Filmes de ficção científica criaram uma imagem romântica da
Inteligência Artificial. São histórias de amor impossíveis entre pessoas e
máquinas, como em Ela (2014) ou AI (2001), ou robôs malvados, como o
Exterminador do Futuro (1985). Esqueça o que você viu no cinema. A Inteligência
Artificial, ou simplesmente IA, já é realidade – e é algo muito diferente.
Graças ao poder da computação em nuvem, a algoritmos avançados e à
capacidade de análise de dados, esse campo da tecnologia explodiu. Cientistas
de dados e desenvolvedores estão livres para criar – hoje – tecnologias com que
nós apenas sonhávamos há poucos anos. Alguns exemplos: em parceria com o Uber,
desenvolvemos um sistema de reconhecimento facial por smartphones que traz mais
segurança a motoristas e passageiros. Anunciamos há algumas semanas uma
parceria com o Hospital 9 de Julho, de São Paulo, para desenvolver um sistema
que identifica riscos de queda de pacientes internados. Estes são apenas alguns
casos. O que esses exemplos têm em comum? Eles são casos práticos que
demonstram que a partir da análise de grandes quantidades de dados,
convertendo-os em inteligência, é possível resolver problemas cotidianos das
pessoas e das empresas. A Inteligência Artificial tem um poder de inovação que
vai além dos negócios. Ela pode trazer um salto de qualidade de vida e conforto
para toda a humanidade.
Eis a nossa visão: a Microsoft escolheu o caminho da democratização
da Inteligência Artificial. Dessa maneira vamos transformar o que parecia
ficção científica em realidade. Rapidamente. Estamos tomando uma série de
medidas para que IA faça parte do nosso dia a dia. Hoje, 5.000 cientistas e
engenheiros da Microsoft Research em todo o mundo se dedicam à missão de
desenvolver a tecnologia de IA. Também
anunciamos na semana passada uma parceria com a OpenAI, a organização de
pesquisas sem fins lucrativos fundada pelo bilionário Elon Musk, dono da Tesla.
E o que vamos fazer com Inteligência Artificial? A tecnologia está
aqui para eliminar obstáculos da vida real. Na Microsoft, organizamos nossa
visão sobre Inteligência Artificial em quatro frentes:
Agentes – São as assistentes pessoais, como a Cortana. Elas
resolvem e eliminam as tarefas simples do dia a dia, como por exemplo, aprender
o caminho que fazemos para o trabalho e nos avisar todas as manhãs como está o
trânsito.
Aplicações – É possível infundir inteligência em cada app que usamos. A Microsoft, por exemplo, comprou em fevereiro deste ano a SwiftKey, que faz um dos mais usados corretores de teclado virtual. Com IA, o corretor vai aprender como escrevemos, as palavras que mais usamos. O teclado não está mais conectado à máquina, mas a você.
Serviços – Possibilitar que desenvolvedores em todo o planeta usem
esses serviços inteligentes ou cognitivos para a construção de soluções
aplicáveis à resolução de qualquer problema da sociedade. Por exemplo, ao lado
da Volvo, criamos um carro inteligente, que reconhece movimentos inseguros da
pessoa ao volante e soa alarmes para evitar acidentes.
Infraestrutura – A nuvem é o único lugar onde a capacidade
computacional de Inteligência Artificial pode ser construída. É esse poder de
processamento que está ajudando oncologistas a vasculhar automaticamente
milhões de trabalhos para encontrar uma pesquisa genômica aplicável ao
diagnóstico de um câncer específico. A genética pode agora fazer em horas algo
que antes levava meses. Essa é a escala de grandeza.
Vale dizer também que essa nova onda promissora também traz
desafios porque vai eliminar posições de trabalho que envolvam tarefas
repetitivas e automatizáveis. E novas profissões surgirão. Por isso, precisamos
criar condições para que os brasileiros e brasileiras possam competir em um
mercado de trabalho global e mais competitivo. Nós temos na Microsoft um
conjunto de programas de apoio à educação e ao empreendedorismo que chamamos de
Jornada Empreendedora. É o principal compromisso da Microsoft com o Brasil.
A IA é uma grande oportunidade.
As ferramentas estão aí. E uma última boa notícia: os desenvolvedores e
programadores brasileiros não só dominam as novas tecnologias como são
reconhecidamente criativos e inovadores em seu uso.
Com isso, esqueça a ficção científica. Sem dúvida, inteligência
artificial é uma realidade.
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