18 de nov. de 2016
NEM FOI CULPA MINHA
Marajá, Saramago, réveillon equivocado - Por AFFONSO ROMANO DE SANT'ANNA
Queria fazer duas mil
bibliotecas novas
17.12.1995
Semana desagradável: o
Ministério do Bresser divulga que sou um dos “marajás”[1] da República. Se
fosse piada, não teria graça. Um desatento listou funcionários que ganhariam
mais do que o presidente da República. Surrealismo puro: primeiro é mentira. E para
o cúmulo do ridículo, estou entre os seguintes “marajás” listados pela
imprensa: João Cabral de Mello Neto, Darcy Ribeiro, Heloisa Buarque. Mandei um
fax ao Bresser e à Casa Civil. No dia seguinte, ele se desculpou pelos jornais.
Mas é um dano irreparável para uma leitura apressada dos fatos. O que pensar
das notícias que saem nos jornais? Fiz uma crônica a respeito: Eu, Marajá.
Mando para dúzias de jornais além de O Globo. Roberto da Matta, indignado com a
lista, dá o apoio e faz violento artigo no Jornal da Tarde — Da lista de
Schindler à lista do Affonso.
01.01.1996
Fomos à casa de Baena Soares na
Avenida Atlântica. Um equívoco. Tônia Carrero me deu o endereço do Roberto
Dávila equivocado. E acabei noutro endereço, noutra festa.
30.01.1996
Depois de cinco anos, consegui
que o Prêmio Camões fosse entregue em Brasília, no Palácio. Não sei quantas
vezes fui ao Itamaraty, ao Palácio, ao MinC, às embaixadas falar da necessidade
de se fazer isso. Agora deu certo. Saramago e Pilar felicíssimos. Pedi a ele o
discurso autografado para a seção de Obras Raras da BN. Jantamos com ele, no
Veccia Cuccina.
14.02.1996
Nesses dias, Marina no terraço
diz às 17 horas: “Hoje, 3 de fevereiro de 1996, Affonso nunca mais terá 58 anos
nem verá jamais essa tarde”. Referia-se à FBN que me devora. Deixou um bilhete
com algo sobre isso escrito. E com razão. Eu vou me cansando de estar
ligadíssimo, lutar como um leão, a ponto de as pessoas do meu próprio gabinete
acharem que deveria trabalhar menos.
Queria fazer duas mil
bibliotecas novas, informatizar a instituição, construir o Anexo, etc.
24.08.1996 até dia 31
Fui demitido da FBN por Weffort
em 12.7.1996. Tinha ido para uma reunião em Brasília no MinC, com Tomás,
diretor de administração da FBN. Antes houve uma conversa com a assessora do
Weffort (Dely), que já sabia da demissão, mas tratou comigo das coisas burocráticas
normalmente. Weffort me chama ao gabinete antes da reunião programada: aquela
conversa torta, de que precisava do meu cargo. Queria que eu ficasse
figurativamente mais um tempo enquanto ele arrumava as coisas. Disse-lhe: “Faço
questão que me demita para que isso entre para o seu currículo”.
14 de nov. de 2016
Mangabeira Unger
"O Brasil é o país do mundo mais parecido
com os Estados Unidos. A tragédia dos
dois é negar instrumentos e oportunidades
à maioria, que é cheia de energia,
mas sem condições de
transformá-la em ação fecunda."
Roberto Mangabeira Unger (Rio de
Janeiro, 24 de março de 1947) é um filósofo e teórico social brasileiro. Por
duas vezes foi ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da
Presidência da República do Brasil.
O professor, que deu aula para o atual presidente
americano, Barack Obama, em 1971, tornou-se um dos mais jovens professores da
Universidade Harvard.
10 de nov. de 2016
7 de nov. de 2016
5 de nov. de 2016
HOMENAGEM da SEMANA
José de Sousa Saramago
Perseguido por grande
inconformismo...
Foi mais um Português, merecidamente
Eleito.
..Mal compreendido com o seu
Comunismo.
Humildade, descernimento e
inteligência.
Adeus Compatriota nosso Amigo.
Portugal estará eternamente
contigo...
Por: Joaquim Francisco - 2010-06-21
FRASES, TEXTOS e DESENHOS
"O
DISCERNIMENTO, ACOMPANHA A MINHA VELHICE MAS A LOUCURA, REJUVENESCE-ME."
Uma empresa com extenso passivo judicial que inclui condenações por crimes ambientais, trabalhistas e fiscais patrocina um evento da Associação de Magistrados Brasileiros, AMB, que reúne cerca de 1200 juízes em um resort de Porto Seguro.'DCM'(...) .
A tal companhia,
Veracel Celulose, fica ao sul da Bahia. Informa o Globo que ela tem uma vasta
área de plantio de eucalipto, uma planta industrial para produção de celulose e
um terminal marítimo.
A folha corrida é,
de fato, um assombro.
Já foi condenada nas
áreas ambiental, trabalhista e fiscal. Isso apenas na primeira instância. Na
segunda, perdeu um processo por não pagar IPTU na cidade de Belmonte.
Um proprietário
rural lavrou um boletim de ocorrência acusando a Veracel de ter enviado
“pistoleiros” para ameaça-lo.
Em 2008, 15 anos
após ter sido denunciada por crimes ambientais em três cidades baianas, a
Veracel foi condenada a pagar uma multa de 20 milhões de reais e a reflorestar
47 mil hectares com vegetação nativa da mata atlântica.
O VI Encontro
Nacional de Juízes Estaduais, no Arraial D’Ajuda Eco Resort, anunciou a
presença da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia; de seu
antecessor, Ricardo Lewandowski, que fez a abertura; e do juiz Sérgio Moro, que
organizou um “talk show” com um colega italiano que atuou na Operação Mãos
Limpas.
Carmen Lúcia acabou desistindo de última hora.
A AMB esclareceu, em
nota, que tem “critérios rigorosos para a admissão de patrocínios aos seus
eventos” e que “preza pela isenção e entende que não há nenhuma relação entre
apoio financeiro ao evento e a independência da magistratura ao julgar empresas
que estejam respondendo processos”.
Por Kiko Nogueira - Diretor-adjunto
do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de
redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem
e Turismo e do Guia Quatro Rodas.
30 de out. de 2016
29 de out. de 2016
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