uma defesa do esforço da seita Aum para construir uma comunidade de cientistas." modelado após a série da fundação de Isaac Asimov. "

Uma pequena reação nuclear não planejada ocorreu na fábrica de Tokaimura em 1999, no mesmo ano em que o governo japonês reprimiu a seita. Houve outros incidentes menores. Todos são geralmente atribuídos a erros humanos, mas a Shimatsu acredita que eles podem estar ligados a uma segunda ala ressurgente da Aum que trabalha na indústria nuclear nas linhas Asimovianas. "Aum desfruta de um enorme número de seguidores dentro do establishment nuclear do Japão, que está repleto de crentes de seitas milenaristas. Outra pista está contida na obra-prima de Asimov. Depois que a Primeira Fundação visível foi esmagada pelo Império Galáctico, a Segunda Fundação invisível persistiu para conquistar o universal luta."

Não se pode culpar Asimov por alimentar as fantasias inchadas do assassino. É a última coisa que este pacifista comprometido ("a violência é o último refúgio dos incompetentes") teria desejado. Ele pode não ser o único famoso autor de ficção científica a ser adotado por lunáticos, de qualquer forma. Diz-se que o livro favorito do cultor assassino Charles Manson foi Stranger in a Strange Land, escrito pelo rival de Asimov para o futuro imaginativo Robert Heinlein.

Mais genericamente, o sub-gênero de ficção científica da ópera espacial oferece a possibilidade de uma expansão maciça da auto-mitificação da vontade de poder. Em um artigo de 1999 da New Yorker sobre impérios galácticos, Oliver Morton levou o filósofo francês Gaston Bachelard, autor de The Poetics of Space, para explicar tudo isso: "A imensidão é uma categoria filosófica de devaneio. Daydream, sem dúvida, se alimenta de todos os tipos de pontos turísticos, mas por meio de uma espécie de inclinação natural, contempla a grandeza, e essa contemplação produz uma atitude tão especial, um estado interior tão diferente de qualquer outro, que o devaneio transporta o sonhador para fora do mundo imediato para um mundo que tem a marca de infinidade." Um mundo, pode-se acrescentar, no qual derrubar as torres gêmeas com jatos de passageiros parece uma possibilidade que pode ser realizada.

Como um gênero, a ficção científica não pode reivindicar efeito vilão exclusivo. Outras figuras de extrema animosidade pública foram influenciadas por diferentes tipos de romances. Ted Kaczynski, o Unabomber, que detinha a ciência com desprezo, disse a sua família que havia lido O agente secreto de Conrad "cerca de uma dúzia de vezes" em sua cabana em Montana, e acredita-se que ele tenha se inspirado no anarquista de Conrad. Ele também se registrou sob o nome "Conrad" no hotel de Sacramento, do qual acredita ter enviado suas bombas.

Earth First !, a militante gangue ambiental dos EUA, pede inspiração no romance de 1975 de Edward Abbey, The Monkey-Wrench Gang, no qual as guerrilhas ecológicas sabotam barragens e pontes. O bombardeiro de Oklahoma, Timothy McVeigh, era fã do The Turner Diaries, de neonazista William Pierce, que conta sobre um grupo que explode a sede do FBI em Washington.

Como naquele mesmo prédio marrom de biscoitos no Federal Plaza, mais fotos de "Mais Procuradas" de Bin Laden estavam sendo divulgadas no dia 11 de setembro, a história de Asimov / Al Qaeda estava se espalhando. Houve uma peça no Ottawa Citizen. No Ansible, um dos mais populares sites de ficção científica, o famoso escritor de ficção científica China Miéville foi citado: "Um especialista no Oriente Médio me contou sobre um boato circulando sobre o nome da rede de Bin Laden. O termo al-Qaida parece não ter precedentes políticos em árabe e, portanto, tem sido uma espécie de enigma para os especialistas ... Por mais improvável que pareça, esta é a única teoria que qualquer pessoa pode apresentar. "

O especialista que Miéville estava se referindo é Fred Halliday, que leciona relações internacionais na LSE. Tentando definir a Al Qaeda, Halliday incluiu a conexão de Asimov como um aparte na seção "Palavras-chave" de Duas Horas que Agitou o Mundo, um livro sobre 11 de setembro: "O termo não tem antecedentes aparentes na história política islâmica ou árabe: as explicações vão desde uma região protegida durante a era comunista no Afeganistão, até uma alusão à empresa de construção da família Bin Laden, ao título de um romance de 1951 de Isaac Asimov que foi traduzido para o árabe como al-Qaeda. "

Muitos leitores do site original de Gusev discordaram totalmente de sua tese. "A história de Asimov depende de uma extrapolação secular da história humana baseada na matemática", diz John Jenkins, especialista no autor. "É uma idéia que faria um extremista muçulmano se encolher." Uma carta à mais importante revista britânica de ficção científica, Interzone, apontou que o título alemão das reflexões preparatórias de Karl Marx sobre o capital, Grundrisse, também pode ser traduzido como "base" ou "fundação".

A fantasia certamente foi um elemento em outras campanhas de terror, como na influência dos mitos celtas da nacionalidade no republicanismo irlandês. Fergal Keane trouxe uma citação de Yeats em sua contribuição para o livro de 9/11 da BBC O Dia que Agitou o Mundo: "O coração alimentou-se de fantasia, cresceu brutal da tarifa." O que Yeats estava indicando, diz Keane, "era o poder da mitologia na formação da consciência do terrorista". Para ser capaz de sustentar uma guerra selvagem, ele prosseguiu, "é necessário estreitar a mente, sujeitá-la a uma gama muito limitada de idéias e influências".

Isso parece cortar Asimov. Mas outras razões pelas quais a Al Qaeda pode ser assim chamada não são menos misteriosas. Afinal, os comunicados emitidos por Bin Laden e seus associados nunca usam o nome. Em vez disso, eles se referem a si mesmos como a "Frente Mundial Islâmica para a Jihad contra os judeus e os cruzados", o "Exército Islâmico para a Libertação dos Lugares Santos" e assim por diante.

O primeiro uso da Al Qaeda na mídia ocidental foi em 1996 em um relatório de jornal americano que a identificou como outro nome da Islamic Salvation Foundation, uma das instituições de caridade jihadistas de Bin Laden. O termo só entrou em uso geral após o bombardeio do grupo às embaixadas dos EUA na África Oriental em 1998, quando o FBI e a CIA o adotaram como uma organização guarda-chuva para vários projetos de Bin Laden e seus associados - muitos dos quais surgiram de idéias originalmente eclodida por Abdullah Azzam, que foi morto por um carro-bomba em Peshawar em 1989.

A rede cresceu exponencialmente. No momento em que Bin Laden foi expulso do Sudão em 1996, sua lista de jihadistas havia sido informatizada. Voando de volta ao Afeganistão em um avião de transporte C-130, dizem que ele teve com ele, junto com suas esposas e 150 simpatizantes, um laptop contendo os nomes dos milhares de combatentes e ativistas que o ajudariam a expandir ainda mais sua luta. contra o oeste. Esse qaida ma'lumat, essa "base de informações", parece uma fonte muito plausível do nome.

Saad al-Fagih, um dissidente saudita e ex-mujahideen afegãos, acha que o termo é usado em excesso: "Bem, eu realmente rio quando ouço o FBI falando sobre a Al Qaeda como uma organização de Bin Laden". A /al-qaidaera apenas um serviço para parentes dos jihadistas, disse ele, falando para o programa americano da PBS, Frontline. "Em 1988 ele [Bin Laden] notou que ele estava atrasado em sua documentação e não foi capaz de dar respostas a algumas famílias perguntando sobre seus entes queridos desaparecidos no Afeganistão. Ele decidiu tornar a questão muito mais organizada e organizada para documentação apropriada. "

Fascinante, a aclamada biografia de Bin Laden por Yossef Bodansky, diretor do Grupo de Trabalho do Congresso dos EUA sobre Terrorismo, dificilmente menciona o nome da Al Qaeda. Escrito antes de 11 de setembro, ele apenas enfatiza que a Al Qaeda é o nome errado: "Um monte de dinheiro está sendo gasto em uma rede em rápida expansão de instituições de caridade e serviços sociais islâmicos, incluindo a recentemente criticada Al Qaeda. A primeira instituição de caridade de Laden, a Al Qaeda, nunca representou mais do que uma estrutura de apoio a indivíduos que pensam da mesma maneira e às suas causas.No rescaldo dos atentados de 1998 em Nairobi e Dar-es-Salaam, a Al Qaeda foi retratada em o Ocidente como uma organização terrorista coesa, mas não é ".

Não há dúvida de que o nome ganhou destaque em parte porque a América precisava conceitualizar seu inimigo. Isto é certamente o que Bodansky pensa agora. "Depois do 11 de setembro", diz ele, "tanto os governos quanto a mídia no Ocidente tiveram que identificar uma entidade que deveríamos odiar e combater."

Rohan Gunaratna, pesquisador do centro para o estudo do terrorismo e da violência política na Universidade de St. Andrews, tem uma visão diferente. Em um importante livro recente sobre a Al Qaeda, ele argumenta que o nome veio da teoria política, citando o conceito da al-Qaeda al-Sulbah (a base sólida) formulada em um ensaio de Abdullah Azzam, o mentor intelectual de Bin Laden. A base sólida forneceu uma plataforma, escreve Gunaratna, para o "único propósito de criar sociedades fundadas nos mais rígidos princípios islâmicos".

A Al-Qaeda al-Sulbah mistura um tipo de vanguardismo revolucionário, emprestado da filosofia política européia, com o martírio islâmico: é a vanguarda pioneira que deve, segundo a frase de Azzam, após "um longo período de treinamento e incubação", estar preparada para "pular" Dentro do fogo". E pode haver outro empréstimo: o ensaio não se parece tanto com os planos de Hari Seldon para sua fundação. Talvez tenha sido Azzam, afinal, quem leu Asimov.

· Zanzibar, romance de Giles Foden sobre os atentados às embaixadas de 1998, é publicado pela Faber em £ 14,99 em 2 de setembro




26 de set. de 2018

E o Lula preso


.


ELEIÇÕES 2018

Ministro do STF diz que eleições impedem reanálise da prisão em segunda instância




BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello disse nesta segunda-feira (24) em palestra para delegados da Polícia Federal, em Brasília, que as eleições deste ano não tornam "conveniente" o julgamento de uma ação judicial que poderia, como efeito em cascata, implicar na soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"A reanálise dessa matéria ocorrerá em 2019 porque avizinhando-se, como se avizinham as eleições, não é conveniente que isso ocorra no momento presente", disse o ministro, que é relator de duas ações diretas de constitucionalidade que poderão mudar o entendimento hoje vigente no STF sobre a autorização para cumprimento de prisões a partir de decisão de segunda instância.

O entendimento, firmado em 2016, permitiu a prisão do ex-presidente Lula.

Leia artigo completo: https://br.noticias.yahoo.com/ministro-stf-diz















Não é só o resultado da eleição para presidente que nos preocupa. O presidente eleito encontrará um Congresso com os mesmos vícios já ontem identificados. Tudo foi feito para afastar o Partidos dos Trabalhadores, mas nada foi feito para aprimorar a ética moral na politica brasileira. Pior, o fundo eleitoral foi armado de jeito que favorece a manutenção da maioria dos deputados e senadores que hoje já estão lá. Isto quer dizer que o próximo presidente terá que gastar dinheiro para comprar deputados e senadores, ou nada andará no Congresso. Quem garante que empresários não continuaram comprando políticos para conseguirem vantagens se o processo licitatário e os Tribunais de Contas nem mereceram uma reflexão?

Não podemos acreditar que irão soltar o Lula após as eleições. Não dá para acreditar. Caso aconteça, alguém de lá terá que ser preso. Obvio. Mais será?

23 de set. de 2018

Jornal CLARIM - Desterro - 1886


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Anno I       Desterro,    Quinta-feira,   9 de Dezembro de 1886       N. 13         
C L A R I M  

Orgam de interesses da provincia, litterario e noticioso
DIRECÇÃO DE FRANCISCO MARGARIDA
REDACTORES DIVERSOS
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Echos de toda a parte
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Dous condennados são conduzidos á prisão celular.
O director, muito attencioso diz-
lhe, cheio de solicitude pelos seus novos hospedes:
- Farei porque vivam aqui o me-
lhor possivel: podem escolher a oc-
cupação que mais lhes agradar. Di-
gam o que preferem.
- Eu, diz o primeiro, desejo ser 
pastor, por exemplo.
- E eu, accrecenta o outro, pre-
firo ser caixeiro viajante.

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22 de set. de 2018

Milhares tomam as ruas de Recife para ver Haddad e Manuela


Leia matéria completa:



Com surpresas e confirmações, esta entrevista mostra claramente o pensamento do vice de Bolsonaro, General Mourão


Não tenho como avaliar a estrategia do núcleo de jornalismo da Globo para esta entrevista.  O general mostrou disciplina e competência ao tratar sobre assuntos militares e, a meu ver,  frieza e retórica, ao tratar de liberdades democráticas. Quanto aos jornalistas, me pareceu acuados, não por incompetência, mas por representarem uma empresa constantemente acusada de lesar o pais.

Em alguns momentos fiquei bastante ansioso e gostaria de fazer algumas perguntas ao general.

Sobre a relação com o Congresso Nacional: 

-"Caso o congresso não aceite as propostas de Bolsonaro, considerando ser medidas absurdas, e daí para frente  iniciando uma discussão que vislumbre um processo de impeachment, mesmo que absurdo, qual seria a reação do governo?"






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Hoje é sábado e se ganho na Mega Sena, amanhã ia morar naquele lugar escolhido pelo diretor Cacá Diegues, para encerar o filme "Deus é brasileiro"



Ricardo Prieto Parra e Carlos Varón García, dois membros do Corpo de Bombeiros do Estado de Mérida, na região andina da Venezuela, foram presos, acusados de "instigação ao ódio", e podem pegar pena de até 20 anos de prisão. O motivo: ter gravado um vídeo em que chamam o presidente Nicolás Maduro de “burro”. Durante a gravação, eles tratam o animal, que está dentro de uma casa no campo, como presidente. O vídeo que satiriza a imagem do presidente da Venezuela se tornou viral e tem sido alvo de numerosos comentários.


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Jumento está entre os premiados como
"prefeito nota 10 do Brasil"

Ministério público pode investigará compra de premiações por gestores, vereadores e secretários
05/08/2018 - 23h24minAtualizada em 05/08/2018 - 23h48min



Empresa União Brasileira de Divulgação (UBD), de Pernambuco, vendeu diploma a um jumento, o “Precioso”, de Paulista (PE)

Giovani Grizotti / Agencia RBS


Um vergonhoso comércio de diplomas de mérito para vereadores, prefeitos e secretários municipais será investigado pelo Ministério Público (MP) após o Fantástico, da TV Globo, denunciar neste domingo (5) que políticos usam recursos públicos, por meio de diárias, para receber premiações. Para demonstrar a falta de critérios na concessão desse tipo de reconhecimento, a reportagem incluiu um jumento entre os “prefeitos nota 10 do Brasil”.

Gestores que não prestam serviços reais nas suas comunidades compram premiações à institutos de péssima reputação profissional com o único objetivo de apresentar notícias falsas geradas pela repercussão das premiações, especialmente em blogs e redes sociais, o que pode, inclusive, influenciar positivamente na imagem do prefeito que se encontram desgastados politicamente e administrativamente.

Precioso, então, foi convidado a receber a medalha de mérito e o diploma Gestor Nota 10 em outro encontro, desta vez em um hotel de Recife (PE). Ele teria sido aprovado em saúde, infraestrutura, educação, assistência social e transparência pública. Convidado pelo repórter a entregar o diploma no lado de fora do hotel, o instituto deparou com o jumento. Questionado se sentia vergonha em conceder um diploma ao animal, disse:


— Não, porque esse aqui carregou Jesus Cristo, ou não?

Confira : https://www.google.com. (Pesquise por  "Precioso" Gestor nata 10)



21 de set. de 2018

TSE confirma verba de R$ 2,5 bi para partidos financiarem campanhas

A confirmação foi feita após consulta do deputado Augusto Carvalho 

Publicado em 03/05/2018 - 14:17 Por Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil Brasília


O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou hoje (3) que os partidos terão ao menos R$ 2,5 bilhões para o financiamento de campanhas nas eleições deste ano. A confirmação foi feita após consulta do deputado federal Augusto Carvalho (SD-DF).

O parlamentar perguntou ao TSE se haveria desvio de finalidade ou abuso de poder econômico se uma legenda utilizasse verbas do Fundo Partidário para financiar as campanhas de seus candidatos, mesmo após o Congresso ter criado, no ano passado, um Fundo Eleitoral no valor de R$ 1,7 bilhão para financiar as candidaturas.

O relator da consulta, ministro Tarcísio Vieira, respondeu que “ressalvado o controle quanto ao emprego desse numerário na prestação de contas”, o uso do Fundo Partidário para financiar as eleições “não caracteriza desvio de finalidade nem abuso do poder econômico”.

O orçamento aprovado para o Fundo Partidário neste ano é de R$ 888,7 milhões, cuja distribuição é proporcional ao tamanho da bancada de cada legenda na Câmara dos Deputados. O dinheiro é utilizado para o custeio dos partidos políticos, que devem aplicar ao menos 20% dos recursos para a manutenção de suas fundações e outros 5% para fomentar a participação das mulheres na política.

O uso do Fundo Partidário foi permitido em pleitos anteriores e já estava previsto em uma resolução aprovada no ano passado no TSE, mas Tarcísio Vieira resolveu responder à consulta por achar que a questão merecia “maior explicitação”.

Em seu voto, o ministro descreveu ainda como “dramática” a situação dos partidos após a proibição das doações para campanhas por pessoas jurídicas. Ele lembrou que nas últimas campanhas presidenciais foram utilizados mais de R$ 7 bilhões pelos candidatos, sendo que 95% dos recursos eram oriundos de empresas, e apenas 3% do Fundo Partidário e 2% de pessoas físicas.

Os demais ministros referendaram a resposta do relator. “Havia o financiamento privado, que foi visto como uma técnica muito deletéria, que contaminou o meio político, houve uma cooptação do poder político pelo poder econômico e agora o fundo eleitoral vem suprir isso. À época se tinha fundo partidário mais financiamento privado. Agora tem fundo partidário mais financiamento público”, disse o ministro Luiz Fux, presidente do TSE.