29 de jun. de 2016
Na mesma revista Brasileiros, com a mesma assinatura: Mauricio Puls, um outro texto puplicado hoje também é bastante interesante.
Desconstruir o Brasil"
Hoje
a construção civil é um setor dominado pelo capital nacional. Foto: EBC
Crise provocada pela Lava Jato asfixiou
o setor da construção civil e
pode abrir caminho para a entrada do
capital estrangeiro
A construção civil está em
crise: só em 2015 o setor sofreu uma retração de 7,6%, e 417 mil trabalhadores
perderam seus empregos. Não é a primeira vez que esse segmento enfrenta
dificuldades. Mas esta é a primeira contração econômica amplificada por fatores
políticos: as maiores companhias do setor não estão sendo prejudicadas apenas
pela redução dos investimentos: elas foram asfixiadas pela Operação Lava Jato.
Por quê?
Deflagrada em março de 2014, a
Lava Jato investiga um esquema de desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras,
empreiteiras e políticos. Ela mostrou que as companhias do setor financiam os
políticos e, em troca, são recompensadas com contratos nas estatais e no setor
público. Tais conexões são antigas: a construtora Rabello, por exemplo, acompanhou
a carreira de Juscelino Kubitschek da Prefeitura de Belo Horizonte até a
Presidência. Após o golpe de 1964, a empresa definhou e pediu concordata.
Trajetórias assim são comuns.
Mas, embora as construtoras
financiem muitos partidos, a Lava Jato tem se concentrado nos “governos do PT”,
como disse o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, pois “os governos
anteriores realmente mantinham controle das instituições”. Esta seletividade
não se manifesta só nos alvos políticos da operação, como apontou o colunista
Janio de Freitas, da Folha de S.Paulo: “Nenhum dos dirigentes das empresas
estrangeiras que pagaram suborno foi preso”. (...)
A direita abandonou as ruas, mas a esquerda não.
- Na página
da Revista Brasileiros , em 18/06/20, encontrei este texto (entrevistando Armando Boito Jr.) assinado
por Mauricio Puls.
O que o professor sustenta é bastante interessante. Por enquanto, tudo aí.
(...) Quem são os
grandes beneficiários do golpe?
A grande burguesia internacional e grande parte
da burguesia brasileira. Mas não foram eles que se mobilizaram na Paulista, na
zona sul do Rio, no Farol da Barra em Salvador. Quem se mobilizou contra Dilma,
quem foi às ruas foi a classe média, e particularmente a fração superior da
classe média, a classe média abastada. Eles se mobilizaram porque são
antipetistas. Eles convergiram com a burguesia internacional no antipetismo,
mas a política que eles defendem não é necessariamente a que o Temer vai fazer.
Eles definiram o PT como inimigo principal: não queriam mais a política social
do PT porque esta política estava reduzindo as diferenças entre a classe média
e as classes populares, e isso os incomodava muito. Mas eles não querem uma
política recessiva, um ajuste fiscal que destrua empregos, que reduza o poder
aquisitivo deles. E eles podem acabar tendo exatamente isso. A política
econômica do Temer vai produzir recessão e perda de empregos. Então a situação
é complicada: eles não estão mais nas ruas, mas puseram as barbas de molho.
Eles não eram a favor do Temer. Eles eram contra o PT. É diferente.
A Lava Jato é um
setor da burocracia do Estado que passou a vocalizar os interesses e a ideologia
dessa classe média abastada. Esse setor passou a agir como um grupo político
perseguindo o PT, a Petrobras e as empresas nacionais da construção pesada. Daí
o caráter seletivo das investigações. Quando o combate à corrupção é seletivo,
isso significa que existe um critério para fazer a seleção. Esse critério é
combater o PT e a sua política. Por que esse setor da burocracia de Estado
converteu-se numa espécie de partido político da alta classe média? Os
delegados da Polícia Federal, os procuradores e os juízes gozam de uma situação
que nenhum outro trabalhador brasileiro goza. Uma juíza de Campinas, segundo
reportagem da Caros Amigos, recebia mais de R$ 100 mil por mês. O teto
salarial é R$ 33,5 mil, mas eles têm auxílio-paletó, auxílio-moradia, auxílio-viagem,
auxílios de todo tipo. E gozam de uma autonomia que nenhum outro segmento do
funcionalismo tem. São segmentos privilegiados no corpo dos funcionários
públicos que se identificam muito com a parcela mais rica da sociedade
brasileira e que constituem uma barreira contra qualquer governo reformista no
Brasil. São, enquanto integrantes da burocracia do Estado, funcionários da
ordem: não são como os professores ou o pessoal da saúde cuja função é prestar
serviço e assistência à população. Há indícios de que delegados, promotores e
juízes preferem, na média, a política de ordem autoritária dos governos do PSDB
à política de ordem mais flexível dos governos do PT. Judiciário, Ministério
Público e Polícia Federal estão se convertendo em uma verdadeira trincheira do
conservadorismo no Brasil. Dentro do Estado, eles podem boicotar ou combater
qualquer governo reformista no Brasil. Foi o que eles fizeram com o PT. (...)
28 de jun. de 2016
...quem mais quiser.
Vivemos em uma cultura patriarcal, ou seja, uma
sociedade onde o homem controla e produz suas próprias regras. A mulher, sendo
considerada como parte figurante no processo socioeducativo, raramente tem seus
ideais, suas metas e suas concepções levadas em consideração. O machismo tem
suas raízes cravadas nos costumes brasileiros desde a época do descobrimento,
quando os europeus invadiram nossas terras e trouxeram, junto com a violência,
seus costumes cristãos e sua educação já baseada em um sistema de leis
compostas pelo patriarcado.
Postado por Sarah Müller às terça-feira, dezembro 10, 2013
Sabe, não sei como funciona com vocês,
mas comigo a vida tem sido muito simpática. Com dentes brancos, sorriso fácil,
leveza invejável. Eu que sou doida e vejo gordura em barrigas sequinhas. A vida
tem sido tão leve como uma bailarina, tão bela quanto um espetáculo da Brodway.
Sou grata. Taí a coisa mais difícil de se sentir no mundo inteiro. Gratidão.
Soa quase absurdo aos meus ouvidos (e olhos) quando ouço (ou leio) isso.
Agradecer todos os dias pelo que se tem e não apenas reclamar do que não se
tem. Ainda que seja pouco. O pouco para mim pode ser muito para o outro. Sei
que pode ser bem hipócrita da minha parte escrever sobre isso, já que sempre
que vejo alguma frase do tipo "ai você não deveria por comida fora, já que
tem tanta gente passando fome no mundo" fico louca. Quer dizer, não é como
se, por algum milagre, quando eu deixasse de por a comida fora as outras
pessoas lá do outro lado fossem parar de sentir fome. Tenho sim, pra mim, que
nos meteram essa teoria goela abaixo para aprendermos a sermos omissos e bem
treinados. O sistema não gosta de gente egoísta que quer defender sua própria
honra. Assunto pra outro texto. Voltemos à gratidão. Não sou a melhor pessoa da
história do universo pra vir falar sobre agradecer, por que Deus sabe o quanto
eu reclamo da minha vidinha de merda todos os dias. E o quanto eu daria um rim
pra ter a vidinha de merda que eu sempre critico. E o quanto isso soa confuso.
Mas é verdade. Você não deveria pôr comida fora, mas põe. Você não deveria
reclamar da sua casa burguesa, da sua faculdade burguesa, da sua alma burguesa.
Mas reclama. Assim como nenhuma criança desnutrida da África deveria sorrir na
vida, por que são infelizes. Mas eles sorriem. E nós reclamamos.
Qual o sentido do texto?
Agradecer.
A gratidão precisa vir do coração, você precisa sentir isso em cada centímetro do seu corpo. Como uma fagulha crescendo de dentro, vindo das veias, incendiando todas as babaquices e renovando todas críticas
Agradeça.
Faz bem à saúde e é de graça.
Qual o sentido do texto?
Agradecer.
A gratidão precisa vir do coração, você precisa sentir isso em cada centímetro do seu corpo. Como uma fagulha crescendo de dentro, vindo das veias, incendiando todas as babaquices e renovando todas críticas
Agradeça.
Faz bem à saúde e é de graça.
PAULO LEMINSKI
Tem horas que é caco de vidro
Meses que é feito um grito
Tem horas que eu nem duvido
Tem dias que eu acredito.
26 de jun. de 2016
25 de jun. de 2016
23 de jun. de 2016
Diário de uma cinquentona!!! (Cristo vem cá abaixo ver isto) por am
DIA 1
Celebramos hoje o
25º Aniversário de Casamento. Tentamos reviver a nossa lua-de-mel, mas ele não
conseguiu...Hoje ele contou-me o seu grande segredo: Está impotente! Grande
novidade... Ele, realmente pensa que eu ainda não sabia...
DIA 3 Este casamento
vai mal... Uma mulher tem seus direitos e suas necessidades... ...
DIA 4 Estou
entusiasmada... Li no jornal, que há uma nova droga no mercado, que pode
resolver nosso problema. Chama-se Viagra. Ele vai substituir o Prozac pelo
Viagra, na esperança que levante algo mais do que só o entusiasmo...
DIA 5 Uma bênção dos
céus!
DIA 6 A vida é
maravilhosa!
DIA 7 Tenho de
confessar: O Viagra tem sido muito bom! Nunca fui tão feliz!
DIA 8 Acho que ele
exagerou na dose do Viagra neste fim de semana... Já começo a ficar um pouco
assada e dolorida nas partes baixas...
DIA 9 Não tenho
tempo para escrever... Ele pode apanhar-me a qualquer hora...
DIA 10 Ok., admito,
estou escondida! É que não há mulher que aguente tanto!!! O que hei de fazer?
Estou toda moída e esfolada...
DIA 11 JÁ NÃO
AGUENTO MAIS!!! É o mesmo que ir para a cama com uma furadeira Black &
Decker! Acordei, esta manhã, vestida com 2 calças jeans e colada à cama!
DIA 12 Quem me dera
que ele fosse maricas... Deixei de me maquilhar, tomar banho, escovar os
dentes... Mas, mesmo assim, ele vem atrás de mim. Até bocejar se transformou em
perigo iminente!
DIA 13 Cada vez que
fecho os olhos, lá vem mais um ataque... Vivo com um míssil Scud colado ao
rabo...! Já mal consigo andar...
DIA 14 Já fiz de
tudo para ele me deixar em paz, mas não adianta... Até já me vesti como uma
freira, mas ainda foi pior... Ele adorou....Socooooorro!!!
DIA 15 Vou acabar
por matá-lo... São umas dores infernais quando me sento...
O cão e o gato fogem
dele e os amigos nem se atrevem a aparecer cá em casa...
DIA 16 Hoje,
sugeri-lhe que largasse o Viagra e voltasse a tomar o Prozac...
ele quase me encheu
de "trolha"!!!
DIA 17 Coloquei
Prozac na caixa do Viagra, mas parece que não fez efeito... Lá vem ele outra
vez, de gaita dura, a querer apanhar me a jeito!!!
DIA 18 GRAÇAS A
DEUS!!!! O Prozac começou finalmente a fazer efeito!
O meu marido agora
passa o dia inteiro sentado à frente da TV, com o controle remoto na mão, à
espera de que eu lhe faça tudo... COMIDINHA, CERVEJINHA, FUTEBOL, FILMES,
NOVELAS...
Ah! que vida calma e
maravilhosa....
Jaguar desfilou na Tocha Olímpica Cerimônia disparado - REPERCUSSÃO INTERNACIONAL
O grande felino foi exibido acorrentado em Manaus, Brasil, provocando indignação. funcionários Jogos Olímpicos de não dizer nada desse tipo vai acontecer novamente.
Tradução Google
![]() |
Este jaguar, conhecida como Juma, foi usado em uma cerimônia da tocha olímpica em Manaus, Brasil, 20 de junho.
FOTOGRAFE POR JAIR ARAUJO, DIÁRIO DO AMAZONAS, AFP
|
Nos
Jogos Olímpicos de 1900, tiro ao pombo vivo foi um evento oficial. Em 2014, as
autoridades ao redor de Sochi, na Rússia, foram criticados por arredondamento
cães vadios . E agora, uma onça da Amazônia foi morto depois de ter sido
destaque em uma cerimônia da tocha para os jogos deste verão no Brasil.
A onça
foi baleado segunda-feira depois que escapou de seus tratadores no zoológico
ligado a um centro de treinamento do Exército em Manaus, os militares
brasileiros, em um comunicado. A onça foi exibido, acorrentado, durante uma
cerimônia da tocha lá.
Após a
cerimônia, o grande felino conhecido como Juma-declaradamente se aproximou de
um soldado, apesar de ser tranqüilizado. O soldado disparou um único tiro, que
matou Juma. O incidente provocou uma onda de críticas por ainda ter a onça em
exposição em primeiro lugar.
"Nós
cometemos um erro ao permitir que a tocha olímpica, um símbolo de paz e
unidade, a ser exibido ao lado de um animal selvagem encadeada," o comitê
organizador Rio 2016, em um comunicado. "Esta imagem vai contra nossas
crenças e nossos valores. Nós garantimos que não haverá mais incidentes desse
tipo no Rio 2016. "
Ipaam,
o órgão ambiental do governo do Estado do Amazonas, que supervisiona o uso de
animais selvagens, está investigando o incidente e diz que o visor do animal
pode ter sido ilegal, uma vez que não temos registros de as devidas
autorizações.
"Quando
as pessoas (e instituições) parar com esta necessidade doente para mostrar
poder e controle, confinando, domar e mostrando animais selvagens?" o grupo
de direitos animais baseada no Rio de Janeiro animal União Freedom escreveu em
sua página do Facebook.
Por Brian Clark
Howard
PUBLICADOS 21 DE
JUNHO DE 2016
Blefes
Ninguém conhece a
alma humana melhor do que um jogador de pôquer. A sua e a do próximo. Numa mesa
de pôquer o homem chega ao pior e ao melhor de si mesmo, e vai da euforia ao
ódio numa rodada. Mas sempre como se nada estivesse acontecendo. Os americanos
falam do poker face, a cara de quem consegue apostar tendo um Royal Straight
Flush ou nada na mão com a mesma impassividade, embora a lava esteja
turbilhonando dentro. Porque sabe que está rodeado de fingidos, o jogador de
pôquer deve tentar distinguir quem tem jogo de quem não tem e está blefando por
um tremor na pálpebra, por um tique na orelha. Ou ultrapassando a fachada e
mergulhando na alma do outro. Não se trata de adivinhar o caráter. Não é uma
questão de caráter. O blefe é um lance tão legítimo quanto qualquer outro no
pôquer. Os puros são até melhores blefadores pois só quem não tem culpa pode
sustentar um poker face perfeito sob o escrutínio hostil da mesa. Há quem diga
que ganhar com um blefe supõe ganhar com boas cartas e que é no blefe que o
pôquer deixa de ser um jogo de azar, e portanto de acaso, e se torna um jogo de
talento. Já fora do pôquer o blefe perde sua respeitabilidade. É apenas
sinônimo de engodo, geralmente aplicado a pessoas que não eram o que pareciam
ou fingiam ser. A história dos presidentes do Brasil desde Jânio tem sido uma
sucessão de blefes. Jango também foi um blefe, na medida em que aparentava ter
um poder que não tinha. O golpe de 64 foi um blefe para quem acreditou nele. Um
blefe involuntário. Sarney não foi um blefe completo porque ninguém esperava
que ele fosse muito diferente. Collor foi um blefe deliberado que manteve a
versão política do poker face, que é uma cara-de-pau sustentada mesmo sob a
ameaça do ridículo. E chegamos à social-democracia brasileira no poder, que
pode até estar agradando a muita gente, mas é outro blefe em relação às
expectativas que criou e ao que podia ter sido. Ou talvez esse blefe tenha uma
história antiga, e a gente é que não tinha notado.
Luís Fernando Veríssimo, in As mentiras
que os homens contam
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