Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

24 de ago. de 2020

Lula publicou em sua página pessoal, assim como Dilma, uma resposta ao editorial da Folha de São Paulo comparando Dilma a Bolsonaro.

Neste sábado, 22, a Folha publicou
um editorial que compara
Dilma Rousseff (PT) 
a Jair Bolsonaro. 
A ex-Presidente e o 
ex-Presidente Lula
responderam:




A FALHA DE S.PAULO” 
ATACA OUTRA VEZ?

As afirmações do editorial do jornal a respeito do meu governo são fake news. A Folha falsifica a história, num gesto de desprezo pela memória de seus leitores

22/08/2020 4:30

A Folha tem enorme dificuldade de avaliar o passado e, assim, frequentemente erra ao analisar o presente.

Foi por avaliar mal o passado que a empresa até hoje não explicou porque permitiu que alguns de seus veículos de distribuição de jornal dessem suporte às forças de repressão durante a ditadura militar, como afirma o relatório da Comissão Nacional da Verdade.

Foi por não saber julgar o passado com isenção que cometeu a pusilanimidade de chamar de “ditabranda” um regime que cassou, censurou, fechou o Congresso, suspendeu eleições, expulsou centenas de brasileiros do país, prendeu ilegalmente, torturou e matou opositores.

Os erros mais graves da Folha, como estes, não são de boa-fé. São deliberados e eticamente indefensáveis. Quero deixar claro que falo, sobretudo, do grupo econômico Folha, e não de jornalistas.

Quero lembrar, ainda, a publicação, na primeira página, de uma ficha falsificada do Dops, identificada pelo jornal como se fosse minha, e que uma perícia independente mostrou ter sido montada grosseiramente para sustentar acusação falsa de um site fascista. Mesmo desmascarada pela prova de que era uma fraude, a Folha, de forma maliciosa, depois de admitir que errou ao atribuir ao Dops uma ficha obtida na internet, reconheceu que todos os exames indicavam que a ficha era uma montagem, mas insistiu: “sua autenticidade não pôde ser descartada.”

Quem acredita que as redes sociais inventaram as fake news desconhece o que foi feito pela grande imprensa no Brasil – a Folha inclusive. Não é sem motivo que nas redes sociais a Folha ganhou o apelido de “Falha de São Paulo”.

O editorial de hoje da Folha – sob o título “Jair Rousseff” – é um destes atos deliberados de má-fé. É pior do que um erro. É, mais uma vez, a distorção iníqua que confirma o facciosismo do jornal. A junção grosseira e falsificada é feita para forçar uma simetria que não existe e, por isto, ninguém tem direito de fazer, entre uma presidenta democrática e desenvolvimentista e um governante autoritário, de índole neofascista, sustentado pelos neoliberiais – no caso em questão, a Folha.

Todas as afirmações do editorial a respeito do meu governo são fake news. A Folha falsifica a história recente do país, num gesto de desprezo pela memória de seus próprios leitores.

Repisa a falsa acusação de que o meu governo promoveu gastos excessivos, alegação manipulada apenas para sustentar a narrativa midiática e política que levou ao golpe de 2016. Esquece deliberadamente que a crise política provocada pelos golpistas do “quanto pior, melhor” exerceu grande influência, seja sobre a situação econômica, seja sobre a situação fiscal.

A Folha, naquela época, chegou a pedir a minha renúncia, em editorial de primeira página, antes mesmo do julgamento do impeachment. Criava deliberadamente um ambiente de insegurança política, paralisando decisões de investimento, e aprofundando o conflito político. Estranhamente, a Folha jamais pediu o impeachment do golpista Michel Temer, apesar das provas apresentadas contra ele. Também não pediu o impeachment de Bolsonaro, ainda que ele já tenha sido flagrado em inúmeros atos de afronta à Constituição, e o próprio jornal o responsabilize pela gravidade da pandemia. A Folha continua seletiva em seus erros: Falha sempre contra a democracia, e finge apoiá-la com uma campanha bizarra com o bordão “vista-se de amarelo”.

Um país que, em 2014, registrou o índice de desemprego de apenas 4,8%, praticamente pleno emprego, com blindagem internacional assegurada por um recorde de US$ 380 bilhões de reservas, não estava quebrado, como ainda alega a oposição. Na verdade, a destituição da presidenta precisou do endosso da grande mídia para garantir a difusão desta fake news. O meu mandato nem começara e o impeachment já era assunto preferencial da mídia, embalado pelas pautas bombas e a sabotagem do Congresso, dominado por Eduardo Cunha.

Os dados mostram que a “irresponsabilidade fiscal” que me foi atribuída é uma sórdida mentira, falso argumento para sustentar o golpe em curso. Entre 2011 e 2014, as despesas primárias cresceram 3,7% ao ano, menos do que no segundo mandato de FHC (4,1% ao ano), por exemplo. Em 2015, já sob efeito das pautas bombas, houve retração de 2,5% nessas despesas. As dívidas líquida e bruta do setor público chegaram, em meu mandato, a seus menores patamares desde 2000. Mesmo com a elevação, em 2015, para 35,6% e 71,7%, devido à crise que precedeu o golpe, elas ainda eram muito menores que no final do governo de Temer (53,6% e 87%) ou no primeiro ano de Bolsonaro (55,7% e 88,7%).

Logo ao tomar o poder ilegalmente, os golpistas aproveitaram-se de sua maioria no Congresso e do apoio da mídia e do mercado para aprovar a emenda do Teto de Gastos, um dos maiores atentados já cometidos contra o povo brasileiro e a democracia em nossa história, pois, por 20 anos, tirou o povo do Orçamento e também do processo de decisão sobre os gastos públicos. Criou uma “camisa de força” para a economia, barrando o investimento em infraestrutura e os gastos sociais, e “constitucionalizando” o austericídio. O Teto de Gastos bloqueia o Brasil, impede o País de sair da crise gerada pela perversão neoliberal que tomou o poder com o golpe de 2016 e a prisão do ex-presidente Lula. E, a partir da pandemia, tornará ainda mais inviável qualquer saída para o crescimento do emprego, da renda e do desenvolvimento.

Se a intenção da Folha é tutelar e pressionar Bolsonaro para que ele entregue a devastação neoliberal, que tenha pelo menos a dignidade de não falsificar a história recente. Aprenda a avaliar o passado e admita seus erros deliberados, se quiser ter alguma autoridade para analisar um presente sombrio de cuja construção participou diretamente.

DILMA ROUSSEFF


PEDIDO DIREITO DE RESPOSTA À FOLHA

Pedido foi enviado ontem à direção do jornal, com base no que dispõem os artigos 3 e 4 da lei 13.188

À direção de redação da Folha de S. Paulo.
A/C do jornalista Sérgio Dávila.
c/c para a seção de editoriais.

Venho por meio desta solicitar a V.Sa., com base nos artigos 3 e 4 da lei 13.188, que dispõe sobre o direito de resposta ou retificação do ofendido em matéria divulgada, publicada ou transmitida por veículo de comunicação social, que seja publicada por este jornal o texto em anexo, por meio do qual exerço o direito de responder ao principal editorial da edição de hoje, sábado, 22 de agosto, com chamada de destaque na primeira página, intitulado “Jair Rousseff”.

A comparação feita pelo texto, desde o título, é falsa e indevida. Assim, em nome da verdade, da pluralidade e do direito ao contraditório, solicito à Folha de S. Paulo a publicação do meu direito de resposta ao seu editorial. Em anexo, envio o texto a ser publicado, de acordo com a legislação.

DILMA ROUSSEFF





A FOLHA DOS COVARDES
POR LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

O editorial da Folha de S. Paulo de sábado (22) é uma ofensa à presidenta Dilma Rousseff, uma agressão à verdade histórica e um desrespeito, mais um, aos leitores do jornal e à sociedade brasileira.

Dilma Rousseff, uma pessoa honesta e dedicada ao Brasil, foi vítima de uma campanha de mentiras e seu governo foi alvo de uma sabotagem articulada por setores inconformados com o resultado das urnas de 2014.

A Folha teve papel decisivo naquela articulação, colocando-se mais uma vez a serviço do que há de pior em nosso país: a ganância dos extremamente ricos numa sociedade desigual e injusta; a intolerância dos poderosos diante de qualquer projeto de transformação desta sociedade.

A presidenta Dilma já deu ao infame editorial a resposta indignada que se espera de uma pessoa mais do que injustamente ofendida. Expôs a verdade dos números e dos fatos sobre seu governo. Pôs a nu as mentiras da Folha neste e em outros episódios que deveriam envergonhar os donos de qualquer jornal.

Participei de todas as eleições presidenciais no Brasil desde 1989 e posso afirmar que nenhum outro candidato sofreu igual perseguição e preconceito por parte da Folha, como aconteceu com Dilma Rousseff.

Diante de uma candidata que lutou contra a ditadura, a Folha publicou uma ficha falsa do DOPS e chegou a inventar um atentado contra um ministro para criminalizar, no presente, a resistência corajosa da jovem Dilma num passado em que o jornal apoiava os torturadores em seus textos e até materialmente.

A Folha que insistiu na mentira sobre uma jovem militante dos anos 1970 é a mesma que, nas eleições de 2018, tratou como irrelevante o passado de um candidato que, assim como o jornal, apoiou os torturadores. Um candidato que confessou ter tramado um atentado terrorista no centro do Rio de Janeiro quando o Brasil já vivia a redemocratização que ele nunca aceitou.

Não tenho dúvidas em afirmar que o ódio dos donos da Folha a Dilma passa por sua condição de mulher. Não pode haver outro motivo para o jornal ter publicado uma ordem proibindo chamá-la de presidenta, no feminino, até nas cartas de leitores, quando Dilma passou a assinar atos oficiais desta forma.

A realidade é que os donos do jornal jamais toleraram a eleição e o governo de uma mulher que enfrentou a ditadura dos torturadores no passado e hoje enfrenta a ditadura da mentira que veículos de comunicação como a Folha querem impor.

Sempre soubemos de que lado está um jornal que defende o teto de gastos, o suicídio fiscal que condena a educação, a saúde e o investimento público. De que lado está quem defende a agenda neoliberal de Paulo Guedes, a privatização selvagem, a demolição dos direitos dos trabalhadores.

A Folha está com Bolsonaro e contra Dilma e o projeto de país que ela representa, sempre esteve. Depois deste editorial infame, muitos ficaram sabendo também que os donos deste jornal são covardes e misóginos, porque para defender seus interesses não vacilam em atacar uma mulher honesta e digna como eles nunca foram.

Luiz Inácio Lula da Silva


23 de ago. de 2020

Pesquisadores acham plástico dentro de 98% dos peixes analisados em estudo na Amazônia

Matheus MagentaDa BBC News Brasil em Londres

Vj



Letícia Leão,

Aluna de Mídia Digital, categoria Animação do Festival do Minuto. Equipe do N.A.D.A Núcleo de Arte Digital e Animação


21 de ago. de 2020

Trem carregado com mercadorias "Made in Austria" sai de Viena com destino à China




Um trem de carga com mercadorias "Made in Austria" deixa o Terminal Sul de Viena com destino à China, em Viena, Áustria. Um trem carregado com fibras e celulose usadas para têxteis saiu do Terminal Sul de Viena rumo à para a China nesta quinta-feira,  marcando pela primeira vez um trem com mercadorias exclusivamente "Made in Austria" que vai do país alpino à China. (Xinhua / Guo Chen)


VIENA, 20 de agosto (Xinhua) - Um trem carregado com fibras e celulose usadas para têxteis saiu do Terminal Sul de Viena com destino à China na quinta-feira, marcando a primeira vez um trem com mercadorias exclusivamente "Made in Austria" partindo do País alpino para a China.

"Pela primeira vez na história da Áustria, uma empresa local está enviando mercadorias 100% produzidas na Áustria diretamente para a China de trem", disse o Grupo Lenzing em um comunicado à imprensa.

O trem vai transportar 41 contêineres com produtos da fabricante austríaca de fibras Lenzing no valor total de 1,8 milhões de euros (2,1 milhões de dólares) diretamente para clientes na China, informou.

Em sua viagem de 16 dias para Xangai, no leste da China, via Xi'an, no norte da China, o trem percorrerá um total de 10.460 quilômetros e passará por seis países - Áustria, República Tcheca, Polônia, Bielo-Rússia, Rússia e Cazaquistão - antes de chegar à China, disse.

“Com esta nova rota de transporte, podemos atender a alta demanda de nossos clientes por fibras produzidas de forma sustentável mais rapidamente. Graças ao transporte ferroviário, as fibras urgentemente necessárias chegam aos nossos clientes na China duas vezes mais rápido do que por frete marítimo”, disse Stefan Doboczky , diretor presidente (CEO) do Grupo Lenzing.

"A China é para nós o país mais importante do mundo em termos de vendas. Continuaremos investindo na China e continuaremos trazendo produtos daqui para a China", disse Doboczky à Xinhua.

Este trem de Viena para a China é "uma parte integrante da proteção climática", disse Leonore Gewessler, Ministra de Ação Climática, Meio Ambiente, Energia, Mobilidade, Inovação e Tecnologia, que participou da cerimônia de partida.
“Porque queremos apoiar a mudança do rodoviário para o ferroviário, especialmente no transporte de carga. O trem de hoje é o primeiro passo. Estou convencida de que este trem será um exemplo”, acrescentou.

O embaixador chinês na Áustria, Li Xiaosi, chamou-o de "um novo fruto da cooperação no cinturão e na estrada". China e Áustria irão cooperar estreitamente para organizar bens e transporte, simplificando ainda mais os procedimentos de desembaraço aduaneiro, disse ele à Xinhua.

“Juntos, vamos contribuir para a recuperação e o desenvolvimento das economias dos dois países o mais rápido possível”, disse Li. 


Fonte > > http://english.people.com.cn/n3/2020/0821

EMERGÊNCIA SANITÁRIA

(Rimini) “Com 3.400.000 casos e 110.000 mortes desde o início de fevereiro, o Brasil ocupa a 11ª posição entre 167 países no mundo, com uma média de 470 óbitos por milhão de habitantes. Durante este longo período, houve uma falta de coordenação para fornecer respostas adequadas. Temos o terceiro ministro da Saúde em pouco tempo, sem preparação direta sobre o assunto, sendo de treinamento militar ”. Hoje, no Encontro de Rimini, Luis Eugenio de Souza, professor de saúde pública da Universidade da Bahia, fez um balanço da disseminação do Covid-19 no Brasil. “Em vez disso, se mobilizou a sociedade civil, que criou a Frente pela Vida, organizada pelo Conselho Nacional de Saúde e com a participação de muitos sujeitos, inclusive a Conferência Episcopal Brasileira”. Para o presente e o futuro do Brasil, De Souza defendeu o “fortalecimento do Sistema Único de Saúde (Sus), também considerando o altíssimo número de óbitos entre profissionais de saúde. A sociedade precisa ser renovada com base na liberdade, equidade e solidariedade. A resposta à pandemia, seguindo o Papa Francisco, é dupla: curar um pequeno vírus que colocou o mundo inteiro de joelhos e nos curar do grande vírus da injustiça social ”. A reunião contou com a presença dos EUA, Paul Barach, professor da Wayne State University e conferencista da Thomas Jefferson University, que argumentou que com a pandemia “devemos mudar nossa maneira de pensar e nossos sistemas. Precisamos pensar sobre o papel de nossos profissionais de saúde e fazer mais para protegê-los. Um terço dos operadores, em algumas partes do mundo, não se sente seguro para fazer o seu trabalho ”

"Mas esta seria uma nova forma de racismo da qual apenas devemos ter vergonha."



Após o apelo do Papa Zamagni (Academia de Ciências Sociais): "A vacina é um bem comum e global, não pode ser patenteado"

M. Chiara Biagioni

“Devemos evitar admitir a patenteabilidade” da futura vacina anti-Covid 19. “O sistema de patentes se aplica a bens privados e alguns bens públicos, mas não a bens comuns. O que o Papa então quis dizer ontem é que a vacina contra doenças infecciosas contagiosas deve ser reconhecida internacionalmente como um bem comum e não como um bem privado ”. Assim o presidente da Pontifícia Academia de Ciências Sociais, Stefano Zamagni, comentando as palavras pronunciadas ontem na audiência sobre a universalidade da vacina. “Vacinar os ricos e negligenciar os pobres - diz o economista - equivale a decretar a extinção destes. Mas esta seria uma nova forma de racismo da qual só deveríamos ter vergonha "
















Como você universaliza o uso de uma vacina?

“Devemos evitar admitir a patenteabilidade dos inventores. O sistema de patentes se aplica a bens privados e alguns bens públicos, mas não aos bens comuns.

O que o Papa então quis dizer ontem é que a vacina contra doenças infecciosas contagiosas deve ser reconhecida internacionalmente como um bem comum e não como um bem privado. Explico: se eu inventar um novo modelo de carro, é certo que esse modelo possa ser patenteado, então quem quiser deve pagar por ele. Mas se decidirmos que vacinas desse tipo são bens comuns, a patenteabilidade está descartada. Portanto, a primeira tarefa é forçar as autoridades internacionais a chegar a esta declaração. Porque uma vez que a vacina é declarada um bem comum e global, o resto segue em conformidade.

Como opinião pública, assistimos a uma corrida contra o tempo. Quais são os riscos?

O apelo do Papa ontem levantou também outro problema e é o que diz respeito à nova forma de pesquisa que está surgindo, conhecida como "estabelecimento do desafio humano" realizada por alguns centros universitários, mesmo de muito prestígio.

Sobre o que é isso?

Para acelerar o tempo e definir a eficácia, essas vacinas são testadas em pessoas ao invés de animais. Até agora, as vacinas eram testadas em animais, mas os tempos de resposta são muito longos. Decidiu-se então convidar voluntários (que não são voluntários porque são pagos) para inocular o Coronavírus e logo após a vacina. Bem, essa prática levanta questões éticas não indiferentes. Podemos tratar os humanos como porquinhos-da-índia? Essa é a questão. A palavra "cobaia" sempre se refere a animais e existem associações de direitos dos animais que contestam a usabilidade de ratos como cobaias.

Chegamos aqui ao ponto de nos preocupar com ratos e não com pessoas.

Atualmente, há 30.000 pessoas nos Estados Unidos que concordaram em se submeter a testes. Quem eu sou? São os desesperados, aqueles que, em troca de certo pagamento, aceitam passar cheques desse tipo. É por isso que o apelo do Papa ontem é muito pertinente e é incrível que nestes aspectos, ao nível dos meios de comunicação, não haja um debate sério sobre a legitimidade de perspectivas e projectos deste tipo.

Mas como o mercado reage a esses apelos?

É evidente que negar a patenteabilidade não significa que as indústrias, laboratórios ou centros de pesquisa não reconheçam o pagamento justo dos custos e também uma recompensa justa pelo trabalho realizado. É óbvio e o Papa não o nega. Não diz, você trabalha de graça. Patenteabilidade é outra coisa. Significa dar poder de monopólio à empresa que primeiro obtém a vacina.

Mas monopólio é como ditadura: como na política onde só há um partido, só há ditadura, acontece o mesmo na economia.

Se houver apenas um produtor no mercado, isso é chamado de monopolista, mas equivale a chamá-lo de ditador. E este é o problema levantado pelo Papa.

Quanta margem de sucesso a proposta de Francesco tem diante dos grandes interesses do mercado e quem pode fazer algo?

A proposta que está surgindo nos últimos meses é a de criar um agregado de fundações e órgãos públicos e privados com o objetivo de constituir um fundo transnacional para remunerar aqueles que investem recursos em pesquisas de vacinas. A Fundação Bill Gates é uma delas, por exemplo. É assim que os problemas são resolvidos. O que quero dizer é que a solução existe e deve ser justa para todos porque, de outra forma, vacinar os ricos e negligenciar os pobres equivale a decretar a extinção destes últimos.

Mas esta seria uma nova forma de racismo da qual apenas devemos ter vergonha.

Brasil registra 1.234 mortes por Covid em 24 horas e passa de 112 mil



Uma Só Bandeira



19 de ago. de 2020

O aqua park não é o que é por causa do tobogã o aqua park não é o que é por causa do trampolim o aqua park não é o que é por causa da piscina de ondas nem da lanchonete nem do barco do amor nem do tanque dos golfinhos o aqua park é o que é porque lá ninguém tem medo de se molhar

Aqua park
humdeabril

DAVI - Autoria de LuDiasBH


É certo que as partes da arquitetura têm
relação com as partes do homem. Quem
não sabe reproduzir a figura humana e
 não é especialista em anatomia também 
não entenderá de arquitetura.


(Michelangelo)


O jovem artista ficou profundamente impressionado ante a vista de todas aquelas rochas de mármore de Carrara, as quais pareciam esperar pelo seu cinzel para se converterem em estátuas como jamais o mundo vira. ] …]

Queria libertar as figuras do cerne das 
pedras,onde estavam adormecidas. 
(E.H. Gombrich)


A pedra marmórea, da qual Michelangelo fez nascer seu Davi, já havia sido fustigada por outros escultores, dentre eles Agostino de Duccio, que a abandonou por sentir-se incapaz de esculpi-la. Foi então que a Irmandade de Santa Maria del Fiore, dona do bloco de mármore, repassou a Michelangelo a tarefa de dar vida ao herói hebreu, Davi, tomando Hércules como inspiração, para que se transformasse no símbolo das virtudes da cidade de Florença.

Outros escultores já haviam esculpido Davi, tais como Donatello e Verrochio, mas foi Michelangelo o responsável por uma das mais belas e perfeitas estátuas do jovem herói, considerada uma obra-prima da história da arte. 


O Davi de Michelangelo carrega um semblante franzido e olhos perscrutadores, misto de força e ira. Seu rosto não denota nenhum temor, confiante que está na sua vitória. Ao virar sua cabeça para a esquerda, a tensão ressalta os músculos do pescoço. Seu olhar firme, sobrancelhas contraídas e os lábios fechados mostram a máxima concentração em que se encontra. A tensão da mão esquerda, que se levanta até o ombro, e prende a funda com os dedos flexionados, mostra que ele está pronto para atirar a pedra contra o gigante. O braço direito está estendido ao longo do flanco, e a mão oculta em sua palma a pedra, que será atirada contra o inimigo.
Maravilhosamente trabalhada, a mão direita mostra detalhes realistas: a unha do polegar, os nós dos dedos, as veias salientes e as articulações flexionadas do pulso. Os músculos abdominais também são magistralmente trabalhados.

Davi, com seu belo corpo nu de músculos e veias visíveis, foi chamado de o “gigante” pelo povo de Florença. E, embora sua pose seja ereta, concebida para a visão frontal, não há rigidez nela. O tronco tem uma ligeira inclinação, estando o ombro esquerdo um pouco mais alto do que o direito. O rosto do herói está emoldurado por cabelos cacheados e fartas sobrancelhas.

Após a expulsão dos Médici, a estátua de Davi transformou-se no símbolo da República, uma vez que a situação política de Florença era favorável aos republicanos. E, embora uma comissão de artistas famosos, entre os quais se encontravam Botticelli, Andrea della Rubbia e Leonardo da Vinci, tivesse estabelecido que ela fosse colocada na Piazza della Signoria, pois suas gigantescas dimensões tornavam inviável sua permanência num lugar fechado, foi necessária a sua transferência para a Galleria dell’Academia, em 1873, em razão da degradação do mármore. No seu lugar foi colocada uma réplica.


Ficha técnica:
Data: 1501 – 1504
Altura: 4,34 m
Material: mármore
Localização: Galleria della Academia. Florença, Itália

18 de ago. de 2020

EUA, 130 graus Fahrenheit


O Vale da Morte acaba de registrar a temperatura mais alta da Terra
Os cientistas ainda precisam validar a leitura de 130 graus Fahrenheit no domingo, o equivalente a 54 graus Celsius.

Na imaginação popular, o Vale da Morte, no sul da Califórnia, é o lugar mais quente do planeta. Às 3:41 da tarde de domingo, ele fez jus a essa reputação quando a temperatura no apropriadamente chamado Furnace Creek atingiu 130 graus Fahrenheit, de acordo com o centro de previsão do tempo NOAA.

Se essa leitura - o equivalente a 54 graus Celsius - for verificada por cientistas do clima, um processo que pode levar meses, seria a temperatura mais alta já registrada de forma confiável na Terra.

O Vale da Morte conhece bem o calor. Localizada a 85 metros abaixo do nível do mar no deserto de Mojave, no sudeste da Califórnia, perto da fronteira com Nevada, é o local mais baixo, seco e quente dos Estados Unidos. É pouco povoado, com apenas 576 residentes, de acordo com o censo mais recente.

17 de ago. de 2020

Desculpe, o maior fabricante de bicicletas do mundo não pode ajudá-lo a comprar uma bicicleta agora


A fábrica gigante de bicicletas perto de Taichung,
 Taiwan...An Rong Xu para The New York Times

















A pandemia criou um boom de bicicletas - e uma escassez. O gigante, o rolo compressor taiwanês, está tentando atender à demanda enquanto navega na política comercial.


TAICHUNG, Taiwan - Porque as academias são fechadas e todos nós poderíamos fazer um pouco mais de exercícios; porque estamos evitando ônibus e trens; porque precisamos de atividades em grupo ao ar livre; ou talvez apenas porque a pandemia nos fez ansiar por prazeres simples como o vento contra nossos rostos, as vendas de bicicletas estão disparando em todo o mundo.

O resultado foi uma escassez internacional de bicicletas . E a maior fabricante de bicicletas do mundo, a Giant, espera que seus suprimentos permaneçam escassos por algum tempo.

Depois que o presidente Trump iniciou sua guerra comercial com a China em 2018, a Giant transferiu parte de sua manufatura para o mercado americano da China para a base da empresa em Taiwan para evitar as tarifas adicionais. No ano seguinte, a União Européia impôs direitos antidumping às bicicletas elétricas da China, então a Giant começou a fabricá-los também em Taiwan.


Mas quando a pandemia aumentou a demanda por bicicletas, a Giant precisou reverter o curso. Com sua instalação em Taiwan já sob pressão, a empresa não teve outra escolha a não ser aumentar a produção na China, mesmo que isso significasse arcar com o custo extra das tarifas.


Fábrica da gigante em Taiwan. A empresa também aumentou
a produção na China, apesar das preocupações com as
tarifas.Crédito...An Rong Xu para The New York Times


















“Não há nenhum outro lugar no mundo que possa ir como a China de zero a 100 em um instante, como um carro esporte. Shyeew ! ” A presidente da Giant, Bonnie Tu, disse em uma entrevista.

O governo Trump este ano suspendeu temporariamente as tarifas sobre uma variedade de produtos feitos na China que são considerados estrategicamente sem importância. As bicicletas entraram na lista , o que tornou mais fácil para a Giant voltar a produzir algumas de suas bicicletas para o mercado americano na China.

Mas a pausa tarifária para certos tipos de bicicletas expirou este mês, o que significa que a Giant pode precisar ajustar seus arranjos de abastecimento novamente. O pacto comercial que os Estados Unidos e a China assinaram em janeiro resistiu mesmo com o conflito das duas potências em outras questões. Isso dificilmente tornou o planejamento menos complicado para empresas e setores que estão presos no meio.


“Não é que eu queira sair da China. De forma alguma ”, disse Tu. “É que não há nada que possa ser feito. Existem muitas barreiras comerciais. ” (cont...)




30 milhões de reais lavados pela Justiça

16 de ago. de 2020

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Vj


AOS POETAS, SERESTEIROS E NAMORADOS

Várias pessoas correram a um mirante para curtir, como diz a canção do Gilberto Gil, Lunik 9, talvez as nossas derradeiras noite de luar. Aconteceu na colina Victoria, em Wellington, Nova Zelândia.

Só que na hora exata, a cerca de 2 km no outro lado da cidadezinha, o fotógrafo apaixonado por surf Mark Gee tinha mirado sua filmadora Canon para registrar a ascensão do nosso satélite natural.

Aí ele obteve esta sequência memorável das minúsculas silhuetas humanas em contraste com a enorme Lua em movimento, efeito causado pela distância da tomada.

Sem qualquer tipo de manipulação nas imagens, o vídeo ganhou apenas um belíssimo tema musical para criar o necessário clima de contemplação. Ficou uma maravilha.