Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

16 de mai. de 2014

Este líquido sagrado, que nos trás a vida.


“Água que nasce na fonte serena do mundo
E que abre um profundo Grotão
Água que faz inocente Riacho e
Deságua na corrente do Ribeirão...”

Patrimônio Histórico em Antônio Carlos... - O desrespeito continua.



PV - Partido Verde

 
  O PV municipal fez seu primeiro encontro, 2014, na última quarta-feira, dia 7 de maio, entre 19:00 às 22:30 horas, no Plenário do Legislativo Municipal, bairro Sagrada Família em Antônio Carlos. O Encontro teve como objetivo a reestruturação do Partido e aconteceu no formato horizontalizado, com direito de voz a todos os presentes.

Também serviu para promover uma integração de experiências e expectativas entre vários integrantes do grupo, acolher novos filiados, discutir as estratégias para as eleições de 2014 e estruturar uma rede de contatos, visando à capilaridade do grupo para atingir o máximo de pessoas dentro do Município. Temas como Meio Ambiente, Moradia, Mananciais, Patrimônio Histórico, Crianças e Adolescentes, Desenvolvimento Sustentável, Agricultura Orgânica, entre outros, foram debatidos e priorizados.
O próximo encontro acontecerá ainda neste mês de maio.
 
Venha para o PV

14 de mai. de 2014

O brasileiro não vai gostar de colher o que está plantando…


Eu entendo a indignação das pessoas com o excesso de impunidade no Brasil. Seja por incapacidade da polícia, por uma falha no sistema judicial, seja pelas punições brandas para certos crimes. Ou ainda, pelo fato de que, em alguns recônditos das grandes cidades, sequer existe um “Estado” que possa assegurar a lei e a ordem.

Este tipo de indignação gera um sentimento legítimo em muitas pessoas: se o Estado não fará justiça, farei eu. Após um julgamento sumário, muitas vezes sem evidência qualquer, o dito “cidadão de bem” forma seu juízo, profere sua sentença, mune-se de porretes, paus e pedras. Vagando pelas ruas como se fosse um ser puro, iluminado, de onde apenas a justiça mais perfeita pudesse emergir, desce o cacete no primeiro “réu” que aparece em sua frente (antes mesmo do julgamento).

Ingênuo ou ignorante, alheio de que o chamado “amplo direito de defesa” é uma conquista que nos afasta da barbárie, o cidadão de bem não entende que ele pode estar enganado. Ele não entende que o processo de defesa serve, justamente, para que inocentes não sejam punidos. E por não entender isso, o “cidadão de bem” se coloca acima da constituição do Brasil e declara pena de morte àquele cara ali, do outro lado da rua, que disseram que roubou um chiclete.

Uma dona de casa, morreu dois dias após ter sido espancada por dezenas de moradores de Guarujá, no litoral de São Paulo. Segundo a família, ela foi agredida a partir de um boato gerado por uma página em uma rede social que afirmava que a dona de casa sequestrava crianças para utilizá-las em rituais de magia negra. Na verdade, a confundiram com outra mulher.

No Espírito Santo, um homem foi cercado por um grupo armado com pedras, barras de ferro e pedaços de madeira. Momentos depois, ele foi alvo de um espancamento coletivo e morto. Foi acusado de tentar estuprar uma garota. Sendo um doente mental, o irmão garante que ele seria incapaz disso. Um morador, confessa: “Ninguém viu esse tal estupro ou mesmo noticias da suposta vítima”.

E assim, o brasileiro sedento por sangue, prisões, pena de morte, sem perceber, vai transformando seu país exatamente naquilo que ele não deseja.


“Somos todos macacos” foi arquitetado por agência de publicidade


Logo após a partida entre o Barcelona e o Villareal, quando  o lateral-direito brasileiro  Daniel Alves foi alvo de um ato racista, a rápida e irônica reação do jogador ganhou as redes sociais a partir de uma foto do Neymar Jr., na qual este aparecia com uma banana descascada e com a hastag #SomosTodosMacacos em alusão à atitude do colega de time.

Não demorou muito e a hashtag #SomosTodosMacacos ganhou a rede e milhares de apoiadores, entre eles, Luciano Huck, Angélica, Ana Maria Braga, Reinaldo Azevedo e outras celebridades, o que acabou por causar forte estranhamento e rejeição por muita gente e principalmente por ativistas ligados ao movimento negro. Primeiro questionou-se a utilização do termo “macaco” e de que este poderia, ao invés de se tornar um instrumento político, reforçar antigos preconceitos e estereótipos contra a população negra, que historicamente é difamada a partir da palavra em questão. Mas, o outro lado do debate argumentava que não, que se poderia ressignificar o termo e desconstruir o seu cunho preconceituoso.

O alcance da campanha foi tamanho que gerou manifestação de apoio da presidenta Dilma Rousseff, que utilizou o seu perfil no Twitter para declarar o seu apoio a Daniel Alves e dizer que o jogador “deu uma resposta ousada e forte diante do racismo no esporte (…). Diante de uma atitude que infelizmente tem se tornado comum nos estádios”.

Mas, quando todos imaginavam se tratar de uma campanha de fato contra o racismo, eis que vem à tona a verdadeira origem da hashtag #SomosTodosMacacos: uma campanha idealizada pela agência Loducca em parceria com o jogador Neymar. E, como se não bastasse, um dia depois da polêmica, descobriu-se que a grife do apresentador Luciano Huck, USEHUCK, já tinha uma coleção pronta de camisetas que traziam a chamada #SomosTodosMacacos e, pasmem, com dois modelos brancos. A partir daí, toda a campanha perdeu a sua credibilidade e foi tachada de racista por seus críticos.

13 de mai. de 2014

Três plantas que limpam o ar da sua casa


17 anos atrás, o empresário e ativista Kamal Meattle se tornou alérgico ao ar de Déli, na Índia. Seus médicos lhe disseram que sua capacidade pulmonar tinha reduzido em 70%.

Meattle passou a estudar como obter ar limpo, e descobriu três plantas verdes, comuns, com as quais é possível cultivar todo o ar puro de que precisamos no interior para nos manter saudáveis. Uma delas é a espada-de-são-jorge ou língua-de-sogra (Sansevieria trifasciata), uma planta que converte dióxido de carbono em oxigênio à noite.

Para obter o efeito desejado de limpeza do ar  de sua casa, é preciso de seis a oito plantas à altura da cintura por pessoa.  

Areca-bambu ou palmeira de jardim (Chrysalidocarpus lutescens) e jiboia (Epipremnum aureum) completam a lista.

3 de mai. de 2014

ENQUANTO ISSO.... - Carlos Ivan -


DESPERDICIO DE COMIDA

Ver criança chorando de fome, choca. Topar com alguém suplicando por um pedaço de pão para enganar a barriga vazia, entristece. Surpreender-se com as batidas de crianças modestas na janela do carro para pedir esmola, durante as paradas no sinal vermelho, revolta. Apesar de humilhantes estas cenas são comuns no Brasil.

Incrível como a sociedade civilizada demonstra não sentir remorso em conviver com os assombrantes quadros de miséria. Dividir espaços com pessoas famintas, com gente queixando-se contra a despensa caseira vazia, contra a falta de dinheiro para comprar alimento, cria clima inamistoso. De fato, emociona ver a molecada chorando, reclamando, protestando em vão, contra a indiferença social.

No mundo, atualmente, mais de um bilhão de pessoas vive em completa situação de miséria. Passando fome. Vítimas da pobreza, da seca, de pragas no campo, das indiferenças sociais, da subnutrição e de guerras entre nações.

Os países mais afetados pela falta de comida são os de economia fraca, os chamados subdesenvolvidos, encontrados facilmente em muitas regiões da África, Ásia e no continente americano. Aliás, nas Américas, concentram-se muitas economias emergentes, reconhecidamente pobres. O Brasil, como parte integrante da relação de pobreza, possui enorme contingente de pessoas famintas. Sem ter o que comer.

As principais causas da fome no mundo são as arrogantes desigualdades econômicas e sociais. As tímidas políticas de distribuição de renda. As famigeradas crises. Os desgovernos. O exagerado desperdício de alimentos. Anualmente, toneladas de alimentos são jogadas no lixo em vez de ser distribuídas com as pessoas carentes. Nutridas, mas de carência nutricional.

O avanço da tecnologia, favorecendo a agricultura, tem aliviado a barra da fome mundial. O problema é o crescimento de a produção agrícola acontecer de maneira diferente em várias regiões do mundo. Enquanto alguns países dão show na agricultura, outros se arrastam na produção, devido a sérias questões climáticas, políticas e econômicas.

Infelizmente, na questão desperdício, o Brasil é destaque. Embora ocupe excelente posição internacional na produção de grãos, graças às safras recordes, colhidas nos últimos anos, existe desleixo. Em 2011, embora tenha registrado a marca de 155 milhões de toneladas, ainda repercute o desperdício de 26 milhões de toneladas de alimentos que foram jogadas no lixo no ano de 2006.

Realmente, mais da metade da safra colhida na cadeia produtiva brasileira é desperdiçada por causa das precárias condições de transporte, e armazenamento. Apodrece no trajeto entre a produção e o consumo. Aliás, por conta do improvisado manejo nas residências, hotéis, restaurantes, lanchonetes, feiras livres e nas ceasas da vida, o desperdício de alimentos é farto no país. Chegando a causar impactos ambientais.

Infelizmente, nem os R$ 293 bilhões recolhidos de impostos e contribuições federais no primeiro trimestre deste ano, novo recorde segundo a Receita Federal, parece não servir para saciar a fome no Brasil. O montante de recursos é útil para suavizar o sofrimento de milhões de pobres brasileiros. Cansados de guerra.

Nada interrompe a queda de audiência da Globo

Abril chega ao fim com uma péssima notícia para a maior emissora do País: sua audiência geral continua a cair. Apesar de ter estreado a nova programação, a Globo não conseguiu reverter a crise de Ibope. O faturamento sobe a cada ano: foram quase 12 bilhões em 2013. Porém nada parece ser capaz de impedir a fuga de telespectadores. O canal tem perdido, em média, 10% de seu público a cada ano.
A teledramaturgia, antes imbatível, vive um momento delicado. As três novelas do horário nobre - Meu Pedacinho de Chão (18h), Além do Horizonte (19h) e Em Família (21h) - registram índices muito inferiores ao ideal. Os números do Jornal Nacional são igualmente insatisfatórios. Apresentadores que antes eram sinônimo de audiência, como Xuxa e Renato Aragão, estão fora do ar. Apesar disso, a Globo ainda é líder absoluta. Contudo, nunca esteve tão suscetível ao poder de escolha do telespectador.
Antigamente, ao ligar a TV, sintonizava-se a Globo e, quase invariavelmente, lá se permanecia. Hoje há opção de bons programas nos outros canais do sinal aberto — e dezenas de canais pagos, com uma oferta praticamente inesgotável de atrações nos mais variados estilos. A mudança de hábito do telespectador e o crescimento da concorrência tiraram boa parte da hegemonia da Globo.
A expectativa da cúpula global é reverter - ou pelo menos controlar - o esvaziamento de Ibope com a transmissão da Copa do Mundo. Os jogos poderão aumentar o interesse pelos programas esportivos e telejornais da emissora. Consequentemente, atrações coladas a eles, como as novelas, têm chance de herdar alguns pontos de audiência. A emissora tem pressa em evaporar essa nuvem de instabilidade por um motivo especial: a comemoração de seus 50 anos, em 2015. Se a audiência continuar a cair, o brilho da festa não será o mesmo.

27 de abr. de 2014

Besta Fubana 1

 

Besta Fubana 2




Fazenda Cimodócea



 

    









Drogas


Um dos argumentos favoritos dos ativistas à favor da legalização da maconha é que a substância não faz tão mal para a saúde quanto o álcool e o cigarro, drogas legais. Mas existe verdade nisso?

Difícil de saber, respondem os cientistas. A comparação entre essas substâncias simplesmente é muito complicada. Embora ambos álcool e maconha sejam tóxicos quando usados para fins recreativos, sua legalidade, padrões de consumo e efeitos a longo prazo sobre o corpo são bastante diferentes.

Além disso, a pesquisa dos efeitos da maconha na saúde humana ainda está em sua infância, em comparação com os estudos rigorosos que já foram feitos sobre o álcool e a saúde humana.

O que sabemos é que tanto o consumo de álcool quanto fumar maconha podem levar a problemas de saúde, mostrando efeitos a curto e longo prazo.

De fato, o álcool é associado a quase 80 mil mortes nas Américas, de acordo com estudo da Organização Pan-americana da Saúde feito entre 2007 e 2009. Por uma série de razões, estatísticas sobre mortes associadas com o uso de marijuana são muito mais difíceis de encontrar.

A curto prazo

Beber muito álcool pode rapidamente matar uma pessoa. A impossibilidade de metabolizar o álcool tão velozmente quanto é consumido pode conduzir a uma acumulação no cérebro, que desliga áreas necessárias para a sobrevivência, tal como as envolvidas com o batimento cardíaco e a respiração.

“Você pode morrer cinco minutos depois de ter sido altamente exposto ao álcool. Isso não acontece com a maconha”, explica Ruben Baler, cientista da saúde no Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos EUA. “O impacto do uso da maconha é muito mais sutil”.

No entanto, efeitos sutis não são sinônimo de efeitos fracos, como é o caso com o consumo de cigarros, que também possui efeitos mais lentos que o álcool, mas é ligado a 200 mil mortes anuais só no Brasil, segundo dados de 2008 do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Embora a maconha afete o sistema cardiovascular, aumentando a frequência cardíaca e a pressão arterial, uma pessoa não pode morrer fatalmente de overdose de maconha como pode com o álcool.

Também, o álcool é mais propenso do que a maconha a interagir com outras drogas. Se você já estiver tomando outras drogas ou medicamentos e beber álcool, ele pode aumentar ou diminuir os níveis da droga ativa no organismo.

Além das formas diretas, ambas as substâncias podem afetar a saúde de forma indireta.

Como a maconha prejudica a coordenação e o equilíbrio, existe o risco de se ferir ao fumá-la, especialmente se uma pessoa “chapada” decidir dirigir ou fazer relações sexuais desprotegidas, enquanto suas inibições estão reduzidas. Além de consequências momentâneas, podem haver consequências a longo prazo.

A longo prazo

Os efeitos a longo prazo de beber muito são bem conhecidos. “O excesso de álcool leva a consequências muito graves”, diz Gary Murray, diretor interino da Divisão de Metabolismo e Efeitos na Saúde do Instituto Nacional de Abuso do Álcool e Alcoolismo (EUA).

Beber pode levar a doença hepática alcoólica, que pode evoluir para fibrose do fígado, que por sua vez pode levar ao câncer de fígado. “Eu enfatizo ‘pode’ – não é ainda claro nem para os melhores cientistas quais são os gatilhos que permitem que essa progressão aconteça”, explica Murray, observando que algumas pessoas têm maior risco do que outras de desenvolver a condição, e não entendemos direito por quê.

Já Baler comenta que, ao contrário do álcool, os efeitos do uso crônico da maconha não são tão bem estabelecidos. Estudos com animais indicam um possível impacto na reprodução. Além disso, há evidências de que maconha pode piorar problemas psiquiátricos para pessoas que são predispostas a eles, ou fazê-los se manifestar em uma idade mais jovem. Ainda, porque a droga é geralmente fumada, pode causar bronquite, tosse e inflamação crônica das vias aéreas.

Enquanto alguns estudos mostraram evidências ligando a maconha ao câncer de pulmão, estudos subsequentes não encontraram essa associação. Baler disse que não está claro por que a fumaça da maconha não tem o mesmo resultado que a do tabaco nos pulmões. A diferença pode ser nos compostos das fumaças ou pode ter a ver com outros hábitos de saúde que fumantes de maconha e de cigarro têm.

Além disso, pesquisadores que procuram estudar o uso da maconha a longo prazo têm tido dificuldade em encontrar pessoas que fumam maconha regularmente, mas que também não fumam cigarros de tabaco. Outra grande dificuldade é a ilegalidade da maconha, que limita a pesquisa neste campo.

No entanto, este ano começaram as primeiras vendas legais de maconha para pessoas que não a usam por razões médicas nos Estados Unidos, em Colorado e Washington. A observação de taxas de lesões, acidentes, doenças mentais e uso por adolescentes levará a uma melhor compreensão dos efeitos sobre a saúde pública da maconha.

Grande parte da preocupação com a substância envolve jovens que usam a droga, porque ela interfere com o desenvolvimento do cérebro enquanto ele ainda está amadurecendo. “Fumar maconha interfere com conexões do cérebro em um momento em que ele deveria estar em um estado de mente clara, acumulando memória e experiências que formarão uma base para o futuro”, conta Baler.

Como algumas pessoas fumam maconha com a mesma voracidade que a maioria dos fumantes regulares, enquanto outros podem usar maconha apenas nos fins de semana, os efeitos na saúde tornam-se difíceis de generalizar.


Benefícios

Não há nenhum uso médico conhecido para o consumo de álcool, mas muitas pesquisas mostram os benefícios à saúde de se beber moderadamente, incluindo menores taxas de doença cardiovascular e, possivelmente, menos resfriados.

“Nós sempre aconselhamos as pessoas a evitar beber em excesso, mas o consumo moderado não é algo muito perigoso”, explica Murray.

Quanto à maconha, cuja legalização para usos médicos tem sido assunto de forte debate público há anos, há ampla evidência de que certos compostos encontrados na planta podem ser benéficos.

“Os pesquisadores estão trabalhando contra o relógio para tentar identificar os ingredientes da maconha que têm potencial medicinal”, disse Baler.

Uma vez que tais produtos químicos estiverem em uma forma pura e os pesquisadores entenderem seus efeitos sobre o corpo, então eles poderiam ser usados em ensaios clínicos para verificar sua eficácia em amenizar sintomas ou auxiliar na cura de doenças como câncer, esclerose múltipla, diabetes e glaucoma.

“Há segmentos da população que querem ignorar todo esse processo e distorcer a verdade, afirmando que fumar maconha pode ser bom para a saúde e ter usos médicos”,argumenta Baler. Segundo ele, embora possa ser usada para cuidados paliativos, chamar a maconha de remédio ainda é algo que não podemos fazer. O objetivo da medicina, aliás, não é usar a maconha como remédio, e sim extrair seus componentes benéficos, e utilizá-los desprovidos dos efeitos que usuários recreativos da substância procuram.

HypeScience 31/01/2014

 

26 de abr. de 2014

Marco Civil da Internet no Brasil

 

A Internet do Brasil agora tem a sua própria “Constituição”. No último 23 de abril, o Senado aprovou o Marco Civil da Internet, um projeto de lei que estabelece novas diretrizes para a liberdade de expressão, a neutralidade da rede e a privacidade de dados para 100 milhões de usuários da internet do país.
A Câmara dos Deputados já tinha aprovado o projeto, e com o sinal verde do Senado, só falta a assinatura da presidente Dilma Rousseff.

“O projeto de lei estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para os usuários de internet e provedores de serviços de internet no Brasil”, disse um comunicado no site do Senado.
A lei tem como objetivo equilibrar a liberdade de expressão e direitos dos usuários à privacidade e à proteção de dados pessoais. Ainda assim, as autoridades brasileiras não controlarão o que acontece fora do país, já que a lei não chega a obrigar empresas como o Google e o Facebook a armazenar os dados dos usuários locais em centros de dados brasileiros.
O armazenamento de dados no Brasil, que era considerado uma prioridade para o governo com o objetivo de coibir atos de espionagem, era uma obrigação que já havia sido derrubada pelos deputados para viabilizar a aprovação na Câmara.

Vantagens

A passagem da lei foi bem recebida por muitos ativistas da internet, que estavam observando o progresso do projeto no Congresso desde 2009.
Muitos temiam que a lei fosse comprometida sob pressão da indústria de telecomunicações, que fez lobby para a inclusão de uma cláusula de “liberdade de modelo de negócio”. No entanto, na lei como está escrita agora, as empresas devem tratar todos os pacotes de dados de forma igual, independentemente do conteúdo – uma pedra angular da neutralidade da rede.
Ela implica que os provedores não podem ofertar conexões diferenciadas, por exemplo, para acesso somente a e-mails, vídeos ou redes sociais. Críticos dessa neutralidade dizem que ela pode restringir a liberdade dos provedores para oferecer produtos conforme demandas específicas, e que sua aplicação obrigatória pode encarecer o serviço para todos. Vale notar que a oferta de pacotes com velocidade diferenciada não é vetada.
O projeto também prevê que provedores de conexão à web e aplicações na internet não serão responsabilizados pelo uso que os internautas fizerem da sua rede e por publicações feitas por terceiros. As entidades que oferecem conteúdo e aplicações só serão responsabilizadas por danos gerados por terceiros se não acatarem ordem judicial exigindo a retirada dessas publicações.
Além disso, empresas não poderão “espiar” o conteúdo das informações trocadas pelos usuários para publicidade (coisa que Facebook e Google fazem para enviar anúncios aos seus usuários).
Por fim, o sigilo dos usuários da internet não poderá ser violado. Provedores de acesso à internet ainda terão que manter registros das horas de acesso e do fim da conexão dos usuários pelo prazo de seis meses, mas isso deve ser feito em ambiente controlado.
Não é permitido registrar páginas e conteúdo acessado pelo internauta. A coleta, o uso e o armazenamento de dados pessoais pelas empresas só poderão ocorrer desde que especificados nos contratos, e caso não tenham sido vedados pela legislação.

EUA x Brasil

A presidente Dilma Rousseff foi enfática sobre o fato de não ter gostado da espionagem cibernética dos EUA ao Brasil, revelada por Edward Snowden ano passado. As comunicações de seu pessoal e da Petrobrás foram algumas das “vítimas” do presidente dos EUA, Barack Obama.
Dilma chegou a cancelar uma visita de Estado a Washington prevista para outubro passado em protesto. Os documentos vazados por Snowden provocaram grande fúria sobre os vastos recursos dos programas de inteligência dos EUA.
Após as revelações, Obama foi forçado a propor mudanças na vigilância eletrônica de cidadãos norte-americanos. No entanto, o governo federal recentemente perdeu uma batalha judicial pelo direito de regular os provedores de internet do país, que buscam cobrar somas variadas para diferentes velocidades de acesso à internet.

Relevância

Em um comunicado, Tim Berners-Lee, inventor da World Wide Web (WWW), elogiou o Marco Civil, dizendo que ele “reflete a internet como deveria ser”.
“O Brasil está tentando tomar uma posição de liderança, mas de uma forma muito realista”, disse Diego Vicentin, pesquisador do Centro de Políticas de Tecnologia da Informação na Universidade de Princeton (EUA).
O Brasil é apenas o mais recente país a fazer declarações nacionais sobre as liberdades da internet. O problema é que os países ainda renegam essas liberdades, conforme explica Viktor Mayer-Schönberger, um pesquisador do Instituto de Internet de Oxford (Reino Unido).
Os especialistas argumentam que, para que o Marco Civil torne-se um verdadeiro farol de liberdade na internet, a presidente Dilma Rousseff deve seguir o projeto de lei com ação consistente que reflita seus valores.

Em certo sentido, o momento não poderia ser melhor para o Brasil. Apenas algumas semanas atrás, os EUA anunciaram que vão abrir mão do controle sobre a Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN), um organismo de políticas que gerencia os nomes de domínio e endereços de IP.
Isso levanta a questão de quem irá assumir a ICANN. Com o “Net Mundial”, um encontro internacional sobre internet se realizando esta semana em São Paulo, o Brasil tem uma excelente oportunidade para firmar-se como um defensor da liberdade na internet e para ganhar influência na comunidade internacional de telecomunicações.
“A lei em si não vai fazer muita diferença para o resto do mundo, a não ser como um modelo de valores e princípios de internet que vai tornar o Brasil muito mais relevante”, falou Mayer-Schönberger.

Felicidade? - Seja bom em alguma coisa.

 

Pessoas felizes geralmente têm uma assinatura, que remete a alguma coisa na qual elas se tornaram muito boas – mesmo que o processo de aprendizado tenha sido tortuoso. Afinal, não precisamos fazer muitas pesquisas para descobrir que se tornar realmente bom em alguma coisa pode ser mais estressante do que se imagina.
 
Mas é justamente aí que está o pulo do gato.
 
Porque quando você atravessa um processo escaldante e consegue atingir seu objetivo, a felicidade aparece quando você olha para trás e vê tudo o que superou para chegar ao momento da conquista. Ser ruim em alguma coisa é o primeiro passo para ser bom em alguma coisa – e nada é mais verdade que isso.
 
O esforço é sinônimo de progresso.