Mais uma vez, a pesquisa da
Confederação Nacional da Indústria (CNI) feita em parceria com o Ibope,
divulgada nesta sexta-feira, apontou que o governo Dilma Rousseff é melhor
avaliado do que os dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando
Henrique Cardoso. Ao todo, 59% dos entrevistados consideraram que o governo
Dilma é, atualmente, "ótimo ou bom".
29 de jun. de 2012
Alceu Valença “está uma Arara” com Márcio Thomaz Bastos
![]() |
Alceu Poeta |
Alceu Valença está indignado com
a CPI do Cachoeira, que está acontecendo em Brasília. O cantor e compositor
pernambucano usou sua página de Facebook para soltar o verbo:
Dizem que o advogado (de
Carlinhos Cachoeira, Márcio Thomaz Bastos) vai ganhar 15 milhões para defender
Cachoeira. Essa dinheirama, certamente, vem do arrombamento dos cofres públicos
e trambiques nas concessões de serviços e obras do governo. Pensem quantas
pessoas foram prejudicadas por essas práticas… Honorários pagos com dinheiro
desviado, ilustre causídico, não é uma prática ética e moral.
Na sequência, postou:
Estudei Direito, poderia ser
advogado, mas, jamais aceitaria defender Cachoeira nem por uma enxurrada de
dinheiro. Todos têm direito à defesa, mas as provas materiais são contundentes
e irrefutáveis. Não entendo como Márcio Tomaz Bastos, ex Ministro da Justiça,
se coloca ao lado, defendendo a maior prova de corrupção pública de todos os
tempos.Estação Jatuaba blog
27 de jun. de 2012
Geraldo Vandré
Pra Não Dizer Que Não Falei Das
Flores
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Faça o que lhe digo.
Solte primeiro uma
Borboleta.
De vez em quando, faça partir um
barco. Veja aonde vai. Se for difícil, suprime o mar e lance uma planície.
Mande um esboço de rochedo, o resto
de uma floresta.
Jogue as iniciais do lenço. Faça
descer algumas ilhas.
Mande a fotografia do lugar, com as
curvas capitais e a copia dos seios.
Atire um planisfério. Um zodíaco.
Uma fachada de igreja. E os livros fundamentais.
Sirva-se do vento, se achar
difícil.
Eles estão perdidos. Mas nem tudo o
que fizeram está perdido.
Separe o que possa ser aproveitado
e mande. Sobretudo, as formas em que o sonho de alguns cristalizou.
Remeta a melação dos encontros, se
possível. E o horário dos ventos.
Mande uma manhã de sol, na integra.
Faça subir a caixa de musica com o
barulho dos canaviais e o apito da locomotiva.
Veja se consegui o mapa dos
caminhos.
Mande o resumo dos melhores
momentos.
As amostras de outra raça.
Afonso Romano de Sant’Ana–jornal
Estado de Minas–01 de abril de 2007.
Coca vendida no país pode causar câncer
26 Jun (Reuters) - A Coca-Cola vendida em vários
países, inclusive no Brasil, continua apresentando níveis elevados de uma
substância química associada a casos de câncer em animais, e que já foi
praticamente eliminada na versão do refrigerante comercializada na Califórnia,
disse na terça-feira o Centro para a Ciência no Interesse Público, com sede nos
EUA.
Em março, a Coca-Cola e sua rival PepsiCo
anunciaram ter pedido aos fornecedores do corante para que alterassem seu
processo industrial, de modo a atender a uma regra aprovada em plebiscito na
Califórnia para limitar a exposição de consumidores a substâncias tóxicas.
A Coca-Cola disse na terça-feira que continua
desenvolvendo a logística para adotar o novo corante caramelo.
"Pretendemos ampliar o uso do caramelo
modificado globalmente, para nos permitir agilizar e simplificar nossa cadeia
de fornecimento e os sistemas de fabricação e distribuição", disse a
empresa em nota.
Yahoo! Brasil NOTICIAS (hoje)
25 de jun. de 2012
Eleições 2012
Na Borda do Campo
tudo pronto para as Eleições 2012!
Miriam e Rangel
enfrentam, nas urnas,
Natinho e Bichinho.
pacto com o capeta?
Uma pedra no meio do caminho
Por
Michel Blanco .
Defender
a legalização das drogas em meio ao alastramento do crack
no país
é fazer um pacto com o capeta, certo? Afinal, o pesadelo de pais que se
prezem é o filho passar de um pega num baseado para a carreira de cocaína e
dali para baforadas finais em um cachimbo da pedra. O temor se fundamenta no
pressuposto de que mais pessoas serão tentadas a consumir drogas se
legalizadas.
Essa
ideia, no entanto, pode ser um equívoco. Leis antidrogas rígidas não garantem
boas noites de sono para pais aflitos. Não há correlação entre proibição e
redução de consumo. Al Capone que o diga: cidadãos de países onde a legislação
é extremamente dura, como os Estados Unidos, se drogam mais em relação a
outros. O grande feito do endurecimento legal antidrogas nos EUA é o inchaço da
população carcerária – além de bilhões de dólares gastos na repressão, que
ajudam a movimentar a cadeia de produção da indústria bélica.
Em
contrapartida, a legalização pode reduzir tanto a oferta quanto o consumo.
Heresia? Não, legalização não quer dizer oba-oba, mas o contrário. O traficante
atua como empresário de um setor ilegal da economia, e como tal busca acumular
capital, conquistar mercados, diversificar investimentos e reinvestir em seu
ramo principal. O mercado de drogas ilícitas não é oposto à racionalidade
capitalista, mas é a versão mais radical de seus valores, que não tolera
impedimentos para sua expansão. Vive em autorregulação plena, como desejam
alguns setores mais dinâmicos e criativos da economia brasileira. Justamente
por ser ilícito, o tráfico de drogas foge de qualquer regulação: não há
distinção entre oferta para adultos e crianças, garantia de padrões de
qualidade (afinal, cocaína ‘batizada’ com pó de mármore ou algo do tipo causa
um estrago a mais) ou advertência sobre os riscos do consumo.
Legalizar
pressupõe, obviamente, a ação eficiente do Estado, e sob outra perspectiva,
deslocando o problema da esfera policial para a saúde pública. As drogas seriam
tributadas e sua produção, regulada; a receita proveniente da atividade
(juntamente com a grana economizada com a repressão policial) bancaria
campanhas de esclarecimento e tratamento a dependentes. Fornecedores como
Fernandinho Beira-Mar ou Elias Maluco seriam substituídos por gente com alguma
responsabilidade pública. Muito idealista? Para quem curte pipoco e cassetete,
talvez.
Longe
da perfeição, tal sistema exigiria fiscalização constante. Mas a política de
redução de danos é a solução menos ruim para o problema, ante a constatação do
fracasso da simples repressão policial e da falta de evidência de que
chegaremos algum dia a um mundo livre de drogas. A defesa dessa mudança de foco
ganha adesão em correntes ideológicas diversas. Da esquerda libertária ao
liberalismo clássico – há 20 anos está na pauta da revista
The Economist,
ícone do liberalismo britânico. No Brasil, também começa a crescer o apoio
político. O ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso
está nessa há um tempo. Agora é o governador do Rio de
Janeiro, Sérgio Cabral, quem se diz a favor de debater a legalização de drogas
leves, convencido de que “a proibição simples tem gerado muito mais prejuízo do
que uma ação inteligente do poder público”.
Para
ser eficaz, a ação do poder público deve mudar a forma de encarar o
narcotráfico. A força do narcotráfico não se desenvolve apenas na violência
desenfreada. Sua capacidade de fragmentar comunidades também é resultado das
formações e vínculos sociais e culturais que promove em áreas onde predominam a
pobreza e o descaso, em meio à incapacidade do Estado de ser agente do
bem-estar. O narcotráfico não se
trata de um meio de mobilização de poder que percorre unicamente submundos. O enorme potencial
de corrupção dos bilhões de dólares que gera permite que percorra salões de
governo e transações eletrônicas que saltam em contas bancárias robustas, em
mercados de ativos e outras aplicações. Se o narcotráfico corre tão solto como
se vê, é porque talvez não esteja confrontando-se com as estruturas de poder
vigentes, mas fortalecendo-as. Está aí o elo a ser quebrado.
A
legalização, em suma, implica a consolidação de uma política de saúde pública
coerente no enfrentamento do uso abusivo de drogas, livre de preconceitos que
distinguem substâncias lícitas de ilícitas. Rever o papel regulador do Estado
sobre substâncias entorpecentes e enfrentar as drogas como um problema
prioritariamente de saúde pública dá a chance de lidar com a dependência
química de drogas pesadas como o crack, hoje um problema nacional, de maneira
mais adequada.
O mundo fantasioso
dos comerciais de cerveja e a prescrição desenfreada de barbitúricos também
precisam de um olhar mais atento do poder público. Mas a regulação dos
cigarros, embora ainda deficiente ante a criatividade do marketing tabagista,
dá alguma esperança: o número de fumantes no Brasil cai a cada ano. E não é
demais lembrar que, apesar de muitas drogas ilícitas serem extremamente
prejudiciais à saúde, nenhuma rivaliza com a nicotina em
potencial de dependência química. Vicia mais do que álcool, cocaína, morfina e…
crack.
13 de jun. de 2012
Eleições 2012
O Diretorio Municipal do PHS fará a sua convenção no dia 17 de junho, na Camara Municipal de Vereadores.
11 de jun. de 2012
Vários interesses.
Estranho ver o PMDB discutir, em reunião, sobre quem vai ser o candidato nas próximas eleições, como aconteceu outro dia, na Asprocon. O diretório municipal do partido, em sua pré - convenção realizada em maio, já havia votado e declarado o nome de seu candidato a prefeito.
Estamos vendo vários nomes atuando no PMDB. Adversários ferrenhos nas ultimas eleições, hoje assumindo o comando das decisões sobre o rumo que o partido irá percorrer. É certo, que não é difícil gostar do Miriam, como não é difícil gostar de Natinho. São pessoas boas. Mas esse interesse altamente manifestado de hora pra outra, e com tanto poder, que chega a ofuscar o diretório, a presidência e o próprio candidato! É de se estranhar.
Uma campanha política necessita de verbas, mas é preciso saber garantir o nosso processo de evolução para uma prefeitura limpa, transparente e longe de qualquer risco.
Mais em baixo, em frente a casa de Cristina, Miriam dizia-me sobre as dificuldades de haver uma união entre o PDT e o PMDB. Disse que a proposta de Cristina, feita ao PMDB foi legitima e se o PMDB aceitasse, ela ficaria feliz. Caso rejeitasse... - que o PDT iria cumprir o calendário eleitoral normalmente, apresentando o seu nome como candidata a prefeita, juntamente com o nome do vice, que vem de um partido aliado, e os nomes dos candidatos às cadeiras na câmara.
A CONVENÇÃO do PDT está marcada para o dia 17 de junho de 2012, na Câmara Municipal de Vereadores.
São os problemas solucionados que proporcionam maturidade e harmonia íntima. Sem eles, como exercícios, torna-se impossível o êxito. [...] a felicidade é, portanto, uma forma de viver e, para que se torne permanente, é necessário que seja adquirido o nível de consciência do espírito, e isto começa quando se descobre e se atenta para o que realmente se deseja da vida além dos níveis imediatos do gozo e do prazer.
Divaldo franco – O ser consciente. Joana de Ângelis.
Não houve tempo...
Quando passava em frente ao Bar do Dinark naquela manhã, três dias após as eleições de 2008, ainda de ressaca de toda aquela pressão psicológica que todos recebemos durante um período eleitoral, quando deveríamos estar tranqüilos, em reflexão... No Bar, só ele, arredando uma mesa. Do outro lado, na rua enfrente a casa de Cristina, colocaram uma faixa esticada de um poste ao outro, parabenizando-a, por ter realizado o seu “sonho”. Naquele momento me ouvi, dizendo aos meus botões: “isso não vai terminar bem”.
Sonhar em realizar coisas é bastante saudável e todos vivemos caminhando em função disso. Quando você sonha em realizar coisas, e envolvi você e a sua capacidade de realização, ótimo. Ganhar ou não ganhar, são coisas do cotidiano humano. Todos têm o direito de se ariscar. Buscar a sorte, como muitos falam. O que não podemos é buscar esta realização utilizando os mecanismos que são públicos, aí não. O que é público deve ser trabalhado com diagnósticos, prioridades, programas, metas, projetos, transparência e efetiva participação da sociedade na construção das diretrizes dos diferentes planos orçamentários.
Eu já atuava como Conselheiro dos Direitos no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolesce antes de 2004, e vivia em conflito com os poderes públicos Municipais. O caso do corte de toda a verba que financiava o transporte escolar no município, para mim foi a Loucura Final. É não entender nada de leis ou de prioridades; O hospital Já tinha sido fechado; O Ipseng, também - a lei Municipal de desenvolvimento comercial, revogada - Atraso de pagamento, constantes – o Pavilhão, condenado - um monte de processos na justiça - Até que o município chegou a não poder mais cumprir com seus compromissos, perdendo o credito e a capacidade de ser administrável.
Foi aí, neste caos, que Cristina venceu as eleições e assumiu a prefeitura. (para realizar sonhos?)
Não houve tempo para a realização de sonhos, caso Cristina os tivesse. Enfrentar compromissos como: Reposição do transporte escolar; abertura do Hospital, construção da unidade básica de Saúde, Centro de fisioterapia, odontologia, Raio X, Laboratório, Farmácia ; Biblioteca com Informática; Emater, Setor Veterinário, Sistema de Inspeção Municipal; Serviços Funerários; pavimentação de 98% das ruas da Cidade, Campolide e Dr. Sá Fortes; Ambulâncias, Micro Ônibus; pagamento de funcionários com data marcada; Credito na praça, recuperado; poder de compra a vista imediato, readquirido; Pra falar apenas dos compromissos de campanha que Cristina consegui cumprir. Sem falar da pressão que é manter, ininterrupto, um serviço de limpeza urbana. Manutenção da água, gratuita, em Curral Novo, até que o povo de lá decida se quer ou não a Copasa, e o fim do desmando, do desrespeito na aplicação dos recursos públicos, pois foi isso que deu a mim o que precisa para refletir: ou Cristina tinha tudo isto imbuído em seu sonho pessoal, ou basta, um comprometimento responsável com a coisa pública, para que a maquina administrativa concentre emergia e possa produzir, não para sonhos pessoais, mas em função da qualidade de vida de todos.
Hoje, próximo à sucessão, queremos uma pessoa com o preparo necessário para dar condições de continuidade aos bons serviços públicos essenciais já prestados a população e, evoluir, para o que ainda nos parece utopia.
6 de jun. de 2012
lei divina
Ninguém está acima da Lei de Causa e Efeito e esta lei divina decreta que nós temos o livre arbítrio. Escolher tornar-se um Co-criador consciente depende só de você. Mas, na prática, por onde começar? É necessário trilhar o caminho do autoconhecimento, e expandir a consciência de si. Comece observando, por exemplo, o quanto você é dominado pela crença do “não merecimento!” Saiba que os sentimentos de culpa são responsáveis por esse tipo de crença, pelas preocupações e imaginações daquilo que não queremos, como forma de nos punir e torturar. Então faça as pazes com você mesmo.
Perdoe todos os seus erros e falhas do passado. Ame-se. Aceite-se. Respeite-se. Valorize-se.Proteja-se dos pensamentos negativos e controle o uso da sua imaginação. Acredite-se merecedor de todas as coisas boas deste mundo. Visualize-se pleno de saúde e bem estar, rodeado de fartura e de amor. Espere por essas coisas. Agradeça à Vida como se já as tivesse recebido. Aprenda sobre a força das “afirmações” e vigie muito bem as suas palavras, que têm uma força tremenda. São elas que ajudam a atrair e a manifestar nossos desejos no mundo físico. São o “abracadabra” da fortuna e do infortúnio!
Férias... - leitura:
· Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai - e – Volta
Ariano Suassuna
Descrição: as desventuras de Dom Pedro Dinis Ferreira Quaderna e a trágica historia de sua família na cidade de São José do Belmonte, no interior de Pernambuco, funcionam como o ponto de partida para Suassuna promover suas misturas perfeitas – o rico com o pobre, a arte com o cotidiano, a ingenuidade com a malícia, a realidade com a fantasia, a odisséia com a sátira, a Europa com o sertão.
Grande Sertão: Veredas
Guimarães Rosa
Considerada uma das obras mais importantes da literatura brasileira, Grande Sertão: Veredas retrata o sertão mineiro em meio a duas guerras. Guimarães Rosa incorporou em seu único romance todas as características da região, inclusive o dialeto, usado por Riobaldo – personagem central da história.
Blog - questões manuscritas
A carta apaixonada de Olavo Bilac
08/05/2012 | Autor: Pedro Corrêa do Lago
Olavo Bilac foi objeto de uma admiração apaixonada entre os brasileiros letrados nascidos no começo do século passado. Ainda hoje admirado como o maior poeta parnasiano do Brasil, Bilac foi eleito, em 1907, “príncipe dos poetas brasileiros”, título que hoje soa algo cafona, mas que em seu tempo foi tido como uma grande consagração. Bilac é autor de alguns dos versos mais famosos da poesia brasileira e várias gerações aprenderam de cor seus poemas.
Sua fortuna crítica entrou em certo declínio a partir dos anos 60, mas as últimas décadas devolveram-lhe o papel de destaque que lhe cabe, como grande criador no estilo que prevaleceu em seu tempo, e que Bilac ajudou a firmar. A homossexualidade provável de Bilac era naturalmente ocultada por este, mas parece ter sido comentada abertamente por seus contemporâneos, como comprova uma famosa charge de Seth publicada numa revista ilustrada em 1911, na qual o poeta aparece apontando para as costas empinadas de uma estátua de efebo grego e observando: "Ah! Se todos os homens fossem assim...".
Aos 22 anos, Bilac, que talvez ainda não se soubesse homossexual, apaixonou-se e tornou-se noivo de Amélia de Oliveira, irmã de Alberto de Oliveira, cuja poesia parnasiana talvez só perca em qualidade para a de Bilac. Nessa ocasião, louco de felicidade, Bilac escreve de São Paulo a carta famosa reproduzida nesta página, dirigida a Luiz de Oliveira, outro irmão de sua noiva, para comunicar-lhe o ocorrido, carta que vale a pena transcrever na íntegra:
“Meu querido Luiz
Cheguei ontem do Rio, onde fui passar oito dias. Cá estou de novo n’esta medonha Paulicéa. Que inferno!
Participo-te que sexta-feira passada, 11 de Novembro de 87, ás 2 horas e 35 minutos da tarde, ficou sendo minha noiva tua irmã Amélia. Minha noiva, leste bem? Minha noiva! É a primeira vez que escrevo estas duas palavras. Minha noiva! Como estou feliz! Como é bom viver! Como é bom amar e ser amado!
Manda-me dizer se ficas satisfeito com a notícia, e se ainda és meu amigo, Luiz. Escreve-me, assim que receberes esta carta, para o Diário Mercantil, S. Paulo. Fico ansioso pela tua resposta. Tenho lido a Vida Literária. Estás um poeta de mão cheia. Abraço-te. Escreve-me, escreve-me, escreve-me.
Não te mando dizer se tenho feito versos porque não estou agora para tratar d’essas coisas. Qual poesia, nem qual nada! Não há nada como o amor! Não há nada como amar e ser amado como amo e sou amado! Estou com vontade de sair para a rua e de abraçar toda gente, amigos e inimigos, monarquistas e republicanos, Deus e o Diabo! Tal é a minha alegria.
Escreve-me. Abraça -te, o teu amigo leal
Olavo Bilac”
WWW.sobrejornal.blogs
[trecho] Reducionismos
Dentre todos os clichês e lugares-comuns que é possível ouvir atualmente, nenhum me irrita mais do que a afirmação de que “hoje em dia os valores não são mais respeitados”. Essa expressão está presente em todos os espaços cotidianos. Das conversas de ônibus aos textos acadêmicos. Ela permeia o imaginário brasileiro de que, em épocas passadas, havia um certo nível moral mais elevado. Nada poderia ser mais estúpido.
Eu gostaria de perguntar aos propagadores desse infeliz aforismo: Quando os tais valores foram respeitados? Aliás, a noção de valor, por si só, é arbitrária e extremamente subjetiva. Mas, enfim, admitindo-se que exista um conjunto de doutrinas morais e éticas que supostamente regem uma sociedade, quando eles foram respeitados em escala infinitamente maior? No Brasil-colônia, quando houve um genocídio das culturas nativas, a total exploração das riquezas nacionais e os governadores-gerais cometiam toda sorte de extravagâncias? No Brasil imperial, com a discriminação aos negros recém “libertados” por uma lei que sequer lhes assegurava um mínimo de dignidade? Nas primeiras décadas do século XX, quando a intensa urbanização sofrida pelas metrópoles brasileiras, especialmente o Rio de Janeiro, enxotou os pobres para os morros e tentou transformar, pelo garrote, a Capital da República numa espécie de Paris tupiniquim? Nos anos 1950, época em que Juscelino desestimulou a indústria nacional, arregaçou o país às multinacionais e os brasileiros deram vivas aos enlatados norte-americanos? Não vou nem comentar o período 1960-1980. Décadas em que “lei” e “ordem” tinham significados muito mais obscuros e cruéis. Passamos, então, aos anos 1990. Me pergunto quais valores podem ser extraídos da privatização de uma nação, de homéricos índices inflacionários e de um governo tão podre que consegue se auto-reeleger...
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