Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

17 de dez. de 2017

TERRA AMADA





Ó!
Gentil povo
heroico
e brado mesmo.

Ó! Liberdade
idolatrado sonho
intensa glória
futuro e passado
lindas flores
amores
cadê nosso ouro?

Que brilhe 
no meio da noite
iluminando este céu
gigante por natureza
antes da fome que vem
logo pela manhã.

Se não,

com o sol novamente
a sinfonia passante
a ânsia na garganta
seus símbolos 
de amor e dor
teus olhos d’água grandes rios
teus verdes campos grandes matas
povo verde!

Ó! 
Pátria amada

por esta luz entre outras mil
se queres liberta 
clava forte
os filhos deste
solo gentil
que te adoram
e sobre,

morrem!

quatro cantos - padrin pajé



I'm
serious:






The
 Globe 
Needs
to
stop.

16 de dez. de 2017

braZil bãozinho









Trump revela razão do muro:
“É para o PSDB!
'Contrapartida' na negociação Pré Sal





13 de dez. de 2017

Só rindo


“Prefiro combatê-lo na urna do que vê-lo na cadeia”
Disse Fernando Henrique Cardoso.

Noves fora o erro de português na frase (do que no lugar de uma simples preposição a)

Escreve José Nêumanne Pinto.

11 de dez. de 2017

DUTURY 10 ANOS - Visualizações de página por país

Visualizações de página por país

Gráfico dos países mais populares entre os visualizadores do blog
EntradaVisualizações de página
Brasil
15928
Estados Unidos
3543
Alemanha
3056
Portugal
1028
Rússia
874
França
666
Ucrânia
332
Polônia
250
Irlanda
126
Malásia
105

10 de dez. de 2017

Do outro lado do Atlântico

Por puro acaso  -  por henrique pereira dos santos, em 09.12.17

Por puro acaso estou naquilo que provavelmente está mais perto de o que eu poderia chamar a minha terra.
Por puro acaso o meu caminho cruzou-se com o de uma inauguração de uma linha eléctrica e uma sub-estação.
Não por puro acaso, o inagurador era o presidente do país.
Por puro acaso, porque o presidente do país ia passar na principal estrada do país, a estrada foi cortada mais que uma hora.
Por puro acaso atrasou o meu caminho, o que seria o menos (estou em férias, perder uma hora ou duas horas no trânsito, seja qual for a razão, não é relevante), mas atrasou centenas de camiões e fez perder milhares de horas de trabalho.
Por puro acaso, durante três horas, a cerimónia foi transmitida pela rádio nacional, que ia ouvindo no meu trajecto, discurso a discurso, palavra a palavra, incluindo a lista das ofertas ao presidente (não cheguei a ouvir o número de vacas, mas lembro-me de 38 galinhas, não sei quantas couves, cabras e coisas que tal), ofertas essas que são entendidas como bens pessoais e tratados como tal por quem os recebe numa inauguração do Estado.
Presidente esse que corta uma rua da cidade, onde vivem outras pessoas, para que ninguém passe em frente à sua casa oficial sem ser autorizado e registado.
Presidente esse que na outra ponta de cidade proíbe a passagem a pé no passeio do lado da rua em que está a Presidência.
Não este presidente, todos os presidentes anteriores procederam assim e esta é uma pálida amostra da prepotência geral de quem detem a menor migalha de poder nesta terra (por mais injusto que seja generalizar, é difícil não o fazer neste caso).
Por puro acaso há uma quantidade de gente que entende que a prioridade é contestar as estátuas de Padre António Vieira, como método para resolver as injustiças históricas que se abateram sobre estas pessoas que vivem aqui, ao meu lado, em vez de simplesmente dizer que a forma como a autoridade é hoje exercida nestes países é inacreditavelmente anacrónica, tenha ou não havido injustiças históricas monumentais.


9 de dez. de 2017

2018Perverso


ADRIANO LOBÃO ARAGÃO
















TERCEIRA TRAVESSA DA RUA TRÊS

desconheço os que atravessam
a terceira travessa da rua três
jamais saberei de seus anseios
suas pequenas tragédias íntimas
ou o nome que dão às dores
e desejos que arrastam pelas esquinas

apenas sigo em silêncio
entre meio-dia e meia-noite
e se por um instante paro
e me perco em breve devaneio
é apenas pelo inusitado alento
da aliteração que nomeia esta via
ou a certeza da repetição dos dias

Itinerário | A Terceira Travessa da Rua Três, fica no bairro São Francisco, em São Luís, MA.


Adriano Lobão Aragão nasceu em Teresina, PI. É autor de Os intrépidos andarilhos e outras margens (romance) e as cinzas as palavras (poemas), dentre outros. É um dos editores da revista eletrônica www.desenredos.com.br

Profundezas e outros poemas de Isabel Furini


















SEMENTES 

cinzelar
as silenciosas sementes
poéticas
nascidas no limiar
do mundo do inconsciente
onde a inquietação
e as fobias
produzem fragilidades
e versos.

Ilustração: Rachel Baes



Isabel Furini é escritora, poeta, palestrante  e educadora. Autora de 35 livros, entre eles, de Os Corvos de Van Gogh (Poesia), Editora Instituto Memória, Curitiba, 2013. Participou de Antologias poéticas em Portugal, Argentina e Chile. É membro da Academia de Letras do Brasil/Paraná. Foi nomeada Consulesa da Academia Poética Brasileira;  recebeu a Comenda Ordem de Figueiró, RJ; Embaixadora da Palavra pela Fundação Cesar Egido Serrano (Espanha). Seus poemas foram premiado no Brasil, Espanha e Portugal.

5 de dez. de 2017

CORISCO: CANGACEIRO MACHO






O Diabo Loiro







Cristino Gomes da Silva Cleto era seu nome verdadeiro, apelidado de Corisco ou Diabo Louro, nascido no município de Águas Brancas no estado de Alagoas.

No ano de 1924 foi convocado para o serviço militar obrigatório em Aracajú. Cristino juntamente com alguns colegas de caserna revoltaram-se contra o governo; a rebelião é controlada, sendo ele um dos líderes do movimento, é obrigado a fugir. Anos depois começou a trabalhar nas feiras como camelô. Certo dia estando com sua banca de mercadorias na feira de Vila Nova Rainha, teve um desentendimento com o fiscal da prefeitura, sendo por este denunciado ao delegado Herculano Chaves que tinha sido agredido por um camelô de nome Cristino. Herculano mandou prendê-lo, e também ordenou aos soldados que dessem um corretivo nesse indivíduo. O rapaz apanhou de chibata, da feira até a delegacia.

Quando foi posto em liberdade disse ao delegado: 'O senhor vai me pagar muito caro seu Herculano!' Vendeu tudo que tinha, comprou um rifle, munições e procurou Lampião.

Pau Brasil, de Cândido Portinari


- Olavo Bilac, in "Poesias"



Não és Bom, nem és Mau




Não és bom, nem és mau: és triste e humano...
Vives ansiando, em maldições e preces,
Como se a arder no coração tivesses
O tumulto e o clamor de um largo oceano.
Pobre, no bem como no mal padeces;
E rolando num vórtice insano,
Oscilas entre a crença e o desengano,
Entre esperanças e desinteresses.
Capaz de horrores e de ações sublimes,
Não ficas com as virtudes satisfeito,
Nem te arrependes, infeliz, dos crimes:
E no perpétuo ideal que te devora,
Residem juntamente no teu peito
Um demônio que ruge e um deus que chora.


Brasil - 16 Dez 1865 // 28 Dez 1918 - Poeta/Jornalista

José Saramago, in 'L'Orient le Jour (2007)'






As Mulheres São Mais Fortes





Para começar, gosto das mulheres. Acho que elas são mais fortes, mais sensíveis e que têm mais bom senso que os homens. Nem todas as mulheres do mundo são assim, mas digamos que é mais fácil encontrar qualidades humanas nelas do que no género masculino. Todos os poderes políticos, económicos, militares são assunto de homens. Durante séculos, a mulher teve de pedir autorização ao seu marido ou ao seu pai para fazer fosse o que fosse. Como é que pudemos viver assim tanto tempo condenando metade da humanidade à subordinação e à humilhação? 

Portugal - 16 Nov 1922 // 18 Jun 2010  - Escritor [Nobel 1998]