Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

1 de jul. de 2016

Saúde é contemplada com um veículo novo










Em cerimônia no Expominas, Belo Horizonte, nesta quinta-feira (30/6), o Prefeito Natinho recebeu das mãos do Governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, um veículos para atender ações da Secretaria Municipal da Saúde.




29 de jun. de 2016

No momento


Papa adverte de tentação da Igreja de "fechar-se em si mesma"
















Agencia   EFE   29 de junho de 2016

Cidade do Vaticano, 

- O papa Francisco ressaltou nesta quarta-feira a "tentação que sempre existe na Igreja" de "fechar-se em si mesma, à vista dos perigos", durante a homilia por ocasião da Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, padroeiros de Roma.

O pontífice realizou a cerimônia na Basílica de São Pedro e, durante o evento fez uma homilia sobre o tratamento que as Sagradas Escrituras fazem binômio central: fechamento/abertura. Não é a primeira vez que o papa Francisco aborda esse tema.

"Relacionado com esta imagem, está também o símbolo das chaves, que Jesus promete a Simão Pedro para que ele possa, sem dúvida, abrir às pessoas a entrada no Reino dos Céus, e não fechá-la como faziam alguns escribas e fariseus hipócritas que Jesus censura", apontou.

Francisco recorreu aos "Atos dos Apóstolos" para narrar à passagem na qual Pedro, após ser libertado por Herodes, se dirige à casa da mãe de João.

"Bate à porta e, de dentro, vem atender uma empregada chamada Rode, que, tendo reconhecido a voz de Pedro, em vez de abrir a porta, incrédula e, ao mesmo tempo, cheia de alegria corre para informar a patroa. E Pedro estava lá fora em perigo, podia ser preso pela Polícia", afirmou o pontífice.

E acrescentou: "A narração, que pode parecer cômica, deixa intuir o clima de medo em que estava a comunidade cristã, fechada em casa e fechada também às surpresas de Deus (...) Este detalhe nos fala de uma tentação que sempre existe na Igreja: a tentação de fechar-se em si mesma, à vista dos perigos".

Perante esta situação, o pontífice recomendou a oração como "humilde entrega a Deus. Conforme explicou essa é "sempre a via de saída dos nossos fechamentos pessoais e comunitários. É a grande via de saída dos fechamentos".

"A oração permite que a graça abra uma via de saída: do fechamento à abertura, do medo à coragem, da tristeza à alegria", disse.

A solenidade teve a participação da delegação enviada pelo patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, o arcebispo de Telmessos, Job Getcha, e o diácono patriarcal Nephon Tsimalis.


Durante a cerimônia, o papa abençoou também os pálios que serão enviados aos novos arcebispos metropolitanos. EFE   

Sem argumento das ‘pedaladas’, o que deve pesar na decisão dos senadores sobre o impeachment?















Michel Temer assumiu a Presidência da República há quase um mês e meio, mas até agora poucos institutos se preocuparam em aferir os ânimos dos eleitores após a demissão de três ministros (com viés de alta), declarações dadas e desautorizadas por auxiliares sobre cortes em direitos, vazamento de conchavos para barrar a Lava Jato, e encontros na surdina do presidente interino com Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deputado afastado nas funções e tornou réu em duas ações no Supremo Tribunal Federal, uma delas por suspeitas de crimes como corrupção passiva e lavagem de dinheiro no esquema da Petrobras.

Uma das poucas entidades que se dispôs a ouvir a opinião do eleitor é o instituto Ipsos, que entre 2 e 13 de junho entrevistou 1.200 pessoas em 72 municípios brasileiros.

O resultado mostra o dilema de boa parte dos senadores que daqui a dois meses deve decidir quem governará o país pelos próximos dois anos e meio. Eles terão de escolher entre uma presidenta afastada com alto índice de rejeição, governo mal avaliado e ferido de morte pela Lava Jato contra um presidente interino com alto índice de rejeição, governo mal avaliado e ferido de morte pela Lava Jato.


No levantamento, 9 em cada 10 eleitores (89%) disseram considerar que o Brasil está no rumo errado sob a gestão Temer. A avaliação é basicamente a mesma em todas as classes sociais e tem alguma oscilação entre as regiões, mas a rejeição é sempre superior a 80%.

O grosso da opinião pública, essa que poucos estão dispostos a ouvir, pode mandar a fatura já nas eleições municipais de outubro. O resto é com a História. (...)

Matheus Pichonelli 28 de junho de 2016 – Yahoo notícias - Leia mais: sem-argumento-das-pedaladas

DROGAS - As cinco substâncias mais viciantes e seus efeitos no cérebro



A capacidade de viciar depende de fatores como a ativação do sistema da dopamina do cérebro

Quais são as drogas mais viciantes? A pergunta parece simples, mas a resposta depende de para quem se pergunta. Segundo diferentes especialistas, o potencial de vício de uma droga pode ser avaliado em função do dano que ela causa, de seu valor na rua, de quanto ativa o sistema da dopamina do cérebro, do prazer que dizem causar, dos sintomas de abstinência que provoca e da facilidade com que pegará quem a experimenta.

Existem outros aspectos para medir o potencial de vício de uma droga, e até há pesquisadores que afirmam que nenhuma é viciante sempre. Dada a diversidade de opiniões, uma maneira de classificar as substâncias causadores de vício é consultar grupos de especialistas. Em 2007, David Nutt e sua equipe pediram a diversos especialistas que fizessem uma classificação, e descobriram várias coisas interessantes.

1.      Heroína

Os especialistas consultados por Nutt e sua equipe situaram a heroína como a droga mais viciante e lhe deram uma pontuação de 3 em 3. A heroína é um opiáceo que faz o nível de dopamina do sistema de recompensa do cérebro aumentar até 200% em animais de laboratório. Além de ser provavelmente a droga mais viciante, a heroína também é perigosa porque a dose que pode causar a morte é só cinco vezes maior que a necessária para ficar chapado.

A heroína foi classificada como a segunda droga mais nociva considerando o dano que causa tanto aos consumidores como à sociedade. Segundo estimativas, o mercado de opiáceos ilegais, incluída a heroína, movimentou 68 bilhões de dólares no mundo inteiro em 2009.

2.      Cocaína

A cocaína interfere diretamente no uso que o cérebro faz da dopamina para transmitir mensagens de um neurônio a outro. Basicamente, ela impede que os neurônios desativem o sinal da dopamina, causando uma ativação anormal do circuito de recompensa do cérebro. Em experimentos com animais, a cocaína fez os níveis de dopamina se elevarem mais de três vezes acima do normal. Calcula-se que existam entre 14 e 20 milhões de usuários de cocaína no mundo e que, em 2009, o mercado dessa droga movimentou cerca de 75 bilhões de dólares.

Os especialistas classificaram o crack como a terceira droga mais prejudicial, e a cocaína em pó, que produz um efeito mais suave, como a quinta. Cerca de 21% das pessoas que experimentam a cocaína se tornarão dependentes em algum momento da vida. Essa droga é parecida com outros estimulantes capazes de viciar, como a metanfetamina – que representa um problema cada vez maior à medida que se torna mais acessível – e a anfetamina.

3.      Nicotina

A nicotina é a principal substância viciante do tabaco. Quando se fuma um cigarro, ela é absorvida rapidamente pelos pulmões e transmitida ao cérebro. Segundo o grupo de especialistas consultado por Nutt e sua equipe, a nicotina (o tabaco) é a terceira substância mais viciante.

Mais de dois terços dos norte-americanos que já fumaram dizem ter se tornado dependentes ao longo da vida. Em 2002, a Organização Mundial da Saúde calculou que havia mais de 1 bilhões de fumantes e, até 2030, a previsão é que o tabaco acabe com a vida de mais de oito milhões de pessoas por ano. Os animais de laboratório têm a sensatez de não fumar. As cobaias, no entanto, podem apertar um botão para receber nicotina diretamente na corrente sanguínea, o que faz os níveis de dopamina do sistema de recompensa do cérebro aumentarem entre 25% e 40%.

4.      Barbitúricos (“calmantes”)

Os barbitúricos são drogas inicialmente utilizadas para tratar ansiedade e induzir o sono. Interferem nos sinais químicos do cérebro, fazendo diversas regiões cerebrais pararem de funcionar. Em doses baixas produzem euforia, mas em doses mais elevadas podem ser letais porque inibem a respiração. A dependência dos barbitúricos era frequente quando esses medicamentos podiam ser facilmente adquiridos com receita, mas diminuiu de forma drástica desde que foram substituídos por outros. Isso evidencia o papel que o contexto desempenha no vício: se não for facilmente acessível, uma droga viciante não pode causar muito dano. Os especialistas situaram os barbitúricos como a quarta substância mais viciante.

5.      Álcool

Apesar de ser legal na maior parte dos países ocidentais, os especialistas consultados pela equipe de Nutt o pontuaram com 1,9 dem 3. O álcool causa múltiplos efeitos no cérebro, em experimentos de laboratório com animais aumentava os níveis de dopamina no sistema de recompensa cerebral entre 40% e 360%. Além disso, quanto mais os animais bebiam, mais os níveis subiam.

Cerca de 22% das pessoas que bebem desenvolverão dependência do álcool em algum momento da vida. A Organização Mundial da Saúde calcula que, em 2002, 2 bilhões de pessoas consumiram álcool, e três milhões morreram em 2012 por danos causados pela bebida em seu organismo. Outros especialistas classificaram o álcool como a droga mais prejudicial.

Eric Bowman é professor colaborador de Psicologia e Neurociência na Universidade de St Andrews. Cláusula de divulgação: Eric Bowman recebeu recursos do Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido.

Ana Cristina César (1952-1983), a poetisa carioca que foi ícone da poesia marginal que marcou a geração de 70, no Brasil, mas da qual você não escutou falar o suficiente.



Ana Cristina morreu pouco depois de ter lançado seu primeiro livro, A teus pés (relançado agora pela Companhia das Letras), por conta de uma depressão que a levou ao suicídio. Antes disso, ela já tinha publicado seus poemas em antologias e publicado pequenos livros artesanais – nos moldes de seus companheiros da chamada Geração 70.

Aproveite e ouça um áudio, radiobatuta, disponibilizado online pela Rádio Batuta, gravação de uma conferência que ela deu seis meses antes de morrer, em 1983, na Faculdade da Cidade, no Rio de Janeiro.

A Flip


Homenageada da Flip 2016, 14ª edição, que vai acontecer entre 29 de junho e 3 de julho em Paraty (RJ). Expoente da geração da Poesia Marginal, Ana C. criou uma escrita atravessada por elementos do cotidiano e aspectos de sua intimidade.

Além da poesia, dedicou-se à crítica e à tradução literária, tendo traduzido Emily Dickinson, Sylvia Plath e Katherine Mansfield. Revelou seu estilo informal em diários, poemas, cartas e inclusive desenhos. Ao homenageá-la, a Flip traça uma linha de continuidade com a programação do festival, que vem ajudando a revelar ao grande público múltiplas vozes da poesia brasileira.


O livro




Mocidade independente

Pela primeira vez infringi a regra de ouro e voei pra cima sem
medir as consequências. Por que recusamos ser proféticas? E
que dialeto é esse para a pequena audiência de serão? Voei
pra cima: é agora, coração, no carro em fogo peOlos ares, sem
uma graça atravessando o estado de São Paulo, de madrugada,
por você, e furiosa: é agora, nesta contramão.

Inverno europeu

Daqui é mais difícil: país estrangeiro, onde o creme de leite
é desconjunturado e a subjetividade se parece com um
roubo inicial. Recomendo cautela. Não sou personagem do
seu livro e nem que você queira não me recorta no horizonte
teórico da década passada. Os militantes sensuais
passam a bola: depressão legítima ou charme diante das
mulheres inquietas que só elas? Manifesto: segura a bola;
eu de conviva não digo nada e indiscretíssima descalço as
luvas (no máximo), à direita de quem entra.

Lembra daquela frase: "O Brasil é o país do futuro!", pois é mô irmão, já era! O PSDB/Serra, de joelhos, partiu para a vingança (vingança maligna)


Na mesma revista Brasileiros, com a mesma assinatura: Mauricio Puls, um outro texto puplicado hoje também é bastante interesante.


                             Desconstruir o Brasil"

Hoje a construção civil é um setor dominado pelo capital nacional. Foto: EBC

Hoje a construção civil é um setor dominado pelo capital nacional. Foto: EBC

Crise provocada pela Lava Jato asfixiou o setor da construção civil e
pode abrir caminho para a entrada do capital estrangeiro

A construção civil está em crise: só em 2015 o setor sofreu uma retração de 7,6%, e 417 mil trabalhadores perderam seus empregos. Não é a primeira vez que esse segmento enfrenta dificuldades. Mas esta é a primeira contração econômica amplificada por fatores políticos: as maiores companhias do setor não estão sendo prejudicadas apenas pela redução dos investimentos: elas foram asfixiadas pela Operação Lava Jato. Por quê?

Deflagrada em março de 2014, a Lava Jato investiga um esquema de desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras, empreiteiras e políticos. Ela mostrou que as companhias do setor financiam os políticos e, em troca, são recompensadas com contratos nas estatais e no setor público. Tais conexões são antigas: a construtora Rabello, por exemplo, acompanhou a carreira de Juscelino Kubitschek da Prefeitura de Belo Horizonte até a Presidência. Após o golpe de 1964, a empresa definhou e pediu concordata. Trajetórias assim são comuns.

Mas, embora as construtoras financiem muitos partidos, a Lava Jato tem se concentrado nos “governos do PT”, como disse o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, pois “os governos anteriores realmente mantinham controle das instituições”. Esta seletividade não se manifesta só nos alvos políticos da operação, como apontou o colunista Janio de Freitas, da Folha de S.Paulo: “Nenhum dos dirigentes das empresas estrangeiras que pagaram suborno foi preso”. (...)

:Lei mais:  desconstruir-o-brasil/

A direita abandonou as ruas, mas a esquerda não.


Autor do livro Estado, Política e  Classes Sociais (2007, editora Unesp), Armando Boito Jr. diz que no Brasil vigora um presidencialismo autoritário. Foto: Luiza Sigulem

- Na página da Revista Brasileiros , em 18/06/20, encontrei este texto (entrevistando Armando Boito Jr.) assinado por Mauricio Puls. O que o professor sustenta é bastante interessante.  Por enquanto, tudo aí.

(...) Quem são os grandes beneficiários do golpe?

 A grande burguesia internacional e grande parte da burguesia brasileira. Mas não foram eles que se mobilizaram na Paulista, na zona sul do Rio, no Farol da Barra em Salvador. Quem se mobilizou contra Dilma, quem foi às ruas foi a classe média, e particularmente a fração superior da classe média, a classe média abastada. Eles se mobilizaram porque são antipetistas. Eles convergiram com a burguesia internacional no antipetismo, mas a política que eles defendem não é necessariamente a que o Temer vai fazer. Eles definiram o PT como inimigo principal: não queriam mais a política social do PT porque esta política estava reduzindo as diferenças entre a classe média e as classes populares, e isso os incomodava muito. Mas eles não querem uma política recessiva, um ajuste fiscal que destrua empregos, que reduza o poder aquisitivo deles. E eles podem acabar tendo exatamente isso. A política econômica do Temer vai produzir recessão e perda de empregos. Então a situação é complicada: eles não estão mais nas ruas, mas puseram as barbas de molho. Eles não eram a favor do Temer. Eles eram contra o PT. É diferente.

O senhor assinalou em uma conferência que os procuradores, os juízes e os delegados da Polícia Federal pertencem a essa classe média abastada. Qual é a sua visão sobre a Lava Jato?

A Lava Jato é um setor da burocracia do Estado que passou a vocalizar os interesses e a ideologia dessa classe média abastada. Esse setor passou a agir como um grupo político perseguindo o PT, a Petrobras e as empresas nacionais da construção pesada. Daí o caráter seletivo das investigações. Quando o combate à corrupção é seletivo, isso significa que existe um critério para fazer a seleção. Esse critério é combater o PT e a sua política. Por que esse setor da burocracia de Estado converteu-se numa espécie de partido político da alta classe média? Os delegados da Polícia Federal, os procuradores e os juízes gozam de uma situação que nenhum outro trabalhador brasileiro goza. Uma juíza de Campinas, segundo reportagem da Caros Amigos, recebia mais de R$ 100 mil por mês. O teto salarial é R$ 33,5 mil, mas eles têm auxílio-paletó, auxílio-moradia, auxílio-viagem, auxílios de todo tipo. E gozam de uma autonomia que nenhum outro segmento do funcionalismo tem. São segmentos privilegiados no corpo dos funcionários públicos que se identificam muito com a parcela mais rica da sociedade brasileira e que constituem uma barreira contra qualquer governo reformista no Brasil. São, enquanto integrantes da burocracia do Estado, funcionários da ordem: não são como os professores ou o pessoal da saúde cuja função é prestar serviço e assistência à população. Há indícios de que delegados, promotores e juízes preferem, na média, a política de ordem autoritária dos governos do PSDB à política de ordem mais flexível dos governos do PT. Judiciário, Ministério Público e Polícia Federal estão se convertendo em uma verdadeira trincheira do conservadorismo no Brasil. Dentro do Estado, eles podem boicotar ou combater qualquer governo reformista no Brasil. Foi o que eles fizeram com o PT. (...)

Lei o texto na integra:  instabilidade-politica

28 de jun. de 2016

...quem mais quiser.

Vivemos em uma cultura patriarcal, ou seja, uma sociedade onde o homem controla e produz suas próprias regras. A mulher, sendo considerada como parte figurante no processo socioeducativo, raramente tem seus ideais, suas metas e suas concepções levadas em consideração. O machismo tem suas raízes cravadas nos costumes brasileiros desde a época do descobrimento, quando os europeus invadiram nossas terras e trouxeram, junto com a violência, seus costumes cristãos e sua educação já baseada em um sistema de leis compostas pelo patriarcado. 





Sabe, não sei como funciona com vocês, mas comigo a vida tem sido muito simpática. Com dentes brancos, sorriso fácil, leveza invejável. Eu que sou doida e vejo gordura em barrigas sequinhas. A vida tem sido tão leve como uma bailarina, tão bela quanto um espetáculo da Brodway. Sou grata. Taí a coisa mais difícil de se sentir no mundo inteiro. Gratidão. Soa quase absurdo aos meus ouvidos (e olhos) quando ouço (ou leio) isso. Agradecer todos os dias pelo que se tem e não apenas reclamar do que não se tem. Ainda que seja pouco. O pouco para mim pode ser muito para o outro. Sei que pode ser bem hipócrita da minha parte escrever sobre isso, já que sempre que vejo alguma frase do tipo "ai você não deveria por comida fora, já que tem tanta gente passando fome no mundo" fico louca. Quer dizer, não é como se, por algum milagre, quando eu deixasse de por a comida fora as outras pessoas lá do outro lado fossem parar de sentir fome. Tenho sim, pra mim, que nos meteram essa teoria goela abaixo para aprendermos a sermos omissos e bem treinados. O sistema não gosta de gente egoísta que quer defender sua própria honra. Assunto pra outro texto. Voltemos à gratidão. Não sou a melhor pessoa da história do universo pra vir falar sobre agradecer, por que Deus sabe o quanto eu reclamo da minha vidinha de merda todos os dias. E o quanto eu daria um rim pra ter a vidinha de merda que eu sempre critico. E o quanto isso soa confuso. Mas é verdade. Você não deveria pôr comida fora, mas põe. Você não deveria reclamar da sua casa burguesa, da sua faculdade burguesa, da sua alma burguesa. Mas reclama. Assim como nenhuma criança desnutrida da África deveria sorrir na vida, por que são infelizes. Mas eles sorriem. E nós reclamamos.
Qual o sentido do texto?
Agradecer.
A gratidão precisa vir do coração, você precisa sentir isso em cada centímetro do seu corpo. Como uma fagulha crescendo de dentro, vindo das veias, incendiando todas as babaquices e renovando todas críticas
Agradeça.
Faz bem à saúde e é de graça.

repuplica de curitijabá


PAULO LEMINSKI

Tem horas que é caco de vidro
Meses que é feito um grito
Tem horas que eu nem duvido
Tem dias que eu acredito.