Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

23 de dez. de 2016

Marionete no planalto





Poema de Natal - Vinicius de Moraes


Galera do WhatsApp: Novo golpe do WhatsApp já atingiu mais de 100 mil usuários

 
"Whats Espião" leva o usuário a compartilhar e
fazer download de link falso
 
Um novo golpe do WhatsApp, que já afetou mais de 100 mil usuários, foi identificado pela empresa de segurança PSafe. O ataque finge oferecer uma nova função no aplicativo: a de saber o que e com quem os seus contatos estão conversando. Para isso, é preciso acessar um link falso, que aparece no próprio app, fazendo com que você corra o risco de ter os seus dados expostos e roubados.
 Para ativar o recurso, o falso comunicado induz o usuário a compartilhar o link com dez amigos e baixar o WhatsEspião, a tal "nova" funcionalidade. Em seguida, a vítima é orientada a preencher os seus dados em sites maliciosos, deixando o aparelho vulnerável a outros tipos de crimes. O prejuízo também é financeiro, já que o vírus cadastra o do usuário número em um serviço pago de SMS.
Para evitar esse e outros golpes, o CEO da PSafe recomenda que os smartphones sempre tenham um antivírus instalado, e que os downloads sempre sejam feitos em lojas oficiais, como o Google Play e a App Store. A assessoria do WhatsApp reforçou que não utiliza o aplicativo para mandar esse tipo de mensagem, em que trabalha para reduzir pop ups indesejáveis que cheguem aos sistemas dos usuários.  
As informações são da  InfoMoney  e do  Portal N10  .
 
 

 
 
 

Esqueça a ficção científica. A Inteligência Artificial já está em nossas vidas. - Postado 14 dezembro , 2016 Por Microsoft News Center Brasil - Por Paula Bellizia //


Filmes de ficção científica criaram uma imagem romântica da Inteligência Artificial. São histórias de amor impossíveis entre pessoas e máquinas, como em Ela (2014) ou AI (2001), ou robôs malvados, como o Exterminador do Futuro (1985). Esqueça o que você viu no cinema. A Inteligência Artificial, ou simplesmente IA, já é realidade – e é algo muito diferente.

Graças ao poder da computação em nuvem, a algoritmos avançados e à capacidade de análise de dados, esse campo da tecnologia explodiu. Cientistas de dados e desenvolvedores estão livres para criar – hoje – tecnologias com que nós apenas sonhávamos há poucos anos. Alguns exemplos: em parceria com o Uber, desenvolvemos um sistema de reconhecimento facial por smartphones que traz mais segurança a motoristas e passageiros. Anunciamos há algumas semanas uma parceria com o Hospital 9 de Julho, de São Paulo, para desenvolver um sistema que identifica riscos de queda de pacientes internados. Estes são apenas alguns casos. O que esses exemplos têm em comum? Eles são casos práticos que demonstram que a partir da análise de grandes quantidades de dados, convertendo-os em inteligência, é possível resolver problemas cotidianos das pessoas e das empresas. A Inteligência Artificial tem um poder de inovação que vai além dos negócios. Ela pode trazer um salto de qualidade de vida e conforto para toda a humanidade.

Eis a nossa visão: a Microsoft escolheu o caminho da democratização da Inteligência Artificial. Dessa maneira vamos transformar o que parecia ficção científica em realidade. Rapidamente. Estamos tomando uma série de medidas para que IA faça parte do nosso dia a dia. Hoje, 5.000 cientistas e engenheiros da Microsoft Research em todo o mundo se dedicam à missão de desenvolver a tecnologia de IA.  Também anunciamos na semana passada uma parceria com a OpenAI, a organização de pesquisas sem fins lucrativos fundada pelo bilionário Elon Musk, dono da Tesla.

 Só conquistaremos nosso objetivo se trabalharmos ao lado de programadores. Por isso, investimos em educação. Disponibilizamos cursos gratuitos de IA para desenvolvedores de todo o mundo – eles estão abertos na Microsoft Virtual Academy (em inglês). Também abrimos, na plataforma de cursos online de Harvard e do MIT, um curso para quem deseja iniciar na área de ciência de dados. O resultado dessas iniciativas é uma aceleração na adoção da IA. Mais de 50.000 desenvolvedores em todo o mundo já estão produzindo bots com tecnologia Microsoft.

E o que vamos fazer com Inteligência Artificial? A tecnologia está aqui para eliminar obstáculos da vida real. Na Microsoft, organizamos nossa visão sobre Inteligência Artificial em quatro frentes:

Agentes – São as assistentes pessoais, como a Cortana. Elas resolvem e eliminam as tarefas simples do dia a dia, como por exemplo, aprender o caminho que fazemos para o trabalho e nos avisar todas as manhãs como está o trânsito.

Aplicações – É possível infundir inteligência em cada app que usamos. A Microsoft, por exemplo, comprou em fevereiro deste ano a SwiftKey, que faz um dos mais usados corretores de teclado virtual. Com IA, o corretor vai aprender como escrevemos, as palavras que mais usamos. O teclado não está mais conectado à máquina, mas a você.

Serviços – Possibilitar que desenvolvedores em todo o planeta usem esses serviços inteligentes ou cognitivos para a construção de soluções aplicáveis à resolução de qualquer problema da sociedade. Por exemplo, ao lado da Volvo, criamos um carro inteligente, que reconhece movimentos inseguros da pessoa ao volante e soa alarmes para evitar acidentes.

Infraestrutura – A nuvem é o único lugar onde a capacidade computacional de Inteligência Artificial pode ser construída. É esse poder de processamento que está ajudando oncologistas a vasculhar automaticamente milhões de trabalhos para encontrar uma pesquisa genômica aplicável ao diagnóstico de um câncer específico. A genética pode agora fazer em horas algo que antes levava meses. Essa é a escala de grandeza.
 
Vale dizer também que essa nova onda promissora também traz desafios porque vai eliminar posições de trabalho que envolvam tarefas repetitivas e automatizáveis. E novas profissões surgirão. Por isso, precisamos criar condições para que os brasileiros e brasileiras possam competir em um mercado de trabalho global e mais competitivo. Nós temos na Microsoft um conjunto de programas de apoio à educação e ao empreendedorismo que chamamos de Jornada Empreendedora. É o principal compromisso da Microsoft com o Brasil.
 
A IA é uma grande oportunidade.  As ferramentas estão aí. E uma última boa notícia: os desenvolvedores e programadores brasileiros não só dominam as novas tecnologias como são reconhecidamente criativos e inovadores em seu uso.
 
Com isso, esqueça a ficção científica. Sem dúvida, inteligência artificial é uma realidade.

Read more at http://news.microsoft.com/pt-br/esqueca-a-ficcao-cientifica-a-inteligencia-artificial-ja-esta-em-nossas-vidas/#8CMOPWSAYBKrJIGI.99

22 de dez. de 2016

Tolerância, serenidade e partilha:> Feliz Natal!!!!!


O que Deus dá: O Homem partilha!

O que tiver muito, receberá ainda mais!
(Mc. 4,25)

Os dons que cada um recebe são para usar,
pôr ao serviço dos outros,
para o bem comum!

Quanto mais se dá,

                 mais rico se fica!!!
 
Quem muito "calcula" o pouco que tem
e, para si só, guarda,
 
acaba por perder tudo o que lhe foi dado,
 
                        porque para nada serviu.

A Irmã, Madre Teresa de Calcutá, dizia:
 
"Tudo o que não se dá, perde-se!"

O homem que acende o cigarro em um ônibus em chamas somos todos nós em 2016

captada na terça-feira, 13, pelo fotógrafo Adriano Machado em Brasília.

Francesa Total compra participação no pré-sal


A Petrobras anunciou nesta quarta-feira que cedeu à francesa Total sua participação em dois campos de petróleo em águas profundas (pré-sal) e em duas centrais térmicas, por 2,2 bilhões de dólares.

O acordo prevê à cessão à Total de 22,5% dos direitos de exploração do campo de Iara e de 35% do campo de Lapa, que começou a operar na terça-feira, na costa do Estado de São Paulo.

As duas empresas estarão associadas em partes iguais nas centrais térmicas Rômulo de Almeida e Celso Furtado, no estado da Bahia, com capacidade de geração de 322 MW.

 O anúncio foi realizado em uma coletiva convocada de forma imprevista na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, com a presença do presidente Pedro Parente e do CEO da Total, Patrick Pouyanné.

O acordo oferece à Petrobras a opção de assumir 20% do bloco de Perdido, no setor mexicano do Golfo do México, adquirido por um consórcio formado por Total e Exxon em 5 de dezembro passado.

 Total e Petrobras firmaram em outubro uma "aliança estratégica".

A Petrobras, abalada pela queda nos preços do petróleo e pelo escândalo de subornos envolvendo políticos e empreiteiras, anunciou em setembro um "plano estratégico" que prevê um corte de 25% em seus investimentos no período 2017-2021.

14 de dez. de 2016

Tempestade em Faro provoca a queda de uma Couve idosa

Foi em Faro que tudo aconteceu, (mais precisamente na Urbanização das Gambelas, muito perto da Universidade do Algarve).


  
Tudo aconteceu devido à forte tempestade que se abateu nesta localidade, na noite de 15 para 16 de Fevereiro, onde se registaram precipitações superiores a 13 litros/m2, com ventos que rondaram os 47 km/hora, tendo, algumas rajadas, atingido os 68 km/hora, segundo dados do Windguru, referentes a Faro.



O caso é que uma couve de idade avançada da variedade Brassica oleracea, grupo Acephala, também conhecida por couve-galega, couve de folhas, ou caldo verde, tombou por força da tempestade, ficando atravessada no caminho a dificultar a passagem.



(Algumas couves já são tão velhas que passam o tempo encostadas ao muro a espreitar o que se passa fora do quintal).


As autoridades, (neste caso os proprietários), dirigiram-se de imediato ao local (só quando deixou de chover), tendo-se deparado com a referida tragédia.



Tratava-se de uma das cinco mais antigas couves do quintal
e que já deram muita panela de cardo verde.


As raízes foram arrancadas pela força da intempérie e a planta jazia prostrada no caminho.


Foi necessário algum equipamento de peso para se proceder ao corte, à remoção dos destroços e à desobstrução da via.



Depois de cortado, o tronco recuperou de imediato a sua verticalidade, esperando-se que volte a dar rebentos e a recuperar o seu aspecto viçoso.


Quanto à parte das folhas, vai ficar a aguardar na cozinha, nas suas novas funções decorativas numa jarra, enquanto aguarda a confecção do próximo caldo verde ou de um prato de bacalhau com todos.



Daqui é tudo, a emissão pode regressar ao estúdio.



(Já basta de tanto nabo a olhar para uma couve).


Blog IDEIAS COM SUMO-  POR 

Do site Listas Literárias, a indicação de 10 livros de Monteiro Lobato, um dos maiores propagadores do folclore brasileiro.



1 - Urupês: Lançado em 1918, este livro apresenta pela primeira vez um dos personagens mais marcantes da literatura lobatiana: o caipira Jeca Tatu, um "sombrio urupê de pau podre a modorrar silencioso no recesso das grotas". Com ele, Lobato antecipa uma postura ecológica ao defender o meio ambiente, explorando temas como a queimada e o desmatamento no Vale do Paraíba, alertando, com o conto "Velhas Pragas", sobre as causas do empobrecimento do solo.

2 - A Chave do Tamanho:Nessa história, Dona Benta e toda a turma do Sítio do Picapau Amarelo estão tristes com as notícias que chegam pelo rádio e pelos jornais contando sobre os bombardeios e as mortes causados pela guerra. Escondida de todos, Emília resolve dar um jeito nessa situação e parte para uma aventura arriscada que pode acabar com toda a civilização.

3 - Cidades Mortas: Publicado em 1919, reúne 25 contos, entre escritos de juventude e textos posteriores. Neles, Monteiro Lobato retrata, de forma crítica e bem-humorada, os costumes provincianos dos povoados do interior do Brasil, relegados à decadência após um passado de prosperidade promovido pela cultura do café.

4 - América: Os encontros entre o protagonista da narrativa e o inglês culto e erudito já visto em Mister Slang e o Brasil, rendem diálogos ocorridos em uma série de visitas a diferentes cidades americanas, onde os dois fazem comparações entre a realidade brasileira e a americana.

5 - Caçadas de Pedrinho: Onças, veados, jaguatiricas, tatus, gaviões, besouros cascudos e até um rinoceronte fugido de um circo passeiam pelas páginas do livro Caçadas de Pedrinho, escrito por Monteiro Lobato em 1933. Nessa história, Pedrinho e uma expedição formada por Narizinho, Emília, Rabicó e Visconde de Sabugosa vão à caça de uma onça-pintada escondida na mata fechada do capoeirão de taquaraçus perto do Sítio do Picapau Amarelo.

6 - Histórias de Tia Nastácia: Se folclore é a sabedoria do povo (do inglês folk, povo e de lore, sabedoria), quem melhor que Tia Nastácia para contar histórias e causos do folclore nacional? Em torno da cozinheira do Sítio do Picapau Amarelo, Pedrinho, Narizinho e Emília passam horas ouvindo desde clássicas fábulas da literatura mundial a contos populares brasileiros...+ no Submarino

7 - Ideias de Jeca Tatu: Lançado pela primeira vez em 1919, o livro Idéias de Jeca Tatu é uma reunião de 35 artigos de Monteiro Lobato publicados na imprensa paulista da época. Esses textos defendem uma identidade brasileira e abordam temas diversos que vão das artes plásticas à literatura, da estética à mitologia, sempre com a visão crítica e autêntica de Lobato...+ no Submarino

8 - O Picapau Amarelo: Depois de receber uma carta do Pequeno Polegar, Dona Benta aceita ter os habitantes do País das Maravilhas como os novos moradores do Sítio do Picapau Amarelo. Com a presença de Peter Pan, Dom Quixote, Branca de Neve, Aladim, Gata Borralheira e muitos outros personagens, o Sítio se torna palco de grandes aventuras e muitas confusões, como quando o Mar dos Piratas transbordou e alagou o castelo da Branca de Neve, causando medo na princesa e nos anões...+ no Submarino

9 - O Presidente Negro: Único romance adulto de Monteiro Lobato, passa-se nos Estados Unidos e aborda temas como a segregação racial, aculturação, feminismo e ainda profetiza o surgimento de uma rede pela qual as pessoas se comunicariam e trabalhariam à distância, semelhante à internet. Através das lentes do "porviroscópio", aparelho capaz de prever o futuro, Lobato leva os leitores para 2228, ano em que o personagem norte-americano Jim Roy, um negro, concorre à presidência...+ no Submarino


10 -Saci-Pererê - O Resultado de um Inquérito: é uma investigação acerca da real identidade da conhecida figura do nosso folclore. Por meio de diversos depoimentos vindo de todas as partes do Brasil sobre as características do Saci, Lobato traça neste livro muito mais que o perfil desta figura folclórica, mas sim um retrato do próprio brasileiro da época... + no Submarino

Mário Sérgio Cortella e a "Vida Miojo" - Acerca da mistura que fizeram entre instantaneidade e informação.


Dúvida do Fiel Pedro Rodrigues Araujo": quem apoiar?!


"Pastor, estou numa dúvida muito pesada na minha cabeça aqui. Sempre ouço o Pastor Edson no culto dizer que devemos confiar nas palavras dos homens de Deus. Nessas eleições, por exemplo, eu tentei seguir esse conselho do pastor. Mas não consegui. Olha só esse segundo turno: eu moro no Rio, pra governador tem o Crivella, que é Bispo da Universal, Igreja porreta de boa, e tem o Pezão do outro lado, que é apoiado pelo Malafaia! Pra presidente não tenho dúvidas, o Aécio é apoiado pelo servo de Deus Pastor Feliciano.


E agora? Ou tem alguém errado, ou Deus tá confuso igual eu? Não sabe quem apoiar nessa eleição?!

Caro irmão Pedro,

Entendo sua confusão. Mas que fique claro, Deus, que testou Abraão no monte, tem seus desígnios, seus mistérios, não nos cabe questionar. Veja bem: no fim DEUS sempre vence. Ele apoia ambos os lados, o que significa, claramente, que só haverá benefícios ao povo carioca o resultado dessa eleição! Tenha fé, não tem o que perder! Aleluia!!!

Já para presidente é óbvio. Escolher entre um apoiado por Deus, e outra servo do 'Vermelho' , não há o que duvidar.


Pastor Paulo Tarso de Oliveira.

Por que a Missa do Galo tem esse nome? Por Gabriela Monteiro




Há quatro teorias para explicar a origem do nome. 



A primeira, mais divulgada pela fé católica, se refere 
a um galo que cantou quando Jesus nasceu 



Existem algumas hipóteses sobre o nome da missa celebrada na véspera de Natal, mas ninguém sabe ao certo.

A mais aceita, segundo a fé católica, diz que um galo teria cantado à meia-noite do dia do nascimento de Jesus, anunciando a chegada do Messias – a única vez que um galo teria cantado em um horário tão estranho.

Outra lenda diz que em um galo cantou três vezes quando o apóstolo Pedro negou conhecer Jesus. Por isso, os lavradores espanhóis costumavam matar um galo à meia-noite do dia 25.

Há ainda outras duas hipóteses. Uma diz que o animal simboliza o amanhecer, celebrado pelos pagãos como forma de agradecimento ao Deus-Sol – uma tradição que foi eventualmente absorvida pelo culto cristão. A outra afirma que a Missa do Galo leva esse nome porque termina tão tarde que os galos já estão cantando o amanhecer ao final da celebração. 

18 de nov. de 2016

Alguém já ouviu falar dos Adulteens?



São marmanjos(as) que acreditam que não envelheceram. Que trocaram o pijama listrado pela hidroginástica. Nunca leram Philip Roth. Eles apostam todas as fichas num treco chamado “qualidade de vida” e querem prolongar essa mesma vida (de merda) até os 150 anos.

A ciência - que se diz evoluída - trabalha em função dessa perspectiva. Vejam só. Em vez de diminuir o tempo de sofrimento do ser humano sobre a face da terra, os cientistas esticam as decrepitudes dos adulteens até a última granola de morfina.

Não dá para entender: essa gente respirou o mesmo ar de Tarso de Castro, Vinicius de Moraes, Fausto Wollf e tantos outros. Tiveram acesso a boa informação e podiam fumar e beber tranquilamente sem que ninguém lhes enchesse o saco. Não seria o caso de dizer que traíram o tempo em que viveram?

No lugar da rabujice, o anal bleaching, as saladinhas orgânicas.

Vivemos uma época redundante e excêntrica. Você anda pelas ruas e se depara com essa “gente do bem" atrás de seus poodles ... catar cocô de mendigo ninguém quer, né?

Tive notícia de um “ateliê de tatoos” especializado na "melhor idade" que – pasmem - funciona no mesmo endereço de uma “clínica de reposição hormonal”. Não é brincadeira, não.

Tem mais. Depois de "malhar", as madames e os "madamos" vão tomar cafezinho em livraria. Para os Adulteens, Maitê Proença e Adriana Calcanhoto são intelectuais de alto calibre. São eles que batem cartão na Flip a fim de tietar escritores que nunca leram, os mesmos que adquirem cuecas sujas de traficante colombiano em leilão do Jockey Club ( pré-adolescentes com mais de trinta e cinco anos decerto lembram desse episódio).

Enquanto a economia ia bem eram de esquerda, hoje acompanham os netos nas passeatas e pedem a volta de Gengis Khan. 

Assim – fingindo o que não são apenas para serem iguais às farsas que representam – desfilam suas pelancas recauchutadas e roupas de grife nos coquetéis da ocasião e, com o mesmo empenho que protestam nas ruas, organizam mutirões para aliviar o sofrimento dos fodidos e mal pagos.

Não teve enchente? O que não falta é causa pra defender, basta trocar os desabrigados de Niterói pelos degolados da Síria ou pelos monges indefesos do Tibete... e por aí vai.

As madames e madamos são capazes de fazer qualquer negócio para interagir, menos dar um copo d'água pro mendigo que ousou defecar na calçada onde desfilam seus poodles.

É esse tipo de gente que sonega imposto de renda, e torce para o Elton John voltar ao Brasil. Se Jesus não volta, Elton John voltará - retificado!

Penso que a conjunção disso tudo - e mais a pizza de chocolate com borda recheada – aponta para a evidência incontestável de que o ser humano está cada vez ... eu não diria cada vez mais “Teen” ... digamos, cada vez mais asshole. 
 

Por Marcelo Mirisola

NEM FOI CULPA MINHA

 
  Tudo já era noite e o dia indo, já tão distante. A cidade, iluminada meio a uma névoa e o cristo brilhando como uma estrela. Brilhava e eu olhava, com o pensamento distante buscando lugares tão cheios de esperanças, mas que não se pode chegar. Lá do morro da colina, que já subimos tantas vezes, nos cuidando, e hoje só, olhando lá de cima vendo ali o Tupinambás e lá o Paraibuna. Que coisa bonita de olhar! Mas, fome é um troço danado que dá em qualquer lugar. Ali, eu me confundia. Dor e fome. Vou contar só pra relaxar: - A Lanchonete do outro lado da rua me parecia coisa de ontem, bem recente, pois ainda não tinha visto. Uma novidade que eu não soube evitar. Uma latinha e uma empada, e era a última, eu tinha que pegar. Um copo, latinha, empada e mesas com cadeiras vazias, um convite que também não pude evitar. Uma televisão, ligada, mostrava o Ratinho , de frente, não pude ficar. Um jornal vermelho, encima de uma mesa me atraiu. Pequei e li. Achei tão raro, que brincando, zoando, fotografei e hoje estou publicando. Uma capa tão original e nem foi culpa minha.


Marajá, Saramago, réveillon equivocado - Por AFFONSO ROMANO DE SANT'ANNA




Queria fazer duas mil bibliotecas novas
17.12.1995
Semana desagradável: o Ministério do Bresser divulga que sou um dos “marajás”[1] da República. Se fosse piada, não teria graça. Um desatento listou funcionários que ganhariam mais do que o presidente da República. Surrealismo puro: primeiro é mentira. E para o cúmulo do ridículo, estou entre os seguintes “marajás” listados pela imprensa: João Cabral de Mello Neto, Darcy Ribeiro, Heloisa Buarque. Mandei um fax ao Bresser e à Casa Civil. No dia seguinte, ele se desculpou pelos jornais. Mas é um dano irreparável para uma leitura apressada dos fatos. O que pensar das notícias que saem nos jornais? Fiz uma crônica a respeito: Eu, Marajá. Mando para dúzias de jornais além de O Globo. Roberto da Matta, indignado com a lista, dá o apoio e faz violento artigo no Jornal da Tarde — Da lista de Schindler à lista do Affonso.
 
01.01.1996
Fomos à casa de Baena Soares na Avenida Atlântica. Um equívoco. Tônia Carrero me deu o endereço do Roberto Dávila equivocado. E acabei noutro endereço, noutra festa.
 Vista excelente para a praia. Lá o Bambino (Sebastião do Rego Barros), Tite (Cristina), Saraiva Guerreiro, Luís Felipe Lampreia e Ligia Marina.
 Entramos no réveillon errado. Nos desculpamos, já era tarde. Ainda bem que eram todos amigos… Vou fazer uma crônica sobre essas coisas engraçadas e mandar uma carta ao Baena, que conheço[2].
 
30.01.1996
Depois de cinco anos, consegui que o Prêmio Camões fosse entregue em Brasília, no Palácio. Não sei quantas vezes fui ao Itamaraty, ao Palácio, ao MinC, às embaixadas falar da necessidade de se fazer isso. Agora deu certo. Saramago e Pilar felicíssimos. Pedi a ele o discurso autografado para a seção de Obras Raras da BN. Jantamos com ele, no Veccia Cuccina.
 Conferência de Saramago no auditório da embaixada de Portugal em Brasília, cheíssima. Ele falando, contando sobre sua peça, sobre Camões sobre seus textos transformados em ópera. Um escritor de sucesso. Que começou aos 53 anos, quando perdeu o emprego no Diário de Notícias.
 Pilar é bonita e inteligente. O jantar terminou com eles cantando a Internacional em espanhol, Saramago com a letra de Portugal; Zélia e Jorge, na letra brasileira. Comunistas. Recordar é viver. Mas ali comentávamos esse hino. Havia um toque de saudosismo e deboche. Mudam-se os tempos.
 
14.02.1996
Nesses dias, Marina no terraço diz às 17 horas: “Hoje, 3 de fevereiro de 1996, Affonso nunca mais terá 58 anos nem verá jamais essa tarde”. Referia-se à FBN que me devora. Deixou um bilhete com algo sobre isso escrito. E com razão. Eu vou me cansando de estar ligadíssimo, lutar como um leão, a ponto de as pessoas do meu próprio gabinete acharem que deveria trabalhar menos.
Queria fazer duas mil bibliotecas novas, informatizar a instituição, construir o Anexo, etc.
 Às vezes, me desanimo. Lembro frase do Carlos Nascimento Silva ( meu ex-aluno e romancista): “Você fica aí deixando sua literatura de lado, depois vem outro e desfaz tudo o que você fez na BN”.
 Olho para os três anos que faltam como um peso nos ombros. E não sei se esse o governo vai realizar o que planejei. A conversa é sempre a mesma: falta de dinheiro, equilíbrio do orçamento.
 
24.08.1996 até dia 31
Fui demitido da FBN por Weffort em 12.7.1996. Tinha ido para uma reunião em Brasília no MinC, com Tomás, diretor de administração da FBN. Antes houve uma conversa com a assessora do Weffort (Dely), que já sabia da demissão, mas tratou comigo das coisas burocráticas normalmente. Weffort me chama ao gabinete antes da reunião programada: aquela conversa torta, de que precisava do meu cargo. Queria que eu ficasse figurativamente mais um tempo enquanto ele arrumava as coisas. Disse-lhe: “Faço questão que me demita para que isso entre para o seu currículo”.
 E na conversa, evidentemente desagradável, lhe disse: “Você não sabe da cagada que está aprontando, os planos que serão interrompidos nacional e internacionalmente”.
 Ele ainda falou aquela coisa imbecil que se fala nessas ocasiões: “Espero poder encontrá-lo futuramente noutra situação”.