27 de jan. de 2023
20 de jan. de 2023
- Vice - > Por LUIZ FELIPE DE ALENCASTRO - A serrote 29 (Tweet )
Luiz Felipe de Alencastro(1946) é professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas e professor emérito da Sorbonne. Historiador e cientista político, é autor de O trato dos viventes: Formação do Brasil no Atlântico Sul, séculos XVI e XVII (Companhia das Letras, 2000).
15 de jan. de 2023
CULTURA
As providências do Iphan para restaurar os danos causados pelas invasões golpistas
O relatório preliminar do instituto, divulgado nesta quinta 12, sugere a criação de uma comissão externa para recuperar as obras.
POR CAMILA DA SILVA..*A ministra da Cultura, Margareth Menezes, juntamente com Leandro Grass, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, anunciaram nesta quinta 12, o relatório preliminar sobre danos causados pela invasão bolsonarista aos bens nas sedes dos três Poderes.
Até o momento não há estimativa de valores e nem prazos para a restauração.
Sabe-se que “os recursos vão sair de Câmara, Senado, Presidência sobre o Governo Federal e Secretaria da Cultura”, enfatizou Grass.
A equipe também terá o apoio dos técnicos restauradores e outros especialistas da Unesco. A ministra Margareth Menezes fechou o acordo nesta segunda-feira 9 com a diretora e representante da agência no Brasil, Marlova Noleto.
Ao ser questionado sobre a responsabilidade dos invasores no pagamento de parte da restauração, o presidente do Iphan disse não ter certeza se eles irão arcar com algum custo, haja visto que as prisões não foram finalizadas.
Grass também anunciou a criação de uma comissão, uma força-tarefa que irá calcular os valores e prazos para restauração. A presidente da comissão será Jurema Machado, ex-presidente do Iphan.
O relatório divulgado hoje é dividido em três etapas de curto, médio e longo prazo até a efetiva recuperação do patrimônio.
São estas: as ações emergenciais, o mapeamento de danos e a elaboração de projetos.
Também estavam presentes na coletiva, o coordenador técnico da superintendência do Iphan no Distrito Federal, Maurício Goulart e a arquiteta e urbanista do Instituto.Laura Camargo.
Em relação à gravidade dos danos, eles afirmaram que não há um panorama geral devido a especificidade de cada obra de arte.
Algumas obras, como o relógio doado por João XVI, foram encaminhadas à restauração. Outras peças ainda carecem de análise.
Já a respeito das condições físicas, Goulart destacou que são reversíveis. “A maioria dos danos aos edifícios são danos reparáveis: troca de vidro, depredação de porta, arrombamento, danificação do piso”, afirmou.
*CAMILA DA SILVA é Repórter e Produtora de Carta Capital..
Ministério Público estadual investiga projeto que flexibiliza proteção do Rio Paraíba do Sul
ACABOU!
*Com informações do Ig.
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12 de jan. de 2023
Radka Argirova,
A cientista que contrabandeou o HIV para seu país em sua bolsa para estudá-lo e salvar vidas
Janet Barrie - BBC Witness History
qua., 11 de janeiro de 2023 11:58 AM BRT
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11 de jan. de 2023
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5 de jan. de 2023
Redução Orgânica Natural (NOR)
Por Mariza Tavares
Jornalista, autora dos livros
22 de dez. de 2022
Uma fábula
Mulheres passavam ouro em pó sobre as faces,
Por Ignácio de Loyola Brandão*
18/12/2022 | 03h00
Naquele país, certo dia as pessoas passaram a ter fome de comidas polvilhadas a ouro. Tornou-se febre, moda. Não se sabe onde e quando começou. Mas correu que assim todos seriam super-humanos, supercérebros, supereficientes, super-ricos, supertudo.
Provavelmente souberam da lenda do rei Midas. Mas a maioria não tinha ideia de quem foi esse rei; naquele país, a Educação tinha sido abolida. Assim, na macarronada, em lugar do queijo, aspergiam ouro ralado. No bife, em lugar do sal, ouro em pó. Na salada, molho de ouro com diamante líquido. O arroz era temperado com lasquinhas de ouro em lugar de cebola ou alho. As pizzas eram cobertas por queijo e rodelas de tênues barras cilíndricas de ouro. O pastel de carne desapareceu, comia-se pastel recheado com ouro moído.
Os garimpeiros ilegais foram legalizados, para fornecer barras ou lingotes de variados tamanhos, para a enorme diversidade de comida que o país oferecia. De um momento para o outro, todos programas de culinária da televisão, os chamados Master Chefs, passaram a refulgir com ouro, os cenários eram dourados, as roupas dos chefs e das chefs douradas. No cotidiano, as bebidas passaram a ser ouro líquido, os carros eram dourados, um único shopping da capital passou a ser frequentado, afinal chamava-se Eldorado.
Arqueólogos israelense anunciaram a descoberta de um tesouro durante escavações recentes perto da cidade central de Yavn Tel Aviv. A coleção de 425 moedas de ouro, a maioria datando do Califado Abássida,o terceiro califado islâmico,há cerca de 1.100 anos, é uma descoberta "extremamente rara". Foto: Heidi Levine / Sipa Press / Pool / AP
As mulheres passavam ouro em pó sobre as faces, pintavam as unhas de dourado, os homens compravam óculos de ouro, relógios de ouro, computadores de ouro, celulares de ouro, dentistas voltaram a fazer obturações de ouro.
Um único filme fazia sucesso nos cinemas: a reprise de Boca de Ouro, de 1963, inspirado em uma peça de Nelson Rodrigues de mesmo nome e estrelado por uma atriz maravilhosa, chamada Odete Lara. Outro sucesso era comédia Em Busca do Ouro, de 1925, dirigida e estrelada por Charlie Chaplin. Na televisão, via-se continuamente, na Sessão da Tarde, no horário das 18h e no horário nobre das 21h, somente a minissérie Anos Dourados, de Gilberto Braga.
Uma sensação noticiada no mundo inteiro. O turismo cresceu a tal ponto que as reservas auríferas estavam se esgotando. Mas durou pouco. Outra notícia correu e o sonho acabou. Porque se descobriu que, por mais ouro que comessem e bebessem e usassem, na hora H, no momento de evacuar, o que se via era o mesmo que sempre se viu desde que o homem é homem. Ou seja excrementos, dejetos. Merda, se me permitem a palavra chula, verdadeira.
* É JORNALISTA E ESCRITOR, AUTOR DE ‘ZERO’ E ‘NÃO VERÁS PAÍS NENHUM’