Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

30 de ago. de 2020

Economia


A China e as novas configurações de poder no mundo

O mercado chinês tem uma classe média de cerca de 350 milhões de pessoas (maior que a dos EUA desde 2015), em franco processo de expansão

Em 2019, na condição de segunda maior economia do mundo em PIB nominal, a China (U$S 14,1 trilhões) já correspondia a quase Japão, Alemanha, Índia e Reino Unido juntos, com somatório de U$S 14,7 trilhões. Graças ao seu desempenho, a economia chinesa tem contribuído com cerca de 25 a 35% do crescimento mundial na última década (o dobro da participação dos EUA). A China tem 40% do mercado global de contêineres (ante 18% dos EUA), e 7 dos 10 principais portos marítimos mundiais (o maior dos EUA é o de Los Angeles, o 17º). Alguns dados são ainda mais surpreendentes: a China usou mais cimento entre 2011 e 2013 do que os EUA em todo o século XX. Em 2019, a China produziu 996,3 milhões de toneladas de aço bruto, enquanto os EUA produziram 87,9 milhões. O mercado chinês tem ainda uma classe média de cerca de 350 milhões de pessoas (maior que a dos EUA desde 2015), em franco processo de expansão

FORÇAS ARMADAS - INSS aponta supostas irregularidades e DESLIGA vários militares REFORMADOS que foram contratados esse ano

























Vários militares da reserva das FORÇAS ARMADAS contratados pelo governo para prestar serviço PARA O INSS já estão trabalhando e inclusive já recebem salário. Todavia, a instituição decidiu desligar vários deles. O INSS alega que a única possibilidade de um militar REFORMADO trabalhar para a instituição é que a reforma seja POR IDADE. Com isso, segundo informado, todos os militares REFORMADOS por outros motivos diferentes de IDADE estão sendo desligados.

Em e-mail recebido pela Revista Sociedade Militar um militar discorda da colocação em DESPACHO da comissão organizadora onde a mesma diz que militares reformados por questões de saúde não tem CAPACIDADE LABORAL.

“pois o motivo da reserva ou reforma se dá em razão da inaptidão física para a atividade laboral, condição essencial e geral de habilitação, tanto para os aposentados e inativos atingidos, incompatível para a contratação pelo INSS”, diz um trecho de DESPACHO que determina o desligamento de alguns militares já contratados.

O militar, que é soldado reformado podendo prover, reclama da afirmativa.

” Sou Militar Reformado, Sd Já me encontro trabalhando, agora querem me cortar, assim como fizeram com os militares da Aeronáutica. Estou indignado, posso prover meios, isso é muita sacanagem que estão fazendo, mas não vou me calar diante dessa situação. “, diz.

A situação é complicada pois houve, no mínimo, na visão de militares prestes a ser desligados, equívocos na avaliação dos documentos apresentados e em escala maior na elaboração das PORTARIAS sobre a contratação de militares inativos, pois estaria obvio que vários militares reformados por doença têm capacidade de realizar atividades laborais.

Oficial que gerencia a Divisão de Política de Pessoal do Ministério da Defesa diz que militares reformados por incapacidade não podem ser contratados por contrariar artigos da Portaria 33 do Ministério da Defesa, datada de 23 de março de 2020 (extrato abaixo).

Art. 3º São requisitos gerais para participação do militar inativo no chamamento público a ser realizado pelo órgão ou entidade requerente, conforme previsto no § 1º do art. 3º do Decreto nº 10.210, de 2020:

I – estar na reserva remunerada ou ter sido reformado por idade limite;

II – não possuir condenação criminal na Justiça Comum ou na Justiça Militar ou na Justiça Eleitoral;

III – não ter sido considerado culpado em Conselho de Disciplina ou Conselho de Justificação;

IV – não ter sido exonerado, como militar inativo, no desempenho de atividades de natureza militar ou civil, por falta de desempenho ou por motivo de ordem moral, disciplinar ou penal;

V – não ter sido punido disciplinarmente por transgressão contra a honra, o pundonor ou a ética militar;

VI – não ter completado oito anos no desempenho de atividades de natureza civil, consecutivos ou não, com amparo no Decreto nº 10.210, de 2020, ainda que em diferentes órgãos ou entidades; e

VII- não ter sido condenado por ato doloso em ação civil de ressarcimento por danos ao erário.

VIII – não exercer função ou cargo remunerado em órgão da Administração Pública Federal, Estadual ou Municipal ou estar contratado como prestador de tarefa por tempo certo por sua Força Armada.

26 de ago. de 2020

“Como, diabos, pode um homem gostar de ser acordado às 6h30 da manhã por um despertador, sair da cama, vestir-se, alimentar-se à força, cagar, mijar, escovar os dentes e os cabelos, enfrentar o tráfego para chegar a um lugar onde essencialmente o que fará é encher de dinheiro os bolsos de outro sujeito e ainda por cima ser obrigado a mostrar gratidão por receber essa oportunidade?”


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Bukowski

Roger Waters canta "Two Suns in the Sunset"



Lançada em 1983, a música é a que encerra um dos discos mais polêmicos, da banda. "The Final Cut" foi o último álbum que ele gravou com o grupo, é praticamente um trabalho solo do baixista feito com a participação do guitarrista David Gilmour e do baterista Nick Mason. . A canção narra o último dia da humanidade antes de sua aniquilação por uma bomba nuclear.

Por muito tempo, "The Final Cut" foi visto como um dos piores trabalhos não só da banda, mas de um grande nome do rock, em uma opinião que passou a ser revista na década passada. Foi quando, percebeu-se que muitos dos temas tratados por Waters no álbum, seguiam fazendo sentido no século 21, ainda que os líderes mundiais e as ameaças ao nosso futuro fossem outros.
























Fonte >> 

Brasil > 1.215 mortes pela Covid-19 confirmadas nas últimas 24 horas, total de 116.666 óbitos.


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Mídia golpista engasga e
o pais entra em coma.

Falar condena o presidente e
coloca em risco o golpe. 

Não guerém o presidente,
mas guerém o desmonte.

A quem interessa o desmonte?
A ninguém interessa o presidente.


25 de ago. de 2020


O Ministério Público Federal afirmou que um avião da Força Aérea Brasileira foi utilizado para transportar garimpeiros ilegais do Pará a Brasília. De acordo com a nota divulgada na sexta-feira, a medida configura ‘desvio de finalidade’
















(Lei 23.157/2018) Queijo artesanal de Minas Gerais é regulamentado com legislação específica que valoriza produtos da cultura gastronômica regional mineira.





Queijo 

Minas 

Artesanal
















Antes da normatização, apenas o queijo minas artesanal de casca lavada tinha embasamento legal para ser produzido no estado – sem permitir variações do produto. Agora, outras variedades poderão também ser reconhecidas e regularizadas, como por exemplo, o queijo cabacinha, requeijão moreno, queijos de Porteirinha e o artesanal das regiões de Alagoa e Mantiqueira.

A norma também permitirá a elaboração de queijo com leite de outras espécies como cabra, ovelha e búfala, além de reconhecer oficialmente novas técnicas para produção ou maturação dos produtos.

Fonte em.com.br/

BESTA 001


Trump promove "pandemia de ódio" com o termo "Kung Flu"
Por Curtis Stone ( 
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continua usando o termo “Kung Flu” e a Internet está fervilhando. Mais recentemente, em sua convenção “Students for Trump” em uma igreja em Phoenix, Arizona, Trump fez uma pausa para repassar uma lista de nomes para um vírus que matou mais de 120.000 americanos e nas palavras do Dr. Robert Redfield, diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, “colocou esta nação de joelhos”.

Declarando que nunca houve nada com tantos nomes, Trump disse: “Wuhan - Wuhan estava começando a entender. Coronavírus, certo? ” Ele então disse: "Kung Flu, certo?" Nesse ponto, a multidão de cerca de 3.000 jovens apoiadores que lotaram a mega-igreja explodiu em gritos e aplausos. Trump então repetiu o termo para alertar sobre o momento perturbador.

Seu uso do termo ofensivo vem logo após seu comício em Tulsa, Oklahoma, onde Trump também o usou para descrever o coronavírus, resultando em uma tempestade de críticas online. Chris Lu, ex-vice-secretário do Trabalho do governo Obama, respondeu dizendo que é doloroso pensar em todas as crianças asiático-americanas que serão insultadas. “Se você tem filhos, assista a este vídeo e diga a eles que não está tudo bem”, ele implorou.

O ex-candidato presidencial democrata Andrew Yang também recorreu à mídia social para expressar seu desgosto, chamando o uso de Trump do termo ofensivo para descrever o coronavírus como "estúpido" e "racista". Uma fan page de Yang respondeu ao seu comentário dizendo que Trump sabe que suas palavras machucam e ele usa essa linguagem para ampliar o ódio e a divisão.

Muitas pessoas concordam que o termo “Kung Flu” é altamente ofensivo e pediram a Trump para parar com a linguagem racista. Até a assessora da Casa Branca Kellyanne Conway condenou publicamente o termo, mencionando que sua família tem ascendência asiática.

No entanto, o que tornou a cena em Phoenix ainda mais perturbadora é que uma igreja cheia de simpatizantes aplaudiu a retórica racista. Alguns usuários do Twitter compararam isso a um comício televisionado da Klan e um usuário escreveu: “[Trump] tirou o capuz hoje”. Para piorar as coisas, isso aconteceu em um dia em que os ásio-americanos se lembraram do chinês-americano Vincent Chin, que foi espancado até a morte por dois trabalhadores automotivos brancos que o confundiram com ser japonês e o acusaram de roubar seus empregos em Detroit, Michigan, em 1982 .

O ódio tem crescido na América nos últimos anos e estudos têm mostrado uma correlação clara entre a retórica relacionada a Trump e relatos de ódio. É uma evidência de que a retórica prejudicial de Trump pode ter consequências prejudiciais no mundo real, especialmente no meio de uma pandemia global que afetou fortemente a América.

É imprudente alguém no mais alto escalão do governo alimentar o medo e o ódio usando termos que ligam certos grupos a doenças. Alguns podem ver o uso de Trump do termo "Kung Flu" ou outros termos relacionados como uma forma inofensiva ou divertida de dar um golpe na China ou se conectar com seu núcleo, mas o bode expiatório e o alarmismo estão alimentando o medo e o ódio, levando a um aumento de incidentes de ameaças racistas e ataques contra asiáticos na América e em todo o mundo.

Devemos ter cuidado com a “pandemia de ódio” que está tornando a pandemia do coronavírus ainda mais perigosa e mortal. O uso de linguagem racializada por Trump para a pandemia - e em uma época de turbulência racial na América - não é uma diversão inofensiva ou algo para se brincar.

24 de ago. de 2020

Auditoria e suspensão da dívida pública para destinar recursos à calamidade do coronavírus


Faça a sua parte! Assine o abaixo-assinado e pressione autoridades de todos os poderes pela imediata realização da auditoria da dívida pública federal e a suspensão do pagamento de seus juros e encargos, a fim de destinar recursos abundantes para socorrer a calamidade do coronavírus.



Assine a petição

 >>>>>>> https://www.change.org <<<<<<<



Você contribui se quiser



É HORA DE VIRAR O JOGO!



Temos que virar esse jogo 
que só produz escassez, miséria, 
trava o nosso desenvolvimento e só 
bancos privilegiados ganham!


Todos nós, brasileiros e brasileiras, temos sido submetidos a um jogo só, um único tabuleiro, onde os peões correspondem às diversas medidas que prejudicam as pessoas e toda a economia do país, ao mesmo tempo em que alimentam os privilégios da chamada Dívida Pública, que consome cerca de 40% do dinheiro do orçamento federal todo ano e nunca foi integralmente auditada, apesar das diversas ilegitimidades e ilegalidades históricas, comprovadas até por Comissões do Congresso Nacional.

A pandemia do coronavírus está evidenciando o privilégio dos bancos, que receberam ajuda de R$1,2 trilhão dia 23/3/2020 e irão receber vários trilhões com a EC 106, em troca de seus papéis podres. Enquanto isso, o povo sofre com a dramática desigualdade social e as consequências da falta de investimentos públicos, especialmente em saúde, educação e pesquisa, assistência social, etc. Essa situação decorre do ajuste fiscal e sucessivos cortes orçamentários, além do teto de gastos e demais medidas destinadas a privilegiar o gasto financeiro, tais como:

CONTRARREFORMAS que retiram direitos sociais: Previdência, Trabalhista, Administrativa;


PRIVATIZAÇÕES absurdas do nosso patrimônio: entrega de estatais como a Petrobras, Eletrobras, Banco do Brasil, Casa da Moeda, Correios; entrega de riquezas naturais como o Pré-sal, o Nióbio e até Florestas, Parques como Foz do Iguaçu, Lençóis maranhenses e outros bens públicos;

MODIFICAÇÕES LEGAIS que privilegiam ainda mais o SISTEMA DA É hora de virar o jogo! DÍVIDA, tais como a EC 106, que transforma o Banco Central em mero operador de balcão, adquirindo trilhões de papel podre de bancos, ou um “ente autônomo” privilegiado, acima de tudo e de todos (PLP nº 112/2019); a Emenda Constitucional no 95/2016 (estabeleceu teto para todos os investimentos sociais e demais rubricas orçamentárias, deixando os gastos com a dívida livres, sem teto ou limite algum); o pacote - PEC nº 186, 187, 188 - que deveria ser chamado de “MAIS BRASIL PARA BANQUEIROS”, entre outras medidas;


                       Esquema fraudulento da chamada SECURITIZAÇÃO DE CRÉDITOS PÚBLICOS: um “modelo de negócios” usado para desviar recursos públicos de várias naturezas (tributos, royalties do Petróleo, receitas do Nióbio), os quais sequer alcançarão os cofres públicos e ficarão fora dos controles orçamentários. O sistema financeiro é o dono do tabuleiro, manda nas regras e fica com o prêmio: só ele e suas grandes corporações ganham! Por isso, os bancos batem recorde de lucros a cada trimestre, e estão ganhando trilhões em plena pandemia, enquanto a economia brasileira patina: PIB estagnado, indústrias fechando; empresas de todos os ramos quebrando; povo desempregado e desesperado, aumento da população de rua, aprofundamento da desigualdade social etc. E mais: diante da decretação de calamidade social, em vez de suspender o pagamento dos juros e encargos da dívida, para destinar o dinheiro para o combate à pandemia, conforme PETIÇÃO PÚBLICA https://bit.ly/2Jw8Nqv, novas medidas aprofundam ainda mais o privilégio financeiro! 

ISSO TEM QUE MUDAR! 

O BRASIL É O PAÍS DA 
ABUNDÂNCIA!

QUEREMOS OUTRO MODELO ECONÔMICO QUE GARANTA VIDA DIGNA PARA TODAS AS PESSOAS E QUE RESPEITE O AMBIENTE

O Brasil é o país da abundância, com riquezas naturais impressionantes, sob todos os aspectos: petróleo, nióbio e diversos minerais estratégicos; água doce; terras agricultáveis, clima favorável; florestas, cerrados, praias; matrizes energéticas; riqueza humana, cultural etc. Também possuímos grande volume de riquezas financeiras: mais de R$ 4 Trilhões no caixa do Tesouro, Banco Central e Reservas Internacionais. Adicionalmente, temos imenso potencial de arrecadação tributária e dívida ecológica atual e histórica por cobrar! Diante disso, não podemos nos conformar com o cenário de escassez imposto ao nosso povo! Esse cenário tem sido produzido pelo modelo econômico concentrador de renda e riqueza, cujos pilares principais são o Sistema da Dívida, o modelo tributário injusto e regressivo, a política monetária suicida praticada pelo Banco Central e a exploração mineral predatória. É urgente virar esse jogo e implantar outro modelo fundamentado na ética, solidariedade e justiça, como tem pregado o Papa Francisco, a começar pela O BRASIL É O PAÍS DA ABUNDÂNCIA! auditoria integral da dívida pública, com participação cidadã, interrompendo esse processo de sangria de recursos e submissão aos interesses do mercado financeiro. Vamos construir juntos outro modelo econômico que coloque o ser humano no centro, garanta vida digna para todas as pessoas e respeite o meio ambiente!


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Coordenação Nacional da Auditoria Cidadã da Dívida

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PODCAST


Jornalistas e personalidades brasileiras públicas reagiram à fala de Jair Bolsonaro de que gostaria de “encher de porrada” a boca de um repórter por este lhe perguntar sobre os depósitos de Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro. (Veja alguns)


















Lula publicou em sua página pessoal, assim como Dilma, uma resposta ao editorial da Folha de São Paulo comparando Dilma a Bolsonaro.

Neste sábado, 22, a Folha publicou
um editorial que compara
Dilma Rousseff (PT) 
a Jair Bolsonaro. 
A ex-Presidente e o 
ex-Presidente Lula
responderam:




A FALHA DE S.PAULO” 
ATACA OUTRA VEZ?

As afirmações do editorial do jornal a respeito do meu governo são fake news. A Folha falsifica a história, num gesto de desprezo pela memória de seus leitores

22/08/2020 4:30

A Folha tem enorme dificuldade de avaliar o passado e, assim, frequentemente erra ao analisar o presente.

Foi por avaliar mal o passado que a empresa até hoje não explicou porque permitiu que alguns de seus veículos de distribuição de jornal dessem suporte às forças de repressão durante a ditadura militar, como afirma o relatório da Comissão Nacional da Verdade.

Foi por não saber julgar o passado com isenção que cometeu a pusilanimidade de chamar de “ditabranda” um regime que cassou, censurou, fechou o Congresso, suspendeu eleições, expulsou centenas de brasileiros do país, prendeu ilegalmente, torturou e matou opositores.

Os erros mais graves da Folha, como estes, não são de boa-fé. São deliberados e eticamente indefensáveis. Quero deixar claro que falo, sobretudo, do grupo econômico Folha, e não de jornalistas.

Quero lembrar, ainda, a publicação, na primeira página, de uma ficha falsificada do Dops, identificada pelo jornal como se fosse minha, e que uma perícia independente mostrou ter sido montada grosseiramente para sustentar acusação falsa de um site fascista. Mesmo desmascarada pela prova de que era uma fraude, a Folha, de forma maliciosa, depois de admitir que errou ao atribuir ao Dops uma ficha obtida na internet, reconheceu que todos os exames indicavam que a ficha era uma montagem, mas insistiu: “sua autenticidade não pôde ser descartada.”

Quem acredita que as redes sociais inventaram as fake news desconhece o que foi feito pela grande imprensa no Brasil – a Folha inclusive. Não é sem motivo que nas redes sociais a Folha ganhou o apelido de “Falha de São Paulo”.

O editorial de hoje da Folha – sob o título “Jair Rousseff” – é um destes atos deliberados de má-fé. É pior do que um erro. É, mais uma vez, a distorção iníqua que confirma o facciosismo do jornal. A junção grosseira e falsificada é feita para forçar uma simetria que não existe e, por isto, ninguém tem direito de fazer, entre uma presidenta democrática e desenvolvimentista e um governante autoritário, de índole neofascista, sustentado pelos neoliberiais – no caso em questão, a Folha.

Todas as afirmações do editorial a respeito do meu governo são fake news. A Folha falsifica a história recente do país, num gesto de desprezo pela memória de seus próprios leitores.

Repisa a falsa acusação de que o meu governo promoveu gastos excessivos, alegação manipulada apenas para sustentar a narrativa midiática e política que levou ao golpe de 2016. Esquece deliberadamente que a crise política provocada pelos golpistas do “quanto pior, melhor” exerceu grande influência, seja sobre a situação econômica, seja sobre a situação fiscal.

A Folha, naquela época, chegou a pedir a minha renúncia, em editorial de primeira página, antes mesmo do julgamento do impeachment. Criava deliberadamente um ambiente de insegurança política, paralisando decisões de investimento, e aprofundando o conflito político. Estranhamente, a Folha jamais pediu o impeachment do golpista Michel Temer, apesar das provas apresentadas contra ele. Também não pediu o impeachment de Bolsonaro, ainda que ele já tenha sido flagrado em inúmeros atos de afronta à Constituição, e o próprio jornal o responsabilize pela gravidade da pandemia. A Folha continua seletiva em seus erros: Falha sempre contra a democracia, e finge apoiá-la com uma campanha bizarra com o bordão “vista-se de amarelo”.

Um país que, em 2014, registrou o índice de desemprego de apenas 4,8%, praticamente pleno emprego, com blindagem internacional assegurada por um recorde de US$ 380 bilhões de reservas, não estava quebrado, como ainda alega a oposição. Na verdade, a destituição da presidenta precisou do endosso da grande mídia para garantir a difusão desta fake news. O meu mandato nem começara e o impeachment já era assunto preferencial da mídia, embalado pelas pautas bombas e a sabotagem do Congresso, dominado por Eduardo Cunha.

Os dados mostram que a “irresponsabilidade fiscal” que me foi atribuída é uma sórdida mentira, falso argumento para sustentar o golpe em curso. Entre 2011 e 2014, as despesas primárias cresceram 3,7% ao ano, menos do que no segundo mandato de FHC (4,1% ao ano), por exemplo. Em 2015, já sob efeito das pautas bombas, houve retração de 2,5% nessas despesas. As dívidas líquida e bruta do setor público chegaram, em meu mandato, a seus menores patamares desde 2000. Mesmo com a elevação, em 2015, para 35,6% e 71,7%, devido à crise que precedeu o golpe, elas ainda eram muito menores que no final do governo de Temer (53,6% e 87%) ou no primeiro ano de Bolsonaro (55,7% e 88,7%).

Logo ao tomar o poder ilegalmente, os golpistas aproveitaram-se de sua maioria no Congresso e do apoio da mídia e do mercado para aprovar a emenda do Teto de Gastos, um dos maiores atentados já cometidos contra o povo brasileiro e a democracia em nossa história, pois, por 20 anos, tirou o povo do Orçamento e também do processo de decisão sobre os gastos públicos. Criou uma “camisa de força” para a economia, barrando o investimento em infraestrutura e os gastos sociais, e “constitucionalizando” o austericídio. O Teto de Gastos bloqueia o Brasil, impede o País de sair da crise gerada pela perversão neoliberal que tomou o poder com o golpe de 2016 e a prisão do ex-presidente Lula. E, a partir da pandemia, tornará ainda mais inviável qualquer saída para o crescimento do emprego, da renda e do desenvolvimento.

Se a intenção da Folha é tutelar e pressionar Bolsonaro para que ele entregue a devastação neoliberal, que tenha pelo menos a dignidade de não falsificar a história recente. Aprenda a avaliar o passado e admita seus erros deliberados, se quiser ter alguma autoridade para analisar um presente sombrio de cuja construção participou diretamente.

DILMA ROUSSEFF


PEDIDO DIREITO DE RESPOSTA À FOLHA

Pedido foi enviado ontem à direção do jornal, com base no que dispõem os artigos 3 e 4 da lei 13.188

À direção de redação da Folha de S. Paulo.
A/C do jornalista Sérgio Dávila.
c/c para a seção de editoriais.

Venho por meio desta solicitar a V.Sa., com base nos artigos 3 e 4 da lei 13.188, que dispõe sobre o direito de resposta ou retificação do ofendido em matéria divulgada, publicada ou transmitida por veículo de comunicação social, que seja publicada por este jornal o texto em anexo, por meio do qual exerço o direito de responder ao principal editorial da edição de hoje, sábado, 22 de agosto, com chamada de destaque na primeira página, intitulado “Jair Rousseff”.

A comparação feita pelo texto, desde o título, é falsa e indevida. Assim, em nome da verdade, da pluralidade e do direito ao contraditório, solicito à Folha de S. Paulo a publicação do meu direito de resposta ao seu editorial. Em anexo, envio o texto a ser publicado, de acordo com a legislação.

DILMA ROUSSEFF





A FOLHA DOS COVARDES
POR LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

O editorial da Folha de S. Paulo de sábado (22) é uma ofensa à presidenta Dilma Rousseff, uma agressão à verdade histórica e um desrespeito, mais um, aos leitores do jornal e à sociedade brasileira.

Dilma Rousseff, uma pessoa honesta e dedicada ao Brasil, foi vítima de uma campanha de mentiras e seu governo foi alvo de uma sabotagem articulada por setores inconformados com o resultado das urnas de 2014.

A Folha teve papel decisivo naquela articulação, colocando-se mais uma vez a serviço do que há de pior em nosso país: a ganância dos extremamente ricos numa sociedade desigual e injusta; a intolerância dos poderosos diante de qualquer projeto de transformação desta sociedade.

A presidenta Dilma já deu ao infame editorial a resposta indignada que se espera de uma pessoa mais do que injustamente ofendida. Expôs a verdade dos números e dos fatos sobre seu governo. Pôs a nu as mentiras da Folha neste e em outros episódios que deveriam envergonhar os donos de qualquer jornal.

Participei de todas as eleições presidenciais no Brasil desde 1989 e posso afirmar que nenhum outro candidato sofreu igual perseguição e preconceito por parte da Folha, como aconteceu com Dilma Rousseff.

Diante de uma candidata que lutou contra a ditadura, a Folha publicou uma ficha falsa do DOPS e chegou a inventar um atentado contra um ministro para criminalizar, no presente, a resistência corajosa da jovem Dilma num passado em que o jornal apoiava os torturadores em seus textos e até materialmente.

A Folha que insistiu na mentira sobre uma jovem militante dos anos 1970 é a mesma que, nas eleições de 2018, tratou como irrelevante o passado de um candidato que, assim como o jornal, apoiou os torturadores. Um candidato que confessou ter tramado um atentado terrorista no centro do Rio de Janeiro quando o Brasil já vivia a redemocratização que ele nunca aceitou.

Não tenho dúvidas em afirmar que o ódio dos donos da Folha a Dilma passa por sua condição de mulher. Não pode haver outro motivo para o jornal ter publicado uma ordem proibindo chamá-la de presidenta, no feminino, até nas cartas de leitores, quando Dilma passou a assinar atos oficiais desta forma.

A realidade é que os donos do jornal jamais toleraram a eleição e o governo de uma mulher que enfrentou a ditadura dos torturadores no passado e hoje enfrenta a ditadura da mentira que veículos de comunicação como a Folha querem impor.

Sempre soubemos de que lado está um jornal que defende o teto de gastos, o suicídio fiscal que condena a educação, a saúde e o investimento público. De que lado está quem defende a agenda neoliberal de Paulo Guedes, a privatização selvagem, a demolição dos direitos dos trabalhadores.

A Folha está com Bolsonaro e contra Dilma e o projeto de país que ela representa, sempre esteve. Depois deste editorial infame, muitos ficaram sabendo também que os donos deste jornal são covardes e misóginos, porque para defender seus interesses não vacilam em atacar uma mulher honesta e digna como eles nunca foram.

Luiz Inácio Lula da Silva


23 de ago. de 2020

Pesquisadores acham plástico dentro de 98% dos peixes analisados em estudo na Amazônia

Matheus MagentaDa BBC News Brasil em Londres

Vj



Letícia Leão,

Aluna de Mídia Digital, categoria Animação do Festival do Minuto. Equipe do N.A.D.A Núcleo de Arte Digital e Animação