Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

6 de out. de 2015

[EcoDebate]


A humanidade já superou os limites do Planeta. Os níveis de produção e consumo dos seres humanos estão sugando e degradando de forma insustentável os recursos da Terra e as riquezas ambientais transformadas em artigos – essenciais ou de luxo – são descartadas de volta na forma de esgoto, lixo e resíduos sólidos.

A ideia do desenvolvimento sustentável virou uma ficção tecnocrática, como mostrou Francisco Caporal, no artigo: “Adeus ao desenvolvimento sustentável”. Os governos e as empresas usam o termo “desenvolvimento sustentável” para vender uma falsa ideia de que é possível manter o ritmo atual do modelo de produção e consumo de energia, bens e serviços. Na prática, o máximo que tem sido feito é uma maquiagem verde (Greenwashing) para fortalecer o autoengano de que as futuras gerações poderão continuar mantendo o atual padrão de degradação da natureza e os vícios do antropocentrismo e do egocentrismo.


O crescimento econômico está tornando inviável a sobrevivência do meio ambiente e da biodiversidade, pois as fronteiras planetárias foram ultrapassadas. A palestra de Margarita Mediavilla: “Retos globales ante los límites al crecimiento” faz uma revisão os limites do crescimento econômico e os desafios docrescimento zero. O “Grupo de Energía y Dinámica de Sistemas da Universidad de Valladolid” tem elaborado diversas análises mostrando a necessidade de discussão dos parâmetros do DECRESCIMENTO.

Para contribuir com este debate, são apresentados abaixo dez pontos para mudar a ordem econômica internacional e estabelecer um caminho viável para a convivência pacífica entre os seres humanos, as demais espécies e os ecossistemas. Trata-se de uma contribuição sintética que se opõe à ideia simplista do desenvolvimento econômico sustentado e sustentável e pode ser definida como o DECÁLOGO DA SUSTENTABILIDADE ECOCÊNTRICA:



1) reduzir substancialmente os gastos militares e os instrumentos de violência e guerra (2,5% do do PIB mundial), garantindo a paz local, nacional, regional e mundial;

2) investir em transporte coletivo e sobretaxar os veículos individuais, garantir a mobilidade urbana, assim como criar cidades sustentáveis em todos os aspectos da vida urbana, combatendo a especulação imobiliária, inclusive avançando com os parques ecológicos, o cuidado dos rios e promovendo a agricultura urbana e vertical;
3) sobretaxar, de forma progressiva, o consumo conspícuo em todas as suas formas e utilizar a ciência e a tecnologia para reduzir a degradação ambiental e diminuir os impactos das atividades antrópicas;

4) Reduzir bastante o uso de combustíveis fósseis nas próximas décadas, aumentar a eficiência energética e fazer a transição para uma matriz energética renovável e de baixo carbono;

5) fazer a transição da economia materializada para uma economia mais desmaterializada, com base no uso de bens intangíveis e imateriais e fortalecer a sociedade do conhecimento e da cultura;

6) Aumentar as áreas verdes (florestas e matas), limpar os rios, lagos e oceanos, aumentar a biodiversidade, iniciar um processo de reselvagerização de crescentes áreas do mundo, construir uma agricultura sustentável, mais orgânica, com um uso menor de produtos químicos, além de incentivar uma dieta vegetariana e defender os direitos dos animais e do Planeta Azul (Gaya, Pachamama, etc.);

7) Reduzir os impactos da exploração antrópica e avançar com o reaproveitamento do esgoto, do lixo e dos resíduos sólidos, além da redução do desperdício em todas as suas formas;

8) Erradicar a fome e a pobreza extrema, reduzir as desigualdades sociais em todas as suas dimensões e formas, garantir a solidariedade orgânica em termos sociais, a solidariedade interpessoal e avançar com a luta contra o especismo e o ecocídio;

9) Garantir a governança global, a democracia, o fim da corrupção e a cooperação nacional e internacional, avançando com os tratados multilaterais para evitar o aquecimento global, impedir a exploração econômica do Ártico e da Antártica, proteger os oceanos contra a degradação e a acidificação e garantir o direito das águas e a liberdade dos rios;

10) Last but not least, estabilizar o crescimento populacional mundial até 2050 e manter uma Taxa de Fecundidade Total (TFT) abaixo do nível de reposição, possibilitando o decrescimento demo-econômico no longo prazo.

Referências:

José Eustáquio Diniz Alves, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seuspontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br

"e assim caminha a humanidade"



Salve-se quem puder!!

Alckmin impõe sigilo a mais de 150 documentos 
sobre as obras do metrô de SP


O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, tornou “ultrassigilosos” pelo menos 157 documentos a respeito das obras do transporte metropolitano da cidade de São Paulo, responsabilidade da gestão estadual, que inclui metrô, CPTM e os ônibus intermunicipais da EMTU. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Desta forma, uma série de materiais que explicam o andamento das obras na capital paulista só ficará disponível para consulta pública 25 anos após a elaboração de seus relatórios.

Apesar da Lei de Acesso à Informação, que passou a valer em 2012 e permite a qualquer cidadão brasileiro acessar os documentos e gastos públicos, a classificação “ultrassecreto” impõe pelo menos um quarto de século de sigilo. Os outros são “secreto” (dez anos) e “reservado” (cinco anos). Ainda segundo a reportagem, esses prazos poderão ser prorrogados.

Tal restrição foi articulada ainda em 2014, menos de seis meses antes da eleição e em meio à investigação sobre um cartel de fornecedores e construtoras envolvidas nas obras do metrô e CPTM.

Ao todo, 157 documentos – cada um com centenas ou até milhares de páginas – a respeito de estudos de viabilidade, relatórios e andamento das obras e até vídeos de projetos culturais, como o programa “Arte no metrô”, passam a ficar sob sigilo a pedido do governo do Estado.

 Boa parte das obras da gestão Geraldo Alckmin apresentam atrasos, como por exemplo as que envolvem as linhas de metrô. A promessa de campanha do tucano era entregar 100 km até o fim do ano passado, mas só 78 km foram concluídos até hoje. A meta deverá ser batida somente no fim deste ano.

Já a linha 15-prata, que passa pela Zona Leste da capital paulista, era para ter sido entregue em 2012, foi adiada para 2015 e, atualmente, apenas duas estações funcionam. Detalhes a respeito da construção do monotrilho (previsto para o ano passado, antes da Copa do Mundo) também fazem parte da série de documentos.

Em resposta, a administração tucana respondeu ao jornal que a medida tem como finalidade impedir o acesso de "pessoas mal-intencionadas" ou "inabilitadas".

5 de out. de 2015

QUEM NASCEU PRA LAMPIÃO JAMAIS SERÁ LAMPARINA - Cordel de Dalinha Catunda

 1
Amigo vou lhe dizer
Preste bastante atenção,
Cada um tem o seu gosto
E toma sua decisão
Há coisa que não aceito
Mexer no cu do sujeito
Que está debaixo do chão.

2

Eu não tenho preconceito
E nem sou ruim da bola
Tô contestando um boato
Que não entra na cachola
Por tudo que ouvi falar
Não posso acreditar
Que Lampião foi boiola.

3

Valhei-me meu São Francisco
E “Padim Ciço” Romão
Mexeram com Virgulino
Que foi terror no sertão
Querem mudar sua ficha
Dizer que o cabra era bicha?
Cabimento não tem não!

4

Quando eu inda morava
No meu rincão nordestino
Nas conversas das calçadas
Citava-se Virgulino
O capitão cangaceiro
O temido bandoleiro
Causador de desatino.

5

Carregou Maria Déia
Dela fez sua companheira,
Com ela cantou, dançou
Ao som da mulher rendeira
Tiveram a mesma sorte
Viveram até a morte
Uma paixão verdadeira.

6

E nem venham me dizer
Que Maria era infiel
E que o Rei do Cangaço
Andou queimando o anel
Isso é pura fantasia
Pra não dizer heresia
De mente suja e cruel

7

Com ela teve uma filha
Batizada de Expedita
Que não viveu no cangaço
Pra não provar da desdita
Lampião deixou herdeira
Fez filho na companheira
Não fugiu da periquita.

8

O Virgulino Ferreira
Gostava de artesanato
E por ser bom artesão
Vestia-se com aparato
Tinha lá o seu costume
De usar um bom perfume
Mas com pica não fez trato.

9

Nos dedos muitos anéis
Enfeitavam sua mão
No pescoço medalhinhas
Penduradas no cordão
O lenço em vez da gravata
Tinha ouro e tinha prata
Enfeitando lampião.

10

Usava lenço de seda
Porque tinha algum requinte
Amava a fotografia
Não era nenhum acinte
A vaidade era normal
Ajudava o visual
No bom gosto possuinte.

11

Quem espalha este boato
Sensacionalismo quer
Lampião era chegado
A racha duma mulher
Isso é fato e não é fita
Amou Maria bonita
E não foi paixão qualquer.

12

Lampião foi cabra macho
Famoso fora da lei
Agora querem dizer
Que Virgulino era Gay
Ele pintava e bordava
Mas a rosca não queimava
Pelas histórias que sei.

13

Foi lider dos cangaceiros
E valente pra chuchu
Agora depois de morto
Querem difamar seu cu
Ele não virou baitola
E só entrava na rola
Quando comia nambu.

14

Querem derrubar o mito
Desconstruir lampião
O cangaceiro perverso
Que assombrou o sertão
E fez tanta crueldade
Por toda sua maldade
Fora comparado ao cão

15

Sujeito igual lampião
Jamais será lamparina
A saga do cangaceiro
Não se fez com vaselina
E sim com dedo treinado
No gatilho colocado
Na mira da carabina.

16

Meu caro vou lhe dizer
Segredo não peço não
É fácil falar de quem
Hoje é só pó no caixão
Isso é pura sacanagem
Queria ver ter coragem
Diante de Lampião.

17

Se lampião fosse vivo
O falador penaria
E no pipocar das balas
A dançar aprenderia
Pra deixar de esculacho
E respeitar cu de macho
Que o anel não queimaria.

18

Do punhal do Capitão
Seria mira certeira
E sentiria a pontada
Furando a saboneteira
Além de morrer a míngua
Inda perderia a língua
Quem dele falou besteira.

19

Bem antes tenho certeza
Que comeria sal puro
Viraria uma peneira
Diante de tanto furo
Pois Virgulino Ferreira
Não pouparia a peixeira
Num falador sem futuro.

20

Tem coisa que não aceito,
Não creio, não dou, ouvido
Lampião, rei do cangaço
Não perderia o franzido
Ele não escamoteia
Na rosca não botou peia
Por pau não foi seduzido.

21

Essa história é sem sentido
Ninguém acredita nela
Pois bunda de bandoleiro
Não foi porta sem tramela
Era saída e mais nada
Não consta que foi entrada
Não azeitou a arruela.

22

Eu posso estar enganada
Mas acho que esta lambança
Foi criada por alguém
Com desejo de vingança
Lampião não foi veado
Foi apenas difamado
Botaram seu cu na dança.

23

Com esta fofoca toda
E com essa falação
O rei do cangaço acaba
Virando é assombração
Capaz de sair da cova
Pra dar uma boa sova
Em quem faz difamação.

24

Este cordel chega ao fim
Chega ao fim minha defesa
Vou bater o meu martelo
A verdade está na mesa
Minha tese não afunda
Nunca fez farra na bunda
Quem foi rei da Malvadeza.

24 de set. de 2015

Agora vai!!


A sentença de Cristo

"No ano dezenove de TIBÉRIO CÉSAR, Imperador Romano de todo o mundo, monarca invencível na Olimpíada cento e vinte e um, e na Elíada vinte e quatro, da criação do mundo, segundo o número e cômputo dos Hebreus, quatro vezes mil cento e oitenta e sete, do progênio do Romano Império, no ano setenta e três, e na libertação do cativeiro de Babilônia, no ano mil duzentos e sete, sendo governador da Judéia QUINTO SÉRGIO, sob o regimento e governador da cidade de Jerusalém, Presidente Gratíssimo, PÔNCIO PILATOS; regente na baixa Galiléia, HERODES ANTIPAS; pontífice do sumo sacerdote, CAIFÁS; magnos do templo, ALIS ALMAEL, ROBAS ACASEL, FRANCHINO CEUTAURO; cônsules romanos da cidade de Jerusalém, QUINTO CORNÉLIO SUBLIME e SIXTO RUSTO, no mês de março e dia XXV do ano presente, EU, PÔNCIO PILATOS, aqui Presidente do Império Romano, dentro do Palácio e arqui-residência, julgo, condeno e sentencio à morte, Jesus, chamado pela plebe - CRISTO NAZARENO - e galileu de nação, homem sedicioso, contra a Lei Mosaica - contrário ao grande Imperador TIBÉRIO CÉSAR.

Determino e ordeno por esta, que se lhe dê morte na cruz, sendo pregado com cravos como todos os réus, porque congregando e ajustando homens, ricos e pobres, não tem cessado de promover tumultos por toda a Judéia, dizendo-se filho de DEUS e REI DE ISRAEL, ameaçando com a ruína de Jerusalém e do sacro Templo, negando o tributo a César, tendo ainda o atrevimento de entrar com ramos e em triunfo, com grande parte da plebe, dentro da cidade de Jerusalém.

Que seja ligado e açoitado, e que seja vestido de púrpura e coroado de alguns espinhos, com a própria cruz aos ombros para que sirva de exemplo a todos os malfeitores, e que, juntamente com ele, sejam conduzidos dois ladrões homicidas; saindo logo pela porta sagrada, hoje ANTONIANA, e que se conduza JESUS ao monte público da Justiça, chamado CALVÁRIO, onde crucificado e morto ficará seu corpo na cruz, como espetáculo para todos os malfeitores, e que sobre a cruz se ponha, em diversas línguas, este título:

JESUS NAZARENO, REX JUDEORUM.

Mando, também, que nenhuma pessoa de qualquer estado ou condição se atreva, temerariamente, a impedir a Justiça por mim mandada, administrada e executada com todo o rigor, segundo os Decretos e Leis Romanas, sob as penas de rebelião contra o Imperador Romano.

Testemunhas da nossa sentença:

Pelas dozes tribos de Israel: RABAIM DANIEL; RABAIM JOAQUIM BANICAR; BANBASU; LARÉ PETUCULANI.

Pelos fariseus: BULLIENIEL; SIMEÃO; RANOL; BABBINE; MANDOANI; BANCURFOSSI.

Pelos hebreus: MATUMBERTO.


Pelo Império Romano e pelo Presidente de Roma: LÚCIO SEXTILO E AMACIO CHILICIO. "


Não se sabe ao certo sobre a veracidade deste documento. Todavia, é divulgado pela internet que esta é uma reprodução traduzida da sentença de Pilatos no processo de Jesus Cristo existente no Museu da Espanha.

Código de Hamurabi - Código instituído pelo Rei Hamurabi 1700 anos antes de Cristo.














O Código de Hamurabi é um documento de grande valor histórico e alguns de seus artigos merecem destaque especial, principalmente para que os estudiosos do direito possam avaliar a cultura jurídica da época e conhecer a existência de normas rígidas, impostas pelo Rei Hamurabi, desde de 1700 antes de Cristo.

Como introdução o Código possuía o seguinte texto:

"-Quando o alto Anu, Rei de Anunaki e Bel, Senhor da Terra e dos céus, determinador dos destinos do mundo, entregou o governo de toda a humanidade a Marduc; quando foi pronunciado o alto nome da Babilônia; quando ele a fez famosa no mundo e nela estabeleceu um duradouro reino cujos alicerces tinham a firmeza do céu e da terra, por esse tempo Anu e Bel me chamaram, a mim Hamurabi, o excelso príncipe, o adorador dos deuses, para implantar justiça na terra, para destruir os maus e o mal, para prevenir a opressão do fraco pelo forte, para iluminar o mundo e propiciar o bem estar do povo. Hamurabi, governador escolhido por Bel, sou eu; eu o que trouxe a abundância à terra; o que fez obra completa para Nippur e Dirilu; o que deu vida à cidade de Uruk; supriu água com abundância aos seus habitantes; o que tornou bela a nossa cidade de Brasíppa; o que enceleirou grãos para a poderosa Urash; o que ajudou o povo em tempo de necessidade; o que estabeleceu a segurança na Babilônia; o governador do povo, o servo cujos feitos são agradáveis a Anuit."

A seguir alguns dos artigos do Código:

Art. 1º - Se alguém acusa um outro, lhe imputa um sortilégio, mas não pode dar prova disso, aquele que acusou deverá ser morto.

Art. 3º - Se alguém em um processo se apresenta como testemunha de acusação e não prova o que disse, se o processo importa perda de vida, ele deverá ser morto.

Art. 4º - Se alguém se apresenta como testemunha por grão e dinheiro, deverá suportar a pena cominada no processo.

Art. 5º - O juiz prolator de uma sentença errada será punido com o pagamento das custas multiplicadas por 12, e ainda será expulso publicamente de sua cadeira

Art. 15 - Se alguém furta pela porta da cidade um escravo ou uma escrava da Corte, ou escravo ou escrava de um liberto, deverá ser morto.

Art. 16 - Se alguém acolhe em sua casa um escravo ou escrava fugidos da Corte ou de um liberto e depois da proclamação pública do mordomo, não apresenta, o dono da casa deverá ser morto.

Art. 127 - Se alguém difama uma mulher consagrada ou a mulher de um homem livre e não pode provar, se deverá arrastar esse homem perante o Juiz e tosquiar-lhe a fronte.

Art. 128 - Se alguém toma uma mulher, mas não conclui contrato com ela, essa mulher não é esposa.

Art. 129 – Se a esposa de alguém é encontrada em contato sexual com um outro, deve-se amarrá-los e lançá-los n'água, salvo se o marido perdoar à sua mulher e o rei a seu escravo.

Art. 130 – Se alguém viola a mulher que ainda não conheceu homem e vive na casa paterna e tem contato com ela e é surpreendido, este homem deverá ser morto e a mulher irá livre.

Art. 131 – Se a mulher de um homem livre é acusada pelo próprio marido, mas não surpreendida em contato com outro, ela deverá jurar em nome de Deus e voltar à sua casa.
195 - Se um filho espanca seu pai, dever-se-lhe-á decepar as mãos.

Sobre delitos e penas:

Art. 198 – Se alguém arranca o olho de um liberto, deverá pagar uma mina.

Art. 199 – Se ele arranca um olho de um escravo alheio, ou quebra um osso ao escravo alheio, deverá pagar a metade do seu preço.

Art. 201 - Se ele partiu os dentes de um liberto, deverá pagar um terço de mina.

Art. 203 - Se um nascido livre espanca um nascido livre de igual condição, deverá pagar uma mina.

Art. 204 - Se um liberto espanca um liberto, deverá pagar dez siclos.

Art. 209 – Se alguém bate numa mulher livre e a faz abortar, deverá pagar dez siclos pelo feto.

Art. 210 – Se essa mulher morre, então se deverá matar o filho dele.

Sobre o exercício da Medicina:

Art. 215 – Se um médico trata alguém de uma grave ferida com a lanceta de bronze e o cura ou se ele abre a alguém uma incisão com a lanceta de bronze e o olho é salvo, deverá receber dez siclos.

Art. 218 – Se um médico trata alguém de uma grave ferida com a lanceta de bronze e o mata, ou lhe abre uma incisão com a lanceta de bronze e o olho fica perdido, dever-se-lhe-á cortar as mãos.

Art. 219 – Se o médico trata o escravo de um liberto de uma ferida grave com a lanceta de bronze e o mata, deverá dar escravo por escravo.

Sobre o exercício da Engenharia:

Art. 229 – Se um arquiteto constrói para alguém e não o faz solidamente e a casa que ele construiu cai e fere de morte o proprietário, esse arquiteto deverá ser morto.

Art. 233 – Se um arquiteto constrói para alguém uma casa e não a leva ao fim, se as paredes são viciosas, o arquiteto deverá à sua custa consolidar as paredes.


Sobre a navegação:

Art. 236 – Se alguém freta o seu barco a um bateleiro e este é negligente, mete a pique ou faz que se perca o barco, o bateleiro deverá ao proprietário barco por barco.

Art. 237 – Se alguém freta um bateleiro e o barco e o provê de trigo, lã, azeite, tâmaras e qualquer outra coisa que forma a sua carga, se o bateleiro é negligente, mete a pique o barco e faz que se perca o carregamento, deverá indenizar o barco que fez ir a pique e tudo que ele causou perda.

Art. 240 – Se um barco a remos investe contra um barco de vela e o põe a pique, o patrão do barco que foi posto a pique deverá pedir justiça diante de Deus; o patrão do barco a remos, que meteu a fundo o barco a vela, deverá indenizar o seu barco e tudo quanto se perdeu.

O Código de Hamurabi tem o seguinte texto como encerramento:


As justas leis que Hamurabi, o sábio rei, estabeleceu e com as quais deu base estável ao governo: - Eu sou o governador guardião. Em meu seio trago o povo das terras de Sumer e Acad. em minha sabedoria eu os refreio, para que o forte não oprima o fraco e para que seja feita justiça à viúva e ao órfão. Que cada homem oprimido compareça diante de mim, como rei que sou da justiça. Deixai-o ler a inscrição do meu monumento. Deixai-o atentar nas minhas ponderadas palavras. E possa o meu monumento iluminá-lo quanto à causa que traz e possa ele compreender o seu caso. Possa ele folgar o coração exclamado: - "Hamurabi é na verdade como um pai para o seu povo; estabeleceu a prosperidade para sempre e deu um governo puro à terra. Nos dias a virem, por todo tempo futuro, possa o rei que estiver no trono observar as palavras da justiça que eu tracei em meu monumento".

17 de set. de 2015

Facebook vai criar botão de ‘não curti’

O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, afirmou durante uma sessão de perguntas, que a empresa está trabalhando em um botão de “não curti”. “Eu acho que as pessoas têm perguntado sobre o botão do “não curti” por muitos anos. Hoje é um dia especial, porque hoje é o dia que eu posso dizer que estamos trabalhando nele”, disse Mark ao jornal “O Globo”. Esta notícia contradiz alguns anúncios anteriores do próprio fundador, que afirmava que a empresa não tinha planos de criar este recurso, já que o botão de “curtir” era o suficiente.

O medo do Facebook com o novo botão está na conotação negativa. Entretanto, outras redes sociais como Reddit, podem ter feito a empresa mudar de ideia. Mark Zuckerberg acredita que o botão não serviria necessariamente para dizer que algo é ruim, mas sim para simbolizar que nem todos os momentos são positivos. O que as pessoas realmente querem é a capacidade de expressar empatia. Nem todo momento é um bom momento”, disse Zuckerberg.


15 de set. de 2015

Bienal do Livro termina com recorde de visitantes, de vendas e de público jovem


A 17ª Bienal Internacional do Livro no Rio superou todas as expectativas dos organizadores e encerrou neste domingo (13) com público de 676 mil visitantes. O número é recorde nos 32 anos da feira editorial, que agora se consolida como um evento voltado para o público jovem.

De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, Marcos Pereira, em 11 dias, foram vendidos 3,7 milhões de livros, com faturamento de R$ 83 milhões. “A gente tinha segurança de que o público viria. O público vir e consumir reforça a ideia de que a gente tem leitores no Brasil”, disse.

Do total do público, 56% são jovens entre 15 e 29 anos. O percentual foi maior do que o da edição anterior, em 2013, quando chegou a 51%. O historiador João Alegria, curador do espaço infantil Bamboleio e do CuboVoxes, atividade destinada a integração dos jovens na feira, disse que o resultado reflete o comportamento dessa faixa de idade na população brasileira.