Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

9 de fev. de 2019

MORO no BRASIL 2019



Um deputado deixando o país 
por ameaças de morte. 
o cidadão que, 
incrivelmente, 
foi eleito presidente deste mesmo país, 
comemora o fato ao invés de se indignar com ele e garantir a segurança do parlamentar.


5 de fev. de 2019

Empregado revoltado com o patrão - Ricardo Vélez (ministro)

















Um cara lá da terra da cocaína, 
chega aqui e  após ganhar um belo 
emprego público - Ministro da educação  - 
abre a boca e arrebenta com a 
reputação de brasileiros  como: Sergio Moro, 
Fernando Henrique Cardoso, Celso de Melo, 
Luiz Fux, Cármen Lúcia, Raquel Dodge...


Se esse cara tem rasão, coragem já mostrou, com certeza está falando mesmo é sobre a turma de  “coxinhas” brasileiros, que viajam e se hospedam em hotéis pelo mundo. São poucos.





Humor






4 de fev. de 2019

O Festival da Primavera da Índia



Holi

Um festival baseado nos fundamentos da solenidade, ainda identificado como o mais livre e animado dentre todos os festivais do mundo; onde as pessoas perdem suas inibições e aprendem as verdadeiras cores da humanidade enquanto se entregam a ela. Holi - o festival das cores - é, sem dúvida, o festival mais divertido da
nossa cultura. Uma ocasião que traz alegria e alegria sem adultera-ção, diversão e diversão, música e dança e, claro, muitas CORES!


Também conhecido como Holikotsav, é um festival extremamente popular, observado em todo o país. É especialmente marcado pela alegria não misturada e é comum a todos os setores da sociedade. Holi é também uma época em que as restrições sociais são relaxadas, quando os empregadores se agrupam com subordinados e quando pessoas de diferentes classes socioeconômicas se misturam. Isso é notável para uma sociedade que supostamente vive sob a sombra do sistema de castas. Doces, flores e pacotes de cores são presentes comuns.

O Festival da Primavera da Índia, Holi - é o festival do triunfo do bem sobre o mal, o tema universal de todas as lendas pauranik indianas. O festival é comemorado no dia da lua cheia de Phalgun (março ou abril) de acordo com o calendário hindu, embora se
estenda por uma semana no norte da Índia e por seis dias em Manipur. Foi concebido para acolher a primavera e ganhar as bênçãos de Deus para a boa colheita e fertilidade da terra. O festival encontra suas origens de volta a Satyug; os tempos de Bhakt Prahlad, que era um devoto seguidor de Bhagwan Vishnu. Mas com o tempo, o festival é mais afiliado para significar o amor imortal de Krishn e Radha, motivo de sua assinatura exuberância que vemos hoje.




2 de fev. de 2019

Leda e o Cisne - Amores dos Deuses



Cornelis Bos 
Flamengo, ca. 1510 - antes de 1566 
depois de Michelangelo Buonarroti, 1475-1564 
Leda e o cisne , depois de 1537 Presente de Gravura de George C. Kenney II e Olga Kitsakos-Kenney


Em sua busca ao longo da vida para adquirir todas as coisas em italiano, François sempre buscou atrair as maiores luzes da pintura italiana - incluindo Leonardo, Andrea del Sarto e Michelangelo - para sua corte. Enquanto ele conseguiu convencer o idoso Leonardo a entrar em serviço em 1516 e, ao fazê-lo, obteve a Mona Lisa para a França, a jornada transalpina foi difícil e perigosa, e nem Andrea del Sarto nem o notoriamente supercomprometido Michelangelo aceitaram O convite de François.

No entanto, um raro painel de pintura de Leda and the Swan, de Michelangelo, chegou à França na posse do pupilo de Michelangelo, Antonio Mini, que parece tê-lo vendido a François. Entrou na coleção real em Fontainebleau no início da década de 1530, e o pintor da corte de François, Rosso Fiorentino, até pintou uma cópia dela. A pintura foi perdida desde então. Esta gravura, gravada e publicada pelo artista flamengo Cornelis Bos, é o único registro da pintura concluída de Michelangelo. Bos, cujas primeiras gravuras datam de 1537, deve ter visto o trabalho em Fontainebleau durante uma viagem para a França em algum momento após essa data.

A história de Leda vem de Metamorfoses de Ovídio e fala de uma donzela mortal que foi seduzida por Júpiter na forma de um cisne. Como tal, a imagem pertence ao tema dos Amores dos Deuses. François parece ter ficado particularmente intrigado com a ideia de um governante poderoso feito tolo o suficiente pelo desejo excessivo e apaixonado de se transformar em um animal, e ele adornou sua esplêndida galeria em Fontainebleau com afrescos de vários deuses em buscas amorosas semelhantes. Os contemporâneos apreciavam o erotismo da cena, enquanto se beneficiavam de uma lição moral.





26 de jan. de 2019

Heitor Villa-Lobos "Suite Popular Brasileña" (Completa) Pablo De Giusto




Todos em Davos



Enquanto o papagaio de pirata cumpre o seu papel...


o magnata gari vende São Paulo como nação...


e o cérebro em abano se mostra surpreso,

o povo brasileiro se afoga em lamas.


Na televisão, a melhor do mundo como gostam de falar por aqui, a ladainha é a mesma que ouvimos em outras catástrofes - E já são muitas - Todos dando opiniões - Uma enxorada de opiniões. Técnicos disso ou daquilo aparecem representando tudo quanto é Órgão público ou instituição civil que ninguém sequer sabe que existe. O que eles faziam até então se tudo isso acontece frequentemente? Jornalista nenhum pergunta para eles. Nenhum jornalista chama para a responsabilidade diretamente dos governos, sejam municipais, estaduais ou federal.. Morar em um pais onde se vende um patrimônio público porque os homens públicos são ladrões e roubam o próprio patrimônio é triste, e é como me sinto em meu próprio pais. Não educamos e por isso não punimos. Um conceito estratégico(?). Bagunça a nação, mas beneficia, e muito, a quem tem acesso ao poder: As famílias tradicionais. Ao privatizar os bens públicos, entregando-os aos empresários famintos sem nenhum escrúpulo, na macabra esperança de acontecer, vemos agirem com a mesma esperteza de qualquer gestor público tupiniquim. O momento mundial é de se fechar e se organizar para se fortalecer e enfrentar as 'paradas bravas que o mundo mercantil nos prepara'. Não é hora, Ô MESSIAS! de abrir as pernas frente a estupradores. Posar de Carmem Miranda, genial! Mas deixa isso para os artista. Se apresente como um líder Governante, mesmo que no apagar das luzes, acabe mesmo é levando a lâmpada.




Associação de Criadores de Pardais



Araçatuba tem um lugar chamado Zoológico Municipal Flávio Leite Ribeiro. O seu patrono era um advogado que criava leões em sua propriedade, naquela época em que podia tudo.

O então prefeito Sílvio José Venturolli criou o zoológico numa canetada, pois na época em que podia tudo, nem havia normas para se criar a prisão dos animais. Aí, o Dr. Flávio deu os leões (e mais alguns bichos) para o município que, na verdade, foi um presente de grego. Haja carne! Mas naquela época em que podia, jogavam-se gatos e cachorros nas jaulas. 

No folclore político recente, o ex-prefeito Cido Sério nomeou um sujeito diferente para chefiar o zoológico; o cara era vegetariano. Quase matou os leões de fome, pois ele só dava alface para as feras.

Voltando ao passado remoto. Aí foram se juntando os animais no espaço meio urbano, meio rural que foi doado por Dona Ida. Até circo andou largando animais por lá, mas na verdade os animais predominantes atualmente são os remanescentes de nossa fauna: macacos, quatis, antas, araras.



Os mais velhos chamam aquele espaço de “Bosque”, que era o seu nome inicial, mas o costume é chamá-lo de zoológico. Nos meios oficiais, técnicos, é um parque com animais remanescentes de nossa fauna. Os exóticos foram morrendo...

Mas as escolas particulares de Araçatuba não gostam do Zoológico Municipal, lazer de pobres. Elas fazem excursão com seus alunos para o Zoológico de Bauru que cobra ingresso, tem animais de várias espécies e é bem mais maquiado.

Não gosto de animais presos, por isso sou presidente da Associação de Criadores de Pardais. Ninguém cria tal espécie em gaiolas. Os passarinhos soltos enfrentam o veneno do agronegócio, que é um problemão, mas é melhor morrer livre. 

Vou dar uma sugestão a quem gosta de visitar zoológicos (ou levar alunos), que levem os animais para visitarem as prisões de gente (cadeias) num passeio dominical. Essas superlotadas. Os bichos vão perceber que recebem um tratamento diferenciado, de cinco estrelas.

*Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP

BALAIO PORRETA 1986



/UM CONDENADO À MORTE\
Barão de Itararé
(1955)

O juiz aproxima-se do condenado à morte e pergunta-lhe
qual a sua última vontade.

- Ah, senhor juiz. É ver os meus netos.

- Como? Pelo que estou informado, o senhor não é casado,
nem tem filhos.

E o réu, calmamente:

- Está claro que não, mas posso procurar uma noiva, casar-me, ter filhos e ver os meus netos.
 Agora, se o senhor deseja criar dificuldades, é outra coisa.


Tamanho não é documento


Para cantar na noite
não importa o tamanho.

Cortaram-me as asas
 e a garganta. Nada esperem
 de mim: sou um
 pássaro impossível.

Detalhes de um mundo direito


Razão da paralisação: Os pobres

A paralisação do governo dos Estados Unidos, que já dura 35 dias, custou cerca de US$ 6 bilhões para a economia do país. A estimativa é da agência S&P (Standard & Poor’s). O valor é maior do que os US$ 5,7 bilhões pedidos pelo presidente Donald Trump para a construção do muro na fronteira com o México.


Enganam o povo porque vale a pena


Roger J. Stone Jr., consultor e ex-marqueteiro direto de Donald Trump, foi preso na manhã desta 6ª (25.jan.2019) e liberado logo em seguida após pagamento de fiança no valor de US$ 250.000. Ele é acusado de 7 crimes


24 de jan. de 2019

Quem fica e quem vai com Deus está nas mãos de milicianos?


"Grande dia!" - 
"Vá com Deus e seja feliz!". 
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Com medo de ameaças, Jean Wyllys,
do PSOL, desiste de mandato e
deixa o Brasil


'Quero cuidar de mim e me manter vivo', afirma deputado federal eleito pelo Rio


Carlos Juliano Barro

SÃO PAULO
Eleito pela terceira vez consecutiva deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro, Jean Wyllys vai abrir mão do novo mandato.

Em entrevista exclusiva à Folha, o parlamentar —eleito com 24.295 votos e que está fora do país, de férias— revelou que não pretende voltar ao Brasil e que vai se dedicar à carreira acadêmica.

O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, confirmou que a vaga de Wyllys deve ser ocupada pelo suplente David Miranda (PSOL-RJ), que atualmente é vereador no Rio de Janeiro.

Deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), que disse que vai desistir de assumir o mandato - Divulgação














Desde o assassinato da sua correligionária Marielle Franco, em março do ano passado, Wyllys vive sob escolta policial. Com a intensificação das ameaças de morte, comuns mesmo antes da morte da vereadora carioca, o deputado tomou a decisão de abandonar a vida pública.

"O [ex-presidente do Uruguai] Pepe Mujica, quando soube que eu estava ameaçado de morte, falou para mim: 'Rapaz, se cuide. Os mártires não são heróis'. E é isso: eu não quero me sacrificar", justifica.

De acordo com Wyllys, também pesaram em sua resolução de deixar o país as recentes informações de que familiares de um ex-PM suspeito de chefiar milícia investigada pela morte de Marielle trabalharam para o senador eleito Flávio Bolsonaro durante seu mandato como deputado estadual pelo Rio de Janeiro.

"Me apavora saber que o filho do presidente contratou no seu gabinete a esposa e a mãe do sicário", afirma Wyllys. "O presidente que sempre me difamou, que sempre me insultou de maneira aberta, que sempre utilizou de homofobia contra mim. Esse ambiente não é seguro para mim", acrescenta.

Após a divulgação de que Wyllys decidiu abrir mão de seu mandato, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho de Jair Bolsonaro, escreveu no Twitter: "Vá com Deus e seja feliz!". O presidente, após dizer que estava retornando ao Brasil após a semana em Davos, na Suíça, postou em rede social a mensagem "Grande dia!", mas sem detalhar a que se referia.


Muitos internautas interpretaram a mensagem como uma referência a  Wyllys. O suplente David Miranda escreveu: "Respeite o Jean, Jair, e segura sua empolgação. Sai um LGBT mas entra outro, e que vem do Jacarezinho. Outro que em 2 anos aprovou mais projetos que você em 28. Nos vemos em Brasília".  

 Preservar a vida ameaçada é também uma estratégia da luta por
 dias melhores. Fizemos muito pelo bem comum. E faremos muito
 mais quando chegar o novo tempo, não importa que façamos
 por outros meios! Obrigado a todas e todos vocês, de todo coração. Axé!


19,8 mil
15:38 - 24 de jan de 2019
10 mil pessoas estão falando sobre isso

Primeiro parlamentar assumidamente gay a encampar a agenda LGBT no Congresso Nacional, Wyllys se tornou um dos principais alvos de grupos conservadores, principalmente nas redes sociais. Ele também se diz "quebrado por dentro" em virtude de fake news disseminadas a seu respeito, mesmo tendo vencido pelo menos cinco processos por injúria, calúnia e difamação.

"A pena imposta, por exemplo, ao Alexandre Frota não repara o dano que ele produziu ao atribuir a mim um elogio da pedofilia. Eu vi minha reputação ser destruída por mentiras e eu, impotente, sem poder fazer nada. Isso se estendendo à minha família. As pessoas não têm ideia do que é ser alvo disso", afirmou Wyllys.

Deputado federal eleito pelo PSL de São Paulo, Frota foi condenado em primeira instância na Justiça Federal, em dezembro do ano passado, a pagar uma indenização de R$ 295 mil por postar uma foto de Jean Wyllys acompanhada de uma declaração falsa: "A pedofilia é uma prática normal em diversas espécies de animal, anormal é o seu preconceito".


Wyllys se ressente, sobretudo, da falta de liberdade no Brasil. "Como é que eu vou viver quatro anos da minha vida dentro de um carro blindado e sob escolta? Quatro anos da minha vida não podendo frequentar os lugares que eu frequento?", questiona.

Também avisa que vai se desconectar das redes sociais temporariamente e que não pretende acompanhar a repercussão do seu anúncio.

"Essa não foi uma decisão fácil e implicou em muita dor, pois estou com isso também abrindo mão da proximidade da minha família, dos meus amigos queridos e das pessoas que gostam de mim e me queriam por perto", explica.

Sobre o futuro, ele ainda não tem planos definidos. "Eu acho que vou até dizer que vou para Cuba", ironiza.


 *

Quando você decidiu abrir mão do mandato?
Eu já vinha pensando em abrir mão da vida pública desde que passei a viver sob escolta, quando aconteceu a execução da Marielle. Antes disso, havia ameaças de morte contra mim e, curiosamente, não havia contra ela. Nunca achei que as ameaças de morte contra mim pudessem acontecer de fato. Então, nunca solicitei escolta.

Mas, quando rolou a execução da Marielle, tive noção da gravidade. Além dessas ameaças de morte que vêm desses grupos de sicários, de assassinos de aluguel ligados a milícias, havia uma outra possibilidade: o atentado praticado por pessoas fanáticas religiosas que acreditavam na difamação sistemática que foi feita contra mim.


Você chegou a ser agredido?
Além dos xingamentos, tinha gente que me empurrava, mesmo com a presença dos seguranças ao meu lado. E a coisa foi se agravando por causa da campanha baseada em fake news. Eu não era candidato à Presidência da República, mas a principal fake news me envolvia —o kit gay. Foi uma fake news produzida em 2011 e atribuída a mim.

No dia em que ocorreu o eclipse lunar [27/07], aquele em que a Lua ficou vermelha, eu não podia descer porque eu estava ameaçado. Só podia descer com a escolta, e a escolta não estava lá. Uma coisa simples, um fenômeno no céu que eu não podia ver.

Nesse dia, tive uma crise de choro e falei: "Eu vou largar tudo". Não posso estar no meu país e não poder descer para ver um eclipse lunar sem ser insultado por pessoas que acham que sou pedófilo, que quero homossexualizar crianças.

Você cogitou a ideia de não se candidatar?
Não cheguei a pensar nisso porque estava no fluxo do trabalho. E não era uma questão só minha, envolvia o partido. Mas, quando já era candidato, pensei em abandonar a candidatura. Aí, durante a eleição aconteceu o atentado contra o presidente, esse atentado que está por ser explicado ainda, e isso atiçou ainda mais a violência contra mim nos espaços públicos.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) emitiu uma medida cautelar logo depois da eleição. O documento é claríssimo: é baseado em todas as denúncias que nós fizemos à Polícia Federal, no fato de que a Polícia Federal não avançou nas investigações sobre as ameaças contra mim. No fato de que a proteção era pífia.

A OEA deu um prazo para o Estado responder quais eram as providências que estava tomando em relação à minha proteção. A resposta foi a mais absurda possível.

O Estado não reconheceu que havia uma violência homofóbica no Brasil. Isso com quatro pessoas LGBTs ou mais tendo sido mortas durante o processo eleitoral, com o Moa do Katendê tendo sido assassinado na Bahia por causa do ambiente de violência política que se estabeleceu no Brasil.

A resposta do Estado à OEA foi dizer que eu estava seguro, tanto é que eu participei das eleições. É uma piada. Eu não via a hora de sair de férias porque queria sair do país. Porque estava me sentindo inseguro, mesmo com a escolta me acompanhando. Quando saí de férias, experimentei de novo uma vida em liberdade. Aí, tomei a decisão de não voltar.

Você se firmou como um dos principais adversários de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, a ponto de ter cuspido na cara dele durante a votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. A eleição de Bolsonaro contribuiu para sua decisão de não assumir o novo mandato?
Não foi a eleição dele em si. Foi o nível de violência que aumentou após a eleição dele. Para se ter uma ideia, uma travesti teve o coração arrancado agora há pouco. E o cara [o assassino] botou uma imagem de uma santa no lugar.

Numa única semana, três casais de lésbicas foram atacados. Um deles foi executado. A violência contra LGBTs no Brasil tem crescido assustadoramente.

O [ex-presidente do Uruguai] Pepe Mujica, quando soube que eu estava ameaçado de morte, falou para mim: "Rapaz, se cuide. Os mártires não são heróis". E é isso: eu não quero me sacrificar.

A violência contra mim foi banalizada de tal maneira que Marilia Castro Neves, desembargadora do Rio de Janeiro, sugeriu a minha execução num grupo de magistrados no Facebook. Ela disse que era a favor de uma execução profilática, mas que eu não valeria a bala que me mataria e o pano que limparia a lambança.

Na sequência, um dos magistrados falou que eu gostaria de ser executado de costas. E ela respondeu: "Não, porque a bala é fina".

Veja a violência com homofobia dita por uma desembargadora do Rio de Janeiro. Como é que posso imaginar que vou estar seguro neste estado que eu represento, pelo qual me elegi?

Você é o principal porta-voz do movimento LGBT no Congresso. Num momento em que o debate em torno dessas pautas tende a se acirrar, como você se sente abrindo mão do mandato?
Para o futuro dessa causa, eu preciso estar vivo. Eu não quero ser mártir. Eu quero viver. Acho que essa violência política que se instalou no nosso país vai passar. Pode ser que no futuro eu retome isso, mas eu nem penso em retomar porque há tantas maneiras de lutar por essa causa que não passam pelo espaço da institucionalidade.

Você foi um dos primeiros políticos a usar intensamente a internet. Como você enxerga a atual atmosfera das redes sociais?
A diferença é que eu usava a internet para dar transparência ao meu trabalho, para ampliar os canais de comunicação e de democracia direta com a população. Nunca usei a internet para difamar ninguém, para caluniar ninguém.

Essa é a diferença para essas novas estrelas das redes sociais. Elas usam as redes sociais para a divulgação de fake news.

Há uma bancada inteira eleita com base em mentiras, inclusive contra mim. Eu venci processos contra umas cinco pessoas que me caluniaram. Só que esses processos não reparam o dano que isso causou na minha vida e na vida da minha família.

A pena imposta, por exemplo, ao Alexandre Frota não repara o dano que ele produziu ao atribuir a mim um elogio da pedofilia. Eu vi minha reputação ser destruída por mentiras e eu, impotente, sem poder fazer nada. Isso se estendendo à minha família. As pessoas não têm ideia do que é ser alvo disso.

Quais são seus planos? Para onde você vai?
Eu não vou falar onde estou. Eu acho que vou até dizer que vou para Cuba [ironiza]. Eu sou professor, dou aula. Eu escrevo, tenho um livro para terminar. Eu vou recompor minha vida. Eu vou estudar, quero fazer um doutorado.

Vou escolher um lugar onde eu possa fazer meu doutorado, que eu não pude fazer durante esses anos. Vou tocar minha vida dessa outra maneira.

Quando eu estiver refeito, quando eu achar que é a hora, eu volto, não necessariamente para esse lugar da representação política parlamentar, mas para a defesa da causa —isso eu nunca vou deixar de fazer.

Qual foi a reação do seu partido, o PSOL?
O partido reconhece que de fato eu sou um alvo e me deu apoio na minha decisão de não voltar. Reconhece que são graves as ameaças contra mim, que eu corro risco, que há uma vulnerabilidade maior pelo fato de eu ser identificado com a causa LGBT. Lamenta, claro, mas apoia minha decisão.

Você acha que a defesa muito enfática que você fez do mandato de Dilma Rousseff, e sobretudo do ex-presidente Lula, contribuiu para que esse clima de animosidade contra você crescesse?
Acho que sim. Acho que tudo acabou se misturando e eu fui convertido em um inimigo público para essas pessoas. Havia quem fizesse ameaça por conta desse ódio antipetista e havia quem quisesse me calar de fato. Tudo isso se misturou.

O PSOL reconhece essa vulnerabilidade. Mesmo os meus eleitores compreenderão isso. Milhares de pessoas não foram às ruas para protestar contra a execução da Marielle Franco à toa. Elas foram porque ficaram indignadas com a execução de uma mulher honesta, digna, uma parlamentar com um futuro brilhante que foi executada por uma rajada de metralhadora, parte dos tiros na cara dela.

Eu não quero ter esse fim. E para não ter esse fim eu não volto e não vou assumir o mandato. Não estou renunciando a nada porque sequer investi no mandato.

Você se arrepende de algo nesses oito anos como deputado federal?
Não me arrependo de nada. Eu acho que dei uma bela contribuição, que pode não ser reconhecida agora por causa das fake news, dos ataques e das mentiras, mas o espelho retrovisor pode mostrar de maneira clara como eu estive do lado certo o tempo inteiro.

A conquista do casamento civil igualitário foi uma conquista que dependeu muito da minha luta. Tenho muito orgulho do que fiz. Durante esses oito anos, enfrentei tudo isso com muita dignidade. Mas sou humano e cheguei ao meu limite.

E me apavora saber que o filho do presidente contratou no seu gabinete a esposa e a mãe do sicário [ex-PM suspeito de chefiar milícia que é investigada no caso Marielle]. O presidente que sempre me difamou, que sempre me insultou de maneira aberta, que sempre utilizou de homofobia contra mim. Esse ambiente não é seguro para mim.

Qual é sua expectativa para o governo Jair Bolsonaro e qual deve ser o papel da oposição nos próximos quatro anos?
Não tenho nenhuma expectativa positiva em relação a esse governo. O nível de violência contra as minorias aumentou drasticamente desde que esse sujeito foi eleito. As suas relações pouco republicanas já vieram à tona —dele e de seus filhos. Então, não tenho boas expectativas.

A política econômica também não desenha um bom horizonte. O choque do neoliberalismo em um país desigual como o nosso não será bom. E acho que o Ministro da Justiça [Sergio Moro] deve no mínimo prestar algum tipo de satisfação à população. Então, minhas perspectivas não são as melhores.


E acho que a saída para as esquerdas é a união. Mas, sinceramente, eu não quero mais opinar sobre isso porque estou abrindo mão do mandato justamente para não ter mais que opinar neste momento sobre essa questão. Quero cuidar de mim e me manter vivo.


Fonte: Correio Braziliense >>Link: https://t.co/Xy6SyDNXDy

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absurdos 



humor político



Milícia no planalto central



Além das denúncias no relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), na manhã desta terça-feira,22, ocorreu uma operação do Ministério Público e da Polícia Civil do Rio de Janeiro que prendeu cinco suspeitos de integrar uma milícia que age em grilagem de terras e procura por mais oito envolvidas no esquema. Entre elas, está o ex-capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, filho e esposo de duas mulheres que foram funcionárias de Flávio na Alerj.
























Em junho de 2016, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho de Jair, postou uma foto com marmanjos armados. Ao fundo, a bandeira de uma cobra sobre os dizeres “Don’t tread on me” (“Não pise em mim”).

Ele explicou que “essa expressão nasceu nos tempos das 13 colônias americanas,
 Supremacista branco sob a bandeira
 confederada e a de Gadsden
representadas por uma cobra dividida”.

O desenho foi criado por Christopher Gadsden, um soldado da Carolina do Sul, durante a guerra da independência dos EUA.

A bandeira de Gadsden acabou adotada pela Ku Klux Klan, depois pelo extremista Tea Party e finalmente por supremacistas brancos.

Em 2014, um casal de fanáticos da supremacia branca matou dois policiais em uma emboscada em Las Vegas e deixou sobre os corpos uma suástica e a imagem amarela da serpente com a frase “Don’t Tread on Me”.

 
No ano passado, houve uma discussão sobre a possibilidade de banir o símbolo por seu caráter racista.

Você pode sempre argumentar que Eduardo Bolsonaro não sabia de nada disso.