O que era
inimaginável supor e constatar aconteceu nesta sexta-feira, 3, no Parque do
Povo, em Campina Grande, durante a abertura do Maior São João do Mundo: o
senador ex-prefeito da cidade, Cássio Cunha Lima, líder do PSDB no Senado,
enfrentou minutos de vaias ao se referir ao Governo de Dilma como o mais
corrupto de todos os tempos. "Golpista! Golpista!" - gritavam pessoas
de vários pontos do ambiente da Festa.
3 de jul. de 2016
Líder do PSDB é vaiado no maior São João do mundo
1 de jul. de 2016
Saúde é contemplada com um veículo novo
Em cerimônia no Expominas,
Belo Horizonte, nesta quinta-feira (30/6), o Prefeito Natinho recebeu das mãos
do Governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, um veículos para atender
ações da Secretaria Municipal da Saúde.
29 de jun. de 2016
Papa adverte de tentação da Igreja de "fechar-se em si mesma"
Agencia EFE 29 de junho de 2016
Cidade
do Vaticano,
- O papa Francisco ressaltou nesta quarta-feira a
"tentação que sempre existe na Igreja" de "fechar-se em si
mesma, à vista dos perigos", durante a homilia por ocasião da Solenidade
dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, padroeiros de Roma.
O
pontífice realizou a cerimônia na Basílica de São Pedro e, durante o evento fez
uma homilia sobre o tratamento que as Sagradas Escrituras fazem binômio
central: fechamento/abertura. Não é a primeira vez que o papa Francisco aborda
esse tema.
"Relacionado
com esta imagem, está também o símbolo das chaves, que Jesus promete a Simão
Pedro para que ele possa, sem dúvida, abrir às pessoas a entrada no Reino dos
Céus, e não fechá-la como faziam alguns escribas e fariseus hipócritas que
Jesus censura", apontou.
Francisco
recorreu aos "Atos dos Apóstolos" para narrar à passagem na qual
Pedro, após ser libertado por Herodes, se dirige à casa da mãe de João.
"Bate
à porta e, de dentro, vem atender uma empregada chamada Rode, que, tendo
reconhecido a voz de Pedro, em vez de abrir a porta, incrédula e, ao mesmo
tempo, cheia de alegria corre para informar a patroa. E Pedro estava lá fora em
perigo, podia ser preso pela Polícia", afirmou o pontífice.
E
acrescentou: "A narração, que pode parecer cômica, deixa intuir o clima de
medo em que estava a comunidade cristã, fechada em casa e fechada também às
surpresas de Deus (...) Este detalhe nos fala de uma tentação que sempre existe
na Igreja: a tentação de fechar-se em si mesma, à vista dos perigos".
Perante
esta situação, o pontífice recomendou a oração como "humilde entrega a
Deus. Conforme explicou essa é "sempre a via de saída dos nossos
fechamentos pessoais e comunitários. É a grande via de saída dos
fechamentos".
"A
oração permite que a graça abra uma via de saída: do fechamento à abertura, do
medo à coragem, da tristeza à alegria", disse.
A
solenidade teve a participação da delegação enviada pelo patriarca ecumênico de
Constantinopla, Bartolomeu I, o arcebispo de Telmessos, Job Getcha, e o diácono
patriarcal Nephon Tsimalis.
Durante
a cerimônia, o papa abençoou também os pálios que serão enviados aos novos
arcebispos metropolitanos. EFE
Sem argumento das ‘pedaladas’, o que deve pesar na decisão dos senadores sobre o impeachment?
Michel Temer
assumiu a Presidência da República há quase um mês e meio, mas até agora poucos
institutos se preocuparam em aferir os ânimos dos eleitores após a demissão de
três ministros (com viés de alta), declarações dadas e desautorizadas por
auxiliares sobre cortes em direitos, vazamento de conchavos para barrar a Lava
Jato, e encontros na surdina do presidente interino com Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), deputado afastado nas funções e tornou réu em duas ações no Supremo
Tribunal Federal, uma delas por suspeitas de crimes como corrupção passiva e
lavagem de dinheiro no esquema da Petrobras.
Uma das poucas
entidades que se dispôs a ouvir a opinião do eleitor é o instituto Ipsos, que
entre 2 e 13 de junho entrevistou 1.200 pessoas em 72 municípios brasileiros.
O resultado
mostra o dilema de boa parte dos senadores que daqui a dois meses deve decidir
quem governará o país pelos próximos dois anos e meio. Eles terão de escolher
entre uma presidenta afastada com alto índice de rejeição, governo mal avaliado
e ferido de morte pela Lava Jato contra um presidente interino com alto índice
de rejeição, governo mal avaliado e ferido de morte pela Lava Jato.
No
levantamento, 9 em cada 10 eleitores (89%) disseram considerar que o Brasil
está no rumo errado sob a gestão Temer. A avaliação é basicamente a mesma em
todas as classes sociais e tem alguma oscilação entre as regiões, mas a
rejeição é sempre superior a 80%.
O grosso da
opinião pública, essa que poucos estão dispostos a ouvir, pode mandar a fatura
já nas eleições municipais de outubro. O resto é com a História. (...)
Matheus Pichonelli 28 de junho de 2016 – Yahoo notícias - Leia mais: sem-argumento-das-pedaladas
DROGAS - As cinco substâncias mais viciantes e seus efeitos no cérebro
A
capacidade de viciar depende de fatores como a ativação do sistema da dopamina
do cérebro
Quais
são as drogas mais viciantes? A pergunta parece simples, mas a resposta depende
de para quem se pergunta. Segundo diferentes especialistas, o potencial de
vício de uma droga pode ser avaliado em função do dano que ela causa, de seu
valor na rua, de quanto ativa o sistema da dopamina do cérebro, do prazer que
dizem causar, dos sintomas de abstinência que provoca e da facilidade com que
pegará quem a experimenta.
Existem
outros aspectos para medir o potencial de vício de uma droga, e até há pesquisadores
que afirmam que nenhuma é viciante sempre. Dada a diversidade de opiniões, uma
maneira de classificar as substâncias causadores de vício é consultar grupos de
especialistas. Em 2007, David Nutt e sua equipe pediram a diversos
especialistas que fizessem uma classificação, e descobriram várias coisas
interessantes.
1. Heroína
Os
especialistas consultados por Nutt e sua equipe situaram a heroína como a droga
mais viciante e lhe deram uma pontuação de 3 em 3. A heroína é um opiáceo que
faz o nível de dopamina do sistema de recompensa do cérebro aumentar até 200%
em animais de laboratório. Além de ser provavelmente a droga mais viciante, a
heroína também é perigosa porque a dose que pode causar a morte é só cinco
vezes maior que a necessária para ficar chapado.
A
heroína foi classificada como a segunda droga mais nociva considerando o dano
que causa tanto aos consumidores como à sociedade. Segundo estimativas, o
mercado de opiáceos ilegais, incluída a heroína, movimentou 68 bilhões de
dólares no mundo inteiro em 2009.
2. Cocaína
A
cocaína interfere diretamente no uso que o cérebro faz da dopamina para
transmitir mensagens de um neurônio a outro. Basicamente, ela impede que os
neurônios desativem o sinal da dopamina, causando uma ativação anormal do circuito
de recompensa do cérebro. Em experimentos com animais, a cocaína fez os níveis
de dopamina se elevarem mais de três vezes acima do normal. Calcula-se que
existam entre 14 e 20 milhões de usuários de cocaína no mundo e que, em 2009, o
mercado dessa droga movimentou cerca de 75 bilhões de dólares.
Os
especialistas classificaram o crack como a terceira droga mais prejudicial, e a
cocaína em pó, que produz um efeito mais suave, como a quinta. Cerca de 21% das
pessoas que experimentam a cocaína se tornarão dependentes em algum momento da
vida. Essa droga é parecida com outros estimulantes capazes de viciar, como a
metanfetamina – que representa um problema cada vez maior à medida que se torna
mais acessível – e a anfetamina.
3. Nicotina
A
nicotina é a principal substância viciante do tabaco. Quando se fuma um
cigarro, ela é absorvida rapidamente pelos pulmões e transmitida ao cérebro.
Segundo o grupo de especialistas consultado por Nutt e sua equipe, a nicotina
(o tabaco) é a terceira substância mais viciante.
Mais de
dois terços dos norte-americanos que já fumaram dizem ter se tornado
dependentes ao longo da vida. Em 2002, a Organização Mundial da Saúde calculou
que havia mais de 1 bilhões de fumantes e, até 2030, a previsão é que o tabaco
acabe com a vida de mais de oito milhões de pessoas por ano. Os animais de
laboratório têm a sensatez de não fumar. As cobaias, no entanto, podem apertar
um botão para receber nicotina diretamente na corrente sanguínea, o que faz os
níveis de dopamina do sistema de recompensa do cérebro aumentarem entre 25% e
40%.
4. Barbitúricos (“calmantes”)
Os
barbitúricos são drogas inicialmente utilizadas para tratar ansiedade e induzir
o sono. Interferem nos sinais químicos do cérebro, fazendo diversas regiões
cerebrais pararem de funcionar. Em doses baixas produzem euforia, mas em doses
mais elevadas podem ser letais porque inibem a respiração. A dependência dos
barbitúricos era frequente quando esses medicamentos podiam ser facilmente
adquiridos com receita, mas diminuiu de forma drástica desde que foram
substituídos por outros. Isso evidencia o papel que o contexto desempenha no
vício: se não for facilmente acessível, uma droga viciante não pode causar
muito dano. Os especialistas situaram os barbitúricos como a quarta substância
mais viciante.
5. Álcool
Apesar
de ser legal na maior parte dos países ocidentais, os especialistas consultados
pela equipe de Nutt o pontuaram com 1,9 dem 3. O álcool causa múltiplos efeitos
no cérebro, em experimentos de laboratório com animais aumentava os níveis de
dopamina no sistema de recompensa cerebral entre 40% e 360%. Além disso, quanto
mais os animais bebiam, mais os níveis subiam.
Cerca
de 22% das pessoas que bebem desenvolverão dependência do álcool em algum
momento da vida. A Organização Mundial da Saúde calcula que, em 2002, 2 bilhões
de pessoas consumiram álcool, e três milhões morreram em 2012 por danos
causados pela bebida em seu organismo. Outros especialistas classificaram o
álcool como a droga mais prejudicial.
Eric
Bowman é professor colaborador de Psicologia e Neurociência na Universidade de
St Andrews. Cláusula de divulgação: Eric Bowman recebeu recursos do Conselho de
Pesquisa Médica do Reino Unido.
Ana Cristina César (1952-1983), a poetisa carioca que foi ícone da poesia marginal que marcou a geração de 70, no Brasil, mas da qual você não escutou falar o suficiente.
Ana Cristina morreu
pouco depois de ter lançado seu primeiro livro, A teus pés (relançado agora
pela Companhia das Letras), por conta de uma depressão que a levou ao suicídio.
Antes disso, ela já tinha publicado seus poemas em antologias e publicado
pequenos livros artesanais – nos moldes de seus companheiros da chamada Geração
70.
Aproveite e ouça um áudio, radiobatuta, disponibilizado online pela Rádio Batuta, gravação de uma conferência que ela
deu seis meses antes de morrer, em 1983, na Faculdade da Cidade, no Rio de
Janeiro.
A Flip
Homenageada da Flip 2016, 14ª edição,
que vai acontecer entre 29 de junho e 3 de julho em Paraty (RJ). Expoente da
geração da Poesia Marginal, Ana C. criou uma escrita atravessada por elementos
do cotidiano e aspectos de sua intimidade.
Além da poesia, dedicou-se à crítica e
à tradução literária, tendo traduzido Emily Dickinson, Sylvia Plath e Katherine
Mansfield. Revelou seu estilo informal em diários, poemas, cartas e inclusive
desenhos. Ao homenageá-la, a Flip traça uma linha de continuidade com a
programação do festival, que vem ajudando a revelar ao grande público múltiplas
vozes da poesia brasileira.
O livro
Mocidade
independente
Pela primeira vez
infringi a regra de ouro e voei pra cima sem
medir as
consequências. Por que recusamos ser proféticas? E
que dialeto é esse
para a pequena audiência de serão? Voei
pra cima: é agora,
coração, no carro em fogo peOlos ares, sem
uma graça
atravessando o estado de São Paulo, de madrugada,
por você, e furiosa:
é agora, nesta contramão.
Inverno europeu
Daqui é mais
difícil: país estrangeiro, onde o creme de leite
é desconjunturado e
a subjetividade se parece com um
roubo inicial.
Recomendo cautela. Não sou personagem do
seu livro e nem que
você queira não me recorta no horizonte
teórico da década
passada. Os militantes sensuais
passam a bola:
depressão legítima ou charme diante das
mulheres inquietas
que só elas? Manifesto: segura a bola;
eu de conviva não
digo nada e indiscretíssima descalço as
luvas (no máximo), à
direita de quem entra.
Na mesma revista Brasileiros, com a mesma assinatura: Mauricio Puls, um outro texto puplicado hoje também é bastante interesante.
Desconstruir o Brasil"
Hoje
a construção civil é um setor dominado pelo capital nacional. Foto: EBC
Crise provocada pela Lava Jato asfixiou
o setor da construção civil e
pode abrir caminho para a entrada do
capital estrangeiro
A construção civil está em
crise: só em 2015 o setor sofreu uma retração de 7,6%, e 417 mil trabalhadores
perderam seus empregos. Não é a primeira vez que esse segmento enfrenta
dificuldades. Mas esta é a primeira contração econômica amplificada por fatores
políticos: as maiores companhias do setor não estão sendo prejudicadas apenas
pela redução dos investimentos: elas foram asfixiadas pela Operação Lava Jato.
Por quê?
Deflagrada em março de 2014, a
Lava Jato investiga um esquema de desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras,
empreiteiras e políticos. Ela mostrou que as companhias do setor financiam os
políticos e, em troca, são recompensadas com contratos nas estatais e no setor
público. Tais conexões são antigas: a construtora Rabello, por exemplo, acompanhou
a carreira de Juscelino Kubitschek da Prefeitura de Belo Horizonte até a
Presidência. Após o golpe de 1964, a empresa definhou e pediu concordata.
Trajetórias assim são comuns.
Mas, embora as construtoras
financiem muitos partidos, a Lava Jato tem se concentrado nos “governos do PT”,
como disse o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, pois “os governos
anteriores realmente mantinham controle das instituições”. Esta seletividade
não se manifesta só nos alvos políticos da operação, como apontou o colunista
Janio de Freitas, da Folha de S.Paulo: “Nenhum dos dirigentes das empresas
estrangeiras que pagaram suborno foi preso”. (...)
A direita abandonou as ruas, mas a esquerda não.
- Na página
da Revista Brasileiros , em 18/06/20, encontrei este texto (entrevistando Armando Boito Jr.) assinado
por Mauricio Puls.
O que o professor sustenta é bastante interessante. Por enquanto, tudo aí.
(...) Quem são os
grandes beneficiários do golpe?
A grande burguesia internacional e grande parte
da burguesia brasileira. Mas não foram eles que se mobilizaram na Paulista, na
zona sul do Rio, no Farol da Barra em Salvador. Quem se mobilizou contra Dilma,
quem foi às ruas foi a classe média, e particularmente a fração superior da
classe média, a classe média abastada. Eles se mobilizaram porque são
antipetistas. Eles convergiram com a burguesia internacional no antipetismo,
mas a política que eles defendem não é necessariamente a que o Temer vai fazer.
Eles definiram o PT como inimigo principal: não queriam mais a política social
do PT porque esta política estava reduzindo as diferenças entre a classe média
e as classes populares, e isso os incomodava muito. Mas eles não querem uma
política recessiva, um ajuste fiscal que destrua empregos, que reduza o poder
aquisitivo deles. E eles podem acabar tendo exatamente isso. A política
econômica do Temer vai produzir recessão e perda de empregos. Então a situação
é complicada: eles não estão mais nas ruas, mas puseram as barbas de molho.
Eles não eram a favor do Temer. Eles eram contra o PT. É diferente.
A Lava Jato é um
setor da burocracia do Estado que passou a vocalizar os interesses e a ideologia
dessa classe média abastada. Esse setor passou a agir como um grupo político
perseguindo o PT, a Petrobras e as empresas nacionais da construção pesada. Daí
o caráter seletivo das investigações. Quando o combate à corrupção é seletivo,
isso significa que existe um critério para fazer a seleção. Esse critério é
combater o PT e a sua política. Por que esse setor da burocracia de Estado
converteu-se numa espécie de partido político da alta classe média? Os
delegados da Polícia Federal, os procuradores e os juízes gozam de uma situação
que nenhum outro trabalhador brasileiro goza. Uma juíza de Campinas, segundo
reportagem da Caros Amigos, recebia mais de R$ 100 mil por mês. O teto
salarial é R$ 33,5 mil, mas eles têm auxílio-paletó, auxílio-moradia, auxílio-viagem,
auxílios de todo tipo. E gozam de uma autonomia que nenhum outro segmento do
funcionalismo tem. São segmentos privilegiados no corpo dos funcionários
públicos que se identificam muito com a parcela mais rica da sociedade
brasileira e que constituem uma barreira contra qualquer governo reformista no
Brasil. São, enquanto integrantes da burocracia do Estado, funcionários da
ordem: não são como os professores ou o pessoal da saúde cuja função é prestar
serviço e assistência à população. Há indícios de que delegados, promotores e
juízes preferem, na média, a política de ordem autoritária dos governos do PSDB
à política de ordem mais flexível dos governos do PT. Judiciário, Ministério
Público e Polícia Federal estão se convertendo em uma verdadeira trincheira do
conservadorismo no Brasil. Dentro do Estado, eles podem boicotar ou combater
qualquer governo reformista no Brasil. Foi o que eles fizeram com o PT. (...)
28 de jun. de 2016
...quem mais quiser.
Vivemos em uma cultura patriarcal, ou seja, uma
sociedade onde o homem controla e produz suas próprias regras. A mulher, sendo
considerada como parte figurante no processo socioeducativo, raramente tem seus
ideais, suas metas e suas concepções levadas em consideração. O machismo tem
suas raízes cravadas nos costumes brasileiros desde a época do descobrimento,
quando os europeus invadiram nossas terras e trouxeram, junto com a violência,
seus costumes cristãos e sua educação já baseada em um sistema de leis
compostas pelo patriarcado.
Postado por Sarah Müller às terça-feira, dezembro 10, 2013
Sabe, não sei como funciona com vocês,
mas comigo a vida tem sido muito simpática. Com dentes brancos, sorriso fácil,
leveza invejável. Eu que sou doida e vejo gordura em barrigas sequinhas. A vida
tem sido tão leve como uma bailarina, tão bela quanto um espetáculo da Brodway.
Sou grata. Taí a coisa mais difícil de se sentir no mundo inteiro. Gratidão.
Soa quase absurdo aos meus ouvidos (e olhos) quando ouço (ou leio) isso.
Agradecer todos os dias pelo que se tem e não apenas reclamar do que não se
tem. Ainda que seja pouco. O pouco para mim pode ser muito para o outro. Sei
que pode ser bem hipócrita da minha parte escrever sobre isso, já que sempre
que vejo alguma frase do tipo "ai você não deveria por comida fora, já que
tem tanta gente passando fome no mundo" fico louca. Quer dizer, não é como
se, por algum milagre, quando eu deixasse de por a comida fora as outras
pessoas lá do outro lado fossem parar de sentir fome. Tenho sim, pra mim, que
nos meteram essa teoria goela abaixo para aprendermos a sermos omissos e bem
treinados. O sistema não gosta de gente egoísta que quer defender sua própria
honra. Assunto pra outro texto. Voltemos à gratidão. Não sou a melhor pessoa da
história do universo pra vir falar sobre agradecer, por que Deus sabe o quanto
eu reclamo da minha vidinha de merda todos os dias. E o quanto eu daria um rim
pra ter a vidinha de merda que eu sempre critico. E o quanto isso soa confuso.
Mas é verdade. Você não deveria pôr comida fora, mas põe. Você não deveria
reclamar da sua casa burguesa, da sua faculdade burguesa, da sua alma burguesa.
Mas reclama. Assim como nenhuma criança desnutrida da África deveria sorrir na
vida, por que são infelizes. Mas eles sorriem. E nós reclamamos.
Qual o sentido do texto?
Agradecer.
A gratidão precisa vir do coração, você precisa sentir isso em cada centímetro do seu corpo. Como uma fagulha crescendo de dentro, vindo das veias, incendiando todas as babaquices e renovando todas críticas
Agradeça.
Faz bem à saúde e é de graça.
Qual o sentido do texto?
Agradecer.
A gratidão precisa vir do coração, você precisa sentir isso em cada centímetro do seu corpo. Como uma fagulha crescendo de dentro, vindo das veias, incendiando todas as babaquices e renovando todas críticas
Agradeça.
Faz bem à saúde e é de graça.
PAULO LEMINSKI
Tem horas que é caco de vidro
Meses que é feito um grito
Tem horas que eu nem duvido
Tem dias que eu acredito.
26 de jun. de 2016
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