12 de jul. de 2019
Deputados brasileiros adotam reforma previdenciária
O sistema futuro, crucial para as finanças públicas do país, deve economizar 168 bilhões de euros em dez anos.
Por Claire Gatinois Publicado terça- feira às 11:30, atualizado às 12h12
Leia: >>> https://www.lemonde.fr/economie/article/2019/07/12/les-deputes-bresiliens-adoptent-la-reforme-des-retraites_5488562_3234.html
Sobre assumir embaixada e sobre toma lá dá cá
Eduardo Bolsonaro diz ter bastante experiencia
para assumir embaixada em Washington
"Já fritei hambúrguer nos EUA"
11 de jul. de 2019
Receita simples. Sair um pouco do velho e delicioso arroz com feijão.
ARROZ VIETNAMITA
Receita de arroz frito vietnamita
- 1/2 pimentão laranja ou vermelho (pedaços médios/grandes)
- 1/2 pimentão amarelo (pedaços médios/grandes)
- 1/2 xícara de cebolinha (pedaços médios/grandes)
- 1 cenoura média cortada em fatias
- 1 cebola média (pedaços médios/grandes)
- 1/2 punhado de manjericão - 450g de frango
- 2 ovos - raspas de limão
- 2 xícaras de arroz já cozido, de preferência sem tempero e pouco sal.
- 1/2 pimenta dedo de moça cortada em pedaços pequenos (se quiser que o prato fique mais apimentado, basta deixar as sementes e a parte branca interna)
- 2 dentes de alho picados
- 1/2 xícara de amendoim (pouco sal, torrado)
Molho
-1/2 colher de sopa de vinagre de arroz (ou saquê)
- 1 colher de sopa de óleo de gergelim tostado
- 4 a 5 colheres de sopa de shoyo
- 1 pitada de pimenta calabresa
- Gostou do Tô Bem na Cozinha?
10 de jul. de 2019
A PF vem aí
PF ataca grupo por fraudes e desvios na construção de UBS em Barbacena
A Polícia Federal, a Controladoria-Geral da União e a Receita deflagraram nesta terça-feira, 9, a terceira fase da Operação Desvia, com objetivo combater fraude em licitação, corrupção e desvio de recursos públicos federais na contratação de obras para a construção de Unidades Básicas de Saúde em Barbacena (MG), durante os anos de 2013 e 2016.
A força-tarefa cumpre 15 mandados de busca e apreensão nos municípios mineiros de Belo Horizonte, Barbacena, Itatiaiuçu e Nova Lima. Foram mobilizados 10 auditores da CGU, sete auditores da Receita e 65 policiais federais.
As duas primeiras etapas da Operação Desvia foram desencadeadas nos dias 21 e 23 de maio.
As informações foram divulgadas pela Assessoria de Comunicação Social da Controladoria.
As investigações tiveram início com trabalho da PF, que aponta ‘indícios de irregularidades’ na execução de cinco obras referentes ao Programa de Requalificação – construção, ampliação e reforma – de Unidades Básicas de Saúde, e foram seguidas de apuração conjunta com a CGU e a Receita.
Segundo a Controladoria, as apurações indicam que Barbacena celebrou o Contrato de Empreitada nº 005/2016 com a construtora investigada, vencedora do processo licitatório n.º 025/2015, que deveria ter construído UBSs nos distritos de Pinheiro Grosso e Torres e nos bairros Santo Antônio, Monte Mário e Santa Luzia.
As obras, no entanto, ‘permanecem inacabadas e abandonadas’. O valor do Contrato de Empreitada era de R$ 2.708,869,99, após reajuste de 16% aprovado em agosto de 2016.
Na prestação de contas, a prefeitura de Barbacena informou que concluiu, com a terceira colocada no processo licitatório, as tratativas para que as obras das UBSs citadas sejam retomadas. Mas, segundo a Controladoria, a terceira colocada também está sendo investigada por ter deixado obras inacabadas na mesma cidade, tendo sido, inclusive, alvo de medidas de busca e apreensão na segunda fase da Operação Desvia
Fonte: https://istoe.com.br
8 de jul. de 2019
DICA>>>>> >>https://tusaludpuravida.blogspot.com/?m=1
A medicina tradicional chinesa considera o sacro como um elemento extremamente importante. É conhecido como uma bomba que ajuda a empurrar o fluxo de fluido espinhal e energia (Chi) para o cérebro. É também o elo que une os órgãos sexuais, o reto e as pernas. A dor ciática, que é projetada nas pernas, se origina no sacro; portanto, seu fortalecimento aliviará esse aborrecimento desagradável . Este simples exercício de chikung fortalecerá nosso sacro:
a. trazer energia para as mãos, esfregando-as
b. Com os nós dos dedos de ambas as mãos alternadamente, bata e mergulhe em ambos os lados do sacro, sobre a área dos oito orifícios sacrais e laterais por três minutos (sinta a massagem como se estivesse raspando). Faça isso duas vezes por dia.
c. Você sentirá uma sensação agradável e a energia fluirá para a cabeça e as pernas mais confortavelmente.
7 de jul. de 2019
Reconto: Fabio Lisboa
Um dia Nasrudin foi, com o vizir, à sua primeira Caçada ao Pato. Assim que chegaram, à beira do lago, o primeiro pato levantou voo. O vizir mirou, mirou e... Atirou!
- Bravo! Muito bem! - gritou Nasrudin.
- Mas - o vizir é que ficou bravo - Nasrudin, eu errei o alvo!
- E quem disse que o "Bravo, muito bem!" foi pra você!?
Crédito da Imagem: Getty Images / Elemental Imaging

O que significa um discurso de má-fé?
O que significa um discurso de má-fé? O filósofo Sartre
conceitua a má-fé como uma angústia existencial criada pela consciência da
nossa liberdade de agir, uma tentativa de nos livrarmos da responsabilidade
pelos efeitos colaterais de nossas decisões atribuindo a outras pessoas ou
contextos as culpas decorrentes delas.
Mas qual a relação deste conceito com a Ética na
Comunicação? Toda. O problema ético deste artifício discursivo é a corrupção da
verdade, a falta de explicação pública do que realmente está acontecendo, a
incapacidade que os outros envolvidos têm para solucionar os seus problemas da
melhor maneira possível. A má-fé é uma comunicação falseada em benefício dos
próprios interesses.
Quando um jogador de futebol realiza uma jogada ousada que
termina em gol, não hesitamos em chamá-lo de craque, jogador diferenciado,
aquele que desequilibra. Da mesma maneira, quando alguém decide no âmbito
empresarial de maneira a aumentar as vendas, alargar a fatia
de mercado da sua empresa, a concentrar o capital em volta
de si, não
hesitamos em chamá-lo de iluminado, de executivo de excelência, guru. Da mesma
maneira, um político que em situações difíceis consegue cooptar a opinião
pública, conservar o poder e, nos tempos de bonança, elege sucessores com facilidade,
é um estrategista ímpar, dotado de inteligência indiscutível.
No entanto, nas situações contrárias a essas, como, por
exemplo, no momento em que o jogador não joga bem, fracassa em levar
sua equipe à vitória; ou o executivo que na hora de decidir
acaba fazendo uma escolha equivocada que leva a resultados pífios; ou
o político que perde o poder, não consegue se reeleger e apequena a influência
de seu partido; nesses casos, as explicações costumam indicar como grande causa
destas ocorrências fatores externos à própria deliberação, à própria ação.
Elegem um bode expiatório como justificativa para a sua incompetência – Freud
explica, Sartre satiriza.
Assim, a seleção brasileira não jogou bem devido à
excelência do sistema defensivo adversário, pela marcação implacável dos
defensores, por excesso de faltas, por, talvez, estar mais preocupada com os
patrocinadores. Esse fenômeno também ocorre com algum executivo que tomou
decisões equivocadas. Outro exemplo típico é o do político que fracassa,
justificando sua derrota à ignorância dos eleitores, ao “aparelhamento do
Estado” pelo adversário, ao jogo sujo do marketing eleitoral… Provavelmente
esteja na sociedade errada, bem longe de Miami. Ilhado com um povinho que não
valoriza a meritocracia, que não tem memória e outras parafernálias do gênero.
Assim, no sucesso destacamos a liberdade deliberativa e o
acerto da escolha. No erro, destacamos a falta de liberdade deliberativa e
todas as variáveis que, transcendendo ao agente que delibera, determinam o seu
pesar. Há nesta estratégia uma má-fé na hora de encontrar as verdadeiras causas
dos sucessos e dos fracassos. Afinal de contas, se somos todos vítimas da nossa
trajetória, das condições em que vivemos, do meio ambiente, da temperatura, das
ideologias, do sistema, das relações entre o poder executivo e o legislativo,
da maneira como são escolhidos os deputados; se somos todos vítimas das coisas
do mundo como elas são, então deveríamos aceitar com maior tranquilidade também
que na hora dos grandes acertos não temos nenhum mérito. Porque tudo é o que só
poderia ser. Materialismo radical que impossibilita o livre-arbítrio, o poder
de decidir racionalmente. Atribuo os meus sucessos aos outros? Ou encaro o erro
como exercício da própria liberdade? Eis os dilemas existenciais que um canalha
não encara.
Os jornais midiáticos potencializam os discursos de má-fé
de importantes agentes sociais que melhor beneficiam os seus interesses. Não
questionam a lógica da liberdade ou da determinação. Ensinam que a má-fé é o
“jeitinho brasileiro” para enfrentar os problemas sociais. Tomo como exemplo os
problemas sociais de São Paulo. Quando ocorre o racionamento de água ou a corrupção
no metrô, os jornalistas blindam os políticos que atendem os seus interesses e
colocam a culpa no desmatamento da Amazônia ou nas falhas técnicas dos
processos licitatórios. Não se cogita uma má gestão
dos recursos naturais ou corrupção deliberada para beneficiar
interesses particulares de políticos que os agradam. Tudo é fruto da
contingência.
Porém, na notícia seguinte, os valores de avaliação
moral do mundo mudam radicalmente. A crise financeira que afeta
negativamente o PIB e exige mudanças fiscais não tem uma explicação na crise
econômica internacional, mas na escolha econômica feita por políticos que
desagradam os donos dos meios de comunicação. O mesmo ocorre quando descobrem
um escândalo de corrupção em uma estatal do petróleo, os problemas são
atribuídos aos políticos no poder e não às falhas nos processos licitatórios.
Discurso ético radicalmente inverso ao anterior. Não há mais uma explicação
contingencial – os jornais atribuem liberdade aos agentes sociais que erraram.
Um jornalismo sério deve adotar uma postura ética: Ou
atribui aos “fatos jornalísticos” contingências materiais e
históricas ou assume sua crença no livre-arbítrio.
Enquanto a mídia brinca com o sistema democrático, elegendo
seus heróis e vilões, culpando e perdoando quem a interessa, ela tira o foco
dos processos de corrupção social que ela mesma fomenta.
Revista Filosofia Ciência & Vida Ed. 109
Adaptado do texto “A má-fé como discurso corruptor”
5 de jul. de 2019
O cansaço de uma criança explorada.
"Não ao TRABALHO INFANTIL"
No dia em que a comissão especial da reforma da Previdência aprovou o texto-base da proposta, apontada como crucial pela equipe econômica do governo,
o presidente Jair Bolsonaro ignorou o assunto em sua transmissão semanal ao vivo em uma rede social e, entre outros assuntos que tratou, disse que
o trabalho não prejudica as crianças.
A omissão de Bolsonaro em relação à reforma da Previdência, cujos destaques ao texto principal ainda estavam sendo analisados na comissão, ocorre um dia depois de o presidente entrar em campo sem sucesso em busca de um acordo para amenizar as regras de aposentadoria para policiais no texto da reforma.
Uma obra de arte para o
momento de Sérgio Moro
por Raisa Pina
Quem dita os discursos, as regras do jogo, tem a intenção de restringir o acesso popular para manter poderes simbólicos e hierarquias sociais
“Não acredito que vocês imbecis realmente compram isso” é o título de uma obra de Banksy, o artista inglês famoso por seus graffiti e intervenções urbanas, feitas em diversas partes do mundo, da Disney à Palestina. O nome da peça está estampado dentro dela mesma. A composição mostra uma cena de leilão de obras de arte, em que homens engravatados e poucas mulheres dão seus lances por um quadro emoldurado em que se vê apenas a frase piadista. No centro da imagem, o valor alcançado até o momento pela venda disputada: $ 750.450 (provavelmente dólares).
No mundo mercadológico das artes, algumas obras alcançam cifras difíceis de serem entendidas – ainda mais em um país desigual como o Brasil, onde famílias inteiras sobrevivem com menos de R$ 1 mil mensais. Entretanto, os casos que ganham notícias nos jornais são exceções à regra geral, em que normalmente artistas pouco vendem e vivem subvalorizados. A arte do dia a dia não é cara e é tão valiosa quanto os grandes nomes pertencentes aos maiores acervos museológicos do mundo, mas ela é menosprezada para que exceções milionárias possam existir. Geralmente quem dita os discursos, as regras do jogo, tem a intenção de restringir o acesso popular para manter poderes simbólicos e hierarquias sociais.
A verdade é que nenhum quadro vale milhões. Pode acreditar. Mas se todos soubessem disso, como ficariam as casas de leilão e as grandes transações, que não raramente favorecem lavagens de dinheiro e corrupções? Tive a sorte de ter um professor que me abriu os olhos para isso um dia: “Mona Lisa nenhuma vale milhões, é apenas uma tela”, ele me disse; justo ele, que é um dos maiores especialistas em museus e instituições de arte do Brasil. Com todo seu conhecimento acumulado e anos de experiência, ele sabe exatamente que os cifrões atribuídos a qualquer obra tem fetiche demais e realidade de menos. Mona Lisa é preciosa porque diz muito sobre seu período e reúne elementos especiais que colaboram com a construção da história da arte que conhecemos, mas isso não deveria vir expresso em cifrões, até porque, ela não está à venda.
Ultimamente temos visto críticas às artes que se baseiam nos argumentos errados. Existe uma lista gigantesca de motivos que de fato merecem questionamentos e contestações, mas o que vemos cada vez mais no Brasil é um desvio do que realmente importa. Os discursos nervosos não são sobre os problemas da deturpação e apropriação capitalista sobre a produção artística, mas sobre expressões contemporâneas que subvertem padrões estéticos tradicionais. Ou seja, para o senso comum, o problema não são as vendas abusivas e quem lucra com isso (quase nunca o artista), mas o produtor da obra, associado a vagabundagens e perversões.
Quem aponta primeiro o dedo e reclama dos pecados de uma obra é, geralmente, a família dos bons costumes, ainda entusiasta da beleza e da obediência; aquelas pessoas que vão ver imoralidade onde não existe; as mesmas que provavelmente achariam um disparate o trabalho de Banksy, por mais que ele estampe exatamente com o mesmo argumento levantado nas bandeiras dos tradicionalistas.
A obra de Banksy é irônica por demais. Faz chacota com o próprio mercado da arte, que se apropria do que bem entende para o transformar em capital em excesso; julga ridículos aqueles que entram na onda dos modismos, sem de fato entender certas expressões artísticas; e usa, para isso, o argumento central dos reacionários estéticos. Agora, o que mais me agrada na obra do inglês é a possibilidade de expansão de seu significado para o campo político-governamental
Se a crítica é principalmente sobre modismos e a imbecilidade humana, a peça de Banksy pode resumir bem a sensação das últimas semanas no Brasil, mesmo tendo sido feita do outro lado do Atlântico. Desde que se instalou a Operação Lava Jato, a maioria da população acreditou na propaganda fictícia de um super-herói irreal, fetichizado. Acreditou tanto que comprou a farsa e pagou caro. A revelação das mensagens trocadas entre Sérgio Moro e Dallagnol revelam a verdade e os interesses por trás de uma história mal contada. Se eu pudesse escolher a obra de arte do momento, estamparia Banksy nos ministérios da Esplanada, no lugar dos outdoors cafonas sobre benefícios mentirosos da reforma da Previdência. Obviamente que os envolvidos vão dizer que não há nada demais nas conversas divulgadas pelo Intercept, que a prática é normal. O triste é que tem gente que ainda acredita nas desculpas. O problema do Brasil é a arte e a educação marxista. “Não acredito que vocês imbecis realmente compram isso.”
Raisa Pina é jornalista e pesquisadora em arte,
cultura e política, doutoranda em História da Arte
pela Universidade de Brasília
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