Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

21 de mar. de 2016

SER MARANHENSE



















Ser maranhense é admirar o francês
Falar bem português
Empregar o “TU” naturalmente
Com flexão verbal fluente

É vagar no Reviver
Do por do sol ao amanhecer
Ser erudito e popular
Sem contudo ser vulgar

É brincar o bumba-boi
Dançar reggae ao luar
Lembrar a criança que foi
E soltar pipa no ar

É degustar o caranguejo
Comer arroz de cuxá
Saber olhar um casarão
Sem com ele se assombrar

É singrar a vastidão do mar
É acompanhar o Divino
E com o badalar do sino
Ir à igreja rezar

É orgulhar-se da sua história
Trazer na memória a sua glória
E poder cumprimentar
Nauro, Montello e Ferreira Gulart


Poesia de Maria Inez Silva Queiroz

16 de mar. de 2016

Lembre-se


A 'poderosa' globo chama brasileiros de desocupados

O desrespeito da globo para com o povo brasileiro parece não ter qualquer limite...

Em sua página de economia, o G1, a 'poderosa' refere-se aos desempregados brasileiros como desocupados.


Por Wilson Vieira

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A entrada do ex-presidente Lula no governo Dilma Rousseff, para assumir a Secretaria de Governo ou a Casa Civil, foi anunciada hoje pela manhã; Lula teria por missão coordenar um plano para "reinjetar um ânimo nacional, com recuperação rápida do emprego"; uma "guinada à esquerda" estaria descartada para não comprometer as diretrizes fiscais apresentadas em fevereiro pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa; no entanto, deverá excluir a reforma da Previdência Social; Lula prevê a destinação de mais recursos ao programa Minha Casa Minha Vida e ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além da ampliação do crédito para a construção civil; ele deve ainda levar para o Banco Central Henrique Meirelles, no lugar de Alexandre Tombini; ele, que já comandou a instituição, chegou a ser cogitado para ocupar o ministério da Fazenda, no lugar do ex-ministro Joaquim Levy

Pedir desculpas faz mal para você




















Tá difícil engolir o orgulho e pedir
desculpas para alguém? Não se
preocupe, a ciência te protege:
recusar-se a pedir desculpas vai
te fazer mais feliz. Ou pelo menos
fortalecer sua autoestima.




A descoberta veio da Austrália. Para entender por que algumas pessoas não pedem desculpa de jeito nenhum, três pesquisadores convidaram 228 pessoas para um teste. Todos descreveram um episódio em que haviam machucado ou chateado alguém. Mas as reações, quando deram a mancada, foram diferentes: alguns chegaram a pedir desculpa, enquanto outros não fizeram nada a respeito ou se recusaram a pedir perdão. Na sequência, cada um precisou responder como se sentia em relação à atitude (corajoso, sincero, passivo, satisfeito, orgulhoso, forte e poderoso).

Quem se desculpou até pareceu mais confiante e feliz do que quem não havia tomado nenhuma atitude. Mas as pessoas que se recusaram a pedir perdão se sentiam mais fortes do que todos: a sensação de poder era bem maior. “Quando você se recusa a se desculpar, você se sente mais poderoso. E esse poder aumenta sua autoestima”, explica Tyler Okimoto, autor da pesquisa.

Num segundo teste, outras 219 pessoas tiveram o mesmo desafio: lembre-se de quando você machucou ou chateou alguém.  À pedido dos pesquisadores, um terço deles escreveu um e-mail de desculpas e outro escreveu um se recusando a pedir perdão (tipo “eu fiz isso, mas você fez aquilo, então é isso”). O restante não precisou fazer mais nada.

Assim como no primeiro teste, todos disseram como se sentiam com a atitude. O resultado foi o mesmo. Nesse caso, mais de 60% dos participantes tinham se desculpado, na vida real, pela mancada.  Mas a maioria não achava tão justo assim pedir desculpa. Ou seja, não foi de coração. Foi só para amenizar a situação.

Ok, então a pesquisa diz: melhor pedir desculpas só quando julgar justo – caso contrário você vai se sentir menos ~poderoso~ e sua autoestima vai lá pra baixo.


Carol Castro


15 de mar. de 2016

ACABOU a PACIÊNCIA – Cada um que protesta traz em si a frustração acumulada de tantas gerações por trabalhar dia após dia por um sistema econômico que finge querer o bem de todos mas concentra a renda [...]



















 blogdokelmer.com

O protesto da babá negra

Talvez ela saiba que quando um governo tem 
como objetivoa equidade social e a 
redistribuição da riqueza do país,
automaticamente atrai o ódio das elites 
econômicas,que lutarão para manter seus privilégios

Esta foto, feita na zona sul do Rio de Janeiro durante as manifestações de 13.03.16, é muito simbólica. Nela está uma família brasileira: pai, mãe, um poodle e duas crianças. Ricos, brancos e bem vestidos de verde e amarelo, eles representam boa parte das pessoas que brada contra a corrupção (mas não contra toda a corrupção, apenas a do PT), que quer derrubar Dilma (mesmo que nada seja provado contra ela) e que exige a prisão de Lula (ainda que, para isso, quebre-se a legalidade institucional).

Ops… Mas há alguém mais na foto. Ela é discreta, meio invisível, mas está ali, sim. É a babá das crianças, em seu uniforme branco, que empurra o carrinho das crianças para que seu patrão, que é banqueiro, possa protestar com a esposa. É negra, humilde e certamente seus antepassados foram escravos. Talvez ela pense exatamente como seus patrões e, enquanto ouve os noticiários da Globo, concorde que o maior problema do Brasil é o PT. Ou não. Talvez ela tenha uma noção mais abrangente da realidade e saiba que, na verdade, o maior problema do Brasil é e sempre foi a desigualdade social. Talvez ela saiba que quando um governo tem como objetivo a equidade social e redistribuição da riqueza do país, automaticamente atrai o ódio das elites econômicas, que lutarão para manter seus privilégios, conquistados a custa de muita injustiça e corrupção.

Talvez essa senhora negra, em seu digno trabalho, tenha a exata noção de que vivemos um momento decisivo, onde temos a oportunidade de melhorar nosso país, mas que é igualmente importante que tudo seja feito dentro da legalidade democrática, e isso inclui investigar e punir a todos que cometeram crimes, independente de partidos. Talvez ela saiba de tudo isso, e assim, discorde de seus patrões, numa discordância silenciosa, é claro, pois ela precisa do emprego.

Talvez nunca saberemos o que pensa a babá negra. Mas sabemos o que as elites econômicas pensam. E elas pensam que diferença de classes é algo supermeganatural, que sempre vão existir ricos e pobres, que eles, os ricos, não têm culpa de existir pobreza no mundo, e muito menos de existirem assaltantes, trombadinhas e outros perigos que os obrigam a andar em carros blindados e contratar segurança particular para seus poodles. Para essas pessoas, é melhorando a vida dos ricos que a vida dos pobres melhora. Por isso, para essas pessoas, o PT é o maior problema do Brasil, pois partidos de esquerda pensam o contrário: é melhorando a vida dos pobres que o mundo melhora.

Ricardo Kelmer 2016 – blogdokelmer.com

13 de mar. de 2016

OBEDECER OU RESPEITAR


O sistema tradicional da nossa sociedade esta desenvolvida a obediência. Não estamos muito longe de regimes políticos autoritários, nem nossa história desligada dos paradigmas do sistema monárquico. Quando do advento da república, no Brasil, a filosofia positivista exercia uma forte influência nos meios políticos e educacionais e caímos num sistema de obediência civil, tendendo a aumentar na medida do endurecimento das constituições que centralizavam o poder nas mãos dos governantes civis. Era o império da obediência civil. Obedecer era, portanto, o mais importante. Obediência nos governantes, obediência nas fábricas, obediência no trânsito, nas igrejas e nas escolas. A queda do imperador não correspondeu à queda do imperial poder. Existia uma obediência para ser cumprida e, para os padrões da época, acabava dando certo. Isso não significa que estávamos assimilando conceitos de cidadania. Se a sociedade civil assim era organizada, as religiosas faziam cair sobre os seus discípulos,  o peso das regras de obediência da própria congregação. No Brasil duas correntes são marcantes: a disciplina militar e, a disciplina religiosa.  Décadas se passaram e ainda encontramos famílias que procuram escolas com o perfil autoritário para educar os próprios filhos. Querem que as escolas façam o que não conseguem mais fazer em casa seja por falta de tempo ou falta de autoridade. Então, buscam instituições que são autoritárias pelo fato de exigir obediência e, não, respeito. Porque há uma grande diferença entre uma coisa e outra.
A obediência é a responsável pela formação de um profissional que reflete, dentro de uma empresa, o famoso "sim senhor". Concorda com tudo. De nada discorda. Sempre diz o que o patrão quer ouvir e acaba não auxiliando o crescimento da própria empresa em que trabalha.
 Respeitar é um estágio muito mais avançado que obedecer. Enquanto a obediência está para um sistema industrial ultrapassado, o respeito é compatível com a sociedade das pessoas. Quem respeita está aceitando a autoridade, não o autoritarismo. Uma sociedade onde exista respeito terá lideranças com autoridade sem serem autoritários. Uma sociedade onde exista obediência terá chefes autoritários sem terem autoridade. Pior: a autoridade existindo não garante o respeito.
Quando o coração que não ama é substituído pelo pulso forte, existirá autoritarismo com a perda do respeito. A  nossa  sociedade precisa de lideres que tenham pulso forte atrás de um coração que ama. Esses formarão para a convivência, ensinarão aos liderados o que é aprender a SER e a CONVIVER.
Obedecer é um estágio pouco evoluído diante do respeitar, este gesto cidadão para o qual devemos nos inclinar e tender.
EVILAZIO RIBEIRO
DIRETOR DE EMPRESAS, Consultor Empresarial, Contador, Graduando em Direito FFB, Mediador do Trabalho ato declaratório n.1 de 06/08/2002 da Delegacia Regional do Trabalho do Ceará.

9 de mar. de 2016

MULHER Quem são as mulheres mais virtuosas da Bíblia?

De Sara a Maria, exemplos emblemáticos
de mulheres que honram a família
Mulheres virtuosas e exemplares, dedicadas à família e ao próximo: as Sagradas Escrituras nos mostram vários testemunhos dessas mulheres tão humanas e corajosas.

No seu livro “Donne di Dio” [“Mulheres de Deus”], as escritoras italianas Antonella Anghinoni e Elide Sivieri comentam: “Na Bíblia, as mulheres jovens, solteiras ou virgens são geralmente descritas como particularmente vulneráveis. A Lei de Moisés as protege da violência, mas não de ser vendidas como escravas”.

O exemplo de Sara

Um exemplo de boa esposa, de acordo com as autoras do livro, é o de Sara, mulher de Abraão, que segue o marido, lhe obedece e o honra (1 Pd 3,6), lhe dá filhos e se mostra boa amiga (e mesmo boa irmã).

Maria

Maria, a mãe de Jesus, acrescenta a esta imagem as características de uma boa mulher, mãe dedicada e companheira de jornada do marido, tanto literal quanto figuradamente.

A mulher ideal

O retrato mais explícito que a Bíblia nos traça da mulher ideal é o elogio contido no livro dos Provérbios (Prv 31,10-31). Ali encontramos a mulher honrada pelo marido e pelos filhos devido à sua virtude: ela dá apoio ao marido, administra os assuntos domésticos, é uma trabalhadora incansável, é ativa nas questões econômicas, cuida das necessidades físicas da família, é solícita no ajudar a comunidade carente, é sábia nos seus ensinamentos e é temente ao Senhor.

As más esposas

Estas imagens bíblicas da boa esposa recebem mais ênfase, por contraste, diante das referências passageiras à esposa má, como Rebeca, a mulher de Isaac, que engana o marido, conspira contra ele e o defrauda, agindo contra a sua vontade. São apresentadas manobras subversivas típicas da pessoa frustrada e de espírito rebelde. O pior tipo de mulher é Jezabel, a esposa do rei Acabe, mulher sem escrúpulos que leva o país e o marido ao culto de deuses estrangeiros; ela é apresentada, aliás, como merecedora da sua morte violenta.

Pura e fecunda

Uma vez que a mulher é aquela que educa a prole, e na prole consiste, para os judeus, grande parte da promessa de imortalidade, a mulher é amada acima de tudo pela sua pureza e fertilidade. A maior maldição que ela pode conhecer é a de um ventre estéril. Seus filhos deveriam ser-lhe arrimo na velhice; sem descendência, ela se expõe a uma velhice infeliz (Noemi, a viúva que tinha perdido os filhos, se considerava por isso “amargurada”).

As mais virtuosas

Dado que as mulheres nos tempos bíblicos eram subordinadas aos homens no campo do poder e na dependência econômica, os retratos mais fortes das mulheres são os que mostram uma coragem incomum para ir além dos papéis convencionais. Os modelos de coragem incluem Joquebede (mãe de Moisés), a profetisa Débora, Jael (a mulher do sogro de Moisés), Ruth (progenitora de Davi), Ester, Abigail (esposa de Davi) e Maria , a mãe de Jesus.

Vítimas do agir dos homens

As estruturas sociais produziram o arquétipo da mulher infeliz, vítima do machismo. Considere-se o uso de Sara como escudo para proteger a vida de Abraão como andarilho em reinos estrangeiros; a concubina do levita estuprada até a morte (Juízes 19,22 a 30); a provação sofrida por Ana como esposa estéril (1 Samuel 1); a filha de Jefté forçada ao sacrifício por causa do voto de seu pai (Juízes 11).

Bela porque boa

Quando se consideram as imagens bíblicas da mulher e do homem, é constante a necessidade de recordar que as condições supremas de valor espiritual são as mesmas, independentemente do sexo de cada um. A mulher virtuosa, qualquer que seja a sua beleza e o seu papel feminino, é virtuosa principalmente porque é boa.

Os escritores humanos da Bíblia alertam assim contra o uso da beleza exterior como critério para determinar o valor feminino (Prv 31,30; 1 Pd 3,3) e louvam como verdadeiro modelo “a mulher temente ao Senhor” e a “de alma incorruptível, cheia de doçura e de paz: eis o que é precioso perante Deus”.

http://pt.aleteia.org/

Saúde!!!


Frei Betto: “Lula seria muito burro se tentasse esconder algo indevido”

Para o escritor e religioso,
um dos fundadores do PT,
Moro prestou um serviço ao partido

Para Frei Betto, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e integrante do primeiro mandato do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a condução coercitiva do ex-presidente pela Polícia Federal, na última sexta-feira, foi um “abuso de autoridade” e deu mais fôlego ao partido, que estava com a autoestima baixa devido às denúncias de corrupção.

Coordenador do Programa Fome Zero, que ainda no começo do Governo Lula foi substituído pelo atual Bolsa Família, ele escreveu dois livros em que analisou os Governos petistas: A Mosca Azul – Reflexão Sobre o Poder e Calendário do Poder. De Quito, para onde foi nesta semana para ministrar palestras, ele respondeu por e-mail aos questionamentos do EL PAÍS sobre o momento político atual.

Pergunta. Como avalia a condução coercitiva do ex-presidente Lula?

Resposta. Vejo como um abuso de autoridade. O juiz Sérgio Moro tem o dever de respeitar os ex-presidentes da República, inclusive Lula. O Ministério Público e a Polícia Federal poderiam ter interrogado Lula em sua casa, não havia necessidade daquela pirotecnia de carro de polícia, homens armados etc. A ditadura militar tratou melhor o ex-presidente Juscelino Kubitschek, ao inquiri-lo, do que Lula foi tratado em plena democracia.
P. Como viu a reação do PT de pedir a mobilização de seus filiados nas ruas? Acredita que a polarização entre os lados pode se tornar algo grave para o país?
R. O juiz Sérgio Moro prestou um serviço ao PT que, devido às denúncias de corrupção que envolvem alguns de seus dirigentes, andava com baixa autoestima. O apoio de amplos setores da população ao Lula demonstra que ele continua a ser um líder de massa, talvez o único hoje no Brasil. Não creio que haverá polarizações graves, além de bate-bocas e empurrões e alguns socos. Porém, me preocupa o fato de o PT não ter aproveitado seus 12 anos no Governo para politizar a nação. Por isso, hoje o debate político é mais emocional que racional.

P. Você acha que a base do PT ainda está disposta a defender Lula, mesmo diante das suspeitas de corrupção e dos cortes feitos pelo Governo Dilma?

R. Sim, a base do PT é integrada pelo movimento sindical, movimentos populares, setores das pastorais populares da Igreja Católica e amplo contingente de eleitores. Embora crítica à desastrosa política de ajuste fiscal do Governo Dilma, essa base se mobiliza quando se trata de evitar o impeachment e a volta da direita no Executivo federal.

P. Você acredita na inocência do ex-presidente Lula?

R. Não tenho nenhuma razão para duvidar da integridade de Lula. Ele seria muito burro se, com uma trajetória de vida tão exposta, tentasse esconder algo indevido.

P. Como vê o fato de o ex-presidente morar e usar com frequência imóveis de amigos?

R. É uma opção dele, e isso nada tem de ilegal, ilícito ou imoral.

P. Como vê o futuro do PT? O que o partido precisa fazer para sair dessa crise?

R. Precisa fazer uma profunda autocrítica. Embora os Governos Lula e o primeiro mandato de Dilma tenham sido os melhores de nossa história republicana, muitos equívocos foram cometidos nesses 12 anos de Governo. Um deles, ter priorizado o acesso dos brasileiros a bens pessoais, como carro, linha branca (geladeira, fogão, micro-ondas etc), TV a cores, celular etc. Deveria ter priorizado o acesso aos bens sociais, como educação, saúde, moradia, saneamento, transporte, segurança etc. Resultado: criou-se uma nação de consumistas e não de cidadãos. Daí a raiva de amplos setores que, sacrificados pela alta da inflação e do desemprego (que já superam dois dígitos), já não pode comprar como antes.

P. Lula já se lançou como candidato para 2018. Ele deve mesmo concorrer ou acha que é o momento de o PT se afastar do poder e se reestruturar?

R. Lula só não será candidato a presidente em 2018 se morrer antes ou se Dilma concluir seu Governo com menos de 10% de aprovação.

P. Qual o caminho para o Governo Rousseff?

R. Mudar a política econômica, mobilizar o apoio dos movimentos sociais, promover reformas estruturais, como as política, agrária e tributária.

P. Mudar a política econômica significa voltar ao desenvolvimentismo? Economistas acreditam que isso pode ser perigoso para o país, neste momento.

R. Perigosa é essa recessão agravada pelo aumento da inflação e do desemprego. Não sou economista, mas se é para fazer ajuste fiscal o Governo deveria, primeiro, exigir sacrifícios de quem tem mais. Promover uma reforma tributária que obrigue os mais ricos, as 5.000 famílias brasileiras que detêm 49% do PIB, a contribuírem mais. Há que impor um sistema tributário justo.


http://redirector.kioskoymas.com/portada/elpais/2317

4 de mar. de 2016

Ensaio sobre a preguiça



Uma leva de pensamentos sobre como seria o mundo sem o trabalho transcorre “o telencéfalo altamente desenvolvido” de um animal possuidor do “polegar opositor” (ILHA DAS FLORES, 1989), o então ser humano, que está a contemplar o mar em um fim de tarde. Mas, no mesmo instante, no mais íntimo momento de solidão em uma estação de metrô depois de dez horas de labuta em uma fábrica, o pai de família se orgulha de ter vendido seu corpo, pois bem sabe que “o trabalho dignifica o homem”. Ambos cristãos-ocidentais são donos de uma vida economicamente distinta, de diferentes graus de escolarização, no entanto, ambos e suas famílias abominam a preguiça: “O laço que ata preguiça e pecado é um nó invisível que prende imagens sociais de escárnio, condenação e medo” (CHAUI, 1991, p 10). Com o desenrolar das décadas, a façanha das máquinas, a produção do sentido da vida – “mediocridade feliz” -, o pecado se faz imoral à sociedade numa confusão com a própria ética. E assim, os ambos se multiplicam em múltiplos e diversos outros homens e mulheres que fazem da preguiça a fraqueza, o vício, a causa das criminalidades, a extrapolação dos prazeres, a destruição da família, a propensão da vida com menos racionalização de promessas futuras, a possibilidade da vida no espírito trágico.

A preguiça de um deve ser maquiada de outrem, assim, o medo do inferno em troca do medo dos olhos e bocas alheios. O céu adquirido com o emprego dos sonhos nos formatos mais diferenciados que a contemporaneidade tem produzido: operário, estagiário, profissional autônomo, liberal, funcionário-público, no modelo de trabalho tradicional ou com a gestão colaborativa. Mais os anos passam, mais “o trabalho como um freio para as nobres paixões do homem” (LAFARGUE, 1991, p 70), um dogma edificante da modernidade, da sociedade industrial, esta que em “sua instauração supõe não só transformações econômicas e tecnológicas, mas também a criação de novas regras do jogo, novas disciplinas” ( PERROT, 1988, p 53). Se na França do século XIX os operários eram os excluídos da história, que dizer dos preguiçosos convictos?

Lafargue ao escrever sobre a preguiça em 1880 pressupôs a falência do ócio justamente em uma época em que “burguês”, “proletariado”, “capital” e “trabalho” eram um dos termos efervescentes dos textos e discussões do cerco intelectual. No mesmo período em que se desenvolviam novas tecnologias, a ascensão da máquina, a criação de indústrias, aprimoramento da produção, teve início a percepção das estratégias de controle do operariado, a construção dos conceitos de “exploração da força de trabalho”, a “mais-valia”, a “luta de classes”, apontados por Marx, a “propriedade” criticada por Proudhon, entre tantos outros como Bakunin, Engels e Weber que conectados em suas trupes -anarquismo, comunismo ou socialismo e seus derivados - rompiam com a aceitação do modo de produção do momento. Segundo Chaui, os escritos de Lafargue que compilam o livro O Direito à Preguiça, vão de encontro com o “trabalho alienado”, conceito também explanado por seu sogro, Marx. Uma escrita ácida e sarcástica, de uma fala direta com os personagens do texto, burgueses e proletariados:

Trabalhem, trabalhem, proletários, para aumentar a riqueza 
social e suas misérias individuais, trabalhem, trabalhem para 
que, ficando mais pobres, tenham mais razões para trabalhar 
e tornarem-se miseráveis. Essa é a lei inexorável da 
produção capitalista.(LAFARGUE, 1991, p 79)


As palavras de Lafargue são ousadas, expõem a sujeição do proletariado do século XIX à uma força que nos tempos gregos, por exemplo, era reservado aos escravos; utiliza de termos religiosos que escamoteiam a sua ira numa ironia que desvela o espírito do capitalismo de Weber quando redige sobre a ética protestante. Destarte, o “Progresso” como o novo Deus para as quais as louvações da classe trabalhadora está direcionando a fé. E ainda a tradição familiar contestada no seio da disciplina fabril instalada.

Embora, alguns dos conceitos disseminados nesse período do escrito de Lafargue estejam hoje enfraquecidos devido à industrialização ter tomado outros rumos, o quarto pecado capital soprado por entre as frestas da igreja e do estado, é presente nos cálices e nos devaneios da atualidade. Muito timidamente, a preguiça agenda hora para se manifestar nesses corpos: As férias, os finais de semana e os feriados, tão ocupados pelos novos trabalhadores quanto os semáforos das metrópoles ocupados com seus e “vadios” e “vagabundos”.


Sobretudo, na maquinaria que perdura, a dignidade ainda perpassa pelo ato de trabalhar e a preguiça ainda é a destruidora dos lares e a geradora de culpa. Nenhum triunfo de “progresso” almejado no século XIX, apenas a transformação do trabalho.

Fabiele Lessa - Acadêmica do 5º semestre de História FURB.

Referências
LAFARGUE, Paul. O direito a preguiça. 3. ed. Lisboa: Teorema, 1991?
ILHA das Flores. Direção: Jorge Furtado, 1989.

PERROT, Michele. Os excluídos da história: operários, mulheres e prisioneiros. - Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988. p. 53- 125.

Orwell versus Huxley - E tudo virou verdade...


Hoje faremos uma comparação sobre dois dos maiores escritores de “ficção” de todos os tempos. No nosso Corner direito, nascido em Motihari, em 1903 e pesando 82 quilos: George Orwell, autor de “1984” e “A revolução dos Bichos”; No outro corner, nascido em Godalming em 1894 e pesando 95 quilos: Aldous Leonard Huxley, autor de “Admirável Mundo Novo”.

Comparativo de escritores:










Author: Marcelo del Debbio\Teoria da Conspiração

Após depor na PF, Lula chega à sede do diretório do PT em SP

Foto: Suamy Beydoun / Futura Press

O Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou há pouco na sede do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), no centro de São Paulo. Um carro preto com vidros escuros entrou por volta das 12h40 na garagem lateral do prédio onde estão reunidos desde cedo vários dirigentes do partido.


No momento da chegada do carro, alguns militantes reunidos na porta do prédio gritaram o nome de Lula. Os militantes também gritam "Não vai ter golpe". O partido não confirmou se o ex-presidente falará com a imprensa ainda hoje no local.