As normas centrais
desta tradição foram codificadas entre 1675 e 1900, intervalo de tempo
conhecido como o período da prática comum.
A música ocidental
distingue-se de outras formas de música, principalmente, por seu sistema de
notação em partituras, em uso desde o século XVI.
Além disso, a
instrumentação também é uma forte característica da música erudita. Os
instrumentos usados na música clássica foram, em grande parte, inventados antes
de meados do século XIX (frequentemente muito antes disso), e seu uso foi
codificado nos séculos XVII e XIX; consistem de todos os instrumentos
tipicamente encontrados numa orquestra, acrescidos de outros como o piano, o
cravo e o órgão.
Destacam-se os
renomados nomes de Johann Sebastian Bach, Wolfgang Amadeus Mozart, Richard
Wagner, Franz Liszt e Niccolò Paganini, Victor Hugo, Gioachino Rossini, entre
outros.
Franz Liszt - Liebestraum No. 3 Love Dream HD.
Gioacchino
Rossini - La Danza Tarantella napoletana
Herdeira de um
fundo milionário do banco Credit Suisse administrado por seus familiares, a
mineira Roberta Luchsinger decidiu dar uma resposta ao juiz Sérgio Moro que
bloqueou todas as contas do ex-presidente Lula; ela começou doando a mesada que
recebia de seu avô e uma coleção de objetos de luxo que totalizam R$ 500 mil;
"É uma doação simbólica", disse à TV 247; "Estava todo mundo só
batendo no único homem que pegou e fez alguma coisa pelo Brasil",
declarou; ela também fez críticas ao governo Temer, admitiu 'adorar pão com
mortadela' e descreveu desta forma a classe social a que pertence: "A
elite brasileira, em sua maioria, é mesquinha"; assista à íntegra
16 DE AGOSTO DE 2017 Por Alex Solnik, do 247 -
Herdeira de um
fundo milionário do banco Credit Suisse administrado por seus familiares, a
mineira Roberta Luchsinger decidiu dar uma resposta ao juiz Sérgio Moro que bloqueou
todas as contas do ex-presidente Lula, inclusive o fundo previdenciário de R$ 9
milhões: abriu uma campanha de doações a seu favor, como forma de desagravo.
Começou doando a
mesada que recebia de seu avô, falecido há um mês, e uma coleção de objetos de
luxo que totalizam R$ 500 mil. "É uma doação simbólica", disse ela à
TV 247, nessa entrevista exclusiva conduzida pelos jornalistas Gisele Federicce
e Alex Solnik.
"Estava todo
mundo só batendo no único homem que pegou e fez alguma coisa pelo Brasil",
disse ela. E resumiu: "Falar mal do Lula é agredir o país".
Filiada ao PCdoB
de São Paulo, pelo qual planeja concorrer a deputada estadual em 2018, Roberta
também afirmou que o governo Temer é "um governo-tampão que está fazendo o
país voltar ao que era antes de Lula".
Também afirmou que
"um governo que não é popular, como é o caso do Temer, não é um governo
democrático". Embora use bolsas de grife, não é esnobe: "Eu adoro pão
com mortadela".
A respeito da
classe social a que pertence, diz:
"A elite brasileira, em sua maioria, é
mesquinha".
Leia a seguir os
trechos principais e assista à entrevista na íntegra:
GISELE FEDERICCE:
Por que você decidiu doar 500 mil reais ao Lula em meio a tanto ódio contra
ele?
ROBERTA
LUCHSINGER: Essa história tomou uma proporção que eu não imaginava. Foi o
seguinte: era todo mundo só batendo, só batendo no único homem que,
literalmente, pegou e fez algo concreto pelo Brasil. Eu não tenho recurso
político nem financeiro pra ajudar todo mundo que precisa ser ajudado. Então,
uma forma simbólica de contribuir com isso seria fazendo uma doação para o
presidente Lula voltar, retomar essa esperança através da caravana que ele vai
fazer a partir do dia 17 de setembro. Eu tinha artigos de luxo meus, bolsas,
etc. Falei: vou doar para o presidente Lula fazer o que ele bem entender. Já
que o Moro bloqueou os recursos dele vamos gerar recursos para ele.
ALEX SOLNIK: Como
é que as pessoas da tua classe social receberam essa tua proposta?
ROBERTA: Eu tenho
apanhado por um lado... "você é louca de fazer isso"!...e outros
dizendo "nossa, bacana". Porque as pessoas entendem que isso é um
modo de a gente ajudar não a Lula, propriamente, mas o que o Lula representa
para o Brasil, para essa classe menos favorecida. Não dá para separar a figura
dele da figura do Brasil. Falar mal do Lula, hoje, igual estão falando,
demonizando o Lula, demonizando o Nordeste, os nordestinos é agredir o país.
Então, a gente tem que doar recursos, ajudar para que ele retome o crescimento
do país. Para que as pessoas da minha classe digam: "não adianta só falar
que tem que mudar, a gente também tem que ajudar". Não adianta culpar ou
inocentar. Tem que também fazer alguma coisa.
ALEX: Roberta,
como você percebeu o país de um ano para cá, desde que o Temer assumiu? E o que
as pessoas com as quais você convive comentam a respeito dele?
ROBERTA: Temer é
um governo tampão... é um governo que está levando o país de volta ao que era
antes do Lula. O que era antes do governo que eu apoio, um governo que visava o
lado social. A partir do momento em que o governo não é popular, como é o caso
do Temer ele não é um governo democrático e então ele não se preocupa com a
classe trabalhadora, com aquela classe que precisa das bolsas, das farmácias
populares... neste fim de semana estão encerrando o programa das farmácias
populares...isso é uma coisa ruim porque estamos retrocedendo em vez de dar
continuidade ao que o presidente Lula fez, a gente está caindo. Eu vejo isso
nem como ruim, mas como péssi9mo.
GISELE: E como
você vê o julgamento e a condenação do presidente Lula, que incluiu o bloqueio
dos bens dele.
ROBERTA: Olha, a
Lava Jato aniquilou totalmente o país...aniquilou empregos... aniquilou tudo o
que diz respeito ao desenvolvimento do Brasil. Porque hoje ela se tornou um
partido que faz parte do consórcio golpista contra tudo que vai em prol do
desenvolvimento e do social. A condenação do Lula em primeira instância é
baseada no que? Onde tem provas concretas? O caso do tríplex é quase uma
aberração jurídica. Não sou eu que estou falando, grandes juristas estão
dizendo isso. Se apresentarem uma prova real, concreta e não um power-point, eu
posso até rever a minha opinião.
ALEX: Está
acontecendo um fenômeno interessante: a Lava jato está combatendo a corrupção
do passado, mas ela continua no presente, no governo Temer. Por que está
acontecendo isso?
ROBERTA: Acho que
essa pergunta temos que fazer ao juiz Sérgio Moro, ao próprio Temer. O Lula
virou o culpado de tudo! Precisavam arranjar um motivo para a crise desse
governo golpista e o motivo é o Lula. É mais fácil culpar, mesmo sem provas, o
ex-presidente Lula do que combater realmente a verdadeira corrupção. É mala de
dinheiro pra cá... é mala de dinheiro pra lá... é o outro que manda matar no
telefone... e isso se perde no tempo... ninguém fala nada...Porque o foco hoje
é não permitir que a classe social menos favorecida volte ao patamar político
que o Lula deu.
GISELE: Você acha
que há uma perseguição contra o presidente Lula?
ROBERTA: Total. Eu
acho que existe.
ALEX: Roberta, o
governo está tentando aprovar um novo rombo fiscal, provavelmente resultado das
negociações que garantiram a votação pela continuação de Temer no governo. Qual
é o limite do rombo? Quando esse rombo vai ter fim?
ROBERTA: Eu acho
que esse rombo vai ter fim só quando esse governo terminar. O presidente que
entrar vai sofrer muito com isso. Porque ele vai ter que pagar as contas que
esse governo golpista está deixando.
GISELE: A elite
brasileira está bastante irritada com os problemas sociais... como você vê
isso?
ROBERTA: A elite
brasileira, na maioria dela, é mesquinha. Ela olha o próprio umbigo. A elite
brasileira não é formada por uma nobreza de valores e de caráter. Sobra
dinheiro e falta valor.
GISELE: O Lula
costuma dizer que o rico fica incomodado quando vê o pobre andando de avião.
Você acha que essas pessoas que convivem com você têm esse incômodo?
ROBERTA: Muitos
têm esse incômodo. Eu convivo com pessoas que realmente têm. Falam: pobre é
vagabundo, não quer trabalhar, quer viver de bolsa. Eu escuto isso e acho
péssimo!
O objetivo da ONG com a realização de eventos é arrecadar recursos para cobrir despesas com ração, veterinário e
medicação.
Torne-se um Sócio da ‘ONG ADA’
e ajude a proteger
nossos animais de rua.
Você pode ajudar na proteção dos
animais de rua se tornando
Um Sócio Contribuinte,
com doação de 10,00 reais mensais.
Você pode ser um Sócio Voluntário
fazendo a doação que puder,
quando quiser e também
prestando serviço voluntário à ONG.
PARTICIPANDO DOS EVENTOS DA ONG,
VOCÊ ESTARÁ AJUDANDO A PAGAR DESPESAS
COM COMPRA DE RAÇÃO, VETERINÁRIOS E
PROTEÇÃO DOS ANIMAIS CONTRA CRUELDADE.
Cumprindo a programação, a Presidente Joice disse que na proxima reunião, sabado 18, apresentará o Estatuto registrado e o CNPJ da ONG. "Agora Podemos solicitar
utilidade pública, inscrição municipal e estadual e assinar convênios". Disse a presidente.
Em conversa com o
Prefeito Natinho, a ONG solicitou autorização para utilizar uma sala, hoje
fechada, que serviria como ponto de referência da ONG no centro da cidade. O
prefeito, se mostrando bastante contente com o trabalho do grupo, parabenizou
todos e colocando-se a disposição, disse que vai se esforçar para ajudar a
conseguir um lugar adequado para a ONG trabalhar.
Na pauta, nesse sábado está o projeto de castração; a organização das
campanhas de doação de ração e de adoções, e outros assuntos.
Joice disse que neste primeiro semestre de 2017, a ONG, com a ajuda dos sócios,
dos veterinários Humberto e Michele e de
amigos, conseguiu castrar 7 cachorras e encaminhar para atendimento todos os casos
mais graves identificados. Isto significa menos cachorrinhos abandonados, doentes,
famintos nas ruas em 2018.
A cidade Portland, nos Estados Unidos, recebe a prova Beach
to Beacon 10k. Na mais recente edição, a prova ficou marcada por um gesto de
solidariedade. Um dos atletas quase a chegar à meta, começou a acusar fraqueza
e quase desmaiou, mas outro participante não deixou e acompanho-o até ao final
da prova. O momento foi captado por fotógrafos que registraram o verdadeiro
fair-play.
Os dois corredores acabaram com o mesmo tempo: 31 minutos e
31 segundos.
Ao jornal Portland Press Heral, Robert Gomez, o corredor
que ajudou Orach a cruzar a meta, afirmou que o companheiro de corrida merecia
conquistar o título de melhor corredor, entre os 6.500 participantes.
Uma
rápida leitura em um dos mais premiados jornais na internet, o El País, copiei três
das manchetes pra você ver o tamanho do buraco, criado por está luta pelo poder
que se desenrola no Brasil, que encolhe. Meirelles, o garoto capital
internacional que entrou no governo com o príncipe FHC, continua firme,
enquanto o Brazzil cresce..
Ajuste de Temer falha e rombo fiscal será 20 bilhões maior que previsto
Déficit maior nas
contas públicas é revés para equipe de Meirelles. Governo tentará aprovar no
Congresso congelamento de reajuste dos servidores
Foram dias de uma
arrastada novela fiscal, mas o Governo Temer não foi capaz de mudar seu triste final.
Pouco mais de um ano após assumir o poder pregando uma política de austeridade capaz de deter a
trajetória explosiva do rombo nas contas públicas, a equipe do
ministro Henrique Meirelles (Fazenda) anunciou nesta terça que a meta fiscal, a
estimativa feita pelo próprio Governo da diferença entre gasto e receita, será
alterada. Reconhecendo problemas com as previsões de arrecadação, em parte por
causa da lenta retomada econômica, e tentando corrigir concessões políticas
como o aumento a servidores federais maior do que a inflação – que agora será
congelado no ano que vem –, a equipe econômica disse que o déficit primário vai
saltar dos atuais 139 bilhões para 159 bilhões de reais. Meirelles destacou que
a queda da inflação também influenciou para baixo a arrecadação. A meta fiscal
de 2018 também foi revisada para R$ 159 bilhões. Pior: a equipe deixou de
prever superávit (receitas maior que a despesa) em 2020.
O plano da Câmara para perdoar 543 bilhões que empresários devem à União
Cifra proposta no
Refis, que renegocia débitos, é duas vezes maior que orçamento de São Paulo.
Medida Provisória
do tema deve ser votada nesta semana na Câmara em pleno "apagão
fiscal"
Para receber 500
milhões de reais no curto prazo, o Governo Michel Temer (PMDB)
pode abrir mão de arrecadar até 543,3 bilhões de reais em um período de três
anos. Assim é o programa de refinanciamento de dívidas com a União, batizado de
Novo Refis, que deve ser votado nessa semana na Câmara dos
Deputados. Apenas para efeito de comparação, o valor que deverá
deixar de entrar nos cofres da União é 2,6 vezes maior do que o orçamento anual
de São Paulo, o Estado mais rico do país.
Distritão, a pior reforma política possível segundo especialistas
Modelo proposto
aumentaria fragmentação na Câmara e tornaria sistema menos representativo
O distritão, a
proposta em debate na Câmara para mudar radicalmente a forma de eleger
deputados e vereadores no Brasil, é considerado muito fácil de entender como
funciona: caso
aprovada para as eleições de 2018, apenas os candidatos mais votados
entrarão na serão eleitos, abandonando o sistema que leva em consideração os
votos do partido como um todo, e não só dos indivíduos. Portanto, se o Estado
de São Paulo tem direito a 70 cadeiras na Câmara dos
Deputados, então os 70 mais votados serão eleitos. Mas quatro
cientistas políticos consultados pelo EL PAÍS coincidem em dizer que, se for
mesmo aprovada pelo Congresso, a nova legislação é a pior alternativa possível.
Ainda que seu entendimento seja mais fácil, não enxergam vantagens no modelo e
acreditam que agravará o que já está ruim. Esta avaliação parece até agora ser
unânime na bancada de analistas e especialistas, que — a julgar por
artigos, entrevistas e declarações — rechaçam veementemente a proposta.
“Há dois valores que a gente busca equilibrar nos sistemas eleitorais: a
representatividade e a governabilidade. O distritão não contribui nem para uma
coisa e nem para outra”, avalia Luis Felipe Miguel, cientista político da UNB,
para quem o modelo em debate representa "a desqualificação do debate
político".
Mandam e desmandam no mercado, na economia, na cultura, nas leis e na educação em nosso país.
Confusos com a identidade imposta, o homem simples, trabalhador nativo, sem ainda ter usufruído da riquesa brasileira, caminha prematuramente, de barriga vazia rumo ao tumulo.
A Agência Nacional de Saúde Complementar não regula o
reajuste de planos coletivos, que são maioria no mercado, e seguradoras e
operadoras aplicam aumentos que vão de 18% até mais de 100%
(...) Os idosos são membros
dinâmicos, capazes e vitais da nossa sociedade Transmitem conhecimento,
competências e experiência para as próximas gerações. Contribuem, individualmente
e em conjunto, para a nossa economia, para as nossas comunidades e para a
transmissão da nossa história. Enquanto membros de uma família, as pessoas
idosas são responsáveis por encorajar a coesão e a solidariedade na nossa
sociedade.
Coloque a Tônica na capacidade e na contribuição dos idosos, e não na sua idade
cronológica, e que os governos, as ONG e os meios de comunicação social realcem
estes elementos através de declarações positivas;
— se apoie a participação ativa de
todos os grupos etários na sociedade e o aumento da solidariedade e da
cooperação intergeracional e dentro de cada uma das gerações;
— os governos e organismos estatais
assumam um compromisso positivo de promoverem a participação ativa dos idosos
no processo de decisão e o seu papel nas comunidades;
— os governos cooperem com os parceiros adequados na supressão de todas as
barreiras que impeçam a participação plena dos idosos na sociedade;
— os idosos sejam encorajados a voluntariar-se de acordo com as orientações de
boas práticas.
Estava conversando com o cara e falávamos sobre o voto
obrigatório no Brasil. Sensação muito estranha é essa de votar pela democracia
sabendo que essa mesma democracia já te impõem. Na urna eletrônica tem uma opção
sobre a qual não se ouve falar muito: “a tecla branca”. Ela está ali para ser
usada quando o eleitor não consegue confiar o suficiente em nenhum dos
candidatos apresentados. Ainda não usei a tal tecla. Insisto em votar em
candidatos que nunca vão representar o que defendo. Faço assim unicamente para
não ficar sem votar. Minha cabeça está cheia de: “votar é exercer sua cidadania”.
Esta ideia de ser cidadão sempre me fascinou, estou é cansado de ser um cidadão
do NADA. De visita há um blog que sempre leio, deixo aqui o.Link,, encontrei esse texto que agora posto pra você. Pode ser uma solução imediata, mas pode levar
a uma reflexão.
1 - Uma questão de
consciência
Se em minha consciência o sistema político brasileiro é altamente propenso à
corrupção, e se a realidade me mostra que a simples substituição dos atores não
muda o enredo da peça, neste caso eu deveria me abster de votar. Ora, que tipo
de consciência é a minha que fica indignada com a corrupção, mas que não se
constrange em votar em candidatos a corruptos? Ninguém que preserva em si um
pouco de dignidade moral deveria votar num potencial ladrão. Reclamos da
ladroagem e nos revoltamos com a roubalheira na política, mas ignoramos, sem o
menor senso do pudor, que eles estão lá exatamente porque os elegemos.
Dirá então
alguém: Mas nem todo político é ladrão!!!
Sim, é verdade!
Certamente deve
haver um ou outro político que não se deixou corromper e que ainda não entregou
sua alma a empreiteiros gananciosos; todavia, pela própria forma como se
organiza a política vigente, tal homem público apenas serve de álibi para a
manutenção desta estrutura podre e devassa. É bem verdade que em todo ofício ou
ocupação há maus profissionais, contudo, esses são sempre a exceção; na
política, ao contrário, a exceção são justamente os bons, os honestos, os que
de fato fazem da política o que ela deveria ser, ou seja: a ciência da boa organização,
direção e administração de nações ou Estados. No Brasil, o sentimento de
impunidade aliado aos meios de acesso à corrupção, transforma potencialmente um
cidadão honesto num político corrupto.
Dirá também
alguém: Mas o voto nulo vai resolver o problema?
Não! O voto nulo
tem esta finalidade.
Quando votamos
nulo demonstramos com clareza que não estamos satisfeitos com a maneira atual
de se fazer política no Brasil, e que exigimos mudanças mais profundas, com
mais rigor à impunidade e mais controle às ações dos políticos. O voto nulo é
uma das maneiras de o cidadão manifestar sua repulsa, não à política em si, mas
ao modo como ele é exercida em nosso país. É, portanto, uma forma de ação
política.
2 - Uma forma de pressão
No âmbito do consumo, o boicote já se mostrou altamente eficaz, levando muitos
comerciantes e indústrias a mudarem suas condutas e melhorarem seus produtos e
serviços. Quando votamos nulo, anunciamos em alto e bom som que o “produto”
político brasileiro que nos é oferecido está em péssimas condições e que
precisa ser melhorado. Não podemos nos conformar com esta estrutura política de
conveniências, em que os interesses pessoais e partidários de políticos
permanecem acima dos interesses da coletividade. Não podemos tolerar uma
estrutura em que as leis que beneficiam os agentes públicos sejam feitas e
aprovadas por eles mesmos, sem qualquer consulta popular. Um exemplo
emblemático refere-se ao famigerado “Foro Privilegiado”, inserido na
Constituição Republicana do remoto ano de 1891 e ampliado pelos políticos na
última Constituição de 1988.
3 - Uma exigência ao Voto Facultativo
Nas últimas eleições uma campanha do TSE ostentava para si o pomposo slogan de
"O Tribunal da Democracia". Ora, que tipo de Democracia é essa que
obriga um cidadão a deixar sua casa, contra sua própria vontade, para votar? A
incoerência e de uma proporção tão absurda que transforma o sentido de
"democracia" exatamente no seu oposto, ou seja: "ditadura".
Enquanto o voto facultativo é preceito essencial nos países desenvolvidos, o
voto obrigatório é característica típica de países autoritários. O voto
obrigatório, no Brasil, é um dos muitos resquícios de leis restritivas que
ainda prevalecem. É o que sobrou do velho sistema coronelista, sob uma nova
roupagem. Antes tínhamos o voto de cabresto, hoje temos o voto obrigatório. Na
prática, portanto, o voto obrigatório, que teve a chancela do ditador Getúlio
Vargas, nada mais é do que uma forma de controle das massas, interessante
apenas a políticos que, a depender das consciências livres e pensantes, jamais
alçariam ao poder.
4 - Uma demonstração de desprezo
É comum entre os que se opõem ao voto nulo argumentarem que votando assim a
pessoa estará "desperdiçando seu voto", como se o simples ato de
votar fosse em si mesmo uma ação proveitosa ou benéfica para a sociedade. Ora,
qual tem sido, afinal, o resultado prático dos nossos votos ao longo de toda
essa democracia? Mesmo supondo que o candidato escolhido seja aparentemente
honesto, ainda assim e em termos funcionais, o que resultou disso para a
melhoria da ética na nossa política? Nada! E por uma razão basilar e própria da
cultura política brasileira: o que interessa para o candidato é tirar vantagens
pessoais e políticas da sua candidatura. Da forma como as leis funcionam para
os políticos, pelo o modo como eles são punidos e pela facilidade de se
deixarem corromper, mesmo o “honesto” não costuma resistir ao primeiro “olhar
bondoso” de um empreiteiro. Sim, pois: o sistema político brasileiro atual é
bem semelhante ao nosso sistema carcerário: botamos um ladrão de galinha lá, e
ele sairá um perito em roubo a banco. Quando votamos nulo mostramos o nosso
desprezo pela forma de se fazer política no Brasil e, consequentemente,
exigimos mudanças claras no modo de se punir aqueles que cospem nas caras de
seus próprios eleitores, os quais não honram a função que ocupam, nem estão
preocupados com o desenvolvimento do país.
5 - Uma opção e nada mais
Além de qualquer argumento contra ou a favor, o voto nulo pode ser apenas uma
opção de quem não se interessa por política, seja por alienação, seja por
indiferença, seja enfim, pela simples liberdade de não votar, sem qualquer
razão ou motivo. É assim que funciona uma verdadeira Democracia.
Nos
primórdios da República do Brasil, era comum aos jornalistas assumirem
abertamente suas preferências políticas, as quais em geral não estavam
centradas na ideologia partidária em si, mas principalmente na pessoa do
candidato, em torno do qual se comportavam como verdadeiros parasitas, e de
quem, em muitos casos, dependiam para a própria sobrevivência de suas
publicações.
Com
o decorrer dos anos, houve um amadurecimento acentuado no que tange à equidade
ideológica dos nossos homens de imprensa, os quais passaram a opinar com certa
independência, muito embora o contumaz comprometimento partidário dos
seus patrões, algo que notadamente ainda hoje se faz presente em todos os
periódicos do país, com exceção de alguns que relutam em disfarçar suas predileções.
É escancarada, por exemplo, a opção da revista Veja pelos
candidatos da chamada Direita, o que se observa de igual maneira em relação ao
jornal o Estado de S. Paulo, entre muitos outros. No que se refere
à Folha de S. Paulo, não obstante historicamente sempre estivesse
nesta mesma ala, de uns tempos para cá, principalmente durante os governos
petistas, andou assim lá perambulando pelas beiradas da Esquerda, o que se pode
explicar pelas exorbitantes verbas propagandistas oriundas da estrutura
governamental. Na verdade, não parece exagero afirmar que a "balança
editorial" de praticamente toda a Imprensa brasileira pende segundo os
investimentos de seus patrocinadores, dentre os quais se destaca com soberbia o
Governo. Ademais, não é interessante aos grandes veículos de comunicação se
alinharem politicamente e todo tempo a uma só vertente partidária. Sim, afinal,
o dinheirinho do opulento assinante "coxinha" é tão imprescindível
quanto aquele que sai do bolso do miserável "mortadela". Nisto se
explica um Reinaldo Azevedo escrevendo para a Folha e um Paulo
Henrique Amorim opinando na Record... Neste aspecto e por esta
mesma lógica do poderoso Capital, Frias, Mesquitas, Civitas, Marinhos, Minos e
Macedos são peças do mesmo tabuleiro e farinha do mesmo saco...Neste aspecto
bebem eles no mesmo copo e escarram nas mesmas bocas.
Se quiser mandar críticas sobre o material publicado, ou se tiver sugestões sobre artigos ou materiais que combinam com a proposta desse blog e que julga interessante, sinta-se a vontade para me escrever. luiztury@yahoo.com.br